DWARAKA, A CIDADE DE OURO DE KRISHNA
ESQ.: Escultura representando Vishnu, encontrada no litoral de Dawaraka. DIR.: O TemploDwarakadish, às margens do rio Gomadi. IMAGENS HINDU-WISDOM
Dwaraka é uma sete cidades sagradas da Índia Antiga. As outras são: Ayodhya, Mathura, Benares, Kanchi e Ujjain. A grandiosidade e beleza de Dwaraka tem sido descrita por muitos cronistas. A cidade é mencionada como 'Cidade Dourada' no Shrimad Bhagvad Gita, no Skand Purana, no Vishnu Purana e também no Mahabaratha.
Dwaraka, conhecida por ser a capital do Reino do Senhor Krishna, não foi nem é uma lenda; antes, é bastante real. A região da costa oeste (indiana), onde Krishna estabeleceu os Yadavas, era repleta de frutos e flores. Ali, Krishna resolveu construir uma nova cidade e chamou-a Dvaravati. Uma sociedade avançada viveu no região. Era uma cidade bem planejada e tecnologicamente avançada, um porto movimentado de onde entravam e saíam grandes navios.
"O brilho amarelo da fortaleza dourada, da cidade, projetando luz à sua volta, como as flamas de Vadavagni se espalhando debaixo das águas" - [Magha, Sisupalavadha, saga2]. E veio o Dilúvio; e Dwaraka, a "cidade de ouro" desapareceu sob as águas. Isso aconteceu por volta de 1.500 a.C... Toda a costa oeste da Índia submergiu junto com a cidade do Senhor Krishna.
Arjuna parece ter sido testemunha dos estranhos acontecimentos que precederam o desastre. Um barulho retumbante saía da terra dia e noite; os pássaros gritavam sem parar e fortes ventos açoitaram a terra... O mar, que castigava as praias, subitamente venceu os últimos limites da Natureza. O mar irrompeu na cidade e as águas invadiram as ruas da magnífica Dwaraka. O mar cobriu todas as coisas. Eu vi as belíssimas construções submergirem, uma a uma. Em questão de poucos instantes, estava tudo terminado. O mar voltava ao seu plácido repouso, como um lago. E não havia qualquer traço da cidade. Agora, Dwaraka era somente um nome, somente uma lembrança" ...
MAHABARATHA
Poderia ter sido uma tsunami. Atualmente, os cientistas do National Institute of Ocean Tecnology of the Ocean Development (NIOT) estão averiguando esta hipótese. Enquanto trabalhavam para uma companhia de gás britânica, na região do Golfo de Cambay, há poucos anos, os cientistas do NIOT ficaram perplexos ao ver imagens de objetos e coisas completamente estranhas ao mundo submarino. Imediatamente, uma equipe de mergulhadores foi acionada e foram coletadas amostras, que foram enviadas para análise e datação. As amostras coletadas incluem artefatos diversos; pedaços de madeira, cerâmicas, ossos de animais. Várias instituições receberam material: Manipur University, Oxford University (Londres-UK), Institute of Earth Sciences (Hanover/Alemanha).
Os primeiros resultados resultados são assombrosos. Não resta dúvida que muitas amostras pertencem a um período histórico compreendido entre 7.800 a 3.000 anos passados. Nas camadas mais antigas do solo marinho, entre 2002 e 2003 foram descobertos dois palaeocanais, canalizações para águas fluviais que funcionaram antes da submersão.
Badrinarayanan, arqueólogo marinho e chefe coordenador do projeto, diz que o mais assombroso foi que "todos os membros da equipe, incluindo o mestre do navio, que era um católico cristão, nós sonhamos com estranhas visões na noite anterior à descoberta e sentíamos que ia acontecer alguma coisa grande e incomum".
O Profº Gartia (The Journal of Indian Ocean Archaeology, nº2/2005), depois de conduzir extensas investigações concluiu que a região de Gurajat sofreu aos menos três grandes terremotos em, aproximadamente, 1500. 3000 e 5000 anos a.P. (antes do Presente). Evidencias geomorfológicas também confirmam que o noroeste do território indiano foisismicamente ativo durantes os últimos 10 mil anos. Esses terremotos foram semelhantes àquele que deve ter provocado a submersão de Dwaraka.
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A PONTE DE RAMA
Foto da NASA, de 2003, onde se vê claramente a antiga ponte entre a Índia e Sri Lanka. O Ramayana menciona esta ponte. Naquele épico hindu, Rama teria construído a ponte,com ajuda do deus-macaco Hanuman há 1 milhão e 700 mil anos atrás! DIR.: Rama abraça Hanuman.
Recentemente lemos nos jornais da Índia os planos construção de uma passagem de navios drenando o mar entre a Índia e o Sri Lanka. Porém, o lugar,escolhido pode ser uma antiga herança da Índia. A mítica ponte de Adão está realmente em perigo. Quem salvará este antigo monumento? Pode Hanuman, o deus macaco, um grande herói adorado por milhões de pessoas salvar a ponte subaquática de Rama?
De fato, o projeto colocaria em perigo a ponte subaquática de Rama, conhecida como ponte de Adão. De acordo com o épico hindu, o Ramayana, o adorado herói, Hanuman, o deus-macaco, honesto, leal e dedicado a Rama, liderou um exército de macacos e ursos para construir uma ponte da Índia para a ilha de Lanka. Através dessa ponte, Rama resgatou Sita, que estava aprisionada no palácio do rei dos demônios Rakshasas, Ravana.
Todos os macacos... reuniram-se... Juntaram rochas e árvores e levaram-nas da floresta para a praia. ...E grande foi a movimentação de madeiras e pedras lançadas ao mar. No primeiro dia, assentaram 14 léguas; no décimi quinto dia, a ponte estava terminada. Larga, firme, elegante... [Myths of the Hindus A.K. Coomaraswamy]
Em outra versão, Hanuman, que tinha o poder de alterar a própria forma e dimensão, agigantou-se de modo que, estendendo sua calda, fez de si mesmo uma ponte entre o sul da Índia e a ilha de Sri Lanka (Ceilão).
Este infeliz projeto coloca o meio ambiente em perigo, como a destruição da costa de corais, que protegeu a Índia do tsunami de 2004. A ponte de Adão é um lugar sagrado para os hindus. Vários protestos tentam impedir a ação do governo.
Em 2002, um satélite da NASA fotografou a ligação entre o continente Hindu e a Ilha Sri-Lanka comprovando os eventos descritos no Ramayana. Uma equipe de cientistas indianos concluiu que a ponte tem uma formação geológica de 17 milhões de anos. É claro que existe interesse comercial por parte do Governo da Índia, mas quem irá proteger os direitos religiosos e ambiente, que reúne cerca de um bilhão de hindus que se deslocam para esse lugar sagrado. In UFO AREA 31/03/2007
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Ruínas Submersas
Por mais de cinco mil anos Dwaraka foi considerada um mito. Muitas gerações falaram desta cidade como se fosse uma lenda fantástica: "A descoberta da legendária cidade de Dwaraka que, segundo a tradição foi fundada por Sri Krishna, é um importante marco na história da Índia. Para os historiadores, não há dúvida sobre o valor documental do épico Mahabaratha, onde há referência a Dwaraka. Existe uma significativa lacuna, na história da Índia, entre a Idade Védica e os dias atuais." - explica Dr. S. R. Rao. Rao confirmou as descrições encontradas em textos sânscritos. Dwaraka, definitivamente, não é um mito; antes, é um referencial importante da história da Índia.
Remanescentes de antigas estruturas arquitetônicas vêm sendo descobertas na Dwaraka de hoje, debaixo d'água e no continente pela equipe de pesquisa da Underwater Archaeology Wing (UWA - 'Divisão' de Arqueologia Submarina) of The Archaeological Survey of India (ASI - Pesquisa Arqueológica da Índia). Alok Tripathi, arqueólogo superintendente da UWA, disse que ruínas submersas encontradas no mar da Arábia ainda não foram identificadas.
"Ainda não descobrimos o que são estes fragmentos, se são uma parede, um templo... São parte de alguma estrutura", disse Tripathi, que também é um mergulhador especializado. Trinta moedas de prata de cobre também foram achadas em escavações próximas. As ruínas, em terra, pertencem ao período Medieval. Depois que as moedas forem limpas, poderão indicar a época a que pertencem.
Dwaraka é uma cidade costeira em Jamnagar, distrito de Gujarat, Índia. A Dwaraka de hoje é identificada como local da antiga Dwaraka, chamada Dvaravati, mencionada no Mahabaratha como "a cidade de Krishna". Naquela parte da costa havia um porto que muitos estudiosos identificam com a ilha de Barka, mencionada em Periplus of ErythreamSea (Périplo do Mar de Eritréia). A cidade antiga, foi tragada pelo mar há milhares de anos.
As primeiras escavações arqueológicas em busca da cidade foram realizadas em terra, pelo Deccan College, Pune do Departamento de Arqueologia de Dwaraka, instituição do governo Gujarat, em 1963 sob a direção de H.D. Sankalia, revelou muitos artefatos centenários.
A segunda iniciativa foi levada a termo pela ASI - Pesquisa Arqueológica da Índia, em 1979, conduzida pelo Dr. S.R. Rao, (mencionado acima) que encontrou peças de cerâmica vermelha e brilhante com idade estimada em mais de 3 mil anos. Baseados no resultado desta escavação, a pesquisa no mar da Arábia, submersas, começaram em 1981 e, desde então, os cientistas têm trabalhado no local.
Recentemente, em janeiro de 2007, a Underwater Archaeology Wing (UWA - 'Divisão' de Arqueologia Submarina), recomeçou as escavações. Dr. Tripahhi disse que "Para estudar o todo da cidade, as escavações estão sendo conduzidas simultaneamente em mar (imagem. acima) e terra, perto do templo Dwarakashish a fim de estabelecer as correspondências possíveis entre as estruturas que foram achadas e identificadas."
Lenda
A antiga cidade de Dwaraka, situada a extremo oeste da costa indiana, ocupa um lugar de importância na história da religião e cultura da Índia. A fabulosa arquitetura do templo de Dwaraka atrai turistas de todo o mundo.
A cidade, que se estenderia por 12 yojanas [unidade de medida da antiga Índia védica, entre 4 e 9 milhas] - é associada ao Senhor Krishna, que é seu fundador. Em seu passado glorioso Dwaraka foi uma cidade que possuía magníficos jardins, lagos, canais e palácios. Acredita-se que sucumbiu a uma enchente violenta, depois da partida de Krishna.
Diz a lenda que Sri Krishna matou o demônio Kamsa (seu tio materno) e fez de Ugrasena (seu avô materno), o rei de Mathura. Enfurecido, o sogro de Kamsa, Jarasandha (rei de Magadh), junto com seu amigo Kalayavana, atacou Mathura 17 vezes. Para proteger o povo, Krishna e os Yadavas decidiram mudar a capital do reino de Mathura para Dwaraka.
Os Yadavas foram uma casta e uma dinastia hindu. São mencionados nos Vedas como sendo os descendentes de Yadu. Segundo o Bagavad Gita, os Yadavas eram possuidores de grandes conhecimentos místicos, tão antigos quanto Manu (versão hindu do Ser nascido de si mesmo criador de todos os outros seres com diferentes de graus de autoconsciência).
Krishna e os Yadavas, partindo de Mathura, chegaram à costa de Saurashtra e decidiram construir sua capital na faixa litorânea e, assim, invocaram Visvakarma, divindade da construção. Mas Visvakarma disse que a tarefa somente poderia ser realizada se Samudradeva, Senhor do Mar, providenciasse alguma terra. Krishna fez culto a Samuradeva, conseguiu as 12 yojanas e Visvakarma ergueu Dwaraka, a cidade de ouro. Quando Krishna deixou o mundo, os líderes Yadavas pereceram em lutas entre si mesmos. Dwaraka, então, foi engolida pelo mar.LINKS:
Nal Madol: O Mistério da Cidade Submersa
Yonaguni: Pedaço da Lemúria no Mar do Japão
LEMÚRIA: O Continente Submerso da 3ª Raça