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19 de dez. de 2014
11 de jun. de 2013
Filosofia elemental
!!!Em construção!!!
Ao contrário de todas as demais áreas da Filosofia, há uma que pode ser considerada um assunto encerrado, no que se refere a continuidade de investigação. A Filosofia da Natureza, precursora da Física, é a única página virada da tradição filosófica, pois seu objeto de estudo há muito foi assumido pelas Ciências Empíricas.
Nesse sentido, o seu interesse é primariamente histórico, mas isso não esgota a riqueza do que foi desenvolvido pelos antigos filósofos gregos, pois muitas de suas doutrinas sobreviveram em outras formas de expressão cultural, artísticas, místicas e simbólicas. Além do que ainda há correlações entre as antigas formas de pensar a natureza, e as contemporâneas.
O objetivo deste texto é resgatar parte deste pensamento, em especial, da doutrina dos elementos, e não somente dos primeiros filósofos ocidentais, mas também da Filosofia Oriental, que está ainda mais viva no imaginário popular.
O detentor do título de primeiro filósofo do ocidente, Tales de Mileto (625-546 AEC), ficou conhecido por sua doutrina de que a ÁGUA era a substância primária de todas as coisas. É uma idéia em comum com muitas doutrinas mitológicas, onde a água desempenha papel central na origem do universo. Para Tales, as coisas vieram da água, que era aparentemente o elemento mais abundante na natureza, e então assumindo diversos graus de rigidez, podia se solidificar nas coisas duras, e se fluidificar no próprio ar.
------- Assim, há muita adequação na idéia de que a ÁGUA tenha assumido o papel de representar a substância fundamental do universo nos primórdios da filosofia.
Posteriormente seria a vez de Anaxímenes de Mileto (588-524 AEC) afirmar que era na realidade o AR que tinha essa peculiaridade. Aparentemente ainda mais onipresente do que a água, e mais sutil, o Ar poderia se condensar em vários níveis, assumindo a diversas formas das coisas do mundo. E bom notar que a formação de nuvens e a chuva servia como evidência da transformação de ar em água.
Heráclito de Éfeso (540-480 AEC) mudou um pouco o enfoque não apenas ao colocar oFOGO como elemento primordial, mas também por atribuir propriedades mais fundamentais ao mesmo, que seria mais do que o fogo físico que conhecemos, mas um tipo de princípio divino racional, chamado LOGOS.
O elemento "Terra" não parece ter tido um defensor exclusivo, pois Empédocles de Agrigento (490-435 AEC) formulou a primeira versão conhecida da famosa Teoria dos 4 Elementos: ÁGUA, AR, FOGO, e TERRA.
Em paralelo, filósofos como Leucipo de Mileto (~500 AEC) e Demócrito de Abdera (460-370 AEC) propunham a doutrina conhecida como Atomismo, na qual o universo era composto de diversas minúsculas partículas elementares fundamentais e indivisíveis, osÁTOMOS, que existiam em formas distintas que podiam ser intercombinadas formando as diferentes coisas.
Pouco antes, Pitágoras de Samos (571~496 AEC), que detém o título de primeiro grande matemático, além de criador do termo "Filosofia", entendia o universo como redutível a entes numéricos. "Todas as coisas são números.", teria dito, e sua escola deixou uma longa tradição de discípulos, os pitagóricos, entre os quais Arquitas de Tarento (428-347 AEC), aparentemente o primeiro a relacionar os números, figuras geométricas tridimensionais e 4 elementos, no caso 1 (FOGO), 2 (AR), 3 (ÁGUA), e 4 (TERRA), que implicavam nos poliedros: Tetraedro, Octaedro, Icosaedro e Hexaedro.
Platão (427-347 AEC), na obra O Timeu (~360 AEC), promove uma síntese de tudo isso, com aquilo que pode ser chamada de Teoria Atômica e Geométrica dos Elementos, adicionando, porém, um Quinto Elemento, como veremos abaixo.
Enfim, Aristóteles de Estagira (358-322 AEC) viria a acrescentar a noção das 4 Qualidades: Frio, Quente, Seco e Úmido, que explica de outra forma a noção dos 4 elementos, sendo aÁgua a fusão das qualidades FRIA e ÚMIDA, o Fogo QUENTE e SECO, o Ar QUENTE e ÚMIDO e a Terra FRIA e SECA.
------ Aristóteles também considerou o Quinto Elemento, que chamou de Éter, sendo um elemento que só existia na ESFERA SUPRALUNAR, isto é, no espaço em volta da Terra, que já era considerada como esferóide, além da órbita da Lua.
Podemos então esquematizar os elementos da seguinte forma.
Os poliedros então eram vistos como partículas fundamentais de cada elemento, e é especialmente notável que apenas 3 poliedros compartilhem o mesmo tipo de face, o que sugeriu a Platão o motivo pelo qual eles podiam realizar transformações entre si.
16 triâgulos equiláteros, que seriam os átomos, que podem ser desmontados e remodelados em duas partículas de AR, que possuem cada qual 8 triâgulos. poderiam ser transformadas em 10 partículas de Ar. Essa idéia podia explicar a propriedade da água em vaporizar, das nuvens se formarem no ar, e chover.
Essa teoria tinha a peculiar capacidade de ser bastante condizente com a observação, visto que era fácil perceber a transformação da ÁGUA em AR, e vice-versa, bem como do FOGO em AR, e vice-versa, no ato da combustão e apagamento da chama. Por outro lado, transformações envolvendo a TERRA não seriam observáveis, devido ao átomos desta última terem formato diferente.
------- Embora as faces do Hexaedro, Cubo, serem quadrados, Platão considerava que os átomos também eram triangulares, subdivisões dos quadrados, porém não eram equiláteros. E enfim, o mesmo se daria então com o Quinto Elemento, que comporia a Alma e as Idéias Imateriais, e isso explicava a diferença de substância entre os 4 elementos e a essência imortal. ------- Essa teoria, no entanto, tem seu ponto fraco, que é a separação da TERRA dos demais elementos, quando é claro que eles interagem. Platão chega a tentar a solução de dividir os triângulos equiláteros em dois triângulos escalenos retângulos, fazendo o mesmo com o quadrado, que resultaria em dois isóceles retângulos ou 8 escalenos retângulos, porém de formato diferente dos resultantes da divisão dos triângulos equiláteros.
Se fóssemos aceitar, porém, alguma possibilidade de aproximar esses triângulos distintos, admitindo movimentos de ajustes nos vértices, teríamos que admitir também a possibilidade de transformações não só entre os 4 elementos físicos, mas também com o quinto, o que era inadimissível para Platão, visto que considerava o mundo das Idéias Imateriais como essencialmente distinto do mundo físico.
------- Assim, parece mais aceitável admitir que a TERRA permanece isolada do grupo das transformações dos demais elementos, embora seja claramente material, e estivesse presente no Caos original do qual o Demiurgo Divino moldou o mundo.
Voltaremos à Tradição Ocidental dos elementos mais adiante, por hora, passemos para o outro hemisfério para contemplar as notáveis similaridades, e discrepâncias, das teorias orientais dos elementos.
Como frequentemente ocorre no Oriente, é mais difícil precisar os autores, visto que os conceitos parecem tão antigos que não se tem registros confiáveis. Ainda assim, é possível supor alguns responsáveis por contribuições para a versão oriental das teorias elementais.
------- Atribui-se a Lao-Tsé ( ?570 AEC), o mais conhecido sábio do Taoísmo, o registro mais antigo a comentar o conceito de TAO, palavra de difícil tradução, mas que pode ser entendido como "Caminho / Modo de Ser / Agir", melhor entendido talvez pelo conceito inglês mais amplo encontrado na palavra WAY.
No famoso símbolo Tei-Gi, a dualidade primária do universo, os aspectos Yine Yang, tem como principais características ser relacionados com Masculinoe Feminino, Seco e Úmido, Quente e Frio, Dia e Noite, não tendo, SOB HIPÓTESE ALGUMA, qualquer relação com a idéia de bem e mal.
------- No taoísmo, o que poderíamos considerar como o Mal, seria a desarmonia entre o Yin e Yang, e o Bem, evidentemente, a relação equivalente e dinâmica dos aspectos.
Chuang-Tsé (399-295 AEC), outro sábio taoísta, chegou a sugerir que o Yin e o Yang produzem as 4 formas, que dão origem aos 8 Elementos, mas a doutrina de Huai-nan-Tsé (+122 AEC) ficou mais conhecida, afirmando que o "Céu" tem as 4 Estações e os 5 Elementos/Agentes, ou mais originalmente osWu Xing, literalmente "5 Movimentos".
------- Este mesmo conceito também está presente no Neoconfucionismo, pela Escola da Razão (960-1279 DEC), que diz serem "Os 5 Agentes" (Forças Vitais), a ÁGUA, FOGO, MADEIRA, METAL e TERRA. ------- O mesmo diz Chou Lien-hsi (1017-1073 DEC), ao afirmar que o "Tai Chi" ("Grande Energia") produz o Yin e o Yang, que produzem os 5 Agentes/Elementos.
Portanto, diferente da tradição grega, não aparece o "Ar" como um elemento, mas sim a "Madeira" e o "Metal" como elementos adicionais. É preciso notar porém a importância do termo "Agentes", pois os 5 elementos orientais não são tão relacionados à idéia de constituição da matéria quanto os 4 elementos gregos, podendo ser interpretados como "aspectos" presentes em todas as coisas.
------- Não há, no entanto, qualquer indício de uma teoria atômica, não havendo tendências a se imaginar esses elementos como compostos de partículas. Há, todavia, uma noção mais completa e harmônica de transformações, pois as setas em Azul Ciano representam os Ciclos Construtivos, onde um elemento gera, ou alimenta o próximo, num ciclo fechado e perpétuo. ------- Já as setas em Vermelho representam os Ciclos Destrutivos, ou de Contenção e Controle, onde cada elemento neutraliza ou destrói o próximo, de modo que a Água apaga o Fogo, que derrete o Metal, que corta a Madeira, que (em excesso) enfraquece a Terra, que por sua vez absorve e contém a Água. ------- No ciclo Construtivo temos que a Água alimenta a Madeira, que abastece o Fogo, que produz a Terra (lembremos nas cinzas resultante das combustões e na lava expelida pelos vulcões), a Terra por sua vez produz o Metal que, finalmente, produz a Água! ------- Este último caso exige um explicação maior. Trata-se da percepção de que o Metal, por ser frio e provocar a condensação da água, parece produzí-la, ao "suar", em especial pela manhã. Tal fato serviu como evidência de sua capacidade de produzir água, completando o ciclo geracional. ------- Portanto, diferente do sistema platônico, todos os elementos se transformam uns nos outros, e a percepção da relação da combustão com a produção de cinzas contrasta com a noção grega de que não haveria transformações entre a Terra e os demais elementos. É muito provável que essa parte do sistema de Platão seja na verdade uma consequência estrutural de sua teoria geométrica atômica, que pela questão da incompatibilidade dos átomos triangulares equiláteros com a estrutura hexaédrica do Cubo, do elemento Terra, tenha desautorizado pensar numa transformação desta em outros elementos, passando a considerar a evidência como a observada pelos chineses de alguma outra forma. ------- Há, curiosamente, uma outra notável relação. Para Platão, os metais são Líquidos! Que apenas permanecem duros devido a temperatura ambiente não ser suficiente para fundí-los. De certo, é diferente da Terra, pois é da experiência comum que o barro não se liquefaz da mesma forma que o metal, mesmo a altíssimas temperaturas.
Voltando ao Oriente, no BUDISMO, os 5 Elementos já são, mais uma vezTERRA, ÁGUA, AR, FOGO e ESPAÇO, o que não só remete ao sistema grego, como ainda aparenta similaridade com a idéia aristotélica do quinto elemento como sendo o Éter.
No HINDUÍSMO, por sua vez, além de uma versão primeva de 3 elementos (os 4 elementos gregos menos o Ar), temos uma noção de 7 Elementos, que correspondem aos 7 Chakras do corpo humano, na seguinte forma:
Enfim, a tradição Chinesa, bem como a Japonesa, terminou por possuir dois sistemas de 5 elementos, um com os 5 Grandes Elementos: Terra, Água, Vento, Fogo e Vazio / Éter, e outro com os 5 Elementos da Tradição Taoísta: Água, Fogo, Madeira, Metal e Terra, o que, evidentemente, inspirou sínteses de 7 elementos como sendo TERRA, MADEIRA, METAL, ÁGUA, AR,FOGO e ÉTER (Vazio / Espaço).
------- Tais sínteses são, no entanto, menos populares do que os sistemas tradicionais. No Japão, por exemplo, os 5 elementos taoístas estão representados nos Dias da Semana.
Finalmente, vejamos a tradição chinesa do I CHING, onde Yin e Yang são recombinados em trios, que permitem 8 combinações, Trigramas, que correspondem a 8 ELEMENTOS, que são CÉU, VENTO, TERRA, FOGO, LAGO, TROVÃO, MONTANHA e ÁGUA, que por sua vez se relacionam estreitamente com os 5 Agentes, na forma a seguir.
Como podemos notar, o modo como os 5 elementos foram recombinados em 8 jamais teria agradado os gregos, em especial os pitagóricos, que provavelmente veriam algum tipo de desarmonia numérica. Permaneceu forte na nossa tradição ocidental a idéia de 4 elementos físicos, que ocasionalmente recebem um Quinto, em geral associado ao Espírito / Alma / Mente.
------- Já no Oriente, embora tenha havido noções de 4 e por vezes, até 3 elementos em algumas tradições Hindus mais antigas, permaneceu forte a idéia de 5, quer seja levando em conta um elemento imaterial, como no sistema ocidental, quer seja ignorando o Ar e acrescentando Metal e Madeira. ------- É fácil notar, também, uma fixação oriental, em especial Chinesa e Japonesa, pelos números 5 e 8, ao passo que no ocidente temos uma fixação maior no 4 e no 7. Enquanto nós falamos em 7 cores e 7 notas musicais, os chineses e japoneses costumavam falar em 5 notas e 5 cores. Diversas outras correlações podem ser notadas, em especial levando em conta superstições desses orientais contra o número quatro, cuja pronúncia é idêntica a da palavra 'morte'. ------- O número 4, então, traria mau agouro, e é tão incômodo quanto o é o 13 para os ocidentais. No Japão, por exemplo, é comum não haver apartamentos, andares e casas com o número 4, da mesma foram como nos E.U.A. e alguns países da Europa costuma ocorrer com o 13. ------- Inclusive, é interessante observar que os chineses fizeram questão de iniciar as Olimpíadas de 2008 às 8 horas, 8 minutos e 8 segundos do dia 08/08/08, visto que este número é tido como portandor de boa fortuna. ------- Voltando a falar em cores e sons, podemos perceber que nossa divisão em 7 notas, no caso 5 tons e 2 semitons, é arbitrária, e seu principal responsável é ninguém menos que Pitágoras, que estabeleceu relações harmônicas preferíveis ao tocar cordas simultâneas em comprimentos diferentes. Posterioremente, no século XI, Frei Guido Darezzo viria a atribuir-lhes os nomes pelos quais as conhecemos, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, que são a primeira sílaba de cada frase de um hino religioso à São João Batista. ------- Na realidade, existem 12 semitons, como pode ser observado nos instrumentos de corda com trastes, tais como o violão, em relação a um teclado. |
Isso ocorre por que a medida que vamos encurtando e tocando uma corda, a tonalidade vai subindo, e só conseguimos distinguir 12 variações que se repetem em ciclos, de modo que no tom equivalente 12 níveis acima, a corda estará com a exata metade do tamanho. Num instrumento como o violão, as notas citadas acima valem para as corda Mi, que são a mais grave e a mais fina, nas partes mais alta e mais baixa.)
------- Por uma questão de sensibilidade estética, os antigos gregos formalizaram a divisão de 7 notas que, sacramentada na Idade Média, resultou em nossos instrumentos de teclado. Os orientais, por outro lado, ao invés de escolherem essa escala que mistura 5 tons com 2 semitons, não raro ignoraram estes últimos, e por isso identificamos como um estilo melódico tipicamente oriental quando tocamos somente as teclas pretas de um teclado, que são 5, o que produz um efeito similar ao das típicas músicas orientais.
Tudo isso nos mostra como nossa divisão da realidade em números preferenciais, 7 ou 5, é arbitrária, e o mesmo acontece com as cores.
------- Embora consideremos 7 cores no espectro, e os orientais com frequência considerem 5, é fato que possuímos apenas 3 cores primárias, que podem se combinar num sistema que, se dividido de forma perfeitamente proporcional, pode também ser dividido em 12, como no exemplo abaixo.
Diferente dos tons musicais, onde não distinguimos mais de 12, é possível dividir a escala de cores em milhares de níveis perceptíveis, porém, a simples existência de 3 cores primárias e 3 secundárias imporá múltiplos de 6, como 24, 360, 18.000.
------- Mas o que chama a atenção é o modo como dividimos nossa clássica escala de 7 cores. Pegamos as cores 1, 2, 3, para os típicos Vermelho, Laranja e Amarelo, e agrupamos os outros 3 tons seguintes no mesmo denominador de Verde. Adicionamos a cor 7, Ciano, que normalmente chamamos apenas de Azul Claro ou mesmo Azul, por vezes usando Anil para a cor 9, e finalmente pescando um misto escurecido de 10 e 11 como Violeta. ------- Os orientais, por outro lado, costumam pegar 4 das cores da amostra acima, 1,3, uma mistura das cores 4 a 9 num único tom de Verde e Azul (em Japonês há uma única palavra, aoi, que pode ser tanto Azul quanto Verde), e então adicionam Preto e Branco, que sequer são cores da escala mas sim, sua soma total e sua subtração completa. ------- Há também uma alternativa que ignora o Preto, ou o Branco, e seleciona Verde e Azul em separado, mas merece maior atenção é a preocupação em manter o número 5! ------- É inegável, porém, como vemos na escala de cores acima, que as tonalidades esverdeadas nos parecem muito mais similares entre si do que as demais, e que é mais fácil confundir 4 e 6, do que 12 e 2, por exemplo. Isso ocorre porque nossos olhos são mais sensíveis ao verde do que às demais cores primárias, o verde é a cor que possui maior "Luminância" para nossos sentidos, visto ser a tonalidade central do espectro visível, entre o Infravermelho e o Ultravioleta. Por isso os visores noturnos aparentam tons verdes, um Laser verde é muito mais brilhante do que o Vermelho, mesmo quando gerados na mesma potência e o Ciano e o Amarelo são mais difíceis de distinguir do branco por compartilharem a cor mais luminosa, o que não ocorre com o Magenta ------- Por outro lado, das primárias, o Azul é a menos intensa, a mais escura, e por isso mesmo de destaca mais no fundo branco, e os modos diferentes de interações de cores acabam gerando percepções desequilibradas em nossos sentidos. O Daltonismo que confunde azul e verde, por exemplo, é mais comum do que o confunde verde e vermelho. ------- Toda essa digressão tem apenas o objetivo de mostrar que existem predisposições culturais a encaixar a realidade em modelos ideais pré-estabelecidos, com a rara excessão dos Poliedros Regulares, que realmente só existem em número de 5. Curiosamente, o chineses parecem não ter desenvolvido geometrias mais sofisticadas, caso contrário, associar seus 5 elementos aos 5 poliedros seguramente seria irresistível. ------- Para observarmos mais exemplos de como "encaixar" o mundo em nossas categorias pré-estabelecidas, vejamos mais algumas relações notáveis, que denunciam sutilezas psico culturais entre os dois hemisférios. ------- Na antiguidade desenvolveu-se a noção das 4 Virtudes Cardinais: Prudência,Fortaleza, Justiça e Temperança. Na Idade Média, seriam somadas a essas as 3 Virtudes Teologais: Fé, Amor e Caridade, somando um total de 7 Virtudes que evidentemente se opunham aos 7 Pecados Capitais. ------- Por sua vez, no oriente, os chineses falavam em 5 Virtudes: Polidez,Bondade, Respeito, Parcimônia e Altruísmo. Já no Japão, ficou famoso o Bushido, o Código de Honra Samurai, que era constituído de 8 virtudes: Justiça,Coragem, Bondade, Polidez, Verdade, Honra, Fidelidade e Auto-Controle. ------- Os orientais parecem sempre encontrar um meio de adicionar um quinto elemento em classificações que no ocidente mantemos apenas em quatro. Por isso, se consideramos as 4 estações, os orientais adicionam um período de transição, associando todos aos 5 elementos: Primavera (Madeira), Verão (Fogo), Outono (Metal), Inverno (Água) e Intervalos (Terra). ------- Se consideramos 4 Pontos Cardeais, os Orientais consideram Norte (Água), Leste (Madeira), Sul (Fogo), Oeste (Metal) e CENTRO (Terra).
Há muitos outros exemplos de como os números 4 e 7, no ocidente, e 5 e 8, no oriente, apesar de ocasionais exceções, dominam o imaginário cultural. A meio caminho entre os hemisférios, o alquimista árabe Jabir ibn Hayyan (721-815 dEC), chegou a compilar uma versão de 8 elementos onde aos 4 elementos ocidentais, mais o Éter, adicionava o Enxofre (propriedades combustivas e decompositoras),Mercúrio (propriedade metálica) e Sal (propriedade cristalina), sendo um dos poucos esforços no sentido de classificar os cristais num local em especial.
Mas, enfim, voltemos agora ao tema dos elementos mais tradicionais.
Na atualidade, a noção antiga dos elementos da natureza pode parecer ingênua, no entanto, originalmente, é algo mais justificado, uma vez que possuia notável capacidade explicativa. É interessante lembrar que os fundamentos que sustentam tais conceitos não são diferentes na Ciência contemporânea, continuamos pressupondo uma ordenação essencial no universo que pode ser conhecida racionalmente, e representada por modelos teóricos fundamentados em matemática e noções redutivas.
------- A idéia básica dos 4 elementos está preservada em nossa compreensão dos estados físicos da matéria, havendo nítida correlação entre os estados Sólido, Líquido e Gasoso com os elementos Terra, Água e Ar, e evidentemente da Energia como o Fogo. ------- Na realidade, jamais se acreditou que os elementos fossem apenas as substâncias notáveis em si. O que se chamava de elemento Terra era a propriedade de rigidez dos materiais, bem como de elemento Ar, sua propriedade volátil. Não significava dizer que, por exemplo, um tecido era feito literalmente de Terra e Água, mas sim que possuia em sua estrutura as propriedades da solidez e da flexibilidade. ------- O Fogo, por sua vez, estava associado também à Luz e qualquer forma de energia e calor. Assim, o calor de um corpo vivo era a ação da propriedade quente, resultante da transformação do Ar em Fogo por meio da respiração. Idéia essa que não ficou restrita à Grécia antiga, mas que na realidade foi defendida até por Descartes em 1640 dEC. ------- Na realidade, a teoria dos 4 Elementos perdurou no ocidente praticamente até o século XVIII, quando foi sendo gradativamente substituída pela Física Moderna, por meio dos modelos atômicos de Dalton (1766-1844), Thomson (1856-1940), Rutheford (1871-1937) e Niels Bohr (1885-1962). ------- E voltando ao tema dos átomos, vale lembrar que ainda utilizamos um conceito muito similar ao dos antigos atomistas gregos, pois muitos ainda acreditam em partículas, ou estruturas, fundamentais. O que chamamos de átomo atualmente, porém, não faz jus ao nome, devido ao fato de que o conceito original previa que a partícula que recebe esse nome deveria ser indivisível, e indestrutível, e isso, sabemos hoje, o que precipitadamente chamamos de átomo não é. Mas ainda é possível que haja partículas mais fundamentais com tais característas, os Quarks talvez. ------- Já no oriente, o imaginário dos 5 elementos continua vivo e muito atuante, principalmente na medicina chinesa, onde o conceito de equilíbrio entre os elementos é central para as terapias, que utilizam os ciclos destrutivos e construtivos para corrigir os desequilíbrios dos aspectos no organismo humano.
------- E assim como tudo na Filosofia Oriental é regido pelo Yin e pelo Yang, os elementos ocidentais também foram divididos em Masculinos (FOGO e AR) e Femininos (ÁGUA e TERRA). E também aparecem em locais onde muitos não esperariam, como nos naipes das cartas de Baralho, que podem ser melhor entendidos se relacionados ao jogo de Tarot, do qual o Baralho Comum é uma versão simplificada.
Uma curiosa, e muito típica, brincadeira oriental vem substituindo o tradicional "Par ou Ímpar" no ocidente, para tomar "decisões" aleatórias, em geral pelas crianças, mas já chegando a ser levado a sério! Trata-se do Jankenpo (Pedra, Papel e Tesoura), onde a mão fechada, simbolizando a Pedra, vence a Tesoura, representada pelos dedos indicador e médio esticados, que por sua vez vence o Papel, representado pela mão totalmente aberta, que fechando o ciclo, vence a Pedra.
Ainda mais marcante em nossa cultura atual é a predominante crença na Astrologia, que também foi desenvolvida na Grécia Antiga, e em paralelo no oriente, a Astrologia Chinesa, ambas rigidamente relacionadas com os elementos.
------- Associamos os 12 signos zodiacais em grupos: TERRA (Touro, Virgem e Capricórnio), ÁGUA (Câncer, Escorpião e Peixes), AR (Aquário, Gêmeos e Libra) e FOGO (Áries, Leão e Sagitário). ------- Curiosamente, os orientais também possuem 12 Signos: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Cobra, Cavalo, Ovelha, Macaco, Galo, Cão e Javali. Mas não há uma divisão evidente destes signos pelos 5 elementos, mas sim 5 versões elementares para cada signo, havendo então os Ratos de Fogo, de Água, Metal, Madeira e Terra, por exemplo. ------- A Astrologia durante milênios foi a Astronomia, e durante muito tempo noções pitagóricas, platônicas e aristotélicas imperaram no imaginário dos cosmólogos. Os antigos gregos consideravam a existência de 7 planetas, incluindo o Sol e a Lua, mais os planetas visíveis Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Os orientais, por sua vez, consideravam apenas os 5 planetas normais, sem contar o Sol e Lua. ------- O sistema geocêntrico que perdurou até o século XVI fora inicialmente desenvolvido por Aristóteles e aperfeiçoado por Ptolomeu (83-168 dEC), reinando invicto até que finalmente viria entrar em choque com o sistema de Copérnico (1473-1543) e finalmente ser suplantado pelo sistema de Kepler (1571-1630). ------- Curiosamente, uma parte importante do desenvolvimento do sistema kepleriano foi baseada nos Poliedros Regulares, ao achar que as distâncias das órbitas dos planetas deviam obdecer alguma ordem harmônica. |
Inicialmente Kepler tentou encaixar as órbitas planetárias em círculos que circunscreviam polígonos regulares, depois percebeu que deveria fazê-lo com poliedros, e surpreendentemente conseguiu! Embora num grau de imprecisão que muito posteriormente viria a corrigir, até finalmente dar forma ao sistema de órbitas elípticas que conhecemos hoje.
------- Ademais, a simbologia dos elementos, tanto no ocidente e oriente, são fortíssimas na cultura popular, estando presentes em filmes, romances, desenhos animados, videogames e jogos em geral. Sem contar, é claro, nos inúmeros religiosos e místicos que ainda os consideram com seriedade. ------- Por mais que avancemos em termos científicos, provavelmente jamais deixaremos de nos seduzir por esses modelos de natureza simples e elegantes, ao invés dos complexos e, para a maioria das pessoas, incompreensíveis, modelos teórico matemáticos que possuímos atualmente. E isso é muito compreensível, devido a nossa fortíssima tendência a querer ver uma ordem harmoniosa no universo, tendência essa que, mesmo por altos e baixos, está por trás de todo nosso próprio avanço científico.
The Greek, Indian & Chinese Elements A Natureza dos Elementos http://www.xr.pro.br/monografias/elementos.html |
17 de mar. de 2013
24 de fev. de 2013
Cruz e o triângulo
A Fraternidade da Cruz e do Triângulo
Segundo relatos de várias correntes esotéricas e espiritualistas, no final do século 19, no oriente, houve uma organização para que ocorresse a fusão entre duas importantes fraternidades: a Fraternidade da Cruz, espiritual ocidental que divulgava e trabalhava exclusivamente segundo os preceitos do Evangelho de Jesus, e a Fraternidade do Triângulo, que era uma das diversas organizações orientais que trabalhavam no espaço astral do Oriente seguindo os ensinamentos dos sábios orientadores espirituais Krishina e Buda. Após essa união, as duas fraternidades, consideradas Fraternidades Brancas,consolidaram uma série de práticas e trabalhos espirituais que resultaram na formação daFraternidade da Cruz e do Triângulo.
Esta união espiritual, atendendo a determinações do Mais Alto, teve como um dos objetivos o programa espiritual de união da crença da reencarnação e do karma ao código moral do Evangelho de Jesus. Além deste objetivo o projeto de união entre o Oriente e o Ocidente teve como primeira meta auxiliar o projeto de implantação do Espiritismo e da Teosofia na Europa do século dezenove. A partir da concretização deste empreendimento a Fraternidade da Cruz e do Triângulo migrou para o espaço astral do Brasil, onde se localiza e opera até os dias de hoje.
Dentro do espiritismo temos uma notável obra o livro "Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho", de Humberto de Campos, psicografada por Chico Xavier, nos informando que a pátria do Cruzeiro (Brasil) será o "celeiro espiritual da humanidade" e a partir de onde surgirão os primeiros indícios de que a Nova Era estará se estabelecendo sobre a Terra. Concordando com os ditos dos membros da Fraternidade da Cruz e do Triângulo.
Este grupo é composto por mentores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, que têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Segundo eles, são iniciados, “fazendo o bem, sem olhar a quem”.
O grupo extra-físico de espíritos orientais que operam nos planos invisíveis do ocidente, intercambiam informações espirituais oriundas de sabedorias antigas provenientes das duas fraternidades, ao mesmo tempo em que as adaptam aos tempos modernos e as direcionam aos estudantes espirituais do presente, em preparo à grande transformação (fim dos tempo) que já está ocorrendo.
É comum seus membros usarem vestes brancas com cintos e emblemas de tonalidade azul-clara esverdeada. Sobre o peito, trazem suspensa uma corrente com um triângulo lilás luminoso, no qual se encontra uma cruz em forma de lírio, símbolo que exalta a obra de Jesus e da mística oriental.
O que os mentores informam é que todos os discípulos da Fraternidade que se encontram reencarnados na Terra são profundamente devotados às duas correntes espiritualistas, ou seja, mesmo adeptos dos ensinamentos cristãos tais como o espiritismo de Kardec, bem como, o próprio Umbandismo, também se afeiçoam e executam práticas consideradas exotérico-orientais. No futuro, haverá apenas um pastor e um rebanho. Essa é a meta.
É importante salientar que esse símbolo e esses conhecimentos nada têm de relação direta à Doutrina Espírita, ou seja, as informações acima foram coletadas na própria Fraternidade da Cruz e do Triângulo.
29 de jan. de 2013
Reflexão, simbologias
BRASÃO DO PRÍNCIPE DA ESPADA
Neste Brasão vemos, inicialmente, o TRIÂNGULO EQUILÁTERO (Veja Abaixo) em forma de chama. O triângulo expressa a Grande Fraternidade Branca e a Mônada Divina. O triângulo em forma de chama expressa Os Senhores da Chama, os (Sete) Kumaras, dos Quais o Príncipe da Espada é o Sexto.
No centro vemos o círculo, que expressa, ao mesmo tempo, o OROBOROS (Veja Abaixo) e o símbolo do planeta Mercúrio (quando observado conjugado à empunhadeira da espada).
Ladeando Mercúrio, vemos os símbolos de Marte e Vênus. Estes três planetas estão representados na Terra, através de Suas respectivas Hierarquias, as Quais são responsáveis pela evolução da vida-consciência deste Orbe.
Na parte superior do triângulo vêem-se os signos de Áries e Gêmeos, respectivos aos signos natalícios do Príncipe da Espada e da Sua Contraparte Adriana, sendo que Áries é regido por Marte e Mercúrio; Gêmeos regido por Mercúrio e Vênus. A união de Áries e Gêmeos, na Direção de uma Grande Obra Divina, produz profundos resultados esotéricos evolutivos, para toda a Humanidade.
Circunscrito pelo OROBOROS (Veja Abaixo), vemos outro TRIÂNGULO EQUILÁTERO, contendo o HEXAGRAMA (Veja Abaixo - símbolo do Sexto Senhor) e o PENTAGRAMA (Veja Abaixo - símbolo do Quinto Senhor), coligados, em seu ápice, pela base de um terceiro TRIÂNGULO EQUILÁTERO, o qual, por sua vez, contém em seu interior, o símbolo da Palavra Sagrada (O Verbo Creador), encimado pelo Olho Sem Pálpebras (símbolo do Supremo Arquiteto, a Divindade). A coligação entre o HEXAGRAMA (Veja Abaixo) e o PENTAGRAMA (Veja Abaixo), feita pela base do triângulo, significa a Perfeita União das Coortes do Sexto e Quinto Senhores na Obra do "Grande Triângulo" (Grande Fraternidade Branca), O Qual é a Expressão da Manifestação (Verbo Creador = OM – Veja Abaixo) da Vontade do Logos Universal (Supremo Arquiteto = Olho Sem Pálpebras).
Ainda podemos ver, ladeando o segundo triângulo (circunscrito pelo OROBOROS), as quatro letras do idioma Devanagari, que simbolizam o acróstico IBEZ (Grande Loja da Grande Fraternidade Branca), que está Representando a União das Coortes do Sexto e Quinto Senhores na face da Terra e Que está propiciando, à Humanidade, a Manifestação Física destes Dois Excelsos Senhores (O Príncipe da Espada, Sexto Senhor e o Avatara Maitreya, Quinto Senhor). A Espada verticalizada expressa o Poder do Primeiro Raio, a Lei Cósmica manifestada na Terra, através do Grande Juiz da Espada e da Balança, o Senhor Melki-Tsedek. A cor do Brasão (vermelho-rubi) representa o Raio de Marte (Sexto Raio), do qual o Senhor Melki-Tsedek É a Expressão.
O OUROBOROS tem um significado mais profundo. "Essa serpente, algumas vezes chamada Ouroboros, é um símbolo do Tempo, do qual só a Sabedoria emerge. A serpente envolve os dois símbolos dos extremos da vida criada - a criança e o símbolo da morte da caveira. Entre eles, a criança e a caveira simbolizam o 'início e depois o fim'. Como um todo, o emblema pode ser interpretado como se significasse, 'No final, é meu início', ou 'O Fim é encontrado no Início', o que é aproximadamente o significado da frase em latim que aparece em volta do círculo." [Magic Symbols, ibidem]. Essas duas frases estão falando sobre a crença pagã na Reencarnação.
HEXAGRAMA
ou
ou
|
Este hexagrama de dois triângulos entrelaçados simboliza a alma humana, sendo utilizado por magos cerimoniais para encantamentos, conjurações de espíritos, sabedoria, purificação e reforço dos poderes psíquicos.
Simboliza os processos de involução e evolução. Com efeito; o triângulo que aponta para baixo, apresenta a involução da energia divina que desce às formas mais boçais, ao passo que o triângulo voltado para cima indica a ascensão dos seres quer entendem a se divinizar cada vez mais.
É símbolo usado como amuleto para dar sorte; representa o casamento perfeito entre masculino e feminino, compreensão entre sexos.
Desde que o Povo de o ETERNO foi comandado por Davi, a estrela passou a ser usada como representante destes... A origem vem das letras do Aramaico que eram usadas para escrever Davi e sobrepostas tem o aspecto de uma estrela... No entanto, deve ser formada por dois triângulos SOBREPOSTOS e jamais ENTRELAÇADOS!
BRASÃO DO QUINTO SENHOR
O Símbolo, representado por um círculo, tendo em seu interior um triângulo equilátero e, no interior deste, uma cruz grega com uma safira ao centro, é o Brasão do Excelso Quinto Senhor ou Senhor SALO, o atual Senhor do Mundo e Hierofante Perpétuo do Templo de IBEZ, em Letha, Roncador.
O círculo com a safira ao centro, expressa o 1º Raio, a Vontade e Poder.
O TRIÂNGULO EQÜILÁTERO –
- expressa o 3º Raio, a Inteligência Luminosa.
A cruz grega expressa o 2º Raio, o Amor/Sabedoria.
A safira é a mais sagrada de todas as gemas, pois expressa a Hierarquia dos Kumaras na Terra, sendo a sua coloração azul-índigo, a cor expressiva do Segundo-Raio, o Amor/Sabedoria. Esta pedra está relacionada a Vênus e Mercúrio. O trono do Senhor do Mundo é todo de safira, expressando as Duas Grandes Hierarquias, de Vênus e de Mercúrio, que atuam na Terra, em prol de sua evolução.
Este Brasão do Excelso Senhor SALO, é adotado como o Brasão da LOJA SOLAR DE IBEZ, de Letha, no Roncador, e, também, pela LOJA SOLAR DE IBEZ - Núcleo de Teurgia Roncador de Belo Horizonte, Sua Representação Oficial na face da Terra.
sIMBOLOGIA DA BANDEIRA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
A bandeira surgiu numa época em que a MAÇONARIA estava atuando fortemente em Minas Gerais.
TRIÂNGULO: Símbolo Maçônico, significa a trindade ou os três Aspectos do Logos (a Palavra).
A COR VERMELHA: Simboliza a Energia de Marte (Sexto Senhor, Senhor de Marte ou Melki-Tsedek).
7 G
Netsah - Glaudius
O setenário é o número sagrado em todas as teogonias e em todos os símbolos, porque é composto do ternário e do quaternário. O número sete representa o poder mágico em toda a sua força; é o espírito protegido por tidas as potências elementares; é a alma servida pela natureza; é o sanctum regnum de que falam as Clavículas de Salomão, e que é representado, no Tarô, por um guerreiro coroado, trazendo um triângulo na sua couraça, e de pé, em cima de um cubo, ao qual estão atreladas duas esfinges, uma branca e outra preta, que puxam em sentido contrário e voltam a cabeça, olhando uma à outra. Este guerreiro está armado com uma espada flamejante, e tem, na outra mão, um cetro rematado por um triângulo e uma bola.
O cubo é a pedra filosofal. As esfinges são as duas forças do grande agente, correspondentes a Jakin e Bohas, que são as duas colunas do templo; a couraça é a ciência das coisas divinas, que faz o sábio invulnerável aos golpes humanos; o cetro é a baqueta mágica; a espada flamejante é o sinal da vitória sobre os vícios, que são em número de sete, como as virtudes; as idéias dessas virtudes e desses vícios eram figuradas, pelos antigos, pelos símbolos dos sete planetas então conhecidos.
Assim, a fé, esta aspiração ao infinito, esta nobre confiança em si mesmo, sustentada pela crença em todas as virtudes, a fé, que, nas naturezas fracas, pode degenerar em orgulho, era representada pelo Sol; a esperança, inimiga da avareza, pela Lua; caridade, oposta à luxúria, por Vênus, a brilhante estrela da manhã e da tarde; a força, superior à cólera, por Marte; a prudência, oposta à preguiça, por Mercúrio; a temperança, oposta à gula, por Saturno, a quem se dá uma pedra para comer ao invés de seus filhos; e a justiça, enfim, oposta à inveja, por Júpiter, vencedor dos Titãs. Tais são os símbolos que a astrologia tira do culto helênico. Na Cabala dos Hebreus, o Sol representa o anjo de luz; a Lua, o anjo das aspirações e dos sonhos; Marte, o anjo exterminador; Vênus, o anjo dos amores; Mercúrio, o anjo civilizador; Júpiter, o anjo do poder; Saturno, o anjo das solidões. Chamam -nos também: Mikael, Gabriel, Samael, Anael, Rafael, Zacariel e Orifiel. Estas potências dominadoras das almas partilham a vida humana por períodos, que os astrólogos mediam sobre as revoluções dos planetas correspondentes.
Porém, não se deve confundir a astrologia cabalística com a astrologia judiciária. Explicaremos esta distinção. A infância é votada ao Sol, a adolescência à Lua, a juventude a Marte e Vênus, a virilidade a Mercúrio, a idade madura a Júpiter e a velhice a Saturno. Ora, a humanidade inteira vive sob leis de desenvolvimento análogas às da vida individual. É sobre esta base que Trithemo estabelece a sua clavícula profética dos sete espíritos de que falamos alhures, e por meio da qual se pode, seguindo as proporções analógicas dos acontecimentos sucessivos, predizer com certeza os grandes acontecimentos futuros, e fixar adiantadamente, de período em período, os destinos dos povos e do mundo.
São João, depositário da doutrina secreta do Cristo, consignou esta doutrina no livro cabalístico do Apocalipse, que ele representa fechado com sete selos. Acham - se aí os sete gênios das mitologias antigas, com as copas e espadas do Tarô. O dogma escondido sob estes emblemas é a pura Cabala, já perdida pelos fariseus, na época da volta do Salvador; os quadros que se sucedem nesta maravilhosa epopéia profética são tantos pantáculos que o ternário, o quaternário, o setenário e o duodenário são as chaves. As suas figuras hieroglíficas são análogas às do livro de Hermes ou da Gênese de Enoque, para nos servir de arriscado título que exprime somente a opinião pessoal do sábio Guilherme Postello.
Netsah - Glaudius
O setenário é o número sagrado em todas as teogonias e em todos os símbolos, porque é composto do ternário e do quaternário. O número sete representa o poder mágico em toda a sua força; é o espírito protegido por tidas as potências elementares; é a alma servida pela natureza; é o sanctum regnum de que falam as Clavículas de Salomão, e que é representado, no Tarô, por um guerreiro coroado, trazendo um triângulo na sua couraça, e de pé, em cima de um cubo, ao qual estão atreladas duas esfinges, uma branca e outra preta, que puxam em sentido contrário e voltam a cabeça, olhando uma à outra. Este guerreiro está armado com uma espada flamejante, e tem, na outra mão, um cetro rematado por um triângulo e uma bola.
O cubo é a pedra filosofal. As esfinges são as duas forças do grande agente, correspondentes a Jakin e Bohas, que são as duas colunas do templo; a couraça é a ciência das coisas divinas, que faz o sábio invulnerável aos golpes humanos; o cetro é a baqueta mágica; a espada flamejante é o sinal da vitória sobre os vícios, que são em número de sete, como as virtudes; as idéias dessas virtudes e desses vícios eram figuradas, pelos antigos, pelos símbolos dos sete planetas então conhecidos.
Assim, a fé, esta aspiração ao infinito, esta nobre confiança em si mesmo, sustentada pela crença em todas as virtudes, a fé, que, nas naturezas fracas, pode degenerar em orgulho, era representada pelo Sol; a esperança, inimiga da avareza, pela Lua; caridade, oposta à luxúria, por Vênus, a brilhante estrela da manhã e da tarde; a força, superior à cólera, por Marte; a prudência, oposta à preguiça, por Mercúrio; a temperança, oposta à gula, por Saturno, a quem se dá uma pedra para comer ao invés de seus filhos; e a justiça, enfim, oposta à inveja, por Júpiter, vencedor dos Titãs. Tais são os símbolos que a astrologia tira do culto helênico. Na Cabala dos Hebreus, o Sol representa o anjo de luz; a Lua, o anjo das aspirações e dos sonhos; Marte, o anjo exterminador; Vênus, o anjo dos amores; Mercúrio, o anjo civilizador; Júpiter, o anjo do poder; Saturno, o anjo das solidões. Chamam -nos também: Mikael, Gabriel, Samael, Anael, Rafael, Zacariel e Orifiel. Estas potências dominadoras das almas partilham a vida humana por períodos, que os astrólogos mediam sobre as revoluções dos planetas correspondentes.
Porém, não se deve confundir a astrologia cabalística com a astrologia judiciária. Explicaremos esta distinção. A infância é votada ao Sol, a adolescência à Lua, a juventude a Marte e Vênus, a virilidade a Mercúrio, a idade madura a Júpiter e a velhice a Saturno. Ora, a humanidade inteira vive sob leis de desenvolvimento análogas às da vida individual. É sobre esta base que Trithemo estabelece a sua clavícula profética dos sete espíritos de que falamos alhures, e por meio da qual se pode, seguindo as proporções analógicas dos acontecimentos sucessivos, predizer com certeza os grandes acontecimentos futuros, e fixar adiantadamente, de período em período, os destinos dos povos e do mundo.
São João, depositário da doutrina secreta do Cristo, consignou esta doutrina no livro cabalístico do Apocalipse, que ele representa fechado com sete selos. Acham - se aí os sete gênios das mitologias antigas, com as copas e espadas do Tarô. O dogma escondido sob estes emblemas é a pura Cabala, já perdida pelos fariseus, na época da volta do Salvador; os quadros que se sucedem nesta maravilhosa epopéia profética são tantos pantáculos que o ternário, o quaternário, o setenário e o duodenário são as chaves. As suas figuras hieroglíficas são análogas às do livro de Hermes ou da Gênese de Enoque, para nos servir de arriscado título que exprime somente a opinião pessoal do sábio Guilherme Postello.
O querubim ou touro simbólico que Moisés coloca à porta do mundo edênico, e que tem na mão uma espada flamejante, é uma esfinge, tendo um corpo de touro e uma cabeça humana; é a antiga esfinge assíria, de que o combate e a vitória de Mitra eram a análise hieroglífica. Esta esfinge armada representa a lei do mistério que vigia à porta da iniciação para desviar dela os profanos. Voltaire, que nada sabia de tudo isso, riu muito de ver um boi armado de espada. Que teria ele dito se tivesse visitado as ruínas de Mênfis e Tebas, e que teria a responder aos seus insignificantes sarcasmos, tão apreciados em França, este eco dos séculos, que dorme nos sepulcros de Psammético e Ramsés?
O querubim de Moisés representa também o grande mistério mágico, de que o setenário exprime todos os elementos, sem, todavia, dar a sua última palavra. Este verbum inenarrabile dos sábios da escola de Alexandria, esta palavra que os cabalistas hebreus escrevem traduzem por , exprimindo, assim, a triplicidade do princípio secundário, o dualismo dos meios e a unidade tanto do primeiro princípio como do fim, depois também a aliança do ternário com o quaternário numa palavra composta de quatro letras, que formam sete, por meio de uma tríplice e uma dupla repetição; esta palavra se pronuncia Ararita.
A virtude do setenário é absoluta em magia, porque o número é decisivo em todas as coisas; por isso, as religiões o consagraram nos seus ritos. O sétimo ano, entre os Judeus, era jubilar; o sétimo dia é consagrado ao repouso e à prece, há sete sacramentos, etc.
As sete cores do prisma, as sete notas da música, correspondem também aos sete planetas dos antigos, isto é, às sete cordas da lira humana. O céu espiritual nunca mudou, e a astrologia ficou mais invariável que a astronomia. Os sete planetas, com efeito, não são mais do que símbolos hieroglíficos dos laços de nossas afeições. Fazer talismãs do Sol, da Lua ou de Saturno, é prender magneticamente a vontade a signos que correspondem aos principais poderes da alma; consagrar alguma coisa a Vênus ou a Mercúrio é magnetizar esta coisa numa intenção direta, quer de prazer, quer de ciência ou proveito. Os metais, animais, plantas ou perfumes análogos são, nisso, nossos auxiliares. Os animais mágicos são: entre os pássaros, correspondentes ao mundo divino, o cisne, a coruja, o gavião, a pomba, a cegonha, a águia e a poupa; entre os peixes, correspondentes ao mundo espiritual ou científico, a foca, o celerus, o lúcio, o timalo, o mugem, o delfim, e a siba; entre os quadrúpedes, correspondentes ao mundo natural, o leão, o gato, o lobo, o bode, o macaco, o veado e a toupeira. O sangue, a gordura, o fígado e o fel destes animais servem para os encantamentos; o seu cérebro se combina com os perfumes dos planetas, e é reconhecido, pela prática dos antigos, que possuem virtudes magnéticas correspondentes às sete influências planetárias.
Os talismãs dos sete espíritos se fazem, quer em pedras preciosas, tais como o carbúnculo, o cristal, o diamante, a esmeralda, a ágata, a safira e o ônix, quer nos metais, como o ouro, a prata, o ferro, o cobre, o mercúrio fixo, o estanho e o chumbo. Os símbolos cabalísticos dos sete espíritos são: para o Sol, uma serpente, com cabeça do leão; para a Lua, um globo ocupado por dois crescentes; para Marte, um dragão mordendo o cabo de uma espada; para Vênus, um lingam; para Mercúrio, o caduceu hermético e o cinocéfalo; para Júpiter, o pentagrama flamejante nas garras ou no bico de uma águia; para Saturno, um velho coxo uma serpente enlaçada ao redor da pedra helíaca. Todos estes signos se acham nas pedras gravadas dos antigos, e particularmente nos talismãs das épocas gnósticas, conhecidos sob o nome de Abraxas. Na coleção dos talismãs de Paracelso, Júpiter é representado por um padre com hábito eclesiástico, e no Tarô é figurado por um grande hierofante vestido com a tiara de três diamantes, tendo na mão a cruz de três braços, formando o triângulo mágico e representando, ao mesmo tempo, o cetro e a chave dos três mundos.
Resumindo tudo o que dissemos da união do ternário e do quaternário, teremos tudo o que nos restaria a dizer do setenário, esta grande e completa unidade mágica, composta de 4 e 3.
O querubim de Moisés representa também o grande mistério mágico, de que o setenário exprime todos os elementos, sem, todavia, dar a sua última palavra. Este verbum inenarrabile dos sábios da escola de Alexandria, esta palavra que os cabalistas hebreus escrevem traduzem por , exprimindo, assim, a triplicidade do princípio secundário, o dualismo dos meios e a unidade tanto do primeiro princípio como do fim, depois também a aliança do ternário com o quaternário numa palavra composta de quatro letras, que formam sete, por meio de uma tríplice e uma dupla repetição; esta palavra se pronuncia Ararita.
A virtude do setenário é absoluta em magia, porque o número é decisivo em todas as coisas; por isso, as religiões o consagraram nos seus ritos. O sétimo ano, entre os Judeus, era jubilar; o sétimo dia é consagrado ao repouso e à prece, há sete sacramentos, etc.
As sete cores do prisma, as sete notas da música, correspondem também aos sete planetas dos antigos, isto é, às sete cordas da lira humana. O céu espiritual nunca mudou, e a astrologia ficou mais invariável que a astronomia. Os sete planetas, com efeito, não são mais do que símbolos hieroglíficos dos laços de nossas afeições. Fazer talismãs do Sol, da Lua ou de Saturno, é prender magneticamente a vontade a signos que correspondem aos principais poderes da alma; consagrar alguma coisa a Vênus ou a Mercúrio é magnetizar esta coisa numa intenção direta, quer de prazer, quer de ciência ou proveito. Os metais, animais, plantas ou perfumes análogos são, nisso, nossos auxiliares. Os animais mágicos são: entre os pássaros, correspondentes ao mundo divino, o cisne, a coruja, o gavião, a pomba, a cegonha, a águia e a poupa; entre os peixes, correspondentes ao mundo espiritual ou científico, a foca, o celerus, o lúcio, o timalo, o mugem, o delfim, e a siba; entre os quadrúpedes, correspondentes ao mundo natural, o leão, o gato, o lobo, o bode, o macaco, o veado e a toupeira. O sangue, a gordura, o fígado e o fel destes animais servem para os encantamentos; o seu cérebro se combina com os perfumes dos planetas, e é reconhecido, pela prática dos antigos, que possuem virtudes magnéticas correspondentes às sete influências planetárias.
Os talismãs dos sete espíritos se fazem, quer em pedras preciosas, tais como o carbúnculo, o cristal, o diamante, a esmeralda, a ágata, a safira e o ônix, quer nos metais, como o ouro, a prata, o ferro, o cobre, o mercúrio fixo, o estanho e o chumbo. Os símbolos cabalísticos dos sete espíritos são: para o Sol, uma serpente, com cabeça do leão; para a Lua, um globo ocupado por dois crescentes; para Marte, um dragão mordendo o cabo de uma espada; para Vênus, um lingam; para Mercúrio, o caduceu hermético e o cinocéfalo; para Júpiter, o pentagrama flamejante nas garras ou no bico de uma águia; para Saturno, um velho coxo uma serpente enlaçada ao redor da pedra helíaca. Todos estes signos se acham nas pedras gravadas dos antigos, e particularmente nos talismãs das épocas gnósticas, conhecidos sob o nome de Abraxas. Na coleção dos talismãs de Paracelso, Júpiter é representado por um padre com hábito eclesiástico, e no Tarô é figurado por um grande hierofante vestido com a tiara de três diamantes, tendo na mão a cruz de três braços, formando o triângulo mágico e representando, ao mesmo tempo, o cetro e a chave dos três mundos.
Resumindo tudo o que dissemos da união do ternário e do quaternário, teremos tudo o que nos restaria a dizer do setenário, esta grande e completa unidade mágica, composta de 4 e 3.
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