Segundo o médico Michael Huber, da universidade de Colônia, na
Alemanha, até 40% das pessoas que sofrem dores crônicas mostram características
de alexitimia.
Os alexitímicos não podem tomar consciência de suas emoções nem das
reações físicas que estas lhes provocam. Às vezes as confundem: se o estômago
se contrai e sentem dor, não podem atribuí-lo a uma situação de personalidade
emocional. Segundo o médico Michael Huber, da universidade de Colônia, na
Alemanha, até 40% das pessoas que sofrem dores crônicas mostram características
de alexitimia.
Os alexitímicos atribuem o mal-estar a algo que comeram e que
"caiu mal". Não têm consciência de seu problema e se sentem normais,
apesar de ter bloqueada uma das parcelas mais importantes de sua vida: a
emocional. Notam que algo vai mal com seu casamento, trabalho ou amigos, mas
não conseguem descobrir o que é.
Nunca se sabe o que pensam ou sentem e suas exteriorizações são tão
mínimas que se reduzem ao imprescindível: a saudação, a despedida, a frase
correta.
Ignoram o que sentem, não sabem como dizê-lo com palavras, não
distinguem uma emoção de outra, também não sabem que têm uma carência: a
capacidade de reconhecer e expressar suas emoções.
Transtorno psicológico para alguns especialistas, traço da personalidade
para outros, e a conseqüência de um aprendizado deficiente segundo outra
corrente de opinião, todos concordam que a alexitimia empobrece a vida, as
relações e a saúde.
C
Segundo os especialistas, esta desordem pode ter origens neurológicas,
como um dano acidental nos tecidos ocasionado por uma cirurgia cerebral ou uma
disfunção na comunicação entre os hemisférios do cérebro que controlam
respectivamente nossos lados racional e afetivo.
A incapacidade de sentir também pode ser causada por lesões: pode provir
de uma desconexão entre o sistema límbico do cérebro, que detecta os estímulos
fisiológicos que geram a emoção, e o neocórtex, que é a região encefálica que
reconhece a emoção e permite expressá-la.
Outras causas de alexitimia são as psicoses, já que alguns
transtornos, como a esquizofrenia, estão associados a uma grande apatia e a uma
incapacidade de expressar as emoções, que só se revertem com medicação. Além
disso, a baixa emocional, distorção anímica e desinteresse pelo que lhe rodeia
que sofre uma pessoa depressiva, podem se associar a uma alexitimia
transitória.
O estresse pós-traumático, devido a catástrofes, guerras, atentados ou
situações traumáticas, também pode causar uma incapacidade emocional temporária
como "efeito rebote", enquanto que a emotividade rasa também pode ser
causada por uma educação deturpada: aqueles que cresceram em famílias onde os
sentimentos raramente se expressavam ou era proibido expressá-los aprendem a
reprimir o que sentem até negá-lo.
Para alguns especialistas, existe um componente genético familiar que
predispõe a incapacidade emocional, e segundo outros, a alexitimia inclusive
pode ter suas raízes na etapa da socialização primária, quando o bebê precisa
de palavras para decodificar e comunicar suas experiências e a mãe não lhe dá
os termos necessários para se expressar.
Para a psicóloga Laura García Agustín, diretora do centro Clavesalud,
de Madri, "a alexitimia é difícil de tratar porque o afetado não tem
consciência do problema e só vai a uma consulta quando alguém o sugere". A
especialista afirma que esta desordem sempre requer um tratamento profissional,
psicológico ou psiquiátrico, mas reconhece que "é muito difícil ajudar
alguém a reconhecer e expressar suas emoções sem que o tenha feito desde
criança e após ter passado a maior parte de sua vida sem vivências
emocionais".
"Embora não se possa compensar a falta de aprendizado desde a
infância, com treino pode-se ensinar o alexitímico a buscar elementos que
ajudem-no a diferenciar suas emoções e expressá-las em um nível básico",
explica a especialista.
Segundo García Agustín, para prevenir este problema "é preciso
dar desde a infância uma educação emocional que até agora foi dada na maioria
dos casos: ensinar ao menino que sinta e expresse suas emoções".
"Quanto mais fino seja o reconhecimento de suas emoções que uma pessoa
desenvolva, maior será sua capacidade de ser feliz e funcionar bem em
sociedade", assinala a psicoterapeuta.
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A expressão "inteligência emocional" foi utilizada
inicialmente em um periódico científico, na década de 1990, compreendida como
uma classe da inteligência social, como preconizou Thorndike (1920), setenta
anos antes, quando definiu que a inteligência poderia ser organizada em três
dimensões: mecânica, abstrata e social. De acordo com Salovey e Mayer (1990), a
inteligência social deveria ser vinculada a um construto mais global, a
inteligência emocional, que, por sua vez, relaciona-se à habilidade de
monitorar sentimentos e emoções em si mesmo e nos outros, de tal modo que possa
auxiliar na discriminação e utilização da informação emocional para guiar
pensamento e ações.
Para Mayer e Salovey (1993), embora o construto em questão envolva
habilidades mentais independentes, ele foi considerado uma forma de
inteligência. Nesse sentido, para os autores, a nomenclatura
"inteligência" foi adotada por referir-se a uma aptidão mental. Em
trabalho posterior, Mayer e Salovey (1999), buscando aprimorar o conceito,
associaram-no à capacidade de perceber, avaliar e expressar emoções; à
capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos de modo a facilitar o pensamento;
à capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e à capacidade
de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
Pesquisas evidenciam que a inteligência emocional é um construto moderadamente
relacionado com inteligência geral, fracamente associado a alguns traços de
personalidade, e preditor de bem-estar e qualidade de vida, e sua medida tem se
tornado possível (BRACKETT; MAYER, 2003; CIARROCHI et al., 2001; MAYER; CARUSO;
SALOVEY, 1999; MAYER et al., 2003; MIGUEL; NORONHA, 2009; MUNIZ; PRIMI; MIGUEL,
2007).
O presente estudo se destina à investigação da percepção das emoções,
que tem sido considerada uma habilidade importante, compreendida como a base
para o desenvolvimento de outras capacidades relacionadas à inteligência
emocional (MAYER; SALOVEY, 1999; LANE, 2000). Mais enfaticamente, Mayer, Salovey
e Caruso (2002) afirmam que a inteligência emocional não pode se desenvolver se
o indivíduo não aprender a respeito dos sentimentos e não tiver a capacidade de
prestar atenção, registrar e decifrar mensagens emocionais por meio das
expressões faciais.
Uma subárea específica da inteligência emocional, a percepção,
avaliação e expressão da emoção, compreende a capacidade de identificar emoções
em si e nos outros. Inclui, além disso, a capacidade de expressar essas emoções
e a capacidade de avaliar a veracidade de uma expressão emocional. Em
acréscimo, a percepção de emoções tem sido reconhecida como a habilidade de
perceber e identificar emoções em estímulos, tais como músicas, objetos,
quadros e histórias (SALOVEY et al., 2001).
Saarni (2002, p. 65) argumenta que a percepção é uma habilidade
vinculada à competência emocional, que, por sua vez, é definida como a
habilidade para se envolver em "transações emocionais que produzem
emoções". Ainda nesse sentido, a percepção da emoção pode abranger a
capacidade de identificar emoções em si mesmo, em outras pessoas e em objetos
ou condições físicas. Em uma perspectiva evolutiva, essa autora considera
níveis distintos da percepção, e o inicial consistiria na percepção do estado
emocional e na experimentação de emoções múltiplas. Os bebês e as crianças
primeiramente identificariam seus próprios estados emocionais e dos outros e,
em consequência, conseguiriam estabelecer as diferenças entre eles. Em seguida,
viria a capacidade de monitorar sentimentos interiores e reconhece-los quando
expressos por outras pessoas, diversas situações ou em determinados objetos
(obras de arte, por exemplo). Um nível mais sofisticado incluiria a percepção
de que nem sempre é possível identificar os sentimentos em razão de outros
processos psicológicos inconscientes ou até mesmo da atenção seletiva. Neste
último caso, a "percepção da não percepção" indicaria níveis mais
maduros de competência emocional.
Tal como defendido por Roberts, Zeidner e Matthews (2001), a percepção
emocional não é uma entidade singular, uma vez que cada emoção possui forma e
função distintas. Por exemplo, a raiva está associada à expansão (mover para
frente), ao mesmo tempo em que tristeza se relaciona a um objeto perdido. A
percepção da distinção entre tipos e funções de emoções é necessária quando se
pensa no construto inteligência emocional.
Em oposição ao indivíduo considerado "competente" ou
"inteligente" emocionalmente, encontra-se aquele que tem dificuldade
para usar a informação emocional em suas ações e seus pensamentos, tais como os
alexitímicos. Sifneos (1977) introduziu o termo alexitimia para referir-se às
pessoas que parecem privadas de palavras (lexis) e para designar o humor
(thymos). Posteriormente, Campbell (1996) descreveu a alexitimia como um traço
de personalidade, conceituado como a dificuldade em caracterizar o próprio
estado emocional e inabilidade para fantasiar produtivamente, fazendo com que o
indivíduo focalize seus interesses em objetos externos, na experiência somática
ou nas reações comportamentais, em vez de relaciona-las a pensamentos.
Krystal (1988) sugeriu que uma das possíveis causas da alexitimia
possa ser um déficit no processamento cognitivo da emoção. Nesse caso, se o
processamento cognitivo da emoção for o que Salovey e Mayer (1990) denominaram
como inteligência emocional, seria legitimo supor a existência de correlação
negativa entre os dois construtos. De fato, alguns estudos deram suporte a essa
suposição e mostraram que a relação se da especificamente entre a alexitimia e
a habilidade de perceber emoções.
Por exemplo, em um dos primeiros estudos relacionados a inteligência
emocional, Mayer, DiPaolo e Salovey (1990) desenvolveram uma prova para
avaliação da habilidade de perceber emoções em estímulos como expressões
faciais, cores e desenhos abstratos. Os resultados levaram a conclusão de que a
percepção de emoções: pode ser considerada como uma habilidade unifatorial e
independente do tipo de estimulo apresentado (expressões faciais, cores e
desenhos abstratos); e passível de mensuração valida e confiável;
correlaciona-se positivamente com empatia e extroversão e negativamente com
alexitimia e neuroticismo.
Em outro estudo, Davies, Stankov e Roberts (1998) confirmaram a
unifatorialidade das medidas de percepção de emoções em diferentes tipos de
estímulo e sua relação inversa com alexitimia. No entanto, questionaram a
pertinência de considerar a percepção de emoções como um tipo de inteligência
(a emocional), por não terem encontrado correlações significativas com outras
medidas de habilidades cognitivas. Posteriormente, o aprimoramento dos
instrumentos de medida da inteligência emocional mostrou que essas correlações
ocorrem e são estáveis (MAYER; CARUSO; SALOVEY, 1999; ROBERTS; ZEIDNER;
MATTHEWS, 2001).
O estudo de Moriarty et al. (2001) destinou.se a investigar em que
medida uma bateria dos testes projetados para avaliar níveis distintos da
inteligência emocional poderia diferenciar adolescentes infratores. Fizeram
parte da pesquisa 15 adolescentes infratores do sexo masculino com idade
variando de 14 a 17 anos e 49 adolescentes não
infratores, também do sexo masculino e da mesma faixa etária. Foram aplicados
os seguintes instrumentos: Trait Meta.Mood Scale (TMMS), Davis’ Interpersonal
Reactivity Index (IRI), Inventory of Interpersonal Problems (IIP.32), Toronto
Alexithymia Scale (TAS) e NEO.PI.R, com vistas a avaliar personalidade,
inteligência emocional e alexitimia. Os adolescentes com histórico de infração
apresentaram taxas mais elevadas de agressividade, menos atenção aos sentimentos
e menor capacidade de reparar os modos desagradáveis. Os autores sugerem que
estudos dessa natureza podem favorecer o tratamento de adolescentes infratores.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872010000300005&script=sci_arttext
Alexitimia é inversamente proporcional
à mentalização e está associado a estilos de apego inseguro e traumas
emocionais, que influenciam a capacidade de regulação afeta induzida por
eventos estressantes. Alexitimia e conflitos intrapsíquicos ambos podem
contribuir para a patogênese dos ataques de pânico.
Na edição atual da Psicoterapia e
Psicossomática, Graeme Taylor apresenta novos resultados da investigação
relacionados com a formação de sintomas ea incapacidade para expressar emoções
(alexitimia).
John Nemiah estava interessado no
impacto de eventos traumáticos nos processos mentais e corporais e em
conceituar as defesas psicológicas e déficits que contribuem para o
desenvolvimento de sintomas psicológicos e somáticos. Ele via a dissociação
como o mecanismo central psicológica na formação de um espectro de sintomas, e
conceituado alexitimia como um déficit no processamento cognitivo das emoções
de tal forma que o estresse induzido por excitação pode ignorar a psique e
produzir sintomas somáticos. Neste artigo, Graeme Taylor faz uma breve revisão
de algumas das idéias conceituais Nemiah e relaciona-as com várias novas
teorias e conceitos e resultados de pesquisas empíricas. Seu conceito de
"elaboração psíquica 'de emoção é consistente com as teorias contemporâneas
do processamento cognitivo das emoções que enfatizam a importância da
imaginação e simbolizações linguística. Alexitimia é inversamente proporcional
à mentalização e está associado a estilos de apego inseguro e traumas
emocionais, que influenciam a capacidade de regulação afeta induzida por
eventos estressantes. A teoria de código múltiplo de processamento de
informação emocional ligações psicológicas e sintomas somáticos em vários graus
de dissociação dentro e entre os elementos que compõem esquemas emoção e às
tentativas de reparação compensatória. Estudos recentes suportam ver Nemiah de
que alexitimia e conflitos intrapsíquicos pode tanto contribuir para a
patogênese dos ataques de pânico. Há também evidências substanciais de uma
associação entre trauma na infância eo desenvolvimento da doença somática na
vida adulta. Anexos seguro e bem desenvolvido capacidades para a simbolização e
afetam a regulação parecem tornar os indivíduos mais resistentes aos traumas e
eventos estressantes da vida diária.
FONTE Psicoterapia e Psicossomática
Quais são os sintomas de alexitimia
L 'alexitimia é um distúrbio que envolve a
incapacidade de identificar e expressar sentimentos e emoções, o que leva ao
isolamento do indivíduo que é incapaz de sentir empatia ou comunicar as suas
emoções ao seu ambiente. Esta condição está presente em muitas doenças comuns
de desenvolvimento, tais como o autismo, sendo comuns em mais de 80% dos
pacientes que sofrem. Quer saber mais sobre esta condição no local
explicar?, quais são os sintomas
de alexitimia são.
Dois tipos de alexitimia: primário e
secundário, ambos têm origem fundamentalmente diferente, embora os sintomas são
semelhantes em ambos os casos. É importante entender os dois tipos, a fim de
escolher o tratamento ea abordagem terapêutica para cada paciente, então nós
convidamos você a ler o nosso artigo sobre tipos de alexitimia.
O sinal principal que pode nos ajudar a
detectar o alexitimia,
é a incapacidade de um indivíduo de reconhecer ou identificar as emoções dos
outros e de expressar-se, causando grandes dificuldades para criar empatia com
o meio ambiente e manter ou gerir as relações pessoais. Eles não sabem como
expressar seus sentimentos, nem são capazes de reconhecer quando outros
estados, sentimentos básicos como alegria, tristeza ou dor.
No entanto, ser tomado em conta também
outros sinais que ajudam a detectar essa condição.
Outros sintomas de alexitimia Em
primeiro plano são:
Seriedade e rigidez das características faciais. Conversação limitada,
não gosta de falar com os outros. Pensamento muito racional e prática que
procura resolver problemas específicos. Imaginação limitada e criatividade.
Alto nível de impulsividade, pode reagir de forma extrema off as emoções dos
outros. Não é atraído para cada tipo de prazer. Alexithymia na idade adulta
também inclui a falta de desejo sexual, conduzindo em alguns casos a sofrer de
anorgasmia ou impotência.
L 'alexitimia é uma doença que requer cuidados terapêuticos e neurológica,
é essencial para descobrir sua origem e estabelecer um possível tratamento para
a doença é sempre aconselhado por um especialista.
http://pt.whatwhyguide.com/saude/quais-sao-os-sintomas-de-alexitimia.php
TESTE 35 questões
http://www.cepvi.com/Test/clinicos/test_alexitimia.htm#.VH_PxdLF_Ss
***
Outros
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1677-04712006000100006&script=sci_arttext
http://www.redalyc.org/pdf/287/28720112.pdf
http://www.psicologianocotidiano.com.br/articulistas/articulista_descri.php?id=59
http://www.psicologianocotidiano.com.br/articulistas/articulista_descri.php?id=59
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHealthSci/article/view/109
Somatoforme
http://solar8.blogspot.com.br/2012/01/psiqweb-somatof
/01/psiqweb-somatoformes-e-somatizacao.html
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Mais temas ligados ao stress
http://www.leandroteles.com.br/blog/2015/02/22/transtorno-de-estresse-agudo
O transtorno de Estresse AGUDO é um conjunto de alterações EMOCIONAIS, COGNITIVAS e FÏSICAS que podem surgir após um evento ESTRESSANTE extremo e ameaçador.Cerca de 15 % da POPULAÇÃO, ao ser confrontada com situações críticas, com risco de lesões, morte ou perdas / ferimentos de entes queridos, apresentam a famosa reação de Choque (ou ESTADO de CHOQUE) Os sintomas podem durar de 2 dias até 30 dias, sendo que a manutenção dos sintomas após 4 semanas, justificam outros diagnósticos (como o STRESS pós Traumático).
Até 1 mês chamamos esse estado patológico de TRANSTORNO de ESTRESSE AGUDO, e ele pode ser marcado por muito sofrimento e impacto na qualidade de vida da pessoa e seus familiares. Existem pessoas mais resistentes ao STRESS e outras menos resistentes, mas todos têm um limiar, “ninguém é de ferro”. Um quadro estressante agudo é um evento limítrofe que gera insegurança, medo, e uma série de modificações hormonais e corporais de adaptação HIPERAGUDA. Após essa fase de minutos a horas o corpo tenta se reequilibrar, mas, em algumas pessoas surgem SINTOMAS PERSISTENTES típicos do TRANSTORNO do ESTRESSE AGUDO (TEA) Alterações Imediatas ao STRESS (Mediadas pela ADRENALINA)
ALTERAÇÕES Físicas | Alterações PSIQUICAS |
Taquicardia | Ansiedade |
Pupila dilatada | Medo |
Pressão Elevada | Sensação de morte |
Contração Muscular | Angústia |
Boca seca | Insegurança |
Tremor | Impotência |
Sudorese | Tristeza |
Respiração Ofegante | Surpresa |
Esse Pacote AGUDO acontece com TODO mundo na hora de um ESTRESSE excessivo. Principalmente questões relacionadas a violência URBANA, acidentes, morte ou quase morte inesperada, notícias catastróficas, desastres naturais, etc. O TRANSTORNO do ESTRESSE AGUDO ocorre em pessoas mais vulneráveis e menos RESILIENTES*. Nelas, ocorrem modificações cerebrais que determinam sintomas PSÍQUICOS, COGNITIVOS e FÍSICOS. O risco se foi, mas os sintomas são persistentes e podem durar semanas. Pessoas em maior RISCO: Mulheres, jovens e pessoas com antecedentes ou grau elevado de ansiedade.
RESILIÊNCIA é um termo que remete a física. Resiliência é a capacidade de um material em receber uma força (stress) sobre ele, modificar-se e depois retornar ao seu formato natural. Uma mola, por exemplo, é resiliente. Esse termo versa sobre adaptação e resistência a estressores.
SINTOMAS de TEA (TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO) :
A pessoa pode evoluir com quadro de ANSIEDADE e uma sensação constante de insegurança e impotência. Pode manifestar sintomas DEPRESSIVOS, choro fácil e muita labilidade emocional. É comum a pessoa ficar um pouco ENTORPECIDA, lentificada e até atordoada e confusa.
Em casos graves a pessoa pode aparentar letargia e falta de reação, em um estado que lembra a catatonia. Além dos sintomas clássicos de ansiedade a pessoa pode apresentar sintomasDISSOCIATIVOS (de afastamento da realidade), tais como: DESPERSONIFICAÇÃO e DESREALIZAÇÃODESPERSONIFICAÇÃO: Sensação de estranheza com o próprio corpo, como se não fosse você mesmo. DESREALIZAÇÃO: Sensação de estranheza do ambiente, como se as coisas estivessem diferentes, sem familiaridade ou estivesse dentro de um sonho. São descritos também sensação de estranheza do tempo, como sensação de SLOW MOTION ou tempo acelerado. -Sintomas de HIPERVIGILÂNCIA e
REVIVÊNCIA: Extremamente comum no transtorno de estresse agudo é o paciente ficar muito sensível a qualquer coisa que se remeta ao evento estressante, chamamos isso de hipervigilância. Ele fica desatento e pouco reativo ao resto de suas atividades, mais fica hiper-reativo a aspectos do trauma recente. A revivência são MEMÓRIAS INTRUSIVAS, pedaços da lembrança do evento traumático, sonhos recorrentes e mesmo FASHBACKS durante o período do dia. Na revivência o paciente pode apresentar PERCEPÇÕES falsas e SINTOMAS de URGÊNCIA e SOFRIMENTO mesmo sem se recordar claramente do evento. Podem surgir sintomas tipo Síndrome do Pânico, principalmente em períodos de maior vulnerabilidade. Para fazer o diagnóstico é fundamental que a intensidade dos sintomas seja ELEVADA e atrapalhe as atividades do dia –a- dia
PRINCIPAIS SINTOMAS DE TEA (até 4 semanas) |
- Sintomas de Ansiedade |
- Atordoamento mental e Lentificação |
- Sonhos recorrentes (distúrbios de sono) |
- Flash backs e memórias intrusivas |
- DISSOCIAÇÃO (despersonalização e desrealização) |
TRATAMENTO
Para casos mais leves basta o suporte social, familiar, atividades físicas e atividades mais tranquilizantes. Em casos com sintomas mais robustos e incapacitantes é necessária a intervenção psicoterápica (psicólogo) e, eventualmente, medicamentos tranquilizantes e/ou para ansiedade.
PROGNÓSTICO (Evolução)
A evolução é geralmente boa quando o trauma não é muito intenso e menos duradouro. Também é mais fácil superá-lo quanto menos tempo entre o ocorrido e o início dos sintomas. Outro aspecto de bom prognóstico é o reconhecimento precoce e o bom suporte social. Em casos de diagnóstico tardio ou tratamento inadequado o paciente pode evoluir com sintomas crônicos típicos da Síndrome do ESTRESSE pós traumático