"A meditação é importante para a memória porque regula o sistema endócrino e, principalmente, a produção do hormônio “cortisol”.
O cortisol é um hormônio produzido pelo corpo, em resposta a situações de estresse. Quando liberado em doses excessivas no sangue (o que acontece na maioria das pessoas maiores de idade no mundo moderno) diminui a memória de três maneiras: primeiro inibe a utilização de glicose pelo principal centro processador da memória, o hipocampo. Sem glicose suficiente no hipocampo, o cérebro não tem como, quimicamente, guardar uma memória.
Em segundo lugar, o cortisol é uma substância corrosiva que, quando em grande concentração, consome e sacrifica neurônios. Ele rompe o metabolismo normal dessas células e faz com que quantidades demasiadas de cálcio as penetrem e produzam moléculas de radicais livres, que, com o tempo, chegam a matar bilhões de neurônios.
Por último, o cortisol excessivo desorganiza a atividade de neurotransmissores. Assim, mesmo lembranças antigas e bem guardadas no neocórtex cerebral, não são mais resgatadas com facilidade pela mente consciente porque as células cerebrais não conseguem se comunicar umas com as outras a contento. A meditação, ao reorganizar o sistema endócrino, re-equilibra quimicamente o funcionamento do cérebro e promove a melhora da memória e de todas as funções cognitivas."