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11 de abr. de 2015
Água em estudos
https://youtu.be/byysIzWO50M
http://aguasdobrasil.org/edicao-06/sistema-cantareira.html
https://rgsgsc.wordpress.com/metas
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/agua_e_desenvolvimento%3A_caminhando_de_maos_dadas.html
http://planetasustentavel.abril.com.br/album/15-dicas-praticas-economizar-agua-desperdicio-777427.shtml
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-graves-problemas-economicos-politicos-723513.shtml
4 de set. de 2011
A palavra do terapeuta nativo Kaka Werá Jecupé
http://ysahdsalloum.multiply.com/reviews/item/861/861
«Na minha tradição, a gente costuma dizer que a tristeza é a perda do poder pessoal. Esse poder é interno, é o poder do ser, da alma. Infelizmente, o Homem passou a acreditar que tudo que ele precisa só pode ser encontrado no outro ou no mundo externo. É como se a afirmação da vida dependesse única e exclusivamente do amor do outro, de uma situação política, histórica ou de um bom posicionamento social e profissional. Ele está totalmente voltado para fora, buscando de uma forma insana a sua felicidade, harmonia e auto-realização.
É preciso inverter esse movimento, retornando à imensa força que está esquecida dentro de nós. A causa verdadeira das grandes tristezas está na alma, no ser interno. E onde que esse ser interno encontra vida, beleza e força? Ele basicamente necessita perceber que é muito maior que o seu momento, ele é parte de um grande complexo chamado vida e esse grande complexo se nutre de coisas essenciais e simples como uma respiração saudável, um nascer e um pôr-do-sol uma noite aluarada, estrelada, essa imensidão que se encontra dentro dele mesmo.
E esse alimento leva ao Homem ingredientes que vão determinar uma maior ou menor qualidade dos seus pensamentos, emoções e acções. Temos que ser responsáveis por tudo isso.
A meta de todo ser humano deveria ser a conquista de um pensamento lúcido, emoções equilibradas e uma acção justa: esse é um homem feliz. Esse é o princípio da espiritualidade, o seu eixo. E com esse eixo você combate a tristeza e as dificuldades com tranquilidade e vai superá-las, transformando a si próprio. Na verdade, o poder de cura está dentro de cada um. Nós somos, ao mesmo tempo, o veneno e o antídoto. Nós, Pajés, não somos a cura. Somos um veículo capacitado para restituir ao doente a sua própria força de cura.
Qual a grande doença do homem contemporâneo? A grande doença é a doença da alma. O ser humano esqueceu da sua alma, está adormecido e consequentemente se fechou para as forças da natureza, porque alma e Natureza caminham estritamente juntas, são mãe e filha, a alma é filha da natureza. Todo o desequilíbrio que nós temos hoje manifestado está nesse eixo, e é por isso que a grande questão do século XXI é a questão ecológica/espiritual. Uma não pode ser trabalhada sem a outra.
Uma doença é uma poluição interna, uma poluição do seu ar; logo, do seu pensamento; ou uma poluição das suas águas; logo, de suas emoções; ou uma poluição do seu fogo, que é a sua vontade interna, seu eu; e, finalmente, é uma poluição da sua terra, que é seu corpo físico.
É nesse sentido que a questão da cultura indígena surge nestes tempos para ser percebida de uma outra maneira, inédita, com toda a força da base espiritual que ela pode fornecer, para que finalmente possamos fundar uma nação. Não somos uma nação, ainda. Uma nação funda-se a partir de raízes, e as nossas mais profundas raízes passam por essa rica tradição espiritual do povo indígena.
Nós, os índios, só pedimos uma coisa: lembra-te sempre de quem de és, lembra-te sempre da tua essência.
Essa lembrança, por si só, pode curar-te.»
kaka weré jacupí
---
Kaká Werá Jecupé é um escritor, ambientalista e conferencista brasileiro de origem indígena caiapó, do grupo dos txucarramães.[1]
É fundador do Instituto Arapoty, empreendedor social da rede Ashoka de Empreendedores Sociais e conselheiro da Bovespa Social & Ambiental. Leciona, desde 1998, na Universidade da Paz (Unipaz) e na Fundação Peirópolis.[2]
Já fez conferências sobre respeito à diversidade cultural no Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Índia, México e França.[2] ( Wikipédia )
Yara's Site Por que andamos tão tristes?
obrigada pelo link!
«Na minha tradição, a gente costuma dizer que a tristeza é a perda do poder pessoal. Esse poder é interno, é o poder do ser, da alma. Infelizmente, o Homem passou a acreditar que tudo que ele precisa só pode ser encontrado no outro ou no mundo externo. É como se a afirmação da vida dependesse única e exclusivamente do amor do outro, de uma situação política, histórica ou de um bom posicionamento social e profissional. Ele está totalmente voltado para fora, buscando de uma forma insana a sua felicidade, harmonia e auto-realização.
É preciso inverter esse movimento, retornando à imensa força que está esquecida dentro de nós. A causa verdadeira das grandes tristezas está na alma, no ser interno. E onde que esse ser interno encontra vida, beleza e força? Ele basicamente necessita perceber que é muito maior que o seu momento, ele é parte de um grande complexo chamado vida e esse grande complexo se nutre de coisas essenciais e simples como uma respiração saudável, um nascer e um pôr-do-sol uma noite aluarada, estrelada, essa imensidão que se encontra dentro dele mesmo.
E esse alimento leva ao Homem ingredientes que vão determinar uma maior ou menor qualidade dos seus pensamentos, emoções e acções. Temos que ser responsáveis por tudo isso.
A meta de todo ser humano deveria ser a conquista de um pensamento lúcido, emoções equilibradas e uma acção justa: esse é um homem feliz. Esse é o princípio da espiritualidade, o seu eixo. E com esse eixo você combate a tristeza e as dificuldades com tranquilidade e vai superá-las, transformando a si próprio. Na verdade, o poder de cura está dentro de cada um. Nós somos, ao mesmo tempo, o veneno e o antídoto. Nós, Pajés, não somos a cura. Somos um veículo capacitado para restituir ao doente a sua própria força de cura.
Qual a grande doença do homem contemporâneo? A grande doença é a doença da alma. O ser humano esqueceu da sua alma, está adormecido e consequentemente se fechou para as forças da natureza, porque alma e Natureza caminham estritamente juntas, são mãe e filha, a alma é filha da natureza. Todo o desequilíbrio que nós temos hoje manifestado está nesse eixo, e é por isso que a grande questão do século XXI é a questão ecológica/espiritual. Uma não pode ser trabalhada sem a outra.
Uma doença é uma poluição interna, uma poluição do seu ar; logo, do seu pensamento; ou uma poluição das suas águas; logo, de suas emoções; ou uma poluição do seu fogo, que é a sua vontade interna, seu eu; e, finalmente, é uma poluição da sua terra, que é seu corpo físico.
É nesse sentido que a questão da cultura indígena surge nestes tempos para ser percebida de uma outra maneira, inédita, com toda a força da base espiritual que ela pode fornecer, para que finalmente possamos fundar uma nação. Não somos uma nação, ainda. Uma nação funda-se a partir de raízes, e as nossas mais profundas raízes passam por essa rica tradição espiritual do povo indígena.
Nós, os índios, só pedimos uma coisa: lembra-te sempre de quem de és, lembra-te sempre da tua essência.
Essa lembrança, por si só, pode curar-te.»
kaka weré jacupí
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Kaká Werá Jecupé é um escritor, ambientalista e conferencista brasileiro de origem indígena caiapó, do grupo dos txucarramães.[1]
É fundador do Instituto Arapoty, empreendedor social da rede Ashoka de Empreendedores Sociais e conselheiro da Bovespa Social & Ambiental. Leciona, desde 1998, na Universidade da Paz (Unipaz) e na Fundação Peirópolis.[2]
Já fez conferências sobre respeito à diversidade cultural no Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Índia, México e França.[2] ( Wikipédia )
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