Os estudos sobre estresse (Stress) auxiliam a compreender melhor o motivo de desenvolvermos certas doenças e também o motivo de certas pessoas conseguirem se recuperar mais rápido. De posse desse conhecimento é possível prevenir enfermidades e promover uma recuperação mais rápida depois que qualquer doença se instalou.
O estresse (Stress) é uma reação do organismo diante de um agressor, de qualquer agressor. Esses agressores podem ser físicos, químicos, biológicos ou emocionais.
Ao contrário do que muita gente pensa, o estresse NÃO é resultado somente de dificuldades situacionais ou emocionais.
Alterações na química molecular do corpo em geral, e do cérebro em particular, PODEM desencadear ou facilitar a reação ao estresse.
Por exemplo, alterações no funcionamento do intestino, sejam por mudanças na flora intestinal e/ou na capacidade de filtragem de suas paredes, PODEM alterar as emoções a ponto de facilitar a reação de estresse.
O acúmulo de tóxicos ambientais com frequência modifica o funcionamento do cérebro.
Alergias e intolerâncias alimentares também.
A forma como o organismo reage frente aos agressores, qualquer agressor, é, num primeiro momento, bastante genérica e não específica. Essa resposta genérica e não específica é conhecida como Reação ao Estresse. Ela é bastante adequada quando o agressor é perigoso e de curta duração. Por exemplo, se você levar uma fechada no trânsito, irá pisar rapidamente no freio, sem pensar. É a Reação ao Estresse que possibilita uma resposta tão rápida e eficaz.
Por outro lado, se ocorrerem muitos acontecimentos agressores durante o dia, seu corpo irá sofrer. E se acontecer uma interpretação errada do cérebro no sentido de que uma situação, embora ruim, não é perigosa, o problema complica. Esse é o principal problema.
Confira abaixo os principais sinalizadores do estresse nesses três grupos:
- Cansaço maior do que o habitual;
- Tensão, ombros "levantados";
- Olhos "cansados";
- Apertar ou ranger os dentes;
- Pressão ou dores na nuca;
- Peso ou dor nas costas e/ou ombros;
- Peso ou dor nos braços e/ou pernas;
- Dor de cabeça;
- Tremor nas pálpebras ("fisgadas" ou "repuxos").
- Crises de palpitações/batedeira no coração;
- Diarréias freqüentes;
- Dificuldade de respirar, o ar parece que "não entra";
- Formigamento ou adormecimento em áreas do corpo;
- Hipertensão arterial passageira, crises de pressão alta;
- Náusea ou mal-estar estomacal
- Digestão mais difícil que o habitual, sem motivo aparente;
- Reações de sobressalto sem motivo aparente;
- Tontura ou sensação de “balanço”;
- Vontade de urinar maior que a habitual;
- Zumbidos ou tinidos no ouvido.
- Impaciência maior que o habitual;
- Mau-humor, irritação por pequenos motivos;
- Assustar-se sem razão;
- Sono agitado ou interrompido;
- Falta de interesse pelas atividades rotineiras;
- Apreensão exagerada em relação ao futuro;
- Dificuldade de concentração;
- Grande inquietação, tensão, nervosismo, excitação ou agitação interna;
- Perda de interesse ou de prazer sexual;
- Tristeza, depressão;
- Esgotamento físico e/ou emocional;
- Apatia e lentidão de movimentos;
- Explosões emocionais;
- Chorar mais que o habitual;
- Dificuldade em tomar decisões;
- Perda de memória, esquecimento maior que habitual.
Esses sintomas indicam que o organismo está tentando se adaptar a agressores físicos ou emocionais. Mas por que esses sintomas aparecem? Qual o origem do estresse? É que veremos agora.
A interpretação do mundo pelo cérebro, a análise do que se passa no ambiente, caminha em duas grandes direções. A primeira direção é buscar tudo aquilo que de algum modo seja favorável, “bom”, agradável, que satisfaça alguma necessidade. E a segunda direção é evitar tudo aquilo que de algum modo seja “ruim”, ameaçador, desagradável, que dificulte ou impeça alguma necessidade.
O Estresse e a interpretação do cérebro
Pode parecer um mecanismo um pouco tolo à primeira vista, mas lembre-se que crianças simplesmente não sabem o perigo de uma vela acesa, até sentirem dor.
A interpretação do meio ambiente, do mundo que nos cerca, foi em grande parte formatada pelas experiências de nossos ancestrais. Nossos antepassados foram capazes de enfrentar com sucesso obstáculos e desafios consideráveis, como sobreviver à escassez de alimentos, temperaturas extremas, animais predadores e assim por diante.
- Alergias
- Ansiedade generalizada
- Artrite reumatóide
- Transtorno de pânico
- Queda da imunidade (infecções constantes)
- Depressão sazonal (periódica)
- Asma Bronquite
- Contração muscular crônica,
- Cefaléia tensional
- Eczemas,
- Psoríase,
- Urticária,
- Acne
- Enxaqueca
- Gastrite
- Doença gastrointestinal funcional
- Síndrome de fadiga crônica
- Doença coronariana (infarto e angina)
- Arteriosclerose
- Hipotensão ou hipertensão arterial
- Obesidade
- Hipertiroidismo
- Hipotiroidismo
- Hipoglicemia
- Certas formas (não todas) de câncer
- Dificuldade com memória
- Sono de má qualidade, não reparador
Como precaução, seu corpo também lança na corrente sangüínea uma substância que não fornece energia de forma imediata, mas que pode ser necessária se a “batalha” se prolongar – o colesterol. A desvantagem é que o colesterol, se não for “queimado”, tende a se depositar nas artérias, inclusive nas coronárias.
No estresse, uma série de mudanças também ocorre no modo de pensar, sentir e agir. A primeira reação é no sentido de estimular a concentração, o raciocínio e as aptidões, mas depois de tantas reações infrutíferas o organismo começa a apresentar sinais de cansaço. Depois de algum tempo sob estresse, o raciocínio ora se acelera, ora fica lento, tendendo à confusão e à falta de lógica. A pessoa passa a adiar decisões e é difícil estabelecer prioridades.
Pode ocorrer diminuição de memória, com esquecimentos. Já as mudanças emocionais tendem para aagitação ou para a apatia. A agitação se manifesta numa constante irritação e eventual cinismo. A pessoa se preocupa demais e fica nervosa por razões sem importância. Perde o controle com facilidade, a paciência vai à zero. A ansiedade (expectativa de que aconteça algo ruim) é freqüente e afeta especialmente o sono.
Outra complicação do estresse aparece no momento em que você interpreta seus sintomas. Você pode, por exemplo, ficar preocupado com as conseqüências sociais, com o desempenho profissional, com sua capacidade de trabalho ou ainda com a possibilidade de outras pessoas perceberem que você está estressado.
Com isso, aumenta a fadiga pelo desgaste do corpo diante de tantas tentativas sem resultado, com comprometimento da energia necessária para a ação efetiva. A ansiedade também se amplia, já que o alarme o deixa preparado o tempo todo para perigos que o cérebro continua “enxergando”. E também facilita a tristeza, já que suas ações simplesmente não conseguem resolver a situação.
As tentativas frustrantes de não conseguir atuar na realidade pode se generalizar, gerando uma sensação inespecífica de que nada que fazemos resulta em mudanças significativas. Essa sensação de impotência e desamparo (tecnicamente, impotência adquirida ou desamparo aprendido) foi bastante estudada e está francamente relacionada com a origem da depressão, que aumentou 10 vezes nos últimos 100 anos, e que segundo a Organização Mundial da Saúde, deverá ser a primeira causa de incapacitação no planeta até 2020.
E com as mulheres? Por uma falha indesculpável, os pesquisadores pioneiros fizeram os estudos baseados na reação de homens, e inferiram que as mulheres teriam as mesmas reações. Como as mulheres variam o humor com a flutuação mensal de seus hormônios, e como essa flutuação dificultava a interpretação dos resultados, foram pelo caminho mais fácil e excluiram as mesmas das pesquisas!
Alostase vem do grego allo (que significa variável) e do também grego stasis (que significa literalmente “condição de estar em pé”), e foi criado para indicar duas realidades. A primeira delas é que, diante de situações difíceis nosso organismo busca respostas ótimas de modo dinâmico, variando segundo a necessidade. Esse conceito atual contraste como que você já pode ter lido sobre a reação de estresse que, acreditava-se erroneamente, tinha por objetivo manter o organismo estável, sem mudanças.
A maior influência sobre o estresse está no cérebro, na medida em que é ele que interpreta e reage aos acontecimentos da vida e literalmente controla até a mais distante célula do corpo. Nem uma única célula do organismo está fora de controle do cérebro, que interfere diretamente com pequenos filamentos nervosos ou então regulando a produção e liberação dos hormônios.
Mas não é só a interpretação do que acontece que gera o estresse. O excesso de agressores a que todos nós estamos sujeitos também provoca uma sobrecarga no corpo como um todo, e o cérebro em particular, gerando desequilíbrio e mau funcionamento.
A abordagem se faz tanto com a correção dos fatores que levam ao desequilíbrio da química do organismo, quanto o fornecimento das substâncias necessárias ao funcionamento do corpo. Alguns exemplos mais marcantes:
A síndrome da fadiga crônica é uma desordem complexa e desabilitante caracterizada pela fadiga profunda que não melhora com descanso deitado e que pode ser piorada por atividade física ou mental. Pessoas com síndrome da fadiga crônica geralmente funcionam em um nível de atividade substancialmente menor do que eram capazes antes do aparecimento da doença. Adicionalmente, pacientes reportam vários sintomas não-específicos que incluem fraqueza, dor muscular, memória prejudicada, piora na concentração, insônia e fadiga após exercícios exaustivos que dura mais de 24 horas. Em alguns casos a síndrome da fadiga crônica pode persistir por anos.
A causa da síndrome da fadiga crônica não é identificada e não estão disponíveis testes diagnósticos específicos. Uma vez que muitas doenças têm fadiga incapacitante como um dos sintomas, deve-se ter cuidado para excluir outras condições conhecidas, e geralmente tratáveis, antes de fazer o diagnóstico do síndrome da fadiga crônica.
Outros sintomas comumente observados na síndrome da fadiga crônica
Adicionalmente aos 8 sintomas primários que definem a síndrome da fadiga crônica, vários outros têm sido relatados por alguns pacientes. A freqüência de ocorrência desses sintomas varia de 20% a 50% entre os pacientes com síndrome da fadiga crônica. Eles incluem dor abdominal, intolerância ao álcool, barriga inchada, dor no peito, tosse crônica, diarréia, tontura, olhos ou boca seca, dor nos ouvidos, batimento cardíaco irregular, dor na mandíbula, náusea, sudorese noturna, problemas psicológicos, falta de fôlego, sensações na pele, formigamento e perda de peso.
Condições médicas semelhantes à síndrome da fadiga crônica
Muitas doenças têm espectro de sintomas similares à síndrome da fadiga crônica. Essas doenças incluem, entre outras, fibromialgia, encefalomielite miálgica, neurastenia, sensibilidade química múltipla, narcolepsia, hipotiroidismo, apnéia do sono, depressão, esquizofrenia e mononucleose crônica. Embora essas doenças possam apresentar outro sintoma principal, a fadiga crônica é comumente associada a todas elas.
Tratamento da síndrome da fadiga crônica
Uma vez que não há cura conhecida para a síndrome da fadiga crônica, o tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar as funções do paciente. Uma combinação de terapias com e sem remédios é geralmente recomendada. Não existe uma terapia única para tratamento da síndrome da fadiga crônica. Mudanças no estilo de vida, incluindo prevenção de tarefas exaustivas, redução de estresse, restrições na dieta, alongamento suave e suplementação nutricional são freqüentemente recomendados em adição à terapia com remédios usada para tratar a dor, sono e outros sintomas específicos. Fisioterapia cuidadosamente supervisionada também pode ser parte do tratamento para síndrome da fadiga crônica, porém os sintomas pode ser exarcebados por um atividade física superdimensionada. A administração de exercícios físicos leves é recomendada para evitar a exaustão e prevenir a perda de condicionamento físico.
http://www.copacabanarunners.net/fadiga.html