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14 de abr. de 2023

Sensibilidade crônica

 


Uma dica a quem precisa saber sobre estados crônicos e procurar adequado conhecimento.  Sindromes múltiplas, química múltipla, sensibilidade crônica entre outras.


Raramente se encontra tal explicação no Brasil. 

Implícito pesquisas em ótimos sites, ver link abaixo. 



Link 👇

https://shcmedical.pt/doencas/sindrome-sensibilidade-central.


Os pacientes com estes sintomas são frequentemente diagnosticados, por diferentes especialistas, como sofrendo de Fibromialgia, Síndrome de Fadiga Crónica, Síndrome de Intestino Irritável, Enxaqueca ou Cefaleia Tensional, Síndrome de Pernas Inquietas e Síndrome de Sensibilidade Química Múltipla, entre outros. Atualmente, a Síndrome de Sensibilidade Central (SSC) engloba todas estas patologias, passando estas de serem consideradas como entidades independentes a ter uns mecanismos de produção comuns, o que significa que o paciente não é afetado por várias doenças, mas sim por um só transtorno que pode provocar toda a sintomatologia descrita.
O desenvolvimento do estudo da SSC permitiu concluir que existe uma hiperexcitabilidade dos neurónios, o que provoca uma sensibilização central aos diferentes estímulos periféricos: dor, cheiros, ruídos, alimentos, produtos químicos, campos eletromagnéticos, mudanças climatológicas, stress, infeções, uso de fármacos, etc. Também está presente uma hipersensibilidade imunológica a diferentes antigénios alimentares, químicos (fármacos, detergentes, sabões, cremes, maquilhagem, etc.), físicos (luz, ruído, calor, frio, mudanças climatológicas, etc.) e, em conjunto, a desregulação destes dois sistemas, imunológico e central, produz uma alteração no sistema endócrino.


MECANISMOS
A sensibilização central e imunológica é responsável pela redução dos limites de tolerância perante diferentes estímulos e, portanto, pelo incremento da sensibilidade, provocando o fenómeno wind-up e a dor persistente, mesmo depois de eliminado o estímulo.
Este fenómeno wind-up pode ser também responsável pelo excesso de resposta aos diferentes estímulos. Quando esta sensibilização se mantém ao longo do tempo, produzem-se mudanças na neuroplasticidade do paciente, que se podem comprovar através de provas de imagem, como as ressonâncias magnéticas funcionais. Também se detetam sinais característicos através da SPECT (single photon emission computed tomography) ou da magnetoencefalografia, entre outros.
O mau funcionamento do SNC e do sistema imunológico termina afetando o sistema endócrino.



Na SSC existe, portanto, uma desregulação neurossensorial que vai produzir alterações neuroendócrinas e do sistema imunológico, desenvolvendo-se um círculo vicioso, que está na origem dos múltiplos sintomas e síndromes presentes neste processo.
A cronificação do processo dará lugar a um aumento do stress oxidativo e dos radicais livres, provocando a libertação de substâncias pró-inflamatórias e imunológicas, causando a disfunção nas mitocôndrias, etc. A desregulação de todos estes sistemas intimamente relacionados dá lugar a uma sintomatologia complexa e variada, uma vez que nenhum órgão se livra da ação destes sistemas.







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27 de jan. de 2019

Sunday e apoio à Síndromes e pesquisas



https://youtube.com/playlist?list=PLtwN0TBWW8K44uVPIimNwIu3RWrIG2oit&si=uuySK388EAaga1of


https://sundaytherapies.blogspot.com/2019/01/sunday-pesquisas-de-sindromes-e-apoio.html


Olá, em tempos pesquiso entre o virtual e o campo de estudos reais, existenciais entre terapias integrativas, benefícios e qualidade de vida. Existe um especial envolvimento entre cores, imagens, sons ( arte e expressão) e as transformações da mente, meditações e muitos outros trabalhos já realizados a fim de melhorar estágios das muitas síndromes que disparam, especialmente em Fibromialgia, Fadigas Crônica e Adrenal, Química Múltipla, portanto entre somas a Síndrome de Sensibilidade Central. Passando da convencional para ortomolecular, exames como o Vegatest ( biotest) Oring Test, neurobiofeedback e vários outros exemplos que pesquisadores, escritores e pacientes procuram divulgar para que cada pessoa possa encontrar uma especial qualidade de vida.


Nestas pesquisas quanto mais arte e sons de qualidade conforme gosto pessoal, mas que estejam conectados com a luz, com a alegria e com todas as melhores influências ao metabolismo, tanto melhor e saudável. Existem fases e situações de pessoas com sensibilidades extremas e conectadas a energia também, portanto se são fases específicas vão configurar outra energia, podendo estimular para desenvolver estas capacidades e melhorar os efeitos colaterais, nestes campos as síndromes podem ou não serem envolvidas. É caso de canais e seres com energia de transformação junto à grade planetária.


Existem alguns nomes no cenário artístico, portadores de síndromes como a fibromialgia, que talvez não tenham desencadeado a Fadiga ou a Química Múltipla por cuidados adequados à qualidade de vida, saúde, especial condição financeira para manter a arte como mediadora de conflitos e até mesmo a questão do uso da arte como sensibilidade positiva, o que a meu ver exerce excelente motivação para cuidar deste lado psíquico das síndromes. Entretanto tudo é relativo ao que se propõe e igualmente complexo para análise.


Em parceria com sites já antes mencionados no Integrativas e Solar8, uma página específica está à disposição para análise de outros grupos e parceiros que buscam informações.


Entretanto neste espaço do Sunday Therapies só há pesquisas e imagens que possam refletir exatamente a qualidade da busca alternativa, as principais formas de aprender com a transformação do humor, arte, tecnologia e fluxos que possam ajudar a cada ser que desencadeia a Síndrome como a chamo no Projeto Sim > Síndromes Múltiplas.


È preciso compreender de uma  só vez que as pessoas que não possuem este desencadeamento das síndromes, não vão ter interesse em compartilhar, conversar e validar tais propósitos, nem mesmo a área médica deseja abrir espaço a tais debates e informações pelos motivos claros que tudo citado dá muito trabalho e nenhum retorno financeiro. Pelo contrário, somando gastos e esforços, somando tempo e dedicação, exemplificando com a vida, ela em destaque nos momentos de enfrentamento das questões, podem ter certeza que estes outros que não possuem a menor ideia do que se trata, farão uso do manto da invisibilidade, sumindo de qualquer proposta de estudo e análise, conversa ou olhar. Então não mais dá para ouvir sobre os "inventores de dores", seja como for, já existem inúmeros dados que a situação é complexa, há envolvimento de DNA, Imunologia, stress, adrenal, alimentação e intestinos ( disbiose), alimentos que são tóxicos, sono e qualidade de vida em apuros. Na tecnologia atual alguns testes com máquinas específicas ligadas a computadores revelam campos neurológicos em transformação constante, comportamento alterado, sensibilidade aumentada nas áreas neurológicas, etc.


Entretanto há pouquíssimas pesquisas e notícia a respeito de sensibilidade a seres com energias alteradas significativamente, campos eletromagnéticos e sensorial amplo, tal como ativações de energias entre canais metapsíquicos, observadores, ( então os artistas voltam à pesquisa).


Claro está, quanto às opressões, quanto aos traumas em qualquer nível de stress, não importa se é uma pequena margem ou está em picos, porque o diferencial é o MEDO, INSEGURANÇA, a exaustão que ocorre para se ADAPTAR ao meio que não mais é significativo, a pressões para que se viva de acordo com a maioria, a exclusão por incapacidade de reagir de maneira a agradar a todos os setores ( familiares, sociais, financeiros, profissionais, regras que determinam a Dimensão).


Em cada forma de representar teses e entendimentos, haverá uma nova história de vida, um novo olhar para desenvolver a si mesmo ( especialmente sem precisar de medicamentos). Mesmo na área integrativa e alternativa, fitoterápica e alimentação nutracêutica há fases e adaptações caso a caso, para que se possam analisar conteúdos e avanços que caibam para mais pessoas. As linhas são de autonomia e respeito desde que estejam trazendo uma forma de compartilhar esclarecimento e atualizações.


Já estive em grupos e voluntariados, também virtuais, mas o maior problema é que é preciso ampliar a visão sistêmica, adaptar o pensamento para qualidade de vida a todo custo, ampliar a energia que já está sob pressão e ao redor não existe o apoio adequado. Há casos diferenciados que um parente começa a dar suporte, mas é raro. Há casos de empenhos como as associações, mas o número de pessoas traz esgotamento de temas insolúveis. Há alternativas entre medicina chinesa, alimentação adequada, meditação, pilates e hidro, retirada de metais pesados, uso de florais, aromaterapia, reiki, radiestesia, radiônica, entre outras séries de complementos para aliviar cargas e energias, tal como as psíquicas e de impacto. Porém, uma delas é o atual bloqueio da maioria e trata-se do financeiro agravado da incapacitação ao trabalho sem aval de setores competentes. Então o físico passa a ter mais complicações físicas e o emocional dispara para bloqueios energéticos, onde o medo e a insegurança são plataformas que conduzem em stress todo o processo.


Ainda pesquiso, por vontade e interesse de que alguém em algum lugar saberá colocar todas estas pesquisas em alta e reformular adequadamente para pessoas e dimensões claras.


E vivo sem medicação oficial há cerca de 10 anos, não significa que as dores sejam menores, mas entre energias muito ocorre e talvez a teimosia de continuar tentando. Aprecio as pesquisas, muitas já caíram e outras são demasiadamente importantes, naturais e essenciais.


O que acontece ( de forma leiga) é que no começo tratam de causas e fases isoladas como faringe, cabeça e coluna, etc. Depois o stress acusa distúrbios que são camuflados entre medicações e protocolos de atendimentos que causam mais desconfortos, logo mais o estado crônico amplia a sensibilidade, surgem inflamações silenciosas, hipersensibilidade ao longo do tempo, as comorbidades. Então deixa de ser síndrome específica, estamos em um complexo humano, ser vivente e que precisa compreender o estágio emocional de si mesmo, enquanto o que está ao redor apenas dispensa mais comentários. Os especialistas são muitos e todos mandam de volta para casa com um sinto muito. Resumindo...claro!
Quantos são os exames e consultas, remédios e fatores estressantes sem resultados? Se fossem aplicados num só projeto haveria fundo de pesquisas suficientes, por serem milhares em todo mundo.
O momento chegou junto à transição do planeta, poucos do mundo tradicional conhece os dados e as implicações. A área alternativa vem tentando esclarecer sintomas de transição. São confusos aos olhos que não se permitem observar.


Esclarecendo que são pesquisas, nada pronto, cada Ser precisa cuidar de Si, do que está conectado, desativar conexões que o tornam alvo de stress, mudar alimentação e buscar autoconhecimento, ortomolecular que conheça síndromes, apoio com alguém que propicie espaço de busca. Ser criativo na visão quântica do Cosmo que habita, sendo mais natural possível. Escolhendo seus arquétipos e transformando seu interior, pronto a transforma sua história.


email terapiastral@gmail.com
youtube Terapiastral
Página Sunday Therapies/https://www.facebook.com/NevlownS/
https://www.facebook.com/INTEGRATIVAS.SOLLESSA

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20 de nov. de 2018

Linguagens da dor

Pesquisas
Síndromes múltiplas 


O pedido

http://sollessa.blogspot.com/2018/11/o-pedido_16.html

Direcionado a pesquisadores, colaboradores e pacientes que podem transformar cada caso em uma nova e melhor direção à vida humana nestes campos de síndromes.

Em busca de pessoas que possam ampliar os campos de pesquisas com respostas mais avançadas.


O que é a Fibromialgia além do nome ? Bem, algumas idéias sobre a manifestação desta síndrome que nunca está só ( há inúmeros fatores adicionais conforme cada caso, comorbidades, reações e pontos de vista clínico ou alternativo.
Porém, é o Ser Humano que passa pelo processo uma grande busca entre desafios e fases, sem uma fórmula que funcione para a maioria e mínimos dados práticos, uma vez que as pesquisas são caras e distantes da realidade desses da situação [FM/FC/SQM & afins]

https://www.youtube.com/playlist?list=PLAF99DAA939974298


Em campo há muitos anos variando pesquisas e buscando sinais de melhora a cada situação. Os gastos não são práticos e exigem observador atento e criativo. Em cada busca e avaliação pessoal e de campo, observar que os resultados com medicação ( minha ótica pessoal) só mascaram e pioram as buscas. Claro que dores são infinitas e descrever é improvável. Algum medicamento natural ou alternativo precisa ser ajustado para controlar as alterações constantes e desafios. No campo pessoal ( há quase 30 anos) eram os pontos de dor, sem diagnóstico adequado. Experiência nos últimos 11 anos sem medicação convencional. Inúmeras terapias, autodesenvolvimento importante e chuvas de pesquisas bio/ortomolecular/ quântica/ alternativos sistemas de controle. Associação com fadiga crônica e a nada conhecida Síndrome da química múltipla com marcadores de medicamentos ( efeitos colaterais ?) Enfim, sempre de olho nas possibilidades de uma melhora.

Infelizmente, valores humanos são filtros que nem todo profissional que detém conhecimentos sobre casos similares, possuem em aberto. Deparando graves questões financeiras e dificuldades de acessibilidade ¶ aos que seriamente apontam soluções¶ uma minoria tenta equilíbrio, mudanças alimentares, de buscas pessoais e de postura de vida.
Tantos indevidamente orientados ou resistentes à busca integrativa, muitos não sabem a direção de buscas que atenuam a dor. Enquanto isso rever os meios prováveis e soluções de saúde, alimentares e disciplinares,dimensão própria. Distante da vida "normal" que outra maioria sem síndrome chama de verdade, fortalecer o Eu Maior. É fato rever situações ligadas a stress num todo ( energia físico emocional, dimensões)
O vegatest apresenta indicadores químicos, a energia necessita de equilíbrio e apoio incondicional, é preciso tudo o que instrui com qualidade múltipla. O Agora!? Eterno buscador e observador. 🕉☯ Contribua com atualizações e pesquisas


Sindromes álgicas
https://youtu.be/Whoe4uoDCyI

https://youtu.be/MEloFM6zu3M

****** https://youtu.be/EnrPc2U__tw

FADIGA ADRENAL ( CORTISOL) BUSCAS SOBRE FADIGAS
https://www.youtube.com/watch?v=2HToawSiFoA

Fibromialgia dor e sensibilidade Muscular - tratamento do desequilíbrio energético
https://youtu.be/eUp3uRiLcSg

https://youtu.be/exKgfBGGmYE

https://youtu.be/rmhsJbWtK1c

Múltipla
https://youtu.be/8cDyhmT5rLU

https://youtu.be/BIey78Ug9DA

https://solar8.blogspot.com/2019/01/sindromes-dor-e-pesquisas.html


https://www.sessec.org/
https://www.shcmedical.es/enfermedades/sindrome-sensibilidad-central/


http://fibromialgia247.com/100-sintomas-de-fibromialgia/



http://fibromialgia247.com/quando-a-fibromialgia-afeta-seus-pes/


https://www.efesalud.com/sindrome-sensibilidad-central


https://www.shcmedical.es/enfermedades/sindrome-sensibilidad-central/

https://www.saudecuf.pt/mais-saude/artigo/fadiga-cronica
http://www.myos.com.pt/default.aspx



https://www.tuasaude.com/fadiga-adrenal/


1 de dez. de 2016

Dores físicas e Fibromialgia, Síndromes

Fibromialgia



A fibromialgia foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1992. Atualmente, a fibromialgia afeta 4% da população, sendo que deste total quase 90% são mulheres.
É conhecida como a “doença invisível” porque afeta todas as partes macias do aparelho locomotor e não pode ser diagnosticada facilmente através de exames médicos. A fibromialgia não se vê, não deixa marcas na pele nem provoca feridas que outros possam ver. É uma dor solitária, desesperadora.

Sofrer de fibromialgia é algo muito duro: não sei como vou acordar hoje, se conseguirei me mexer, se poderei rir ou só terei vontade de chorar… O que eu sei com certeza é que não finjo: eu sofro uma doença crônica.
Atualmente ainda se desconhece a etiologia desta doença, mas o que sabemos é que ano após ano são mais pessoas diagnosticadas, por isso a medicina está tentando trabalhar em uma intervenção o mais globalizada possível, incluindo, evidentemente, o aspecto biopsicossocial.
Hoje queremos apresentar algumas dicas básicas para que você possa enfrentar a doença com força, melhorando a sua qualidade de vida na medida do possível. Quando uma pessoa não pode se levantar da cama porque sente que “agulhas ardentes” ferem as suas articulações, não está fingindo nem procurando uma desculpa para não ir ao trabalho. Quem sofre de fibromialgia deve adicionar à sua própria doença a incompreensão social, com a sensação de se sentir invisível em um mundo que só acredita no que vê.
O principal problema da FM (fibromialgia) está na controvérsia da sua origem: psicológica ou orgânica. Estas são as principais conclusões que os especialistas apontam:
Possível origem da fibromialgia


É preciso esclarecer em primeiro lugar que não existe evidencia médica que relacione a fibromialgia com uma doença psiquiátrica.
Alguns autores falam de que cerca de 47% dos pacientes sofrem de ansiedade, mas é preciso considerar também que esta dimensão psicológica pode ser uma resposta da própria dor, da própria doença.
Segundo um trabalho publicado na revista “Arthritis & Rheumatology” quem sofre de fibromialgia experimenta uma maior hipersensibilidade à estimulação sensorial cotidiana.
Através de uma ressonância magnética os pesquisadores descobriram que frente a um estímulo visual, tátil, olfativo ou auditivo, as regiões de integração sensorial cerebral sofrem um sobre estímulo maior que o normal.
As pessoas com fibromialgia têm um maior número de fibras nervosas sensoriais nos seus vasos sanguíneos, de modo que todo estímulo ou mudança de temperatura causa uma dor intensa.






Algo a considerar é que qualquer fator emocional irá aumentar a sensação de dor nestas fibras nervosas. Uma situação pontual de estresse irá resultar em uma sobrecarga na estimulação e em dor, e a sensação de dor e cansaço crônico pode conduzir o paciente à impotência e inclusive a uma depressão.
Portanto, caímos em um círculo vicioso no qual uma doença de origem orgânica é aumentada pelo fator psicológico. Por isso, vale a pena controlar a dimensão emocional para atenuar ou pelo menos “controlar” a origem etiológica.
Estratégias psicológicas para enfrentar a fibromialgia
A dor crônica faz parte da nossa realidade social, sendo a fibromialgia (FM) uma das suas principais causas. Agora que já temos clareza de que fatores como estresse ou a tristeza irão aumentar a sensação de sofrimento, é importante introduzir algumas estratégias básicas de enfrentamento que podem ajudar.

Hoje você se levantou, se vestiu e pode sair para a rua. Ninguém mais entenderá as suas conquistas, mas esses pequenos triunfos são importantes para você e devem lhe dar forças: você pode ser mais forte que a sua doença.


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Nota particular.
Entre mais outros dados de pesquisa obter esclarecimentos caso a caso sobre a Fadiga Crônica, estados do Stress e da síndrome de química múltipla ( SQM)
Normalmente os fatores se apresentam em trios e não é dada a informação correta, por se observar apenas físico e emocional, entretanto o campo é maior com sintomas de energias alteradas e resultados físicos complexos, piorando quando há medicação sem conhecimento do processo integral.
Estudos da Espanha e Portugal são importantes para contribuição desta pesquisa e juntando a novos equipamentos de biorressonância para aprimorar entendimentos. A quântica ajuda muito a entender os campos paralelos que influenciam nas síndromes, a importante tarefa de assumir a energia e deixar o trajeto social e comum para uma finalidade de vida maior e pessoal.




Fadiga crônica:

tratamento com suplementos e ervas

Fadiga crônica: tratamento com suplementos e ervas
Sentindo-se com Fadiga o tempo todo? Você não está sozinha(o). Na verdade, a fadiga é uma das queixas mais comuns que levam os adultos a consultórios médicos. A boa notícia é que graças aos conhecimentos atuais em termos de suplementação, associada a avaliação clínica, laboratorial e corroborados pela bioressonância, podemos detectar a origem da fadiga e tratá-la sem efeitos colaterais.


– Algumas causas da fadiga são óbvias, como: Falta de sono ou uma doença médica, mas muitos outros são mais difíceis de identificar: Depressão ou ansiedade, Excesso de trabalho, Vida sedentária, Fatores nutricionais, ou mesmo um Medicamento pode contribuir para a fadiga ou causar uma sensação de baixa energia.
– A fadiga pode ainda ser devido a várias outras causas, tais como: – Infecções, – Déficit do Eixo Hipotálamo-Pituitário Adrenal (HPA) – Pressão Arterial Anormalmente Baixa e Tonturas (Hipotensão Mediada Neuralmente) – Deficiência Nutricional – Insuficiência cardíaca congestiva, – Hipotireoidismo ou diabetes. – Perturbações do sono provocadas pela menopausa, ou – Mudanças físicas que acompanham o envelhecimento. – Correlações com síndrome de fadiga crônica: – Fibromialgia, – Viroses ou em recuperação de, – Disfunção imunológica, – Baixa de oxigênio, – Problemas intestinais, – Toxicidade de metais, – Toxicidade química e sensibilidade química, – Depressão e – Dores musculares e articulares.


Das causas de fadiga a principal relaciona-se a deficiência das supra-renais, em geral devido a um estresse crônico.
Alguns fatores comuns que colocam o excesso de estresse em suas glândulas supra-renais como:
– Raiva, medo, ansiedade, culpa, depressão e outras emoções negativa.
– Excesso de trabalho, incluindo a tensão física ou mental
– Excesso de exercício
-Privação de sono
– Interrupção do ritmo circadiano pela luz (como trabalhar no turno da noite ou muitas vezes ir dormir tarde)
-Entre as infecções destacam-se: – Vírus Epstein-Barr, também conhecida como mononucleose – Herpesvírus humano 6, comum em pacientes com AIDS ou em receptores de transplantes, ou usuários de imunossupressores – Infecção por enterovírus – Rubéola – Candida albicans – Bornavirus – Mycoplasma – vírus Ross River – Coxiella burnetti, o agente que causa a febre Q – HIV, o vírus que causa a SIDA, – Vírus xenotrópico de vírus da leucemia murina (XMRV), um gammaretrovirus






Se há Fadiga é fundamental comer corretamente para ter a energia correta: uma dieta equilibrada que inclua uma variedade de carboidratos, proteínas e gorduras, com ênfase em vegetais, grãos integrais e óleos saudáveis. Mas, tomar um multivitamínico aleatoriamente não vai garantir que você obtenha as vitaminas e minerais que você precisa, somente tendo exames em mãos, juntamente com a análise dada pela bioressonância, poderemos estabelecer quais os suplementos estão deficientes, para repô-los adequadamente. – Praticar exercícios ao sol pode ser uma ótima dica também.

As pessoas com Fadiga crônica têm esmagadora fadiga e uma série de outros sintomas que não são melhorados pelo repouso em cama e que pode piorar após a atividade física ou esforço mental. Eles muitas vezes funcionam em um nível substancialmente menor de atividade do que eram capazes de antes que eles ficaram doentes. Além da fadiga severa, outros sintomas incluem dor muscular, perda de memória ou concentração mental, irritação, insônia e mal-estar pós-esforço com duração superior a 24 horas. Em alguns casos, o CFS pode persistir por anos..


Terapia com Suplementos
– SUPLEMENTAÇÃO:
Indicados a Fadiga de acordo com a avaliação clinica, exames complementares e corroborados pela bioressonância para sabermos qual a opção certa em cada caso, aqui apenas alguns exemplos:
– B-50, 2-3 vezes por dia por 3 meses
– Ácido fólico de 1 a 10 gr ao dia por 3 meses
– Vitamina B-12 2,5grms 3 a 4 x por semana por 3 a 4 meses
– Vitamina C de 10-15 gramas por dia, em doses divididas
– Zinco 30-45 mg ao dia de picolinato de zinco
– Magnésio quelato
– CoQ10 200-400 mg de 3 a 4 doses ao dia
– Acetil-L Carnitina 2 e ½ gramas ou mais, ao dia 3-4 vezes ao dia
– Ginseng
– 5-HTP 750 mg por dia.


Demais Tratamentos (Acupuntura e Homeopatia)
Existem inúmeros relatos clínicos e dados científicos de melhora da evolução de quadros de Fadiga através da associação da homeopatia e acupuntura, devendo ser usadas somente sob a supervisão, e/ou consulta de um profissional de saúde qualificado.
Entre outras ervas cito Alecrim, cavalinha, tribulus,
Claro que todas essas e demais possibilidades devem antes ser checadas através de dados clínicos, anamnese completa, além de exames complementares, podendo incluir o eletro-escaneamento, microscopia e a bioressonância, para termos certeza das melhores opções terapêuticas.
E também sem nos esquecermos dos fatores predisponentes, ou desencadeantes que levaram a este quadro clínico, o que pode até requerer o acompanhamento de demais especialistas.

e-mail paraclement.hajian@gmail.com
Referências ao tratamento da Fadiga: – http://orthomolecular.org/nutrients/vitamins.shtml – http://orthomolecular.org/nutrients/proteins.shtml – http://www.health.harvard.edu/healthbeat/HEALTHbeat_070308.htm – http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2009/09/05/most-common-cause-of-fatigue-that-is-missed-or-misdiagnosed-by-doctors.aspx – http://www.encognitive.com/node/1108 – http://www.restoreunity.org/syndrome_cronic_fatigue.htm – http://orthomolecular.org/nutrients/fats.shtml 

–http://www.criesaude.com/novoortomolecular/fadiga-tratamento-com-suplementos/



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6 de jun. de 2016

Fibromialgia em pesquisa

 

Pesquisadores descobriram a principal fonte de dor em pacientes com fibromialgia, e ao contrário do que muitos acreditam, não derivam do cérebro. Os resultados marcam o fim de um mistério de décadas sobre a doença, que muitos médicos acreditavam ser fruto da imaginação dos pacientes.
O mistério da fibromialgia deixou milhões de pessoas que sofrem à procura de esperança em medicamentos para a dor. Até recentemente, muitos médicos pensavam que a doença era “imaginária” ou psicológica, mas os cientistas agora revelaram que a principal fonte de dor resulta de um excesso de fibras nervosas sensoriais presentes ao redor dos vasos sanguíneos localizadas na palma das mãos.
A descoberta pode levar a novos tratamentos e talvez até mesmo a uma cura total no futuro, trazendo alívio para milhões de pessoas suspeitas de ter essa doença.
fibro22

Para resolver o mistério da fibromialgia, os pesquisadores concentraram a atenção na pele da mão de uma paciente que tinha uma falta de fibras nervosas sensoriais, que causavam uma reação reduzida à dor.
Eles então pegaram amostras da pele das mãos de pacientes com fibromialgia, e foram surpreendidos ao encontrar uma quantidade extremamente excessiva de um determinado tipo de fibra nervosa.
Anteriormente os cientistas pensavam que essas fibras fossem apenas responsáveis por regular o fluxo de sangue, e que não desempenhassem qualquer papel na sensação de dor, mas agora eles descobriram que há uma ligação direta entre estes nervos e a dor corporal generalizada.
A descoberta também pode resolver a questão persistente de porque muitos doentes têm mãos extremamente dolorosas, bem como outros “pontos sensíveis” em todo o corpo, e porque o tempo frio parece agravar os sintomas. Além de sentir dor profunda generalizada, muitos pacientes com fibromialgia também sofrem de fadiga debilitante.
O neurocientista Dr. Frank L. Rice explicou: “Nós anteriormente pensávamos que estas terminações nervosas só estivessem envolvidas na regulação do fluxo sanguíneo em um nível subconsciente, mas agora temos evidências de que as terminações dos vasos sanguíneos também podem contribuir para o nosso sentido consciente do toque, e também da dor “, disse Rice.
“Este fluxo de sangue mal administrado pode ser a fonte de dores musculares e da sensação de fadiga nos pacientes com fibromialgia.”
Os tratamentos atuais para a doença não trouxeram alívio completo para os milhões de pessoas que sofrem. Terapias incluem analgésicos narcóticos; medicamentos anti-convulsivos, anti-depressivos e conselhos, mesmo simples, tais como “dormir mais e exercitar regularmente.”
Agora que a causa da fibromialgia foi identificada, os pacientes estão ansiosos para uma eventual cura.


Outros assuntos...

 ? O mesmo de sempre?

Dor nos ombros, nos braços, nas costas, nas pernas, na cabeça, nos pés. Quem tem fibromialgia conhece bem o corpo, pois todo ele reclama. Em momentos de crise, até um toque delicado pode incomodar. Pessoas com esse quadro clínico sofrem duplamente, pois a doença demorou a ser reconhecida como um mal físico. “A fibromialgia já foi confundida com depressão e estresse.

Por falta de informação ─ e diagnóstico ─, os pacientes ainda tinham que sofrer na alma o transtorno que a dor já impunha ao corpo”, comenta o geriatra Eduardo Gomes de Azevedo, diretor da rede de Clínicas Anna Aslan.

Atualmente, com o avanço dos estudos e pesquisas, as evidências comprovam que a fibromialgia é doença física, sim. Não se trata de uma síndrome invisível. Há trabalhos científicos mostrando que o portador apresenta alterações na anatomia cerebral. Um desses estudos apresentado no fim do ano passado, na França, mostrou que graças a um exame por imagem chamado Spect (tomografia computadorizada por emissão de fóton), os médicos do Centro Hospitalar Universitário de La Timone, em Marselha, constataram que no cérebro de 20 mulheres com esse tipo de hipersensibilidade havia um fluxo maior de sangue em regiões que identificam a dor.

Paralelamente, notaram uma queda de circulação na área destinada a controlar os estímulos dolorosos. Nas dez voluntárias saudáveis que participaram da pesquisa, nenhuma alteração foi detectada. Este trabalho se soma a inúmeros outros sobre a presença do distúrbio, como o aumento dos níveis de substância P, o neurotransmissor que dispara o alarme da dor e a menor disponibilidade de serotonina, molécula que avisa ao sistema nervoso que a causa da dor já passou.

Confirmada que a fibromialgia está longe de ser uma doença psíquica, a pergunta que ainda não foi respondida é por que a doença ataca. “Quando soubermos a sua origem, conseguiremos dominar a causa e encontrar a cura”, observa o médico. Por enquanto, o que se conhece são os gatilhos do terrível incômodo ─ fatores que desencadeiam a crise, como o estresse pós-traumático ─, além dos meios de minimizar o quadro e devolver qualidade de vida aos pacientes.

Muitos profissionais de saúde acreditam que, a associação de drogas como antidepressivos e neuromoduladores terão efeito sinérgico na briga contra a dor. É que, enquanto o antidepressivo eleva a oferta de serotonina e noradrenalina, sedativos naturais do sistema nervoso, os neuromoduladores alteram a transmissão do estímulo doloroso para o cérebro, diminuindo os níveis da tal substância P.

Já as drogas como os opióides, com exceção do tramadol, não são muito eficazes no tratamento fibromialgias. “O consenso é que no rol de cuidados não podem faltar remédios, atividade física aeróbica e uma boa alimentação. Um exemplo: caminhar de três a quatro vezes por semana, durante 30 minutos, libera substâncias prazerosas como as endorfinas e relaxa a musculatura. Alguns portadores que seguem esse receituário chegam até a dispensar a medicação”, avalia o geriatra.

Segundo Azevedo, que também é adepto da prática ortomolecular, durante o tratamento, é preciso “ensinar ao paciente algumas artimanhas para evitar os fatores estressantes, que são gatilhos para a dor. Técnicas de respiração, de relaxamento e de visualização, em que o indivíduo imagina caminhos para o alívio, são alguns exemplos”.

http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/pesquisas_demonstram_que_fibromialgia_e_mal_fisico.html

Especialista esclarece dúvidas sobre Fibromialgia




A fibromialgia é considerada uma das síndromes crônicas mais dolorosas de nosso tempo, com sintomas que podem afetar seriamente a qualidade de vida dos pacientes, pois afeta todo o sistema músculo-esquelético. 
O termo “fibromialgia”, criado em 1976, deriva da conjunção das palavras “fibro” (fibra ou tecido conjuntivo, em latim) com os vocábulos gregos “mi” (músculo) e “algia” (dor). Mas só foi reconhecida como uma doença pela Organização Mundial de Saúde em 1992.
A doença é associada a uma grande variedade de sintomas, tanto físicos, como fatiga persistente e distúrbios do sono, quanto mentais, como ansiedade e depressão.
Embora afete apenas uma parcela mínima da população, nos países onde há um acompanhamento mais próximo dos pacientes, seus efeitos a tornam digna de análise e atenção da comunidade médica.
O médico Fernando A. Rivera, da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, membro do Colégio Médico dos Estados Unidos e docente da Escola de Medicina associada à Mayo, revela o que é verdade e o que é mito sobre esta doença.

O que é a fibromialgia?
Rivera – A definição mais aceita atualmente  diz que a fibromialgia é uma dor generalizada, crônica, no sistema músculo esquelético, devido a um transtorno do sistema nervoso central na percepção da dor, ocasionando hiperalgesia e alodinia. Em termos mais simples, a hiperalgesia ocorre quando um estímulo, que normalmente é doloroso, provoca uma dor ainda maior no paciente; a alodinia, por sua vez, significa sentir dor por estímulos que normalmente não deveriam provocá-la.
A origem da doença é conhecida?
Rivera – Até agora só se conseguiu saber que o surgimento e a intensificação dos sintomas da fibromialgia podem estar relacionados a fatores estressantes, tanto físicos quanto emocionais.
Que percentagem da população é afetada pela fibromialgia?
Rivera – Em nível mundial, diz-se que a prevalência está entre 2% e 3%, ainda que se tenha taxas de 5% a até cerca de 10% em atendimento primário. Nos Estados Unidos, a porcentagem é similar: em torno de 2% da população sofre a doença, sendo mais frequente entre as mulheres, à razão de nove por um em comparação com os homens. Calcula-se que cerca de 10 milhões de norte-americanos têm fibromialgia.
O que se entende por dor generalizada?
Rivera – Em 1990, a Sociedade de Reumatologia dos Estados Unidos definiu “dor generalizada” como a que ocorre nos dois lados do corpo, esquerdo e direito, tanto acima quanto abaixo da cintura, além de dor esquelética axial, isto é, afetando a coluna cervical, a parte anterior do tórax, a espinha torácica ou a parte baixa das costas. Além disso, o paciente deve sentir dor em pelo menos 11 de 18 pontos predeterminados, denominados “pontos sensíveis”, que respondem dolorosamente quando apalpados. Entre esses pontos, podemos citar a base do pescoço, o cotovelo, a parte medial dos joelhos próxima à articulação, e os glúteos.
Que tipo de toque provoca essa resposta de dor?
Rivera – Quando é aplicada uma força aproximada de 4 quilos. Para um ponto sensível ser considerado positivo à dor, o paciente deve declarar que a palpação efetivamente lhe causou dor, tendo em conta que “doloroso” não é o mesmo que “sensível”.
Mas pode se tratar de um trauma passageiro?
Rivera – Não é assim. Pacientes com dor generalizada e sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos e que sentem essa dor por um período mínimo de três meses sofrem de  fibromialgia.  O diagnóstico clínico da fibromialgia também não é descartado se o paciente tem um segundo distúrbio clínico – como de origem psiquiátrica, que podem ter efeitos físicos, como crises de pânico, ansiedade, depressão, anorexia nervosa, hipocondria, etc.
Pode ocorrer um diagnóstico de fibromialgia, no caso de algum outro problema?
Rivera – Em 2010, a Sociedade de Reumatologia dos Estados Unidos concluiu que, para confirmar o diagnóstico da fibromialgia, o paciente tem que apresentar três fatores:
a) Ter um índice de dor generalizada de 7 (em escala de 0 a 19) e índice 5, em escala de gravidade sintomática de 9 pontos; ou índice de dor entre 3 e 6, porém com escala de gravidade sintomática de 9 pontos;
b) Ter tido esses sintomas, na mesma intensidade, por pelo menos três meses;
c) Não ter algum outro problema que possa ser a origem da dor. A equipe médica deve fazer um diagnóstico diferencial, para descartar outras patologias que possam ser confundidas com a fibromialgia, como a polimialgia reumática, infecções virais, artrite reumatoide em fase inicial, déficit severo de vitamina D, tumores cancerosos malignos, entre outros.
A fibromialgia tem sintomas associados?
Rivera – Sim. Por exemplo, a fibromialgia pode causar embaralhamento do cérebro, que consiste em problemas de raciocínio e memória; dores de cabeça ou enxaquecas; hipersensibilidade à luz, aos sons, odores e temperatura; cólon e bexiga irritáveis; dor pélvica, dor na articulação temporomandibular (a articulação entre o osso temporal do crânio e a mandíbula, responsável pela função mastigatória). Também podem ocorrer náuseas, parestesia (sensação de adormecimento e formigamento), perda do equilíbrio e infecções crônicas ou recorrentes, como sinusite ou infecção respiratória alta, a que afeta o trato respiratório superior (nariz, seios nasais, laringe, faringe). Outros fenômenos que causam fatiga no paciente são os distúrbios do sono e a “síndrome das pernas inquietas”, que é, basicamente, sentir dor nas pernas durante a noite e fazer movimentos involuntários para tratar de aliviá-la, o que afeta mais frequentemente pessoas de meia idade e idosos.
Exames de laboratório podem ajudar o paciente?
Rivera – Ainda que não haja biomarcadores específicos para indicar a presença da fibromialgia, é útil pedir um hemograma completo, que inclua a velocidade de sedimentação globular e o nível de proteína C reativa. Esta se eleva quando há inflamação no organismo, ainda que não haja indicação de sua localização exata. Também convém pedir outros exames, como teste da função da tireoide, nível da vitamina D, painel metabólico completo, testes-padrão de detecção do câncer (antígeno específico da próstata, por exemplo). Um eletrocardiograma, em caso de fatiga extrema, assim como uma tomografia articular, se houver suspeita de sinovite, ou seja, irritação na membrana que cobre as articulações.
Se um clínico geral suspeita que um paciente tem fibromialgia, a quais especialistas deve encaminhá-lo, para confirmar ou não o diagnóstico inicial?
Rivera – Como os sintomas são tão variados, já que não há uma causa específica que desencadeia a fibromialgia, uma vez que não é possível diagnosticá-la por qualquer método laboratorial e clínico, ou radiográfico, é necessário dar ao problema um enfoque multidisciplinar, que inclua informações de reumatologista,  especialista em medicina da dor e também psiquiatra ou psicólogo.
Como se trata a fibromialgia?
Rivera – Com terapia não farmacológica e/ou farmacológica. A terapia não farmacológica consiste em educar o paciente para melhorar sua atual condição de vida. Fazer exercícios de baixo impacto (aeróbico, natação) de forma regular, terapia física e terapia cognitivo-comportamental. Deve considerar ainda terapias que envolvem o corpo e a mente, como ioga, tai-chi ou qigong, meditação com respiração rítmica, terapias complementares, como massagens e acupuntura, trabalho criativo (arte, música, dança). Em suma, é preciso fomentar a própria capacidade de cada indivíduo de se recuperar física e emocionalmente, depois de um efeito contrário, traumático ou nocivo.
A terapia farmacológica considera antidepressivos tricíclicos, como amitriptilina e ciclobenzaprina; inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina, como duloxetina e milnacipran; inibidores seletivos da recaptação de serotonina (não há clareza com respeito a quais; há informações contraditórias); e agentes antiepilépticos, como pregabalina ou gabapentina, que ainda não foram aprovados pela FDA (órgão que controla a comercialização de medicamentos e alimentos nos EUA) para tratamento da fibromialgia.


Fonte: http://acritica.uol.com.br

29 de out. de 2014

Síndromes * Estudos e Pesquisas



Pesquisas Síndromes múltiplas


Em razão de muitas questões semelhantes mas com causas próprias em cada caso,
aconselhável pesquisar junto a uma boa equipe médica interdisciplinar entre 
as variantes que surgem na busca do tratamento das síndromes.

a) Quando há dores de coluna e o  paciente não é informado sobre outras síndromes que podem
    associar aos quadros de dores crônicas. 
b) Quando há Fibromialgia pode desencadear percentuais de outras síndromes dependendo
    da idade e do meio de vida de cada pessoa.
c) Fadiga Crônica tem relação com a Fibromialgia podendo até mesmo a fibromialgia ficar em  
    segundo plano, observando as razões de alimentação  e outra síndrome de química múltipla
    alterando os comportamentos da medicação e da psicologia de cada pessoa.
d) Está ligado ao comprometimento interior onde o autoconhecimento e a busca da Alma tem
    fortes alterações psicológicas e físicas entre síndromes e estados de saúde que não se 
    enquadram numa patologia específica.  Os remédios convencionais não vencem as síndromes.
e) Podemos associar aos meios de busca o quadro apresentado em Ortomolecular, em sentido de
    tratamento do intestino ( colite), tratamento da garganta ( faringite e hipersensibilidades) 
    alteração do sono  ( aumento de cortisol), estados de ansiedade e isolamento por falta de 
    equilíbrio em meio a crises e afetando condições materiais, físicas, energéticas. 
f)  Descontrole de energia dos  órgãos vitais, chakras e campos eletromagnéticos do corpo em 
     resultados depressivos e/ou mecânicos junto a falta de alimentação adequada e paz interior.
g)  Afastamento social, profissional e afetivo. Busca interior, tratamentos com terapias chamadas
     Integrativas ( Reiki, Cromoterapia, Pilates, Acupuntura, Radiestesia, Arte, Hidro, Meditação, 
     Florais, Homeopatia, Naturopatia, Fitoterapias, Comportamentais e Energéticas) 
h)  Elevação Espiritual - Quântica, Energias e Integração a grupos de harmonização energética  e Energia Kundalini.  
     pode acordar a todo autoconhecimento e autonomia a fim de dar novos paradigmas e sair das
     crises infinitamente documentadas entre os portadores de Síndromes. 
     Visa apoio familiar e  pessoal, amplia questionamentos e promove a consciência Integrativa.



*** Para se falar de buscas existenciais e melhorias para  dores crônicas se faz necessário
      Autoconhecimento, Autonomia a questões ligadas a Energias, Quântica e Espiritualidade.
      O equilíbrio atende ao emocional e proporciona impulsos muito específicos a cada pessoa
      podendo inclusive conviver com a Síndrome em níveis de consciência a busca pessoal.
   

      Links diversos de pesquisas
      Marcadores do site

     PROJETO SIM

                   http://solar8.blogspot.com.br/search/label/projeto%20sim

     SÍNDROMES MÚLTIPLAS


     SÍNDROME FIBROMIALGIA - FIBRO - FM

     SÍNDROME INTESTINO IRRITÁVEL - COLITE
     SÍNDROME FADIGA CRÔNICA  - SFC
     SÍNDROME QUÍMICA MÚLTIPLA  - SQM
     NEVRALGIA DE TRIGÊMEO - NEUROLOGIA - NEUROPATIA

     http://solar8.blogspot.com.br/2014/10/trigemeo-atm-dtm-dor-facial-neurologia.html
     http://solar8.blogspot.com.br/search/label/neuropatia

     DENTISTA - DOR  - ATM - DTM

     NATUROPATIA, FITOTERAPIA, NUTRACÊUTICA
     ORTOMOLECULAR, EXAMES
     DORES CRÔNICAS

        PORTADORES - DEPRESSÃO, ANSIEDADE, HIPERSENSIBILIDADE


http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=238984&indexSearch=ID


A Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), de etiologia bastante variável, deve-se provavelmente a uma lesão do Sistema Nervoso Central, relacionada aos mediadores químicos, possivelmente secundária a uma hipoativação do eixo hipotalâmico pituitário adrenal com alteração ao nível de receptores colinérgicos e serotoninérgicos, e em glucocorticóides. O diagnóstico da SFC depende da exclusão de outras causas já conhecidas de fadiga, como aquelas secundárias a quadros psiquátricos, endócrinos e metabólicos relacionados a produção da energia muscular, e toximedicamentosos como os provocados pelo álcool ou aqueles que levam a uma hipocalemia(uso de glucocorticoides, diuréticos e laxativos)(AU)


~





Sites e  pesquisas 
www.integrativas.blogspot.com.br 
 www.solar8.blogspot.com.br

            http://solar8.blogspot.com.br/2014/10/sindromes-estudos-e-pesquisas.html

        Marcadores (Síndrome)
    ( Síndrome Geral Adaptação) 
     ( Fadiga Crônica) (FM)      
     (SFC)  (SOMATOFORMES)     
     ( (Fibromialgia) ( dor) ( dor crônica) ( SQM) 
     ( Síndromes Múltiplas)

Pesquisas diversas
https://www.youtube.com/playlist?list=PLAF99DAA939974298


 https://www.youtube.com/playlist?list=PLocN6rTrk1kkt7D7iHlAp-NqfDUSC0bQ2



 http://www.criesaude.com/novoortomolecular/fadiga-tratamento-com-suplementos/



eBOOK 
http://www.gruposummus.com.br/indice/50108.pdf~                           

Intestinos  e biorressonância 
https://www.youtube.com/watch?v=LfUfQwUvWqg&list=PLAF99DAA939974298&index=165



24 de mar. de 2011

CANAL DE PESQUISAS PARA AS SÍNDROMES

Pesquisas síndromes múltiplas






http://www.youtube.com/user/TERAPIASTRAL#p/c/AF99DAA939974298


PROJETO "SIM"
 
Artigos em clipping para pesquisas e atualizações constantes em
busca de boas alternativas. Muita paz e saúde! Vídeos no link
youtube - TERAPIASTAL SÍNDROMES



http://www.youtube.com/playlist?list=PLAF99DAA939974298

Ver listagem sobre síndromes, fibromialgia, síndrome geral de adaptação, dor, dor crônica, sfc, sii, sqm, síndromes múltiplas

 Projeto SIM

vídeos na lista de reprodução Terapiastral no youtube síndromes.


http://www.youtube.com/watch?v=YzgniqE9okI&feature=share&list=FL2CS_7rb94oqsCHBxSUdBag


17 de set. de 2010

Fibromialgia e Fadiga Crônica - tratamentos

http://www.fibromialgiabrasil.com.br/tratamentos.htm
UM DOS SITES MAIS BEM ESTRUTURADOS SOBRE AS QUESTÕES
QUE PASSAM NORMALMENTE DESPERCEBIDAS

Síndrome disfuncional
http://www.fibromialgiabrasil.com.br/DISFUNCIONAL.htm
* PROBLEMAS COM AÇUCAR
* VÁRIAS SINDROMES INTERLIGADAS
* REMÉDIOS E ALIMENTOS QUE PODEM SER PREJUDICIAIS
* SOBRE EXERCÍCIOS E INADEQUAÇÕES
* PROBLEMAS QUIMICOS E ALÉRGICOS DIFERENCIADOS
* INÚMERAS DICAS PARA ENCONTRAR BONS RESULTADOS...
VEJA NA ÍNTEGRA E AVALIE COM SEU MÉDICO.



http://www.fibromialgiabrasil.com.br/teo-oxigenio.htm

fisiopatologia

http://www.fibromialgiabrasil.com.br/FISIOPATOLOGIA.htm







POSSÍVEIS CAUSAS DA FIBROMIALGIA
DISFUNÇÃO NO METABOLISMO DO OXIGÊNIO
E ESTRESSE OXIDATIVO



DISFUNÇÂO NO METABOLISMO DO OXIGÊNIO

Embora a causa da fibromialgia não tenha um consenso na comunidade médica, a crença de que ela deriva de uma disfunção no metabolismo do oxigênio começa a ganhar força.

Segundo alguns especialistas, o oxigênio mal metabolizado é a base molecular dos principais sintomas da fibromialgia, pois causa fadiga, dor nos músculos, rigidez, perturbações da memória, dificuldade de concentração e sensação de frio.

O fornecimento insuficiente de oxigênio também interfere com a cicatrização dos tecidos. Células com “fome de oxigênio” produzem mais radicais livres que aumentam o estresse oxidativo e reduzem ainda mais o oxigênio disponível. Assim, o ciclo se retro-alimenta e causa um excesso de acidez que mais uma vez interfere no processo de cicatrização.

Em 1989, M. Yunus e K. Raman descreveram alterações na microcirculação acarretando hipóxia nas fibras musculares. Segundo A. Bengtsson e K. Henriksson as alterações metabólicas decorrentes da insuficiência de oxigenação nos músculos e tecido conjuntivo levariam a uma redução do teor energético do tecido muscular e resultaria em espasmo muscular e dor. Isto também explicaria a fadiga frente a esforços físicos na fibromialgia.

Segundo Majid Ali (1999) todos os sintomas da fibromialgia podem ser explicados por um único processo: Anóxia celular (ausência de oxigênio nas células). Para ele esta é a causa da fibromialgia e sua teoria baseia-se nos seguintes pontos:
A anóxia celular é o denominador comum entre todos os eventos moleculares que criam os complexos sintomas da fibromialgia e que envolvem todos os órgãos e sistemas do corpo.

A anóxia celular é provocada por uma desordem oxidativa.

Essa desordem pode ser causada por:
Danos ao intestino causados por alimentos ou por alergia a mofo.
Excesso crônico de açúcar
Abuso de antibióticos
Supercrescimento bacteriano
O esforço físico aumenta o oxigênio disponível no organismo. Para propiciar um bom metabolismo de oxigênio e melhorar o funcionamento do corpo, medidas como exercícios aeróbicos ou em imersão em água quente podem ser tomadas.



ESTRESSE OXIDATIVO

O estresse oxidativo ocorre quando há um excesso de elementos oxidantes com significativo aumento na produção de radicais livres, ocasionando danos celulares. Define-se como uma sobrecarga de espécies reativas de oxigênio que causam prejuízos à estrutura das biomoléculas de DNA, carboidratos, lipídios e proteínas, além de outros componentes celulares.

Estudos recentes sugerem que o balanço oxidante/antioxidante pode indicar que a fibromialgia é uma desordem oxidativa.

Em 2005, Selda Bagis da Mersin University Medical School relatou que o equilíbrio oxidante/antioxidante está alterado na fibromialgia e que o aumento dos níveis de radicais livres pode ser responsável pelo desenvolvimento da fibromialgia.

Em 2007, Martin L. Pall, professor de bioquímica da Universidade Estadual de Washington propôs que os altos níveis de oxidantes são a base para a fibromialgia, síndrome da fadiga crônica e síndrome da sensibilidade química múltipla. Segundo ele, o núcleo do problema é o óxido nítrico (NO), um composto bioquímico envolvido em vários níveis da nossa fisiologia. A teoria propõe que um dos produtos do óxido nítrico, o peroxinitrito (ONOO), um poderoso oxidante que causa um ciclo bioquímico vicioso, pode ser a causa dessas doenças.

Numerosos estudos têm examinado o papel do óxido nítrico na fibromialgia, com resultados interessantes:
S. Mense, em 1999, aponta que a sensibilização central associada à fibromialgia pode ser causada por uma estimulação dos receptores de dor nos músculos que provoca alterações na medula espinhal e no sistema nervoso central, e que essas mudanças são fortemente dependentes do óxido nítrico.

Em 2006, K. L. McIver descobriu que mulheres com fibromialgia apresentam uma redução do fluxo de nutrientes para os músculos após o exercício e que isso poderia estar relacionado com níveis elevados de iNOS, que estimula o aumento dos níveis de óxido nítrico.
Em 2008, O. Sendur e seus colegas mostraram no International Journal Rheumatology que os níveis séricos de glutationa e catalase eram significativamente menores nos pacientes com fibromialgia. Eles concluíram que estes achados corroboram com os outros estudos e fazem supor que estes dois antioxidantes tenham impacto sobre a patogênese da doença.

Ainda segundo Majid Ali:
Três grupos de oxidantes causam a Fibromialgia:
Metabólicos: São sub-produtos tóxicos do metabolismo.
Microbianos: são produzidos em grandes quantidades por micróbios que vivem no corpo saudável. Esses micróbios multiplicam-se rapidamente no intestino e no sangue por: leveduras, bactérias, vírus e parasitas.
Manufaturados: pesticidas, fungicidas, herbicidas, poluentes industriais, amálgamas dentárias, mercúrio e hormônios sintéticos.
Esses oxidantes são responsáveis pelos mecanismos moleculares da fibromialgia: oxidase (muita oxidação), desoxigenase (pouco oxigênio) e acidose (muita acidez).

Esses processos causam ferimentos celulares e problemas orgânicos no: intestino, sangue, fígado, tiróide, supra-renais, pâncreas, sistema límbico, neurotransmissores e hormônios sexuais.
Se essas teorias estão corretas, a prevenção do estresse oxidativo pode reduzir significativamente os sintomas da fibromialgia.

Embora ainda haja muito a aprender, essas novas descobertas sugerem vários alvos para a terapia de fibromialgia, incluindo o uso de antioxidantes e de nutrientes que inibem receptores e transmissores de dor nos músculos.

A incorporação de antioxidantes na alimantação ou como suplementos pode interromper e evitar mais danos celulares. Proteger a integridade dos músculos e das células do cérebro pode acabar com o ciclo de dor, a fadiga e a dificuldade de concentração da fibromialgia.

O Dr. Martin L. Pall acredita que os suplementos antioxidantes podem ajudar a resolver a fibromialgia. A lista inclui: vitamina B, vitamina C, vitamina E, selênio, ômega 3, magnésio e flavonóides. Estudos científicos mostraram que alguns deles são úteis para produzir melhorias significativas, enquanto outros são coadjuvantes. Porém, ainda são necessárias mais estudos para comprovar.

12 de set. de 2010

Fibromialgia relatos e pesquisas







Ocorrência nº 1:
Respiração lenta e profunda pode reduzir sensação de dor
Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na revista Pain, na edição de Janeiro de 2010, relaciona a meditação como uma estratégia de auto-regulação particularmente benéfica para o controle da dor. Neste trabalho, foi aplicado um modelo de dor para testar um componente-chave da meditação: a respiração lenta. Esta reduz o desprazer da dor para um grupo de pacientes com dor crônica em relação aos controles saudáveis. Os investigadores norte-americanos avaliaram dois grupos de mulheres com idades entre 45 e 65 anos, um composto de voluntárias diagnosticadas com fibromialgia e um grupo-controle com mulheres saudáveis. As análises das avaliações revelaram que a respiração lenta teve seu maior impacto na percepção a estímulos de dor moderada. Realizando testes com calor na palma das mãos das voluntárias, constatou-se que quando as mulheres reduziam as suas taxas de respiração em 50%, estas relatavam sentir menor intensidade e menos desconforto da dor. Entretanto, entre as mulheres com fibromialgia, esses efeitos ocorriam apenas se relatassem sentimentos e pensamentos positivos, o que indica a importância do controle da depressão nessas pacientes. Os resultados deste trabalho experimental fornecem suporte para relatórios anteriores sobre os benefícios da respiração e meditação no controle da dor. No entanto, pacientes com dor crônica podem necessitar de mais orientação para obter o benefício terapêutico através da respiração reduzida. Referência: Zautra AJ, Fasman R, Davis MC, Craig AD.The effects of slow breathing on affective responses to pain stimuli: an experimental study. Pain. 2010 1:12-8.
Boletim: 116 Ano: 10
Ocorrência nº 2:
Alimentação balanceada auxilia no combate à dor crônica
De acordo com a nutricionista Camila Próspera, do Instituto do Coração (INCOR), em São Paulo, pessoas que sofrem com dores crônicas, como pacientes com fibromialgia (dores musculares e articulares generalizadas), por exemplo, podem ter seu quadro amenizado após adotarem uma alimentação adequada. Segundo a profissional, o triptofano, um aminoácido presente em alguns alimentos como carnes magras, leite desnatado e banana, é responsável pela síntese de vários neurotransmissores associados à sensibilidade dolorosa e à sensação de bem-estar. Outros alimentos, ricos em magnésio (espinafre, soja, aveia e tomate), ácido fólico (laranja, maçã e folhas verdes), cálcio (leite, iogurte e queijos magros), selênio (castanhas, nozes, atum e semente de girassol) e carboidratos (presentes nas frutas, pães, batata e cereais), também auxiliam no combate à dor. Contudo, o efeito desses nutrientes não é imediato. Também vale a pena lembrar que a alimentação adequada pode ser útil para combater o excesso de peso, já que é bastante comum o paciente engordar pelo uso de remédios e falta de atividade física devido à dor. Embora se considere a imediata sensação de energia proporcionada pela ingestão de açúcar, o pico nos níveis de glicose no sangue leva, posteriormente, à sensação de fadiga e “moleza”. Doenças que levam a dores crônicas podem ser provocadas por distúrbios infecciosos, reumatológicos, neurológicos e psiquiátricos, sendo diversas vezes tratadas com medicamentos antidepressivos associados a analgésicos e atividades físicas, o que é eficiente para produzir alívio das dores por promoverem o aumento do fluxo sanguíneo e relaxamento dos músculos. Assim, a alimentação corretamente balanceada pode ser considerada uma aliada a esses procedimentos, diminuindo a dor e, possivelmente, reduzindo a quantidade de medicamentos necessária para induzir analgesia. (IRS)
Boletim: 107 Ano: 9
Ocorrência nº 3:
Está com dor? Tome vitamina D!
Após analisar alguns estudos clínicos, especialistas norte-americanos observaram que pacientes que apresentam dores crônicas e fadiga apresentam também deficiência de vitamina D. Além disso, a falta do nutriente foi associada a doenças como fibromialgia, reumatismo, osteoartrite, hiperestesia, enxaqueca, entre outros distúrbios. Segundo o autor e editor da revista Pain Treatment Topics, quando a suplementação da vitamina é suficiente, há redução da dor. A relação entre a falta do nutriente e as dores musculares, esqueléticas e articulares está ligada aos níveis de cálcio circulante, que são insuficientes devido à deficiência de vitamina D. Ainda, de acordo com a matéria, a recomendação atual de dose diária de vitamina D (600 UI - unidades internacionais) não é o suficiente, e os autores sugerem 1000 UI por dia, sendo que pessoas com dores crônicas podem se beneficiar de 2000 UI. Referência do estudo original: Stewart B. Leavitt. Vitamin D for Chronic Pain. Practical PAIN MANAGEMENT, July/August 2008. Fonte: Pain Treatment Topics, http://pain-topics.org/
Boletim: 105 Ano: 9
Ocorrência nº 4:
Será que a fibromialgia não é mais uma doença invisível?
A fibromialgia é caracterizada por dor muscular generalizada, fadiga e pontos dolorosos sensíveis à pequena pressão, localizados no pescoço, nas costas, nas clavículas e extremidades superiores e inferiores. Pesquisadores franceses, usando tomografia computadorizada, um método que mede o fluxo sanguíneo no cérebro, detectaram anormalidades localizadas em determinadas regiões cerebrais. E daí? O fato de que, na fibromialgia, as imagens musculoesqueléticas são negativas, levou à denominação de “síndrome invisível”. Todavia, já se observara anteriormente que algumas áreas cerebrais de pacientes fibromiálgicos apresentavam fluxo de sangue exagerado, enquanto que, em outras regiões, esse fluxo estava bastante diminuído. O líder do estudo, Eric Gueldj, estudando estatisticamente as imagens obtidas de todo o cérebro, e comparando sua atividade funcional com vários parâmetros relacionados com a dor (ansiedade, depressão, desabilidades, por exemplo), confirmou estas observações iniciais. Além disso, relacionou esses dados à seriedade dos casos, observando que havia maior fluxo sanguíneo nas áreas cerebrais que discriminam a intensidade da dor, porém circulação diminuída nas áreas que consideradas serem associadas às respostas emocionais à dor. Contudo, não foi encontrada relação entre anormalidades no fluxo sanguíneo e depressão e ansiedade. Fonte: Science Centric, 3, November 2008 Comentário original: http://www.sciencecentric.com/news/article.php?q=08110336
Boletim: 103 Ano: 9
Ocorrência nº 5:
Ser mulher também significa ter mais dor
As mulheres sentem mais dor do que os homens, de acordo com diversos estudos que investigam a epidemiologia da dor. Por exemplo, para cada cinco mulheres com enxaqueca, há um homem, segundo matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo no mês passado. Outro exemplo é a fibromialgia, doença que acomete quatro mulheres para cada homem. Entre as principais dores mais observadas nas mulheres estão a dor nos ombros, na coluna vertebral e na região pélvica, além da enxaqueca, fibromialgia e distúrbios na articulação temporomandibular (ATM). Isso sem mencionar as dores específicas do gênero, como as cólicas menstruais e aquelas presentes durante a gestação e o parto. Mas quais são os motivos para essa maior incidência na população feminina? Apesar dos estudos serem ainda pouco conclusivos, a hipótese atualmente aceita é relacionada à variação dos níveis do hormônio feminino (estrógeno), cuja flutuação poderia fazer com que as mulheres percebessem a dor de maneira diferente. Vale também ressaltar que, em muitos países, as mulheres recebem menos tratamento para dor, devido a fatores culturais, econômicos e políticos. Diante deste cenário, a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), com apoio de diversas associações mundiais, lançou em 2007/2008 uma campanha internacional em prol do combate à dor na mulher. Esta importante iniciativa visa aumentar o conhecimento sobre essas condições dolorosas, incluindo os sinais e sintomas mais relevantes, relacionando-as principalmente à maior incidência nas mulheres. Além disso, procurará incentivar pesquisas na área da dor relacionadas ao gênero, visando, também, o desenvolvimento de tratamentos específicos para a população feminina. Fonte: Problema afeta mais as mulheres do que os homens. Jornal O Estado de São Paulo, 27 de abril de 2008 - pA28. Maiores informações no site da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor ( www.dor.org.br ).
Boletim: 94 Ano: 2008
Ocorrência nº 6:
Pacientes fibromiálgicos com sintomas semelhantes a dores neuropáticas apresentam melhora durante tratamento com anticonvulsivante – doses menores diminuem o risco de efeitos indesejados e a possibilidade de abandono do tratamento
Os sintomas mais comumente associados à fibromialgia (FM) são dor generalizada, fadiga, sono não-restaurador e sensação de inchaço em partes moles. Além disso, os pacientes costumam apresentar alterações na percepção da dor, relatando a presença de alodinia (“dor causada por estímulos que antes não causavam dor”), queimação, parestesias e/ou choques, sintomas estes comuns em casos de dores de origem neuropática (aquelas causadas por lesão ou disfunção do sistema nervoso central e/ou periférico). Segundo diversos estudos sobre os mecanismos fisiopatológicos da fibromialgia, um conjunto de fatores leva a essa amplificação da dor, embora se acredite que a sensibilização central provocada por uma disfunção neuroendócrina seja um dos maiores responsáveis pelos sintomas. Assim, como o tratamento de dores neuropáticas muitas vezes é realizado com medicamentos de ação central, como anticonvulsivantes, por exemplo, pacientes fibromiálgicos com sintomas semelhantes foram tratados com gabapentina. Foi utilizada a dose de 300mg/dia, a qual foi aumentada a cada 15 dias, atingindo-se a dose máxima de 900mg/dia, e a intensidade da dor e a qualidade do sono foram analisadas. Dos 30 pacientes observados no estudo, 29 apresentaram melhora no sono e diminuição da dor - 27 relataram 80% do alívio da dor e 3 referiram melhora inferior a 50% em 72 dias de tratamento. Nenhum deles referiu efeitos adversos. É importante dizer que os pacientes escolhidos também não apresentavam depressão, o que foi levado em consideração na análise dos resultados obtidos. Assim, as seguintes conclusões foram tiradas pelos autores: a) a gabapentina apresenta resultados satisfatórios em pacientes fibromiágicos na ausência de depressão; b) doses menores de gabapentina podem ser usadas para o tratamento da dor, reduzindo a chance de incidência de efeitos colaterais e possível abandono do tratamento. Além disso, ela parece auxiliar a melhorar a qualidade do sono em pacientes com fibromialgia. Finalmente, a estabilidade dos resultados por longo período (4 anos) mostrou que essa pode ser uma boa opção para tratamento de pacientes com FM que apresentam esses sintomas semelhantes a dores neuropáticas. Trabalho original: Anticonvulsivante no tratamento da fibromialgia (FM): uma nova opção terapêutica - Trabalho 164-1 Autores e procedência do estudo: Maria Teresa Rolim Jalbut Jacob (Centro de Terapia da Dor), Luiz Gonzaga Jacob (Centro de Terapia da Dor), Beatriz Jalbut Jacob (Acadêmica da Faculdade de Medicina de Jundiaí).
Boletim: 89 Ano: 2007
Ocorrência nº 7:
Suplementos nutricionais naturais glicosamina e metilsulfonilmetano (MSM) também podem ajudar a melhorar a dor e a inflamação
As substâncias glicosamina e metilsulfonilmetano (MSM) são suplementos nutricionais naturais utilizados também como tratamentos alternativos para alguns tipos de dor e inflamação. Estudados desde o início de 1980, sua ação sobre o processo de reparo tecidual tem aumentado o interesse dos pesquisadores, que demonstraram que a glicosamina, precursor da formação de condroitina, estimula células da cartilagem a sintetizarem glicosaminoglicanas e proteoglicanas, o que é essencial para reconstituição da cartilagem de articulações perdida por traumas, osteoartrite ou doenças degenerativas, acompanhadas de dor. Por ser uma molécula pequena, é facilmente absorvida, sendo que 98% do sulfato de glicosamina administrado é absorvido (cerca de 1% dos pacientes apresentaram efeitos indesejáveis como dor epigástrica, diarréias, náuseas e outros efeitos colaterais segundo um estudo recente). Pode ser administrada em pílulas, líquidos, injeções intramusculares e, mais recentemente, também pode ser encontrada na forma para uso tópico. Um estudo realizado há pouco tempo na Europa, chamado GUIDE (de “Glucosamine Unum In Die Efficacy”), comparou 300 indivíduos com osteoartrite no joelho tratados aleatoriamente durante 6 meses com sulfato de glicosamina (SG) - por via oral, na dose de 1500 mg, uma vez por dia - ou com o antiinflamatório não-esteroidal paracetamol - por via oral, na dose de 1000 mg, três vezes ao dia - e revelou que os grupos tratados com o SG apresentaram menor dor que os tratados com paracetamol. Segundo os autores do estudo, os resultados indicam que a proteoglicana é eficaz para o controle da dor na osteoartrite, além de também mostrar que indivíduos tratados com SG precisam de menos medicamentos (ibuprofen em crises agudas, por exemplo) e fisioterapia, pois o medicamento previne não só a degradação da cartilagem como também a dor e a rigidez associadas à doença. Este tratamento com glicosamina foi validado pelo American College of Rheumatology em 1999. Veja mais em nosso Baú (alerta 3, Edição 74 de 2006; alerta 11, Edição 34 de 2003; alerta 10, Edição 12 de 2001). Com relação ao suplemento metilsulfonilmetano (MSM), é um produto natural, presente em todos os organismos vivos, incluindo os fluidos do corpo humano e tecidos, e obtido através da dieta. Interessantemente, o composto, que possui em sua composição o enxofre (sendo chamado também de “composto natural de enxofre”), é tão importante para o organismo quanto a vitamina C em nossa dieta. Entretanto é importante lembrar que esta substância é muito diferente dos sulfitos usados para preservar alimentos e não deve ser confundida com as drogas à base de sulfa, causadoras de alergias em algumas pessoas. Pesquisas têm mostrado que o MSM facilita a passagem de fluidos através dos tecidos e pode atuar como reparador de pele danificada, sendo que seu declínio, de acordo com a idade, resulta em fadiga, má função de tecidos e órgãos e aumento da suscetibilidade a doenças. Considerando seu efeito sobre a dor, foi observada redução dos sintomas e melhora da dor em 80% dos pacientes que usaram MSM. Segundo o livro “O milagre do MSM”, escrito pelo médico M. Lawrence, Professor Clínico Assistente da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), que já tratou mais de 1000 pacientes com MSM, esse suplemento pode ser um remédio natural para osteoartrite, artrite reumatóide, fibromialgia, tendinite, bursite, lesões esportivas, síndrome do túnel do carpo, inflamação pós-traumática e dor, incluindo dor de cabeça, dor nas costas e alergias, além de outros benefícios também relatados. Aparentemente, o MSM seria "tão seguro quanto a água, e o corpo usaria apenas o necessário, eliminando o restante em 12 horas", completa. É possível encontrar compostos que contenham glucosamina ou MSM associadas a outros diversos suprimentos disponíveis comercialmente. Embora a literatura científica tenha dado suporte ao uso da glucosamina e MSM como redutor dos sintomas e reparador de tecidos e músculos danificados e articulações, certamente ainda são necessários mais estudos, nos quais diferentes formulações, dosagens e condições musculoesqueléticas possam ser comparadas, a fim de compreendermos melhor as limitações destes produtos suplementos nutricionais. Fonte: Back Pain Site ( www.1backpain.com ); GOOGLE ( www.google.com ) Referências: 1. Encyclopedia of Nutricional Supplements, p. 341; 2. MJ Tapadinhas, IC Rivera, AA Bignamini. Oral glucosamine sulphate in the management of arthrosis: report on a multi-centre open investigation in Portugal. Pharmacotherapeutica 1982 3: 157-68; 3. Mindell EL. The MSM Miracle, Enhance your health with organic sulfur; 4. M. Lawrence, M.D., Ph. D, Sanchez, D. C., C.C.S.P.,Grossman, D.C. Lignisul. MSM(Methylsulfonylmethane) in the treatment of acute athletica injuries.
Boletim: 87 Ano: 2007
Ocorrência nº 8:
Alternativas contra a dor da fibromialgia – dois artigos, reproduzidos aqui na íntegra, trazem informações úteis sobre a fibromialgia e como a doença deve ser focalizada atualmente
A: Alternativa contra a dor - Tratamento para fibromialgia vai além dos remédios; especialistas indicam exercícios físicos e terapias complementares, como ioga, terapia e acupuntura, para aliviar crises: “Para descrever as dores que sente, a cuidadora de idosos Benedita Aparecida Anselmo, 51, evoca um quadro de Frida Kahlo (1907-1954). No auto-retrato "A Coluna Quebrada", a artista mexicana refletiu o sofrimento decorrente de um problema grave na coluna pintando seu corpo todo perfurado por pregos. Benedita tem fibromialgia, síndrome caracterizada por fisgadas dolorosas que aparecem em diversas partes do corpo. Depois de confundir as dores com as relacionadas a uma cirurgia de quadril, ela recebeu o diagnóstico por meio dos pontos de pressão. Hoje, sete anos depois do diagnóstico, ela aprendeu a usar vias alternativas para amenizar as dores e a conviver com a síndrome. Para ficar bem, conta com medicamentos e, principalmente, com atividades físicas. "Há um ano e meio, faço sessões curtas de alongamento e de caminhada, além de hidroginástica uma vez por semana. Quando estou ativa, sinto menos dor", conta. Em média, a fibromialgia atinge 2,5% dos brasileiros e aparece com mais freqüência em mulheres (na proporção de nove para cada homem), principalmente dos 30 aos 50 anos de idade. Suas causas ainda são pouco conhecidas. "Sabe-se que fatores genéticos e estresses do dia-a-dia desempenham um papel no desenvolvimento da síndrome" disse à Folha Richard Harris, pesquisador do centro de dor crônica e fadiga da Universidade de Michigan, nos EUA. A instituição divulgou, na semana passada, um estudo que mostra que os fibromiálgicos não respondem a analgésicos comuns, especialmente aos opiáceos, porque seus receptores cerebrais, responsáveis por processar e amortecer os sinais de dor, atuam de forma diferente da de outras pessoas. Em outro artigo, divulgado em dezembro de 2006, Harris citou que os fibromiálgicos têm atividade cerebral mais elevada e anomalias nas estruturas centrais do cérebro. "Acredita-se que haja um erro na interpretação do sistema nervoso central que gera uma percepção anormal da dor, mas ainda é uma hipótese", acrescenta o reumatologista Roberto Heymann, presidente da comissão de dor, fibromialgia e outras síndromes dolorosas de partes moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Apesar de a descoberta da cura para a síndrome parecer distante, especialistas preconizam um tratamento multidisciplinar que alivie as dores. Entre os medicamentos, os antidepressivos apresentam os melhores resultados, mas provocam efeitos colaterais e são de difícil adequação, o que acaba exigindo que o paciente troque de substância várias vezes, até encontrar uma com a qual se adapte melhor. Segundo Heymann, os remédios podem ser eficientes em casos leves - mas a melhor forma de tratar os sintomas é focar na qualidade de vida e buscar outras terapias. Conheça a seguir alguns tratamentos que podem ajudar a aliviar a dor - e saiba como os fibromiálgicos podem tirar o melhor proveito deles. Entenda a síndrome: Atinge 5% da população mundial; Afeta mais as mulheres (90% dos casos); É mais freqüente dos 30 aos 50 anos de idade; Não tem causa conhecida; Dores difusas no corpo, fadiga física ou mental sem causa aparente e alterações no sono são os sintomas mais comuns; Outros incômodos freqüentes são distúrbios intestinais, disfunção da ATM (articulação temporo-mandibular) e dores de cabeça. Alguns tratamentos: Exercícios: uma das características do fibromiálgico é a fadiga constante, que pode ser amenizada com a atividade física. A secretária Aurineide de Almeida Manoo, 35, praticava natação, mas parou e o corpo sentiu. "Quando nadava, sentia-me mais disposta. Parei e voltei a me sentir cansada. Preciso voltar a me exercitar." O reumatologista Daniel Feldman, professor-adjunto da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que a atividade física é essencial e melhora a qualidade de vida do paciente em 20%, feito que o medicamento, sozinho, não consegue. Exercícios aliados ao medicamento minimizam os sintomas em até 80% dos casos. "A experiência mostra que a caminhada tem os melhores resultados com esses pacientes", complementa. O fibromiálgico deve ter disciplina e ser persistente. Alguns especialistas acreditam que 30 minutos de caminhada em ritmo confortável, no mínimo três vezes por semana, traga bons resultados. Outros dizem que a sessão deve durar o tempo que o paciente agüentar. "Pode começar com cinco minutos e progredir de acordo com a evolução do condicionamento físico", diz o reumatologista José Knoplich, autor do livro "Fibromialgia: Dor e Fadiga" (ed. Yendis). Muitos pacientes preferem a hidroginástica, pois sentem menos impacto e mais conforto dentro d'água. Outras atividades mais intensas, como natação e musculação, também podem trazer benefícios, mas os limites do corpo devem ser respeitados. "A pessoa deve começar aos poucos a caminhada e ir aumentando a carga de acordo com o preparo físico. Se, depois de um tempo, ela se sentir bem com exercícios de médio impacto, nada a impede de praticá-los", diz Feldman, que aponta controvérsias com relação à musculação. "Os estudos são bastante controversos. É preciso equilíbrio para não provocar ainda mais dor." Exercícios de alongamento aumentam a flexibilidade e melhoram a postura. "A conscientização corporal ajuda o paciente a reconhecer onde a musculatura está mais contraída. Ele aprende a relaxá-la e fica com a postura mais correta", diz a reumatologista Laís Verderame Lage, do serviço de reumatologia do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo). Ioga e meditação: recentemente, pesquisadores da Universidade da Basiléia, na Suíça, propuseram meditação profunda como forma de aliviar as dores e melhorar a qualidade de vida dos fibromiálgicos. O estudo, realizado com 58 mulheres com a síndrome, mostrou que a prática as ajudou a lidar melhor com as fases dolorosas e a diminuir a percepção da dor. "Toda técnica de relaxamento é benéfica para o tratamento, uma vez que propicia a conscientização corporal", explica Laís Lage, do HC. A ioga também tem se mostrado eficaz para minimizar os sintomas, especialmente por facilitar a meditação. O relaxamento proporcionado pela técnica melhora o quadro do paciente e promove a autoconsciência do corpo. No entanto, é preciso respeitar os limites: não se deve competir com o a pessoa que está do lado nem forçar a barra para ficar em posições que sejam desconfortáveis. Terapia: Os médicos concordam que a fibromialgia atinge pessoas perfeccionistas, que tendem a centralizar as responsabilidades. Isso gera ansiedade e pode levar a uma contração muscular intensa e constante, que piora as dores. É aí que a terapia pode ajudar o paciente a se sentir melhor. Ao se auto-avaliar, ele aprende a ser menos exigente e se sente mais relaxado. O tratamento psicológico não alivia diretamente a dor, mas ajuda a melhorar a relação com a síndrome, o que pode fazer com que ele sinta menos dor. "A sensação de perda de um corpo saudável é um tipo de luto, e a análise ajuda a trabalhar melhor essa situação", afirma o psicanalista Armando Colognese, do departamento de formação em psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Todas as correntes psicoterapêuticas podem trazer bons resultados, mas os especialistas afirmam que a terapia cognitivo-comportamental é mais objetiva e traz respostas mais rápidas. "Ela sugere que a pessoa aprenda a lidar com as conseqüências de seu problema, e isso melhora seu relacionamento com a síndrome. Mas é mais superficial", diz Feldman, da Unifesp. De acordo com José Oswaldo de Oliveira Jr., neurocirurgião funcional do grupo de dor crônica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a hipnose também é eficiente e diminui o uso de medicamentos. O grupo de dor do hospital utiliza ainda o chamado "biofeedback". Segundo Oliveira Jr., o procedimento auxilia a monitorar a contratura muscular e funciona como um treinamento para manter os músculos mais relaxados, o que também pode amenizar a dor. Massagem e calor: Em geral, as técnicas de massagem trazem alívio temporário e são indicadas para relaxar a musculatura. Como não há uma modalidade que comprovadamente supere as outras, o importante é escolher as que trazem bem-estar - e buscar terapias mais suaves, para não sentir ainda mais dor. Outro método muito utilizado para relaxar os músculos é esquentar a região dolorida. O calor proporciona dilatação dos vasos sangüíneos, melhora a nutrição do músculo e causa relaxamento. Muitos pacientes observam que, quando o corpo está muito rígido, um banho quente ou uma bolsa com água aquecida pode ajudar. Para Feldman, da Unifesp, entretanto, o calor não é eficaz para dores da fibromialgia. Segundo o reumatologista, o método alivia apenas dores decorrentes de outros processos, como maljeito muscular e inflamações. Acupuntura: a técnica tem se mostrado benéfica em cerca de 40% dos casos, se aplicada em conjunto com outros tratamentos. Um novo estudo realizado durante dois anos com 58 mulheres pela médica Rosa Targino de Araújo também apontou que a técnica melhora a qualidade de vida dos fibromiálgicos. A pesquisa, feita para sua tese de doutorado e defendida em agosto na Faculdade de Medicina da USP, indica que 20 sessões, realizadas duas vezes por semana, podem trazer efeitos por até três meses. As agulhas ativam o sistema nervoso periférico e provocam liberação de endorfina, dopamina e serotonina, substâncias com efeito analgésico, de acordo com Hong Jin Pai, médico acupunturista do centro de dor da clínica de neurologia do Hospital das Clínicas da USP. Os efeitos, segundo o especialista, duram em média quatro dias. Por isso, são indicadas duas sessões semanais no primeiro mês de tratamento. "A acupuntura tem efeito cumulativo e o paciente pode receber alta do segundo ao quarto mês." Amélia Pasqual Marques, professora de fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP e autora principal do livro "Fibromialgia e Fisioterapia: Avaliação e Tratamento" (ed. Manole), também ressalta que pesquisas recentes mostraram melhora na qualidade do sono dos fibromiálgicos - que costumam ter problemas para dormir bem e se sentem cansados, como se nunca repousassem profundamente. Como a técnica não oferece bons resultados a todos os fibromiálgicos, deve-se observar o progresso do tratamento. "Os resultados começam a aparecer depois da terceira sessão, com pico de melhora a partir da sexta. Se não houver melhora até então, provavelmente a acupuntura não será o melhor tratamento para esse paciente", explica Feldman, da Unifesp. Fibromiálgicos que não se sentem confortáveis com as agulhas devem evitar a acupuntura, uma vez que podem ficar mais tensos e desenvolver quadros de dor mais intensa.” (Julliane Silveira) B: Liberdade "De repente, soltaram-se os grilhões e ele se libertou". Mesmo sem uma despedida formal, afastou-se rapidamente. Deixou tudo que não fosse ele, inclusive o próprio corpo, pois, de agora em diante, nada disso ter-lhe-ia qualquer utilidade. Sabíamos que isso iria acontecer em breve, mas, diante do fato consumado, sempre fica o espanto. Nunca estamos plenamente preparados para uma condição definitiva, o que a torna sempre inesperada. Conseguiu atingir os 80 anos. Não foi a idade, porém, que o limitou. Foi o tempo de doença, precocemente manifesta e inadequadamente tratada na fase inicial, que determinou esses três últimos anos de limitação. Serááááá? (como ele sempre questionava, prolongando a vogal final). Hoje não há mais dúvidas. Uma mesma enfermidade crônica causa piores conseqüências quando perdura mal tratada dos 40 aos 60, por exemplo, do que quando é bem cuidada ou se manifesta após essa idade. São bons exemplos o diabetes, a hipertensão arterial, a obesidade e a depressão. Curiosamente, porém, as doenças crônicas são, em geral, muito mais valorizadas entre os idosos, visto que, erroneamente, entende-se que os mais jovens podem conviver com elas sem prejuízos. Ainda nos escondemos, muitos, na ilusão de que os problemas de saúde dos outros nunca ocorrerão conosco. Assim ele viveu mais da metade de sua vida, visto que já fora avisado de que algo precisava de atenção especial desde os 36, sofreu o primeiro susto aos 46 e, daí em diante, a cada período, um novo evento lhe avisava de que os limites estavam se restringindo. Se analisada à luz do conhecimento atual, torna-se evidente que essa evolução poderia ter sido diferente, contendo a voracidade da doença e se preparando para uma liberdade menos ampla no futuro. Esses conceitos, porém, não eram tão claros poucas décadas atrás. Certamente, isso fez com que a dieta ficasse sempre para amanhã, o uso correto dos remédios fosse respeitado só nos períodos pós-complicações e a tolerância aos novos limites nunca fosse levada a sério. Quem o conheceu entende isso facilmente. Ele, que sempre valorizou o prazer de ir e vir, de estar a cada instante em um lugar diferente, de não se prender à nenhuma outra vontade que não à sua, não admitia ter de se submeter àquilo que, na época de poucos sintomas, parecia-lhe injustificado. Nos anos recentes, porém, quando cada ação precisava de uma ajuda, a vida lhe deixou de ser prazerosa. Assemelhava-se a uma ave acostumada a longos vôos aprisionada em uma minúscula gaiola. Dessa condição só poderia advir uma insatisfação, manifesta com a rejeição por tudo e por todos que representavam as malhas de sua cerca funcional. Mesmo descontente, permitiu-nos comemorar o seu octogésimo aniversário. Seu espírito, porém, ansiava por ser liberto do corpo doente que o aprisionava. Assim aconteceu, poucas semanas depois, serenamente, cercado pelos seus e ainda com planos de voltar a dirigir seu carro. Se não conseguimos fazê-lo entender a tempo a importância de planejar o futuro, creio que fomos capazes de lhe permitir ser fiel ao seu passado.” (Wilson Jacob Filho) Fonte: Folha de São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007 - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0410200701.htm
Boletim: 87 Ano: 2007
Ocorrência nº 9:
Doses homeopáticas de hormônios ajudam a aliviar dores de difícil tratamento
De acordo com resultados de um estudo anunciado por pesquisadores americanos do Instituto Roby, doses homeopáticas (ou seja, em quantidades bastante diluídas) do hormônio progesterona apresentam bons resultados no alívio da tensão pré-menstrual (TPM), de sintomas de fibromialgia, da dor “fantasma”, ansiedade e perda de memória. Além disso, resultados positivos foram observados também em casos de doenças como diabetes, artrite, endometriose, entre outras. Segundo o cientista Russell Roby, esse tipo de tratamento “reduz a concentração de adrenalina corporal capaz de ativar vários problemas, entre os quais a dor “fantasma”, que é uma exacerbação da dor causada pelo excesso desse hormônio no organismo”. O tratamento proposto “reduz a dor exarcebada pela adrenalina, uma vez que age na região da dor no cérebro”, completa. O uso da terapia hormonal, que foi patenteada pelos pesquisadores do Instituto, auxilia até mesmo a terapia de síndromes difíceis de tratar, como a fibromialgia, a qual atinge mais de 4 milhões de pessoas no Brasil, sendo que 90% destes pacientes são mulheres acima dos 40 anos de idade.
Boletim: 86 Ano: 2007
Ocorrência nº 10:
Empresa Eli Lilly pede liberação de medicamento antidepressivo para tratamento de casos de fibromialgia
A empresa Eli Lilly encaminhou pedido de liberação do medicamento Cymbalta para tratamento de casos de fibromialgia. Este medicamento possui como princípio ativo a Duloxetina, um antidepressivo que tem sido sugerido possuir ação sobre casos de dores de difícil tratamento. Publicado pelo site www.farmacia.com.pt , a matéria exposta no link abaixo aborda com ênfase essa nova opção para alívio dos sintomas associados à fibromialgia.
Boletim: 86 Ano: 2007
Ocorrência nº 11:
Primeira droga específica para o tratamento da fibromialgia é aprovada nos EUA
O órgão responsável pela avaliação e aprovação de drogas nos Estados Unidos, a FDA (de Food and Drug Administration), aprovou recentemente a droga Lyrica (ou pregabalina), a primeira droga específica para o tratamento da fibromialgia, uma desordem caracterizada por dor, fadiga e problemas do sono. A eficácia do medicamento foi testada em um estudo do tipo “duplo-cego” (no qual nem os pacientes nem os pesquisadores sabiam que medicamento estava sendo administrado), envolvendo cerca de 1800 pacientes, que mostrou que doses de 300 a 450 mg/dia do Lyrica reduziram a dor melhorando, assim, as funções diárias de alguns pacientes com essa doença. No entanto, pouco se sabe ainda sobre os mecanismos pelos quais ela produz estes efeitos.
Boletim: 86 Ano: 2007
Ocorrência nº 12:
Como saber que a dor apresentada pelo paciente realmente é causada por fibromialgia? - a confusão de sintomas parecidos com de outras doenças dificulta o diagnóstico correto
Embora a doença conhecida como fibromialgia seja considerada uma desordem sistêmica que afeta cerca de 2 a 4% da população mundial e muitos avanços já tenham sido realizados com relação ao seu entendimento, ainda existem muitos pontos obscuros a serem esclarecidos, desde sua definição correta e métodos de diagnóstico mais precisos até se a dor apresentada por indivíduos supostamente “fibromiálgicos” existe mesmo. Dessa forma, várias pesquisas são feitas nesse sentido e seus resultados têm se mostrado bastante interessantes. Por exemplo, verificou-se que sua ocorrência em mulheres é 1,5 vez maior que em homens, apesar da chance destes últimos apresentarem menor quantidade de locais dolorosos em sua anatomia seja cerca de 10 vezes maior. Esse fato dificulta o diagnóstico em homens, já que, pela definição da Sociedade de Reumatologistas norte-americana, um indivíduo com fibromialgia deve apresentar pelo menos dois sintomas concomitantes: 1) dor crônica espalhada por todos os quadrantes do corpo e no esqueleto axial, e 2) presença de 11, dos 18 determinados, pontos dolorosos. Esta classificação foi criada para uniformizar o estudo da fibromialgia ao redor do mundo, mas vem sendo negligenciada na prática clínica. Um exemplo disso é que existem múltiplas evidências da origem neurobiológica de dores e de síndromes classificadas como idiopáticas (como a síndrome do intestino irritável, a enxaqueca tensional, as disfunções temporomandibulares) que compartilham sintomas e mecanismos extremamente similares aos da fibromialgia, o que pode levar muitas vezes a diagnósticos errôneos e tratamentos equivocados. Em trabalho recentemente publicado, essas evidências, as quais se baseiam em dados farmacológicos, estudos de neuroimagem funcional e exames genéticos, são discutidas com ênfase na diferenciação da fibromialgia desses quadros e a importância de seu conhecimento para estabelecimento do diagnóstico correto da doença. Autores e procedência do estudo: Richard E. Harris & Daniel J. Clauw - Department of Medicine, Division of Rheumatology, University of Michigan Medical Center, USA. Referência: How do we know that the pain in fibromyalgia is “real”? Current Pain And Headache Reports 2006 (6):403-7.
Boletim: 81 Ano: 2007
Ocorrência nº 13:
Palestra revisa evidências experimentais que demonstram perda de neurônios corticais induzida por dores crônicas
Trabalho apresentado na forma de palestra por A. V. Apkarian, do departamento de fisiologia da Northwestern University, nos Estados Unidos, revisou dados que demonstram alterações na concentração de metabólitos e na densidade de massa cinzenta em regiões específicas do cérebro induzidas por dores crônicas, evidenciadas por meio de estudos morfométricos e espectrometria em humanos. Os dados sugerem que o cérebro perde neurônios em taxas maiores que durante o envelhecimento em regiões específicas aparentemente relacionadas somente às dores crônicas. Além disso, resultados mais recentes sugerem que a atrofia do cérebro é diferente dependendo do tipo de dor crônica, como observado, por exemplo, nos casos induzidos por dor nas costas e naquela observada na fibromialgia, ou na síndrome da dor complexa regional. O autor ainda discute as implicações clínicas e as anormalidades cognitivas apresentadas por esses pacientes, relacionando a atrofia verificada e alterações na atividade cerebral, e o possível envolvimento, observado em modelos experimentais animais, de receptores NMDA corticais e de alterações na expressão de interleucinas nas dores crônicas de origem neuropática. - Resumo 17 (MAR) Autores e procedência do estudo: A.V. Apkarian - Department of Physiology, Northwestern University, Chicago, IL, USA.
Boletim: 78 Ano: 2007
Ocorrência nº 14:
Fibromialgia concomitante à enxaqueca atinge mais mulheres que homens
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor difusa, com duração superior a três meses, e dor branda em locais específicos, chamados de pontos sensíveis. Sua causa, entretanto, permanece desconhecida. Um trabalho publicado no periódico Cephalalgia avaliou a prevalência e a severidade da fibromialgia entre pacientes que sofrem de enxaqueca. Noventa e dois pacientes (20 homens e 72 mulheres) que se enquadravam nos critérios da Sociedade Internacional de Dores de Cabeça para enxaqueca com e sem aura foram avaliados. Além das dores de cabeça e da história de dor, foram registrados também, pela palpação com os polegares, os pontos sensíveis. O diagnóstico de fibromialgia se baseou nos critérios de classificação para a doença estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia. Dezesseis (22,2%) das mulheres avaliadas e nenhum dos homens foram diagnosticados como sofredores de fibromialgia. A severidade da enxaqueca e suas características foram similares às de outras pacientes com enxaqueca. Pacientes sofredores de enxaqueca e fibromialgia normalmente possuem baixos níveis de qualidade de vida e altos níveis de stress mental. Outros estudos também mostraram uma alta incidência de fibromialgia entre mulheres com enxaqueca, mas não em homens. Os autores concluem que a coexistência de fibromialgia deve ser um fator importante a ser considerado no momento da escolha da terapia profilática para enxaqueca. Referência: Cephalalgia: an international journal of headache; 2006 Apr 1;26(4).
Boletim: 69 Ano: 2006
Ocorrência nº 15:
Pacientes com fibromialgia apresentam sensibilidade à dor e percepção olfatória alteradas
Pesquisadores canadenses mostraram que pacientes de ambos os sexos e de várias idades portadores de fibromialgia reportam dor mais intensamente, em resposta a estímulos térmicos nocivos, que indivíduos sãos. Além disso, mostraram que esses pacientes também exibem alterações na percepção olfatória. Autores e procedência do estudo: K.M.Sauro1,2; G.J.Bennett1,3; M.Bushnell1,3; M.Fitzcharles1,4 - 1. Center for Research on Pain, McGill University, Montreal, Canada; 2. Neurology and Neurosurgery, McGill University, Montreal, Canada; 3. Anesthesia, McGill University, Montreal, Canada; 4. Rheumatology, McGill University, Montreal, Canadá (SPON: M. Catherine Bushnell). Referência: (1249-P119) Fibromyalgia patients show altered pain and olfactory perception.
Boletim: 66 Ano: 2006
Ocorrência nº 16:
Agonista dopaminérgico é eficaz em inibir os sintomas da fibromialgia
O pramipexole é um agonista do receptor de dopamina tipo D3 utilizado para tratamento da doença de Parkinson e da síndrome da perna inquieta. A causa da síndrome da perna inquieta não é conhecida, mas esta é mais comumente encontrada em pacientes que têm fibromialgia do que em indivíduos saudáveis. Baseados nestas informações, Holman e Myers, pesquisadores americanos, avaliaram o efeito do pramipexole em pacientes com fibromialgia. No estudo, 60 pacientes com fibromialgia foram tratados diariamente, durante 14 semanas, com 4.5 mg de pramipexole ou placebo por via oral. A dor foi avaliada pela escala visual analógica e, os demais sintomas (função física, depressão, ansiedade, sono, fadiga e rigidez), pelo Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ). Os resultados obtidos mostraram que, comparados ao grupo placebo, os pacientes que receberam pramipexole apresentaram melhora significativa da dor, fadiga e atividades de vida diárias. Apesar de sintomas adversos como ansiedade transitória e perda de peso associados ao uso da droga terem sido detectados, nenhum paciente abandonou o estudo pela ineficácia do tratamento ou, mesmo, pelos sintomas apresentados. Os autores sugerem, com base nestes dados, que esta pode ser uma droga alternativa para o tratamento da dor decorrente da fibromialgia. Autores: Andrew J. Holman, MD, Robin R. Myers, MS, ARNP: Pacific Rheumatology Associates, Renton, Washington. Referência: A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial of Pramipexole, a Dopamine Agonist, in Patients With Fibromyalgia Receiving Concomitant Medications. ARTHRITIS & RHEUMATISM Vol. 52, No. 8, August 2005, pp 2495–2505.
Boletim: 63 Ano: 2005
Ocorrência nº 17:
Dor crônica e depressão: diferenciando aspectos sensoriais e emocionais da dor
A ocorrência de distúrbios depressivos é maior em pacientes com dores crônicas do que no restante da população. O motivo deste aumento de incidência é desconhecido, porém existem hipóteses de que um distúrbio poderia causar o outro ou que um mesmo fator poderia predispor o indivíduo às duas patologias. Para verificar a relação entre dor crônica e depressão, Giesecke e cols. avaliaram, através de ressonância magnética funcional, as áreas cerebrais ativadas por estímulo doloroso de mesma intensidade em pacientes com fibromialgia, relacionando estas áreas e a intensidade dolorosa reportada pelos pacientes ao nível de depressão diagnosticada. O aspecto interessante observado pelos autores é que a depressão não interfere com os aspectos sensoriais e discriminatórios (localização e intensidade da dor reportada), mas está relacionada com um aumento da ativação de áreas cerebrais que processam o aspecto afetivo e emocional da dor. O estudo sugere que existem processamentos paralelos, e de certa forma independentes, dos aspectos sensoriais e emocionais da dor e que talvez o tratamento com antidepressivos em pacientes com dores crônicas atue somente no aspecto emocional da dor. Nota da redação: Esse trabalho é interessante tanto pela relação entre a dor e a depressão quanto pela diferenciação entre o aspecto sensorial e emocional da dor. Por este estudo pode-se imaginar que uma pessoa deprimida tem a mesma sensação dolorosa que os demais, mas esta dor seria mais desagradável devido ao aumento do processamento emocional. Referência: Relationship Between Depression, Clinical Pain, and Experimental Pain in a Chronic Pain Cohort. Arthritis & Rheumatism, 2005;52(5):15771584.
Boletim: 59 Ano: 2005
Ocorrência nº 18:
Pacientes com fibromialgia e síndrome da fadiga crônica podem realizar atividades físicas sem aumentar sintomas como dor e fadiga
A fibromialgia (FM) e a síndrome da fadiga crônica (SFC) comumente são associadas à incapacidade física. Pacientes portadores destas patologias relatam que a prática de atividade física contribui para o aumento da severidade dos sintomas. De fato, diversos estudos retrospectivos, nos quais os próprios pacientes descrevem os sintomas após a realização de atividade física, já demonstraram que esta associação, geralmente, é debilitante. O estudo em questão, no entanto, demonstra que pacientes com FM e SFC têm o nível médio de atividade física similar às pessoas sem essa condição. O trabalho foi realizado com 38 pacientes (29 portadores de FM e 9 portadores de SFC), e 27 voluntários saudáveis e sedentários, e avaliou como as atividades de rotina e exercícios de alto nível (como por exemplo, corrida) interferem na severidade de sintomas como dor e fadiga e em alterações do sono. Em suma, os autores demonstraram que, quando comparados a voluntários saudáveis, pacientes com FM e SFC não apresentaram exacerbação dos sintomas após períodos de atividade física, o que ressalta a importância de que exercícios físicos moderados são essenciais para o bem estar destes pacientes.
Boletim: 57 Ano: 2005
Ocorrência nº 19:
Estudo da atividade cerebral de pacientes submetidos à hipnose indica que alguns tipos de dor podem ter origem no cérebro
Estudo publicado na revista científica NeuroImage por cientistas do Colégio Universitário de Londres (Inglaterra) em conjunto com pesquisadores do Centro Médico de Pittsburgh (EUA), concluiu que alguns tipos de dor, como a lombalgia crônica e fibromialgia, podem ter origem no cérebro. Durante o estudo, voluntários submetidos à hipnose foram induzidos a sentir dor, e a atividade cerebral, observada via ressonância magnética funcional, foi semelhante àquela observada em pacientes que sentiram dor provocada por contato com calor de 48.5°C. Segundo David Oakley, um dos idealizadores do estudo, “o fato de que a hipnose foi capaz de induzir uma experiência genuinamente dolorosa sugere que algumas dores podem ter origem nas nossas mentes”.
Boletim: 55 Ano: 2005
Ocorrência nº 20:
Síndrome da perna inquieta
A síndrome da perna inquieta causa dores articulares intensas e está geralmente associada aos sintomas da fibromialgia. Nesta patologia tratada pelos reumatologistas, a dor é causada pelo movimento, muitas vezes involuntário, das pernas, o que também impede de conciliar o sono. O movimento ocorre devido a uma sensação desconfortável durante o repouso, que piora durante a noite. Em um trabalho realizado em Helsinki com 100 pacientes, nos quais 50 receberam 0,40mg de um agonista de receptores para dopamina ao deitar (grupo A) e 50 receberam placebo (grupo B), todos os pacientes do grupo A tiveram sono normal e 30 pacientes apresentaram melhora total dos sintomas da síndrome da perna inquieta contra 5 pacientes do grupo B que relataram melhora do quadro. Happe e Trenkwalder, do Departamento de Neurofisiologia Clínica da Universidade de Gottingen, na Alemanha, relatam que drogas agonistas de receptores para dopamina como ropinirola, pramipexol e cabergolina, têm sido largamente usadas neste tratamento, devido à sua efetividade e propriedade de aliviar as dores em 70-90% dos pacientes. Uma nova formulação não-oral (transdérmica) de um agonista de receptores dopaminérgicos foi recentemente desenvolvida e vem se mostrando eficaz no tratamento da síndrome da perna inquieta. As pesquisas no momento estão focalizando os efeitos a longo prazo e comparações com outros agonistas dopaminérgicos em tratamentos semelhantes deverão ser feitas em breve. Referência: CNS Drugs. 2004; 18 (1): 27-36
Boletim: 46 Ano: 2004
Ocorrência nº 21:
Fibromialgia é parte de um amplo espectro de síndromes disfuncionais que cursam com dor generalizada
Pesquisadores da Medical University Ulm, na Alemanha, publicaram recentemente estudo no qual procuraram examinar os conceitos nosológicos da fibromialgia em uma amostra da população. Foi enviado questionário sobre dores reumáticas e queixas não-específicas a 3.174 mulheres que residiam em Bad Säckingen (Alemanha), com idades entre 35 e 74 anos. Posteriormente, uma amostra aleatória de 653 pacientes foi cuidadosamente analisada clinicamente. A prevalência de dor corporal difusa crônica, na população geral, foi de 13,5%. No ensaio clínico, a presença de pontos dolorosos associou-se à extensão da dor reumática e às queixas de dor corporal difusa. Os indivíduos que preencheram critérios para presença de pontos dolorosos sem história de dor difusa foram, então, avaliados e a análise estatística demonstrou que alguns sintomas podem ser associados ao risco de desenvolvimento destes pontos, como, por exemplo, mobilidade física restrita, dor e queixas corporais, enquanto outros sintomas foram associados ao risco de instalação de dor crônica difusa, como saúde debilitada associada a reações dolorosas emocionais, atividade restrita e alterações do sono. Os pesquisadores concluem que o conceito de fibromialgia "é parte de um amplo espectro de síndromes disfuncionais" e questionam a relevância da história de dor difusa para o diagnóstico de fibromialgia e o conceito de fibromialgia como desordem de origem reumática. Referência: Rheumatology 2003; 42: 829-83
Boletim: 38 Ano: 2003
Ocorrência nº 22:
Fibromialgia pode mascarar doenças autoimunes
Doenças autoimunes podem produzir sintomatologia dolorosa que pode ser confundida com fibromialgia (FM). Pesquisadores austríacos reavaliaram 10 pacientes diagnosticados como fibromiálgicos, que preenchiam todos os critérios para esta doença, e constataram que 9 destes pacientes eram portadores de doenças autoimunes, que incluíam Síndrome de Sjögren, artrite reumatóide e entesopatias (alteração em ligamentos periféricos ou inserções musculares). Os autores sugerem que pacientes com FM devem ser reavaliados periodicamente e que o diagnóstico deve ser concluído apenas quando for excluída a possibilidade do paciente ser portador de doença autoimune. (VAV) Referência: European Journal of Pain 7: 295-296, 2003.
Boletim: 37 Ano: 2003
Ocorrência nº 23:
Efeito da injeção intramuscular de granisetron (GRA) na dor muscular em pacientes com fibromialgia
Ernberg e cols., do Departamento de Fisiologia Oral Clínica do Instituto de Odontologia em Huddinge, Suécia, demonstraram que a injeção de GRA (antagonista de receptores 5-HT3, 1mg/ml) no músculo masséter de pacientes saudáveis reduz a dor induzida pela 5-HT. Posteriormente, a equipe realizou estudo para avaliar se o GRA pode influenciar a dor e alodinia/hiperalgesia em pacientes portadores de fibromialgia. Dezoito pacientes do sexo feminino que apresentavam critérios para fibromialgia de acordo com o Colégio Americano de Reumatologia participaram do estudo. Após a injeção de GRA, ou salina no lado contralateral, o limiar de dor à pressão foi avaliado visualmente e por algômetro eletrônico. Em seguida à administração do GRA o limiar de dor à pressão aumentou, enquanto que no lado onde foi injetada a salina o limiar não variou. Oito pacientes responderam à injeção de GRA com aumento do limiar de dor à pressão durante o período experimental. Em conclusão, os resultados deste estudo não provaram que a injeção de GRA no músculo masséter influencia na dor local em pacientes com fibromialgia. Referência: Pain 101(3): 275-282, 2003.
Boletim: 36 Ano: 2003
Ocorrência nº 24:
Fibromialgia: uma revisão
A fibromialgia é assunto de revisão publicada pelo site MD Consult (www.mdconsult.com). O sintoma predominante dessa doença são as dores músculo-esqueléticas difusas. Fadiga, depressão e distúrbios do sono também estão presentes. Os tratamentos disponíveis são limitados e a farmacoterapia é moderadamente eficaz no alívio das dores. Aplicada sozinha, é eficaz no tratamento da fibromialgia somente em uma minoria de pacientes e, freqüentemente, outros tratamentos são necessários. Embora pacientes relatem aumento inicial da dor, exercícios físicos apresentam claro benefício. Os exercícios devem aumentar gradualmente de intensidade e consistir de atividades de baixo impacto. A educação e a psicoterapia, em particular a terapia cognitiva-comportamental, constituem outras importantes maneiras de tratamento da fibromialgia. (VFP) Referência: Md Consult Medicine
Boletim: 35 Ano: 2003
Ocorrência nº 25:
Fibromialgia juvenil
Segundo o Colégio Americano de Reumatologia 25% dos pacientes com fibromialgia apresentam sintomas desde a infância. Os sintomas incluem dores musculoesqueléticas difusas, que atingem músculos e articulações de três ou mais regiões do corpo. A reumatologista Eliane Battani, do hospital São Luiz, em São Paulo, afirma que cerca de 26% das queixas de dores musculoesqueléticas difusas atendidas nos ambulatórios de reumatologia pediátrica enquadram-se nos critérios para o diagnóstico de fibromialgia, sendo confirmados mais da metade desses casos. A reumatologista Suely Roizenblatt, da Unifesp, investigou 120 pacientes com idade entre 10 e 12 anos no ambulatório de reumatologia pediátrica do Hospital São Paulo (SP). Neste estudo foi constatado que 71% das mães das 39 crianças diagnosticadas com fibromialgia juvenil também tinham a síndrome, indicando possível predisposição familiar para a fibromialgia.
Boletim: 34 Ano: 2003
Ocorrência nº 26:
Deficiência do sistema descendente de controle da dor em portadores de fibromialgia
Nancy Julien e cols., da Universidade de Quebec (Canadá), utilizaram a imersão do membro superior em água gelada para avaliar a resposta à dor de pacientes portadores de fibromialgia (30), lombalgia (18) e voluntários sadios (30). O teste de imersão foi realizado em duas sessões: uma ascendente (imersão do membro desde os dedos até o ombro) e outra descendente. Cada sessão incluiu 8 períodos de 2 min de imersão consecutivos separados por intervalo de repouso de 5 min. O membro superior foi arbitrariamente dividido em 8 segmentos. Os autores observaram que nos portadores de lombalgia e voluntários sadios a sessão de imersão descendente causou menos dor (em escala analógica visual - VAS) e desconforto que a imersão ascendente. Os pacientes com fibromialgia reportaram sistematicamente mais dor do que os dos demais grupos e não se observou diferenças entre os resultados obtidos nas duas sessões. Segundo os autores, as diferenças de comportamento dos grupos devem decorrer de falha de ativação do sistema descendente de controle da dor em portadores de fibromialgia que não foi plenamente ativado pelo estímulo nocivo. Referência: Abstracts - 10th World Congress of Pain® - Painel: 782-P52
Boletim: 30 Ano: 2003
Ocorrência nº 27:
Exercício aeróbico auxilia no tratamento da fibromialgia
Os exercícios aeróbicos podem aliviar a dor de pacientes com fibromialgia, segundo estudo comparativo realizado por pesquisadores ingleses. Neste estudo, 132 pacientes fibromiálgicos foram divididos em 2 grupos, sendo que cada grupo foi orientado a realizar exercícios aeróbicos ou de relaxamento durante 3 meses. Os pacientes que realizaram os exercícios aeróbicos mostraram melhoras significativamente maiores quando comparados com os pacientes que fizeram apenas exercícios de relaxamento, sugerindo que as atividades aeróbicas são mais indicadas para o alívio da dor em pacientes com fibromialgia.
Boletim: 25 Ano: 2002
Ocorrência nº 28:
Terapia da fibromialgia - massagem melhor que relaxamento
Comparando 24 pacientes selecionados aleatoriamente, foram realizadas sessões de 30 minutos de massagem ou relaxamento. Depois de 5 semanas, observou-se que somente o grupo que recebeu massagem terapêutica apresentou aumento no número de horas de sono, diminuição na frequência de movimentos durante o sono, queda nos níveis de substância P, em geral associados à presença de dor, e diminuição no número de trigger points (pontos de disparo). Os autores do estudo salientam que a comparação entre as terapias com efetividade no tratamento da fibromialgia é importante na escolha do melhor procedimento terapêutico.
Boletim: 23 Ano: 2002
Ocorrência nº 29:
Exercícios físicos e somação temporal da dor em pacientes fibromiálgicos
Pacientes portadores de fibromialgia (FMS) sofrem de dor crônica generalizada, com mecanismo ainda pouco conhecido em relação às alterações estruturais (anormalidades em tecidos periféricos) e origem da estimulação crônica de nociceptores. Processos fisiopatológicos centrais estão envolvidos, pelo menos em parte, com FMS. Em estudo com pacientes fibromiálgicos, Staud e cols. estudaram o efeito da somação temporal da dor (wind-up) após sucessivos estímulos térmicos. Encontraram evidências psicofisiológicas de que a transmissão da informação nociceptiva para o SNC possa estar alterada em pacientes portadores de FMS. A percepção da magnitude das respostas sensoriais tanto no primeiro estímulo quanto após uma série de estimulos foi maior em pacientes portadores de FMS quando comparados com pacientes controle. Após o último estímulo da série, os pacientes com FMS relataram dor mais intensa e duradoura à estimulação quando comparados com pacientes controle. Estes resultados, segundo os autores tem implicações na caracterização geral da dor e compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da FMS. Em outro estudo do mesmo grupo, foi avaliado o efeito do exercício físico no alívio da dor em pacientes com FMS. Os exercícios ativam opióides endógenos e sistemas adrenérgicos, mas a atenuação da dor por exercícios não tem sido consistente experimentalmente. Utilizando o mesmo modelo experimental, os autores submeteram ainda os pacientes a exercícios controlados antes das estimulações térmicas. Em pacientes saudáveis, a somação temporal da sensação de dor foi atenuada quando os testes foram feitos 1.5 ou 10 minutos após exercícios, enquanto que, em pacientes com FMS houve exacerbação do quadro de dor crônica, sugerindo que mecanismos descendentes inibitórios do controle da dor possam estar alterados em pacientes portadores desta doença.
Boletim: 20 Ano: 2002
Ocorrência nº 30:
Redução funcional da proteína Gi pode ser a causa da fibromialgia
A etiopatogênese da fibromialgia (FM), uma síndrome caracterizada por dor e hiperalgesia disseminada, ainda é desconhecida. Sabendo-se do envolvimento das proteínas Gi na modulação da percepção da dor, pesquisadores do Departamento de Farmacologia da Universidade de Florença na Itália, investigaram as alterações funcionais da proteína Gi em pacientes com FM. Pacientes com FM e outras doenças que induzem dor como artrite reumatóide, osteoartrite e dor neuropática foram incluídos no estudo e utilizados como referência. A funcionalidade das proteínas Gi foi avaliada pela sua capacidade de inibir a adenilato ciclase ativada pelo forskolina (ativador da adenilato ciclase) em linfócitos do sangue periférico. Pacientes com FM apresentaram hipofunção das proteínas Gi, o que não foi observado nos pacientes com artrite reumatóide, osteoartrite ou dor neuropática. Além disso, pacientes com FM apresentaram aumento dos níveis basais de AMPc. O aumento do AMPc nos neurônios sensitivos primários constitui um dos componentes bioquímicos da hiperalgesia inflamatória. A hipofunção da proteína Gi é a primeira alteração bioquímica observada em pacientes com fibromialgia, a qual pode estar envolvida na patogenia dessa síndrome. O aumento dos níveis basais de AMPc e a hipofuncionalidade da proteína Gi, após ativação da adenilato ciclase, poderão vir a serem utilizados para diagnosticar pacientes com FM.
Boletim: 18 Ano: 2002
Ocorrência nº 31:
Exercícios em água aquecida contra a fibromialgia
Baseada num programa de exercícios em piscina aquecida, uma terapia canadense alivia a dor difusa da fibromialgia. O sedentarismo agrava o quadro ao reduzir a circulação periférica, desta forma, atividades físicas que não forcem a musculatura, mas melhorem as condições aeróbica e cardiovascular do paciente são indicadas. Os músculos do paciente com fibromialgia têm déficit de oxigênio e precisam de recondicionamento. A terapia, de duração mínima de três meses, inclui exercícios de baixa intensidade, aquecimento e alongamento dentro da água aquecida.
Boletim: 18 Ano: 2002
Ocorrência nº 32:
Fibromialgia e serotonina
Em recente publicação na Revista Saúde! (Editora Abril) foi revelado o resultado de pesquisa sueca que detectou a presença de anticorpos contra serotonina em mulheres com fibromialgia. A presença de anticorpos contra serotonina altera a neurotransmissão serotoninérgica o que foi associada ao desenvolvimento de quadros dolorosos em pacientes fibromiálgicos. Entretanto, revisões recentes feitas por Alnigenis e Barland, da Divisão de Reumatologia do Departamento de Medicina do Colégio de Medicina Albert Einstein de Nova Iorque, dissociam essas alterações do metabolismo e da transmissão serotoninérgica da fisiopatologia da fibromialgia, o que torna o envolvimento da mesma ainda inconclusivo.
Boletim: 15 Ano: 2001
Ocorrência nº 33:
Envolvimento das citocinas na etiopatogenia da fibromialgia
Pacientes portadores de fibromialgia (FM) crônica e aguda foram avaliados e comparados com indivíduos controles de mesma idade e sexo. A produção de citocinas, dentre elas IL-8 e moléculas relacionadas foram medidas no soro ou no sobrenadante de cultura de células mononucleares periféricas sanguíneas (PBMC). Não foram encontradas diferenças entre indivíduos com FM e controles para as concentrações de IL-1 beta, IL-2, IL-10, receptor sérico IL-2, IFN-gama (interferon gama) e TNF-alfa (fator de necrose tumoral alfa). Níveis séricos de IL-8 e de IL-6 no sobrenadante de PBMC estimuladas foram maiores do que nos controles (particularmente em FM com mais de 2 anos de sintomas). Uma vez que o IL-8 promove dor simpática e a IL-6 induz hiperalgesia, fadiga e depressão, os autores sugerem que estas interleucinas hiperalgésicas poderiam estar envolvidas na modulação dos sintomas da fibromialgia.
Boletim: 13 Ano: 2001



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