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19 de set. de 2011
O REIKI
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O Reiki então é o processo de encontro e equilíbrio dessas duas energias, a energia universal com a nossa porção física.
Quando fazemos uso da energia Reiki estamos aplicando energia-luz, visando recuperar e manter a saúde física, a mental, a emocional e a espiritual; é um método natural de equilibrar, restaurar, aperfeiçoar e curar os corpos.
O Reiki Hoje é um método consagrado, sendo reconhecido como terapia pela Organização Mundial de Saúde.
Nos Estados Unidos é aplicado em muitas instituições de saúde, como o The Medical Center of Massachusetts e o New London Hospital.
No Brasil temos o conhecimento que essa terapia está aplicada desde 1999, no hospital universitário Gaffrée e Guinle Unirio, situado na cidade do Rio de Janeiro.
4.1 - HISTÓRIA
Por volta de 1870, no Japão, o Dr. Mikao Usui era decano de uma pequena universidade cristã de Kyoto. Vivia-se então um período de grandes mudanças, devido à abertura ao Ocidente, à introdução da revolução industrial e ao regresso dos missionários cristãos, aumentando o ecletismo religioso existente. Por seu lado, o Dr. Mikao Usui adotara sem reservas o cristianismo, tornando-se sacerdote e, depois, decano de um seminário cristão.
No decorrer de uma discussão com os seus alunos, um deles perguntou ao mestre se ele interpretava ao pé da letra os ensinamentos da Bíblia. Tendo este respondido pela afirmativa, os estudantes lembraram-lhe as curas miraculosas de Jesus, sublinhando as palavras de Jesus Cristo: "Aquele que crê em mim fará as obras que eu faço. Fará até mesmo maiores."
O estudante perguntou então como explicava ele aquilo, uma vez que já não havia curadores em todo o mundo capazes dos mesmos atos. Cristo também ordenara aos Apóstolos que curassem as doenças e ressuscitassem os mortos. "Se assim é, por favor, ensine-nos o método".
Usui não soube o que dizer. Perante esta impossibilidade, demitiu-se e tomou a decisão de esclarecer este grande mistério. Ele recebera a sua instrução cristã de missionários americanos, por isso decidiu começar as suas pesquisas no seminário de teologia da universidade de Chicago. Após longos estudos infrutíferos, Usui resolveu continuar a sua pesquisa noutro lugar.
Tendo tido conhecimento de que também Buda fora famoso pelas suas curas milagrosas, Usui tomou a decisão de voltar ao Japão na esperança de aí descobrir qualquer fato novo sobre a questão das curas espontâneas. Talvez se encontrasse alguma coisa nos sutras japoneses. Recorreu a vários mosteiros budistas, expondo as suas preocupações. Recebeu sempre a mesma resposta, isto é, que nos nossos dias interessavam mais as curas espirituais. Desiludido mas determinado acabou por encontrar um mosteiro Zen onde foi encorajado a continuar a procura: o velho superior concordou com ele que devia ser possível curar o corpo físico, como Buda fizera, dizendo que o que fora realizado numa época também tinha de ser possível noutra. Porém, nada encontrou, assim como nos sutras chineses. Viajou então ao Tibete, e depois de ter estudado os sutras tibetanos Usui pensou estar na posse da verdade sobre as curas de Cristo. Restava agora pô-la em prática.
Visitou então o seu amigo sacerdote zen para que este o aconselhasse e os dois chegaram à conclusão que Usui deveria ir para a montanha sagrada (o monte Kuri Yama), nos arredores de Kyoto, para aí praticar o jejum e a meditação.
Subiu ao monte e amontoou vinte e uma pedras que lhe permitiriam medir o tempo. Na madrugada do vigésimo primeiro dia do seu jejum, procurou tateando no escuro, pois estava Lua Nova, a sua última pedra. Nada acontecera, mas ele continuava a rezar com fervor. De repente, viu uma luz brilhante a crescer na sua direção à medida que se aproximava. Usui, muito assustado, ainda quis fugir, mas recompôs-se pensando que talvez fosse aquele o sinal que ele esperava há tanto tempo, e que não podia abandonar tudo tão perto do fim. Enfrentando o imprevisto, recebeu o impacto da luz em plena testa e julgou ter morrido. Viu então milhares de bolhas coloridas a dançarem diante dos seus olhos, tornando-se brilhantes e transparentes, contendo cada uma delas uma letra sânscrita dourada e tridimensional. Apareceram-lhe uma a uma, o que fez com que pudesse guardá-las na memória. Usui foi invadido por um sentimento de gratidão. Como estivera em transe, não se apercebera que, entretanto já era dia claro.
Impaciente por partilhar a sua experiência com o monge seu amigo, Mikao Usui começou a correr pela montanha, parecia que o seu corpo estava mais robusto, como que rejuvenescido, coisa surpreendente depois de um longo período de jejum. Era o primeiro "milagre" do dia. Na sua precipitação, tropeçou numa pedra e feriu o dedo do pé. Ao querer massageá-lo para acalmar a dor, apercebeu-se que a hemorragia estancara apenas em alguns instantes e que a ferida fechava rapidamente; dava-se o segundo "milagre". Ao continuar o seu caminho, chegou a uma estalagem onde parou para retemperar as forças. O estalajadeiro, ao ver o aspecto do monge percebeu que ele saía de um longo período de meditação e aconselhou-o a escolher uma sopa. Mas Usui declinou a oferta e exigiu uma refeição; depois de ficar satisfeito, sentiu-se bastante bem: o terceiro "milagre".
Antes de abandonar a estalagem, a neta do estalajadeiro, que lhe tinha servido a refeição e cuja face estava inchada há alguns dias, teve uma violenta dor de dentes. Como os modestos meios do avô não lhe permitiam consultar um dentista, Usui ofereceu a sua ajuda, colocando as mãos de cada lado do rosto da jovem e rapidamente a dor e a inflamação diminuíram: foi o quarto "milagre".
Quando chegou ao mosteiro, encontrou o superior com uma crise de reumatismo. Mikao Usui pôs-se a contar-lhe a sua aventura, ao mesmo tempo em que punha as mãos sobre as partes dolorosos do corpo dele, e a dor desapareceu imediatamente, o que deixou o sacerdote estupefato. Usui pediu-lhe conselho sobre a utilização que ele devia fazer do seu novo dom, e o sacerdote encorajou-o a continuar a sua meditação. Após um período de meditação e madura reflexão decidiu ir para um bairro pobre de Kyoto, para ali tratar os mendigos.
Nos bairros pobres tratou novos e velhos sem distinção. Obteve resultados notáveis e muitos ficaram totalmente curados. Mas cerca de sete anos mais tarde reconheceu rostos familiares. Tinham voltado à antiga condição.
Que erro teria ele cometido? Ao refletir, Usui percebeu que não tinha sabido comunicar-lhes o sentido das responsabilidades, a começar pela gratidão. Foi então que ele compreendeu que toda a cura física, para ser duradoura, devia ser acompanhada de um equilíbrio psíquico, e que ao dar o Reiki indistintamente ele não fizera mais do que reforçar as atitudes de vida dos mendigos. Neste sentido, a importância de uma troca de energia pareceu-lhe então vital. Todo o ato recebido exigia uma contrapartida sem a qual a vida era desprovida de valor.
Foi nesta altura que o doutor Usui estabeleceu os princípios fundamentais do Reiki. Abandonou os bairros pobres de Kyoto para ensinar em todo o Japão. Foi neste momento que os símbolos que lhe tinham sido revelados na sua visão adquiriram todo o seu sentido. Estes podiam servir-lhe para harmonizar os indivíduos, para lhes permitir assumir a responsabilidade do seu bem-estar. Aperfeiçoou o seu método e formou jovens discípulos. No virar do século, confiou ao doutor Chujiro Hayashi a responsabilidade de perpetuar a tradição do Reiki. Foi assim que Hayashi fundou a primeira clínica de Reiki em Tóquio.
Em 1935, Hawaya Takata, uma jovem originária do Hawai e de nacionalidade norte-americana, apresentou-se na clínica de Hayashi. Estava gravemente doente, sofrendo de diversas perturbações orgânicas e de uma depressão causada pela morte do marido. Pouco antes de se submeter a uma operação cirúrgica, ouviu a voz do seu falecido marido que aconselhava a recusar a operação. Confiou as suas dúvidas ao seu médico assistente e este lhe sugeriu que tentasse o tratamento pelo Reiki, e foi assim que ela foi tratada e, finalmente, curada.
Muito impressionada com estes resultados, a senhora Takata decidiu iniciar-se no Reiki. Apesar das dificuldades criadas pelo fato de ser mulher, perseverou e acabou por adquirir os ensinamentos do primeiro e do segundo grau. Quando voltou para os Estados Unidos, estabeleceu-se por sua conta. Em 1938, o doutor Hayashi e a sua família fizeram-lhe uma visita e a senhora Takata foi iniciada no grau de mestre pouco tempo antes dos seus visitantes voltarem para o Japão.
O doutor Hayashi, que era um grande místico, pressentiu a iminência da guerra com os Estados Unidos e tomou providências. A senhora Takata, sensível às suas preocupações, decidiu fazer a viagem ao Japão, onde foi imediatamente informada das suas premonições sobre os desastres vindouros. O Dr. Hayashi avisou a senhora Takata e instruiu-a acerca das providências que ela deveria tomar para proteger o Reiki. A senhora Takata continuou o seu ensino do Reiki na América do pós-guerra, isto é, durante o macartismo, um dos períodos mais intolerantes da história americana.
Nos anos setenta, a senhora Takata começou a formar outros mestres e à sua morte, que aconteceu em Dezembro de 1980, já eram 22. Hoje já há mestres de Reiki em todo o mundo.
4.2 - VANTAGENS E BENEFÍCIOS
O Reiki se encontra ao alcance de todos, inclusive crianças, anciãos e pessoas doentes. Todos pode ser um canal de Reiki, não existe limite de idade, nem condição prévia alguma exigida.
O treinamento da técnica não é demorado, podendo cada nível ser ensinado em seminários de apenas um dia. A técnica é segura, sem efeitos colaterais ou contra-indicações, sendo compatível com qualquer outro tipo de terapia ou tratamento. Não é um sistema religioso, filosófico, com restrições e tabus. Não usa talismãs, preces, mentalizações, visualizações ou qualquer objeto para sua aplicação prática. A técnica não fica obsoleta, é a mesma faz milhares de anos.
Após a sintonização energética ocorrida durante o seminário, O Reiki poderá ser aplicado, imediatamente, pelo resto da vida, mesmo que por um longo período não o faça, não havendo necessidade de nova ativação para o mesmo nível.
O Reiki rompe tempo e espaço, permitindo desta forma reprogramar eventos passados e coordenar eventos futuros. A energia não é manipulativa, o praticante simplesmente coloca as mãos e a energia flui na intensidade e na quantidade determinada por quem a recebe. Não é necessário despir o paciente durante a aplicação, pois a energia penetra através de qualquer coisa.
O terapeuta não precisa conhecer o diagnóstico da patologia para efetuar com sucesso o tratamento. Reiki energiza e não desgasta o praticante, pois a técnica não se utiliza do "chi" ou "Ki" do praticante, e sim da Energia Vital do Universo. Reiki é um ótimo recurso para equilibrar os sete principais chakras, que estão localizados da base da coluna ao alto da cabeça.
Reiki alivia rapidamente dores físicas.
A prática Reiki está inserida no contexto das práticas terapêuticas alternativas reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (O.M.S.). Serve igualmente para o autotratamento, e o tratamento de outras pessoas, plantas e animais.
4.3 – SEU FUNCIONAMENTO
Cada vez mais o pensamento ocidental afasta-se dos conceitos de análises estruturalistas onde se estuda as partes por níveis para chegar ao conjunto. A Física Quântica mostra que tudo pode ser reduzido a energia e a sua manipulação. Vemos que a energia precede a matéria, igualmente como os pensamentos e emoções precedem a ação. Assim, aproximamo-nos cada vez mais dos conceitos orientais que declaram a energia como o princípio que, condensado, forma a matéria. Esse fato cientificamente nos é apresentado pela fórmula de Albert Einstein (E=m x C²) que nos mostra a íntima ligação entre energia (E) e a matéria (M). Milernamente, a história mostra a transformação da energia moldando a matéria. Portanto, ENERGIA é a base de tudo, não existindo energia boa ou ruim.
Nos seres humanos a energia circula de forma livre pelos caminhos sutis: Chacras, Meridianos e Nadis. Também percorre nosso campo energético, nossa Aura. Essa energia alimenta órgãos e células, regulando ainda as funções vitais. Se há bloqueios na livre circulação energética, prejudicando o transito, advém o desequilíbrio e a conseqüência no corpo físico. Esses bloqueios ocorrem muitas vezes por excessos cometidos de naturezas diversas quando o corpo libera energias que produzem barreiras impedindo o fluxo de energia vital, atuando no corpo físico e criando a "doença".
O Reiki se utiliza da energia cósmica que é abundante no Universo. Após a iniciação, essa energia passa a ser captada e os Chacras passam a ser dinamizados. Imediatamente após a iniciação, o Reikiano passa a ser um canal de energia cósmica que passa a aplicá-la e a direcioná-la através das mãos, diluindo bloqueios energéticos e produzindo CURA.
A energia Reiki cura ao passar pelo bloqueio do campo energético, elevando o nível vibracional em todos os nossos corpos, dissolvendo barreiras formadas por nódulos originados em pensamentos e sentimentos prejudiciais, aumentando infinitamente a qualidade de vida.
Uma sessão de Reiki é um milagre de abundância. O recebedor puxa a energia que necessita, o Reikiano é o canal de ligação e o Cosmos doa infinitamente. Por isso, quem quantifica a energia a ser recebida é o receptor e não o canal.
4.4 – REAÇÕES DO REIKI
Durante os tratamentos, embora não seja comum a todas as pessoas, ocorreram casos em que aconteceram afloramentos de dores físicas, emoções e lembranças geradoras de traumas e bloqueios.
Estas possibilidades são perfeitamente explicáveis. Quando temos um ambiente escuro, não percebemos pontos de sujeira, devido à ausência de luz em seu interior. REIKI é Luz. Estende a Luz nos pontos escuros com o propósito de que aquela sujeira que causa danos à nossa saúde seja percebida e retirada a tempo. Isto é cura. Um exemplo que podemos citar é de menino, que por várias vezes teve espinhos encravados em seu pé. A sua atitude foi sempre de correr até a sua mãe, chorando. No entanto, quando ela se propunha a retirar o espinho do seu pé, ele corria em direção contrária à que ela estava.
Ora, sabemos que o espinho causa dor ao encravar na carne. Sabemos que causa dor ao ser retirado. Sabemos que se não for retirado, o organismo tentará encobrir o espinho, tornando possível a convivência. Sabemos também que um espinho na carne é um elemento estranho e pode causar uma infecção se não for tratado. Sabemos que se ele permanecer aí por muito tempo, pode ser até que nem nos lembremos mais de sua existência e, no entanto pode causar uma infecção generalizada, a ponto de nos conduzir à morte física, sem que possamos localizar a origem da infecção.
Os espinhos que guardamos e encobrimos, provenientes de traumas emocionais, físicos e mentais podem estar nos causando dano agora, sem que nos demos conta do que está acontecendo. Mágoas, ressentimentos, culpas, provenientes de erros, causados por atos, pensamentos, palavras, omissões, são como espinhos cravados na carne, os quais tentamos esconder de nós mesmos.
Fazemos isto pelo medo de que, ao retirá-los, isto nos possa causar dor. A mãe sabe que, retirando o espinho somente nos pode causar alívio, paz interior, libertação de nossos sofrimentos e a conquista da alegria inerente à criança. Sabe que o sofrimento é um erro, que a causa precisa ser dissolvida. No REIKI, tais fatos acontecem para que os espinhos possam ser retirados e dissolvidos, proporcionando assim a grande oportunidade da cura.
Alguns possíveis resultados das primeiras atuações do REIKI são:
Dores em regiões em desequilíbrio;
Dores de cabeça (é comum ter dores de cabeça, sobretudo se a pessoa apresenta ainda alguma resistência interna – a dúvida é um sinal de que há resistência);
Liberação do intestino com possível diarréia;
Aumento do fluxo urinário (como o REIKI primeiro age de forma a "limpar" o organismo, é comum e até natural que tanto a bexiga quanto o intestino sejam liberados, pois são os dois principais órgãos excretores do nosso organismo);
Aumento ou supressão do fluxo mestrual (o REIKI vai agir sobre o sistema reprodutor, em especial o feminino, de modo a equilibrar suas funções);
Sono exagerado (o REIKI provoca o restabelecimento físico de modo que as pessoas estressadas ou muito cansadas ou em desequilíbrio são tomadas por sono incontrolável, até voltarem a se equilibrar novamente);
Aversão a alguns alimentos (em muitos casos a carne vermelha, sobretudo a carne de porco, e individualmente os alimentos que são ingeridos em excesso – o REIKI promove equilíbrio como um todo);
Aversão a substâncias tóxicas (cigarro, drogas, alimentos com excesso de agrotóxico, inseticidas etc.);
Sensação de estar satisfeito, como se acabasse de fazer uma boa refeição (o REIKI não apenas cura, mas também alimenta.) As pessoas que absorvem REIKI constantemente devem diminuir gradativamente a quantidade de alimentos processados a serem ingeridos, para evitar que engordem demasiadamente;
Sensações de que "isso já aconteceu antes" ou "eu já vivi isso antes" (o REIKI elimina as sensações de tempo e espaço que separam o ontem, o hoje e o amanhã e também as distâncias, causando lembranças de fatos que tenham relação com o que você está vivendo agora, incluindo seus males físicos e psicológicos – lembre-se de que o REIKI atua nas causas);
Aumento de sensibilidade (as pessoas se tornam de imediato mais sensíveis; no primeiro momento, as emoções podem se manifestar de maneira descontrolada, fazendo com que a pessoa ria ou chore aparentemente sem motivo; com o tempo, conforme o REIKI vai agindo sobre você, suas emoções vão se controlando, mas mesmo assim você se torna mais sensível e mais perceptivo, conseguindo responder aos impulsos energéticos com maior prontidão, percebendo intenções alheias etc.).
Temos que olhar, no entanto a cura, e não os desconfortos transitórios inerentes ao processo. Por vezes o REIKI pode não produzir a cura física, no entanto, atua na cura da mente, produz relaxamento das tensões, dissolve o stress, é eficaz em estados depressivos, ansiedade e pânico, e muitas outras. O REIKI gera calma, amor e paz profunda.
Antônio José Lourenço Dos Santos
http://br.monografias.com/trabalhos2/terapias-complementares/terapias-complementares3.shtml
A CROMOTERAPIA
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Foi Albert Einstein que descobriu a relação entre matéria e energia, e definiu como: "Matéria é energia em estado condensado, e energia é matéria em estado luminosa".
Segundo o pesquisador e terapeuta holístico Paulo Sérgio Figueira, as cores têm uma influência constante e intensa em nosso dia a dia. "Estamos todos os tempos suscetíveis às mais diversas freqüências vibratórias da luz, que produzem reações mentais e geram estados emocionais distintos". Para comprovar o fato, Paulo Sérgio sugere que tentemos dormir com uma lâmpada vermelha próxima da cama: o sono será agitado e pouco reparador. Da mesma forma, uma lâmpada azul trará calma e tranqüilidade durante a noite toda.
O uso da cromoterapia com finalidades terapêuticas tem sua base no povo egípcio, que construía templos de modo a canalizar a luz solar em feixes controlados. As técnicas também foram utilizadas na Índia e na China, onde a cromoterapia adquiriu seu caráter propriamente medicinal, no diagnóstico e na cura de doenças em geral. A prática cromoterápica parte do princípio que o espectro solar se decompõe em sete cores, conforme foi enunciado pelo físico Isaac Newton no século XVIII, e cada uma dessas cores representa uma onda eletromagnética de vibração que começa no vermelho, passa pelo laranja, amarelo, verde, azul e índigo até o violeta.
Entende-se Cromoterapia como a ciência que utiliza as cores do Espectro Solar para restaurar o equilíbrio físico-energético em áreas do corpo humano atingidas por alguma disfunção.
As 7(sete) cores do Espectro são:
- vermelho
laranja
amarelo
verde
azul
anil
violeta
A Cromoterapia está fundamentada em três ciências:
Medicina - A arte de curar;
Física - Ciência que estuda as transformações da energia, em especial no capítulo dedicada à natureza da luz: sua origem no espectro eletromagnético e seus elementos, como comprimento de onda, freqüência e velocidade;
Bioenergética - Ciência que demonstra a existência do corpo bioenergêtico, analisando a energia vital.
A Cromoterapia traz benefícios aos portadores de qualquer disfunção, começando por aliviar as dores e finalmente pela recuperação dos pacientes, na maioria das doenças.
Salienta-se a eficácia da Cromoterapia no tratamento da enxaqueca, doença que atinge um terço da população mundial adulta, conforme estatística da OMS (Organização Mundial de Saúde). A causa principal da Enxaqueca é energética (entrada de energia cósmica pela região occipital), mas pode estar aliada a uma disfunção orgânica como tensão pré-menstrual, má digestão, sinusite, problemas de visão, obstrução das carótidas que conduzem o sangue até os neurônios, compressão das vértebras da coluna cervical, etc...
A Cromoterapia faz o equilíbrio do fluxo energético e trata a causa física, eliminando a dor e restabelecendo a saúde após uma série de aplicações, numa média de dez a quinze.
A cromoterapia consta da relação das principais terapias alternativas ou complementares reconhecidas pela OMS em 1976, de acordo com a Conferência Internacional de Atendimentos Primários em Saúde de 1962, em Alma-Ata. Essa relação foi ratificada pela OMS em 1983, através do Diretor Geral da World Health Organization-OMS, Dr. Halfdan Mahler, e pelo Diretor do Programa de Medicinas Tradiconais da OMS, Dr. Robert Bannerman.
Diversos foram os pesquisadores do uso das cores, dos quais citamos:
JOHN OTT - Médico e Diretor do Instituto Sarasota - Flórida/USA, que pesquisou o efeito das cores sobre tumores cancerosos. Autor do livro "Health And Light";
DINSHAH GHADIALI - Médico indiano, residente em New Jersey/USA, que estruturou a Cromoterapia em bases científicas. Autor de uma Enciclopédia, em 3 volumes, sobre a utilização das cores nas doenças;
NIELS FINSEN - Médico em Copenhague, Dinamarca.
Autor do livro "Propriedades Actínicas da Luz do Sol". Fundou o Instituto da Luz para a cura de pacientes com tuberculose. Realizou curas surpreendentes em cerca de dois mil pacientes com a aplicação da Cromoterapia, recebendo o Prêmio Nobel, em 1903;
RENÉ NUNES - Jornalista, Conferencista e Professor, de Brasília - Brasil (falecido em 1995), que se dedicou à pesquisa e aplicação da Cromoterapia em mais de dez mil pacientes, obtendo grande índice de recuperação. Autor de diversas obras, das quais cito "Cromoterapia Técnica". Foi o grande divulgador da Cromoterapia como ciência médica-energética no Brasil e no exterior.
5.1 – HISTÓRIA
Várias foram as civilizações antigas, como a egípcia, a grega, a indiana, a chinesa e outras que fizeram uso das cores para tratamento de saúde.
Na China e na Índia a cor era mais relacionada à Mitologia e à Astrologia. Na Grécia muitos filósofos-médicos foram absorver o conhecimento da ciência médica na fonte egípcia, com os sacerdotes-médicos.
Essa terapia
está intimamente ligada ao antigo Egito assim como a própria Medicina. O vínculo da Medicina ao Egito data de 2800 a.C. com IMHOTEP, considerado o Pai Universal da Medicina, pois foi ele quem escreveu os primeiros livros de Medicina, em rolos de papiros. E também foi ele quem fundou a primeira Escola de Medicina.
Séculos mais tarde, Hipócrates (460-377 a.C.), médico grego, esteve no Egito estudando a matéria Médica com os sacerdotes-médicos, durante três anos. De retorno a Cós, sua cidade natal, fundou a primeira Escola de Medicina da Grécia e elaborou o Juramento Médico baseado nos escritos de Imhotep.
Também o tratamento médico com o uso de cores iniciou no Egito, conforme pesquisas do Dr. Paul Galioughi, autor do livro "La Médicine des Pharaons", onde relata como os sacerdotes-médicos tratavam os doentes com as cores, utilizando-se de flores e pedras preciosas.
O Deus Egípcio "Thot" era o mestre nas cores. Cores estas usadas por ele para curar doenças e desenvolver os dons espirituais. Foi desenvolvido por eles o preparo e uso de água solarizada a partir de potes coloridos como um dos mais importantes da medicina egípcia.
Então, podemos dizer que a Cromoterapia nasceu no antigo Egito; adormeceu milênios; e ressurge como uma Medicina-energética, assim como a Homeopatia e a Acupuntura.
Na China as cores foram utilizadas pela medicina especialmente no diagnóstico dos desequilíbrios internos e na alimentação.
Nos dias atuais, as terapias que fazem parte da Medicina Tradicional Chinesa (como Acupuntura, o Do-In e o Shiatsu), levam em conta a observação das cores da pele, língua, etc. Na alimentação eles percebiam a importância da ingestão de alimentos de cores variadas. Conta à história que a terapia pelos raios solares (Helioterapia) era muito usada e receitada pelos médicos gregos, inclusive por Hipócrates, o "Pai da Medicina". Alguns documentos relatam o uso da cromoterapia pelos gregos, relacionando as cores à posição dos planetas no dia do nascimento do paciente (astrologia medicinal).
A Índia que ofereceu maior colaboração a respeito dos princípios energéticos que determinam à cura e, especialmente, da cromoterapia que na medicina indiana e chamada de Medicina Ayurvédica (ayur=vida e veda=conhecimento, ou seja, "conhecimento das leis da vida". Alem das cores, a medicina ayurvédica utiliza-se de cristais, sons, exercícios respiratórios, alimentos, massagem, mandalas e plantas medicinais que vão agir sobre as glândulas, os chakras (centros de energia) e a aura.
Na antiga Grécia, na "era de ouro", nos templos de Heliópolis já era empregada essa ciência. Assim como no antigo Egito, no templo de Karnak, Nemabon, era utilizada raízes com coloração diferentes para erradicar os males.
As cores exercem uma poderosa influência sobre nós, independentes de estarmos conscientes ou não. Cada cor tem sua velocidade de comprimento de onda de vibração. Na cromoterapia são usadas todas as sete cores do espectro visível da luz solar.
5.2 – AS CORES E SUA INFLUÊNCIA DIRETA
De acordo com Lourdes Jaine Franco Carvalho, estudante de cromoterapia desde 1983 e responsável pelo site "Recanto das Cores". a utilização de lâmpadas coloridas, por exemplo, consiste em escolher uma lâmpada de 25 Watts com a cor desejada e aplicá-la em movimentos circulares por um período de cinco minutos, a uma distância de cinco centímetros da pele.
"O tratamento através da cromoterapia pode se dar através de diversas técnicas: captação do espectro solar em um copo envolto em papel da cor desejada, exposição a lâmpadas coloridas, ingestão de alimentos naturais, uso de roupas, decoração e mentalização das cores",
A cromoterapeuta Fátima João afirma que, para diagnosticar o grau de desequilíbrio energético de uma pessoa, esta deve submeter-se a uma análise de chakras (pontos energéticos que permitem a troca de energias do corpo com o meio externo), a fim de corrigir seu padrão vibracional. "O tratamento cromoterápico é, no entanto, apenas um suporte para que o paciente cure-se mais rápido, o que não exclui uma visita ao médico convencional", diz Fátima.
Lourdes Carvalho dá alguns exemplos dos significados das cores e da sua influência na saúde das pessoas: a cor azul, por exemplo, ajuda a regenerar células de músculos, juntas e articulações. O violeta auxilia na eliminação das toxinas, além de reduzir os medos, angústias e irritações e o amarelo ajuda a desintegrar cálculos renais e trata doenças do fígado, intestino e pâncreas.
A seguir uma pequena relação das funções das cores:
Vermelho: libera adrenalina, ativa circulação sanguínea, indicada para pessoas enfraquecidas, anêmicos, raquíticos, etc.
Laranja: indicada para falta de apetite, depressão, anemia doenças do coração, cólicas espasmos, reumatismos etc.
Amarelo: indicada para estados de falta de confiança, doenças mentais, melancolia, atraso menstrual, etc.
Verde: indicada para depressão, pessimismo, prisão de ventre, falta de amor próprio, etc.
Azul: diminui o ritmo respiratório e pressão sanguínea. Indicada nos estados de estresse, recuperação de doenças, nervosismo, insônia, medos, ciúmes, esgotamentos nervoso etc.
Índigo: ajuda a expandir a mente. Indicada para reduzir hemorragias, estresse, afecções dos olhos, ouvidos e nariz.
Violeta: Indicada nos estados de carência afetiva, sentimentos de culpa, reumatismo, tumores, problemas de rins, doenças mentais, vícios, drogas etc.
5.3 - CROMOPUNTURA
A Cromopuntura tem como base a milenar acupuntura, onde a informação para o organismo é transmitida através dos pontos dos meridianos pela inserção de agulhas. Em cromopuntura esta informação também é transmitida via pele, mas sem agulhas, nos mesmos pontos de acupuntura, com pequenos feixes de luz colorida. Este método, comprovado há mais de 25 anos, já está sendo aplicado em várias partes do mundo.
É sabido que a pele, o nosso maior órgão por assim dizer, não é só o invólucro e a proteção de nosso organismo. Ela reage ao toque, à temperatura e a vários outros estímulos. Ela é também a antena transformadora de todas as vibrações que nos atinge e nos rodeiam, isto é especialmente relevante para algumas áreas da pele e pontos, que apresentam uma maior afinidade como antenas. E os pontos de acupuntura que apresentam menor resistência elétrica têm uma relação especial a todo tipo de estímulo e, consequentemente, também com as cores.
Os filósofos chineses atribuem o equilíbrio do corpo humano a uma força universal chamada "Chi". O Chi é dividido em Yin e Yang, sendo que os dois existem no corpo humano como antagonistas. Esta bipolaridade de Yin e Yang pode ser comparada aos pólos negativos e positivos da eletricidade.
O positivo Yang é associado ao dia, ao calor, à luz e ao masculino, tendo como suas cores quentes – o vermelho, o laranja e o amarelo.
O negativo Yin é associado à noite, ao frio, a escuridão e o feminino, tendo como suas cores frias - o azul, o Índigo, e o violeta.
Na medicina chinesa o excesso ou deficiência de Yin ou Yang provoca as doenças. Somente o equilíbrio eqüilateral da bioenergia garante um organismo sadio.
5.4 – AS CORES E SUAS PROPRIEDADES
Vermelho: Primeira cor do espectro eletromagnético visível. É a cor mais quente e mais densa. Associa-se à energia, saúde e vitalidade. Sintoniza-se com o primeiro chakra e exerce um poderoso efeito revigorante. Aquece, estimula a circulação. É energizador do fígado, do físico em geral e o sistema muscular. É estimulante para o hemisfério cerebral esquerdo, os nervos sensoriais, o fluído da espinha, o sistema nervoso simpático, a hemoglobina, a circulação sangüínea, as carências de olfato, visão, audição, tato e paladar. Descongestiona as mucosas e descontrai músculos.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Vermelho: apatia, desânimo, depressão, estado de indiferença, estado de melancolia, estado de abatimento, cansaço físico, preguiça, falta de vitalidade - anemia - doenças do sangue - deficiências circulatórias - pressão baixa - asma - bronquite - constipação - debilidade física - doenças do frio - paralisia - pneumonia - prisão de ventre - resfriado - fraqueza - problemas menstruais - tuberculose
Alimentos: beterraba, tomate, cará, carne, pimentão, cereja, melancia, morango, pimenta, rabanete, uva, ameixa, groselha, maçã,frutas e legumes de pele ou casca vermelha.
Laranja: Cor quente combina as qualidades físicas do vermelho com as mentais do amarelo. Possui efeito vitalizante, porém de forma mais branda do que o vermelho. Associa-se à alegria, jovialidade e prazer. Sintoniza-se com o segundo chakra e possui a característica de nos colocar em contato com as nossas emoções, aliviar repressões e nos impulsionar em direção à vida.
Estimula a criatividade e a assimilação de idéias novas para liberação de limitações e complexos de culpa. É tônica e energizadora, chamada de cor antifadiga. É estimulante da circulação sangüìnea, do metabolismo do cálcio, da tireóide, de hormônios em geral, da produção de leite materno. Age sobre o processo de assimilação de nutrientes, baço, pâncreas, fígado, vesícula, rins (areias e pedras) e alergias. Fortalece os pulmões e os ossos.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Laranja: falta de vitalidade, de motivação, tristeza, depressão, prostração, cansaço, inibição, repressão, timidez, situações de choques e traumas - asma - bronquite - cálculo biliar - cansaço mental - condições crônicas, como a de as-ma , de reumatismo, de artrite - doenças dos rins e bexigas - epilepsia - gota - hipotireoidismo - problemas menstruais - problemas dos pulmões - resfriados - problemas sexuais - problemas de intestinos - região lombar - tumores malignos e benignos.
Alimentos: abóbora, laranja, cenoura, damasco, frutas e legumes de casca ou pele laranja.
Amarelo: Cor quente. Associa-se à felicidade, sociabilidade, divertimento e também ao intelecto e à sabedoria. Sintoniza-se com o terceiro chakra e está ligada à auto-satisfação e realização pessoal. Estimula e purifica o fígado, os intestinos, o sistema linfático e a pele. Energiza o processo digestivo e o sistema nervoso. Estimula os nervos motores, a digestão, o fluxo da bílis e do pâncreas. Gera energia para os músculos.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Amarelo: desespero, melancolia, depressão, letargia mental, dificuldade de concentração, dificuldade de aprendizagem, esgotamento mental, insegurança, medos, preocupações, baixa auto-estima, falta de auto-confiança - baço - diabetes - eczema - esgotamento mental e depressão - fígado - flatulência - hemiplegia hemorróidas - indigestão - paralisia - prisão de ventre - problemas digestivos - problemas de fígados - problemas renais - diabetes
Alimentos: pimentão, cebola, pêra, banana, queijos, feijão, gema de ovo, laranja, limão, mamão, manga, manteiga, melão, milho, nabo, pêssego, tangerina
Verde:Quarta cor do espectro eletromagnético e considerada neutra em termos de temperatura. É a cor do meio, do equilíbrio. Associa-se à esperança e fertilidade; Sintoniza-se com o quarto chakra e exerce um efeito calmante sobre o sistema nervoso. Também exerce efeito regenerador sobre músculos, tecidos e ossos. Combarte infecções, inflamações e intoxicações. Alivia tensões e emoções. Estimula a hipófise.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Verde: doenças nervosas, esgotamento, estimulação excessiva, insônia, irritabilidade, tensão muscular, ciúmes, inveja, mágoas - problemas pulmonares - asma - bronquites - cólicas - doenças hepáticas - doenças venéreas -erisipela - hemorróidas - hipertensão - laringite - nevralgia - problemas do coração - dores lombares e nos quadris - sinusite - tifo - úlceras - virulências - câncer
Alimentos: Frutas e legumes de casca ou pele verde
Azul: Quinta cor do espectro eletromagnético. Cor fria. Associada à calma, harmonia, serenidade e paz. Sintoniza-se com o quinto chakra e possui efeito extremamente calmante e relaxante, ainda mais que o verde. Possui propriedades antisséptica, analgésica e bactericida. É refrescante e combate estados febris, úlceras, abscessos, e doenças infecciosas em geral. Aumenta a defesa do organismo. Diminui o ritmo cardíaco. Reduz o calor do corpo.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Azul: cólera, histeria, insônia, agressividade, raiva, agitação, inquietação, irritação, hiperatividade - coceiras - colapso - cólicas - dentes (inflamações) - diarréia - disenteria - doenças da garganta - amigdalites - doenças febris - doenças gastrintestinais - doenças renais - dor de cabeça - epilepsia - escarlatina - gastrite - glaucoma - hidrofobia - histeria - icterícia - inflamação dos olhos - laringite - menstruacão difícil - pele - poliomielite - queimaduras - reumatismo agudo - sarampo - sífilis - tifo - ulceras do duodeno - varicela - vômito - membros inchados e avermelhados - hemorragias - problemas de tireóide.
Alimentos: Ameixa, amora, uva, frutas e legumes de casca ou pele azul.
Índigo: Cor fria, resultante da combinação do violeta com o azul. Associa-se à psique e está ligada a processos mentais. Sintoniza-se com o sexto chakra e exerce efeito libertador e purificador da mente. É considerada excelente anestésico e coagulante natural da corrente sangüínea. Depressora da Tireóide. Aumenta a defesa imunológica. Purifica a corrente sangüìneas. Tonifica os músculos e acalma a respiração.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Índigo: insanidade, obsessões, doenças nervosas - amigdalite - apendicite - asma -bronquite - catarata - convulsões - coqueluche - delírios dos alcoólatras - dispepsia - doenças da garganta - doenças do nariz - doenças dos olhos - doenças do ouvido- olfato - paralisia facial - pneumonia - problemas dos pulmões - sangramento pelo nariz - problemas hormonais - hipertireoidismo
Violeta: Sétima cor do espectro eletromagnético visível. Possui o maior grau de vibração e é a menos densa de todas. Cor fria. Associa-se à inspiração espiritual. Sintorniza-se com o sétimo chakra e tem poder de purificação e transmutação de processos mentais. É estimulante do sistema imunológico, pois estimula a produção de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue. É cicatrizante, desinfetante e purificadora. Ameniza os estados de irritação.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Violeta: perturbações mentais, perturbações nervosas, neuroses, obsessões, abalos, stress - cãimbras - ciática - crescimento dos ossos - problemas na bexiga - doenças do couro cabeludo - epilepsia - meningite - nevralgia - problemas de pele - reumatismo - rins - tumores - sistema imunológico enfraquecido - câncer - distúrbios hormonais em geral - problemas cerebrais
Alimentos: repolho roxo, batata-doce, alcachofra, berinjela, uva, frutas e legumes de pele roxa ou lilás.
Rosa: Associada ao amor incondicional, é considerada eficiente para colocar as pessoas em um estado de espírito afetuoso. Sintoniza-se com o quarto chakra, o do coração. Pode ser usada sozinha ou em conjunto com o verde. É considerada eficiente para aliviar sensações de coração machucado, como dor de cotovelo, rejeições e perdas afetivas.
Distúrbios que podem ser tratadas pelo Rosa: mágoas - ciúmes - egoísmo - possessividade - problemas de auto-estima relacionados a rejeições, abandonos, perdas afetivas, coração machucado, traição. distúrbios nos órgãos reprodutores.
5.5 - O USO INADEQUADO E CONTRA-INDICAÇÕES DO USO DAS CORES
A cromoterapia não é uma técnica de cura que apresenta efeitos colaterais, mas também tem suas contra-indicações.
O que é uma contra-indicação?
É aplicar uma cor, quando o paciente já há tem em demasia em seu corpo. Para este fato, dá-se o nome de saturação.
Em quais casos pode-se identificar este fato de saturação?
Primeiramente, sempre há a necessidade de estudar-se a cromoterapia, para que não cometamos nenhum erro, embora, o que se chama de erro nesta técnica alternativa, não tem a mesma conotação que aquela conhecida na Medicina Oficial. Para corrigir um erro na aplicação de uma determinada cor, pode-se utilizar das cores complementares, ou, dispersar aquelas aplicadas.
Posteriormente, dentro de uma correlação cor / efeito, não aplicar:
Vermelho: Não usar na cabeça, pressão alta, febre, gravidez, arteriosclerose, pertubações mentais, pessoas agitadas, agressivas ou histéricas, pessoas com histórico de problemas cardíacos (paciente safenado, com marca-passo, etc), derrame cerebral ou hemorragias.
É contra-indicado nos seguintes casos: pessoas consideradas mentalmente insanas, emocionalmente perturbadas, pessoas violentas, agitadas, agressivas, temperamentos excitados, condições de revolta, raiva, impaciência, irritação, impulsividade - inflamações - febre - hipertensão - neurite - úlceras - pessoas de tez rosada, pessoas ruivas.
Laranja: não usar prolongadamente em órgãos delicados (cérebro, coração e fígado) pois pode causar hemorragia cerebral.
É contra-indicado no caso de pessoas extremamente emotivas
Amarelo: indicada para estados de falta de confiança, doenças mentais, melancolia, atraso menstrual, etc.
É contra-indicado nos seguintes casos: delírio - diarréia - febre - inflamações agudas - nevralgias - superexcitação - insônia
Verde: indicada para depressão, pessimismo, prisão de ventre, falta de amor próprio, etc.
Azul: diminui o ritmo respiratório e pressão sanguínea. Indicada nos estados de estresse, recuperação de doenças, nervosismo, insônia, medos, ciúmes, esgotamentos nervoso etc.
É contra-indicado nos seguintes casos: depressão - gota - paralisia - reumatismo crônico - resfriados.
Índigo: ajuda a expandir a mente. Indicada para reduzir hemorragias, estresse, afecções dos olhos, ouvidos e nariz.
Violeta: Indicada nos estados de carência afetiva, sentimentos de culpa, reumatismo, tumores, problemas de rins, doenças mentais, vícios, drogas etc.
As cores dentro da cromoterapia se classificam em dois grandes grupos, a saber: quentes e frias.
As quentes estão representadas pela vermelha, laranja e amarela; e as frias pela azul, índigo e violeta. A cor verde também é fria, mas prefiro mantê-la à parte, classificando-a como uma cor eminentemente de equilíbrio e que harmoniza o homem, a natureza e a ambos.
Um primeiro toque para quem está se interessando pela cromoterapia: se não souber o que fazer diante de uma situação e deseja fazer para si mesma ou para uma determinada pessoa vibre verde.
A busca do equilíbrio está dentro de uma luta entre duas grandes forças, representadas pela ação das cores quentes e frias. Precisamos encontrar um meio termo entre elas, pois as quentes estão associadas ao elemento fogo, enquanto que as frias com o gelo ou o frio. O fogo, ou seja, o calor é expansivo enquanto que o frio é restritor, comprimi.
Desse modo, não é aconselhável usar cores frias em pessoas tristes e depressivas, pois com isso estaremos aprofundando seu estado geral. Por outro lado, não devemos aplicar junto às pessoas febris as cores quentes, uma vez que elas já se encontram com grande quantidade destes raios junto delas. Portanto, devemos aplicar nas pessoas febris as cores frias e nas tristes e depressivas as quentes.
Porquê que as cores são quentes ou frias?
Por uma razão muito simples: é que as quentes são lentas e as frias rápidas, velozes. Isto dito em relação à amplitude e comprimento de uma "onda" eletromagnética, sendo que, quanto mais alta maior a força.
Devido à lentidão do raio vermelho, por exemplo, ele esquenta. Já as frias são espertas e vibram tão depressa que não dá tempo de aquecer o local. Agora, é importante ter-se em mente que, ao aplicar-mos a luz através do impulso elétrico e com lâmpada incandescente, todas as cores se tornam quentes pelo calor que a lâmpada proporciona. Isso não tira a qualidade de uma cor fria.
Antônio José Lourenço Dos Santos
RIO DO SUL
ABRIL DE 2006
Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da AUPEX, como requisito parcial para obtenção do certificado de Especialista em Educação Especial, da CAE – Associação Catarinense de Ensino - Faculdade de Educação de Joinville.
Profº Orientador:
Ms. Rodrigo Marcelino de França
http://br.monografias.com/trabalhos2/terapias-complementares/terapias-complementares3.shtml
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAMPADELO, Píer. Reiki: A cura natural ao alcance de todos – São Paulo: Madras, 2000.
CARDOSO,Clodoaldo Meneguello. A canção da inteireza: visão holística da educação – São paulo: Summus, 1995.
CARLI, Johnny De’. Reiki : Amor, Cura e Transformação – São Paulo: Madras, 1999.
_______________. Reiki universal: Sistema Usui, Tibetano, Osho e Kahuna – São Paulo: Madras, 2000.
HULKE, Maria Waltraud. Manual das energias curativas; trad. Ingrid Georgi – Blumenau: EKO, 1997
NUNES, René. Cromoterapia Técnica – 8ª Ed. -Brasília: LGE, 1987
UHL, Marianne. Massagem para energizar os chacras: prevenção, diagnostico e terapia pela ativação dos pontos de energia dos pés; trad. Valeria Chamon. – Rio de Janeiro: Record: Nova Era, 2001.
YUS, Rafael. Educação integral: uma educação holística para o século XXI; trad. Daisy Vaz de Moraes – Porto Alegre: Artmed, 2002.
Celi Coutinho CRT 21270 Terapeuta Holístico- SINTE - Sindicato dos Terapeutas
www.aromalandia.org/historia.htm
http://www.cromoterapia.org.br/indexx.php
http://www.unirio.br/hugg/reiki/reiki.htm Acessado no dia 05/02/2006.
http://www.ebookespirita.org/CompendioCientificodaCromoterapia.pdf
http://www.portugalmistico.com/info/terapias/tbio/93-cromoterapia-e-chackras#
Cores - Tratar problemas orgânicos e emocionais
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A cura de problemas orgânicos e emocionais através do uso das cores
O uso das cores nos tratamentos de saúde é relativamente recente. Não existe registro histórico sobre a cromoterapia como uma técnica ou uma arte terapêutica bem organizada como acontece, por exemplo, com a fitoterapia (cura pelas ervas) ou a hidroterapia (tratamento pela água). Na história da medicina, temos notícia apenas de algumas formas isoladas de aplicações terapêuticas de uma outra cor, além das citações vagas e distantes, senão raras. Nos últimos trinta anos é que a cromoterapia vêm se desenvolvendo mais organizadamente, graças à evolução da tecnologia e da ciência. Hoje já existem trabalhos muito interessantes sobre o assunto desenvolvidos pôr grupos não exatamente ligados à medicina natural, mas sim a universidades, faculdades de psicologia, grupos de parapsicologia e psicotrônica. A União Soviética é pioneira neste campo e seus cientistas têm utilizado de forma regular as cores como método de tratar problemas orgânicos e emocionais. Os adeptos da medicina natural têm muita simpatia pela cromoterapia e existem vários médicos naturalistas, inclusive no Brasil, que costumam aplicá-la com sucesso. Alguns deles não hesitam em considerar a cromoterapia como parte importante da medicina do futuro, devido a sua simplicidade, facilidade de aplicação e eficácia.
Como as cores funcionam
Ninguém duvida que as cores exerçam uma influência específica, cada uma a seu modo, nas pessoas, nos animais e até mesmo nas plantas. Existem estudiosos que admitem uma espécie de campo vibratório emitido por cada uma das cores e suas tonalidades. Esse campo determinaria a sua influência através da modificação do padrão vibratório molecular do campo energético do ser vivo. Isso explicaria o fato de a cor influenciar e modificar até pessoas com olhos vendados, sem contato visual com o padrão colorido. Os animais e plantas estariam na mesma situação.
A sensibilidade das plantas
Experiências interessantes já mostraram a sensibilidade das plantas aos sons e às cores. Elas crescem e vivem melhor em contato com músicas suaves e cores claras ou levemente estimulantes. Por outro lado, as plantas denotam sofrimento, crescimento retardado e até mesmo morrem com músicas agitadas, dissonantes, e com cores escuras, agressivas e artificiais (vermelho muito ativo, cores metálicas e psicodélicas). Algumas plantas, no entanto como as daninhas e venenosas, costumam adaptar-se bem às cores mais agressivas e estimulantes.
As duas teorias
Entre os psicólogos existe uma tendência a entender o efeito das cores como resultado da interferência a entender o efeito das cores como resultado da interferência do campo vibratório da cor no campo energético sutil (aura) dos seres vivos. Mas a teoria mais aceita é aquela que explica os efeitos das cores como resultado das modificações que estas provocam no sistema nervoso. O estímulo colorido, depois de captado pelos olhos, é conduzido ao cérebro e ali produzem transformações bioquímicas que resultam em sensações psíquicas e somáticas. Assim, surgiram sensações como a leveza do branco, a suavidade a e alegria do amarelo, a profundidade do azul, a estimulação do vermelho. E também apareciam modificações fisiológicas, como aumento ou diminuição da pressão arterial, alterações de freqüência cardíaca, aumento ou diminuição de cólicas e espasmos, etc. esta teoria mais atraente, mas também a mais incompleta, pois não explica os efeitos apresentados por animais, plantas e por pessoas com olhos vendados submetidos a projeções fortes de focos luminosos coloridos.
ATRAÇÃO E AVERSÃO
Todos nós temos uma ou algumas cores preferidas. As pessoas são mais atraídas por esta ou aquela cor porque se identificam com seus atributos e a sua influência. Essas pessoas possuem na alma a mesma tônica vibratória daquela cor e buscam sempre, mesmo inconscientemente, o contato com ela. Existe também a rejeição a algumas cores, ou seja, a aversão ao que elas transmitem. A cromoterapia procura também expor o ser humano a determinada cor e sua personalidade. Como sabemos que o azul produz calma e tranqüilidade, podemos aplica-la a uma pessoa irritadiça, explosiva e nervosa. Se estas características forem constantes nesta pessoa, o usa de roupas azuis tende a diminuir os seus problemas nervosos, ao passo que o vermelho tende a agravá-los.
Certas experiências têm demonstrado que pessoas expostas psicologicamente ao vermelho vivo apresentem elevação da pressão arterial e aceleração da respiração e das batidas cardíacas, devido ao efeito que a cor produz no sistema nervoso central. Isto é provocado pelo fato de o vermelho estimular o sistema nervoso central através do ramo simpático do sistema neurovegetativo. Já a exposição à cor azul tem efeito oposto. Ela age através do ramo parassimpático do mesmo sistema neurovegetativo, produzindo ação calmante e tranqüilizante, fazendo com que a pressão arterial, a respiração e a frequencia cardíaca diminuam.
As cores e a alma
Não resta dúvida de que há um processo complexo que determina o efeito da cor no organismo ¾ esse é um fato universal. As cores produzem influências específicas bem determinadas em qualquer pessoa, seja adulta ou jovem, homem ou mulher, doente ou sã. Também é universal o fato de uma pessoa não ter predileção pôr uma determinada cor e identificar-se com as qualidades e com a influência orgânica e psíquica desta mesma cor.
Muitos estudiosos afirmam que as cores atuam primeiramente na alma e depois no corpo. Senão, como explicar que as pessoas com olhos vendados sintam as mesmas idéias? Os resultados somáticos determinados pela influência de uma cor se dariam por um mecanismo psicossomático ou por meio de uma ordem indireta. Exemplo: a diminuição dos batimentos cardíacos resultante de uma exposição ao azul seria provocada pela tranqüilização psíquica produzida antes, e não pelo caminho inverso (ou somato-psíquico) como querem os fisiologistas acadêmicos. Enquanto essas questões não forem bem resolvidas, o importante é que entendamos que os efeitos das cores sobre as pessoas são reais e aplicáveis em tratamentos tanto em psicoterapia quanto na clínica médica.
http://chakrasecromoterapia.blogspot.com/
Cromoterapia e Calatonia Auricular
Pesquisas: diferentes campos cromoterápicos. | |||||||||||
A Cromoterapia utiliza das cores para fins de ativar os recursos físicos e psíquicos de cada um, despertando a capacidade de auto-equilíbrio (homeostasia).
A aplicação profissional, geralmente, é feita via aparelhagens apropriadas que emitem raios luminosos por meio de lâmpadas ou fibras óticas especiais (aplicadas como banhos de luz diretamente nas regiões afetadas ou reflexologicamente, em pontos de Acupuntura - substituindo as tradicionais agulhas, ou, ainda em centros receptores/emissores de energia chamados “chacras”).
Existe, ainda, outros métodos: a utilização de exercícios de imaginação/mentalização das cores (comumente usada nos chamados “passes energéticos” e nos relaxamentos); o uso de alimentos - escolhidos pela sua cor; o vestir roupas coloridas específicas, de acordo com cada situação; a aplicação de cristais e pedras específicas com cores terapêuticas; a ingestão de águas minerais expostas a determinadas luzes (a água “memorizaria” as propriedades da cor usada) e, até mesmo, a decoração ambiente, tanto residencial, quanto comercial, com cores específicas, visando despertar determinados estados psicofísicos (por exemplo: verde, que, estatisticamente, é relaxante, em hospitais e vermelho, excitante, em quartos de motel).
As cores são utilizadas para fins de avaliação e tratamento, sendo citadas em tratados chineses, egípcios e hindus com mais de cinco mil anos, aparecendo, também, no Ocidente, na Grécia e Roma antigas, empregada conjuntamente com a musicoterapia*. Mais modernamente, em 1877, surge o primeiro livro sobre o tema, de S. Pancoast, e, um ano mais tarde, um livro do norte-americano Edwin Babbitt, mas foi o indiano P. Ghandiali quem estruturou a Cromoterapia, com explicações científicas e o uso de lâmpadas coloridas, publicando suas conclusões em 1933.
Os místicos observam no ser humano os chamados “corpos sutis”, que seriam como que campos de energia à nossa volta, geralmente descritos como em número de sete (pelos antigos hindus) ou cinco (na China milenar), ou mesmo um só (o famoso “perispírito” das teorias clássicas Kardecistas, ou o Corpo Bioplasmático da Parapsicologia), sobrepostos e interpenetrando-se mutuamente, os quais atuam como um prisma, decompondo a luz solar nas cores do arco-iris, que seriam, assim, absorvidas, cada cor por um determinado “corpo sutil”, com a finalidade de suprir nosso ser de energias, que por sua vez seriam utilizadas na manutenção de nossa saúde. A absorção é feita por meio de incontáveis centros receptores/emissores de energia distribuídos por todo o corpo, sendo que cada cultura valorizou diferentemente este aspecto: nas correntes hindus, mesmo sabendo serem infinitos estes centros energéticos, são destacados sete emissores/receptores, cada qual correspondendo a um determinado corpo sutil, que recebem os nomes de “chacras”: o básico, de cor vermelha, situado na base da coluna; o esplênico, laranja, que se localiza no lado esquerdo, altura da cintura,o do plexo-solar, amarelo; o cardíaco, cor verde ou rosa; o laríngeo, de cor azul; o “terceiro olho”, índigo, entre as sobrancelhas; e o coronário, violeta ou dourado ou branco, no topo da cabeça.
Os chineses, por sua vez, valorizaram cinco “chacras”, mas deram destaque predominante a determinados “pontos” chaves de entrada e saída de energia, que hoje chamamos de “pontos de Acupuntura*" , espécies de “minichacras” que interligam infinitos “caminhos” de energia vital que se irradiam por todo o corpo. Tais “pontos” são acionados não só pelas conhecidas agulhas, como também pelas cores correspondentes, catalogadas pelos chineses na milenar visão psicossomática denominada Os Cinco Movimentos (geralmente mal traduzida como “cinco elementos chineses”), onde cada movimento corresponde a determinadas características psíquicas e físicas, bem como cosmológicas, relacionando emoções e partes do corpo a cores, sons, aromas, sabores, temperaturas, estações do ano, etc: movimento Madeira, cor verde, fígado e vesícula, emoções ligadas à extroversão; movimento Fogo, vermelho, coração e intestino delgado, excitação/apatia; movimento Terra, amarelo, baço-pâncreas e estômago, parte mental; movimento Metal, branco, pulmão e intestino grosso, emoções introspectivas; movimento Água, preto/azul, rins e bexiga, medo/força. Desse modo, os chineses antigos faziam uso de alimentos, roupagens e ervas terapêuticas, escolhidas, dentre outras características, pelas suas cores, as quais serviam como indicadores de suas propriedades terapêuticas. Já para o esoterismo ocidental, em especial a “cabala” (magia judaica) e a “alquimia”, alguns tratados atribuem valores às cores semelhantes aos descritos acima pelos hindus, outros divergem bastante, além de haver, ainda, uma abordagem das cores baseadas nos chamados “quatro elementos”: Fogo, vermelho e laranja, Ar, amarelo e branco, Água, o verde e Terra, preto e castanho. Poderíamos, ainda, falar sobre a correspondência para cada cor nas culturas africanas, onde cada uma teria relação com um arquétipo específico, ou seja, cada Orixá com a sua cor, assim como na “cabala”, cada Anjo corresponderia a uma cor...
Pode-se concluir, por aí, que usar as cores com finalidades terapêuticas não é uma simples questão de se aplicar “tabelinhas”, onde uma cor serve para isto, outra para aquilo, como normalmente tem sido divulgado...
Tomemos como exemplo, a cor verde. Cada um de nós reagirá a ela de acordo com a interpretação simbólica (consciente ou inconsciente) que temos da mesma. Se estivermos "sintonizados" com seu simbolismo arquetípico* (coletivo) da cultura hindu, relaxaremos com a aplicação do verde e estaremos atuando no chacra cardíaco. Se, entretanto, tivermos afinidade com o padrão interpretativo chinês, para o qual esta cor é símbolo do primaveril, de um movimento de expansão, o uso cromoterápico do verde poderia levar, até mesmo, a ativarmos nossas defesas e atuar nas energias de fígado e vesícula. A cor pode, ainda, ter um significado simbólico totalmente individual. Este era o caso de uma determinada cliente, a qual, quando criança, vira a amante do pai saindo de seu quarto, trajando verde - para ela, a aplicação desta cor despertava nervosismo e raiva, mesmo quando, conscientemente ela não sabia ser esta a cor utilizada ! A grande verdade é que a cor atua de acordo com o seu significado simbólico e este pode variar de acordo com o indivíduo e com o momento. Cada cultura e, até mesmo, cada indivíduo, atribui valores diferentes às cores, tornando necessário avaliar com qual o cliente se afina, no exato momento da aplicação.
Os profissionais cromoterapeutas fazem uso de diversos meios de avaliação, a saber:
1 - Paranormalidade - pêndulo - técnica de anamnese paranormal, onde o pêndulo serve para melhor visualizar-se os movimentos inconscientes da mão do sensitivo perante alguma pergunta, como por exemplo, passar o pêndulo por sobre uma lista de cores, verificando sobre qual cor, especificamente, ocorre um movimento pendular, significando que esta é que deve ser aplicada, ou, ainda, passando o pêndulo pela frente dos “chacras”*, “perguntando” qual está em desequilíbrio e, a partir daí, aplicar a cor correspondente, geralmente, seguindo o padrão hindu; clarividência - o paranormal “enxerga” as cores dos corpos sutis, fazendo, assim, avaliação energética e aplicando, mentalmente, cores para o equilíbrio;
2 - “Tabelinhas” de relação “sintoma-cor”, onde cada tipo de sintoma físico ou emocional seria tratado por uma cor específica; mapa astrológico ou numerológico, para detectar-se quais aspectos psicofísicos tenderiam ao desequilíbrio, sendo, então, receitadas cores sob a forma de cristais, roupas, etc., geralmente seguindo-se a tabela de cor da “Cabala”;
3 - Pulsologia - uma técnica eficiente, pois ela não depende de paranormalidade, nem de "tabelinhas" - o Terapeuta Holístico faz a avaliação energética do cliente pela tomada dos diferentes pulsos (pulsologia chinesa - usada na Acupuntura e V.A.S. - Sinal Autônomo Vascular - usado na Auriculoterapia*) e testa cor por cor, aplicadas via aparelhagem eletrônica, até verificar, pelas reações do pulso, aquela que realmente será eficiente para aplicação naquele cliente específico, naquele momento e naquele lugar, com as aplicações podendo ser feitas por regiões, ou, ainda, em pontos de Acupuntura, substituindo com eficiência as dolorosas agulhas;
4 - Teste da musculatura - usada na técnica “Touch for Health”,ou cinesiologia, onde a avaliação e a escolha das cores é baseada nas diferentes reações musculares às mesmas.
Além das explicações esotéricas, podemos recorrer às excelentes pesquisas iniciadas na antiga U.R.S.S. pelo grande biólogo russo Alexander G. Gurvitch, que descobriu as radiações biológicas luminosas, fato este reforçado pelas descobertas do casal Kirlian, cuja técnica fotográfica especial era capaz de obter imagens do efeito corona causado pelo “ricochete” das ondas eletromagnéticas emitidas pela aparelhagem, as quais “colidiam” com as radiações luminosas não-visíveis emitidas pelos organismos vivos.
Com o advento de equipamentos cada vez mais sofisticados, o biofísico soviético e pesquisador de Acupuntura Victor Inyushin, além do biofísico alemão, Fritz Albet Popp, descobriram que as cadeias moleculares do D.N.A. funcionam como “antenas” que capturam a luz ambiente, armazenando-as e pulsando-as de um modo muito especial, semelhante a um raio laser biológico de potência infinitamente baixa A partícula luminosa emitida pelo DNA recebeu o nome de Biofóton (bio=vida; fóton=luz), que é emitido com a função de passar mensagens de uma célula para a outra, numa verdadeira rede de comunicação biofotônica. Todo organismo possui uma capacidade inata, automática e inconsciente de auto-restauração, de auto-equilíbrio, denominada Homeostasia, a qual depende de determinadas redes de comunicação: a rede bioquímica, onde reações químicas, hormônios, enzimas, etc., veiculam diversas informações, acionando ou inibindo determinados recursos, a rede bio-elétrica, onde a eletricidade conduzida pelos nervos comunica e recebe, ordens e informações por todo organismo e, finalmente, a mais importante, mais rápida e mais eficiente, mas só recentemente descoberta, a rede de comunicação biofotônica, onde as partículas luminosas emitidas pelo DNA formam um campo eletromagnético holográfico, onde todas as informações, memórias, recursos psicofísicos, etc., são armazenados num verdadeiro holograma-laser, no qual as informações circulam na velocidade da luz. Verificou-se que a circulação luminosa, apesar de formar um campo uniforme à nossa volta, tende a preferir certas “trilhas energéticas”, "abertas" no decorrer das necessidades e aprendizados evolutivos da espécie, fato este que acabou por comprovar a existência dos “meridianos” da Acupuntura.
Todas estas descobertas reabilitaram a idéia de se usar terapeuticamente as cores, pois o que se pretendia era imitar a luz biológica, interferindo positivamente na rede de comunicação biofotônica, enviando verdadeiras mensagens para o organismo, quer seja aplicando-se diretamente nos locais afetados, quer seja reflexologicamente, em pontos de Acupuntura, que são, comprovadamente, pela prática e por fotografias especiais, capazes de captar os biofótons, ou seja, são os melhores centros receptores para captar estas “mensagens” codificadas pelas cores. Assim nasceu a laserterapia, na antiga URSS, em plena década de 60, a qual foi, posteriormente, deturpada pela visão norte-americana que acreditava ser a temperatura, a quantidade de energia aplicada e não a cor, quem causava o efeito terapêutico...
No Brasil, desenvolvi a Biorressonância, ou Ressonância Biofotônica, onde após mais de dez anos de pesquisas sobre uma linha de equipamentos não-laser capazes de imitar os biofótons em diversas de suas cores, além do infravermelho ultra-sutil, que emitidos sob a forma de ritmos pulsáteis especialmente selecionados para cada caso (técnica de verificação de ressonância pelo pulso - V.A.S.) torna-se capaz de enviar mensagens, via pontos de Acupuntura* ou diretamente no local afetado, que são compreendidas de imediato pelo organismo, acionando todos os recursos psicofísicos disponíveis.
Devido à minha formação predominantemente psicoterapêutica, procurei resgatar dos antigos tratados chineses a visão psicossomática, ratificando as pesquisas internacionais que concluiram que a principal causa dos desequilíbrios energéticos são as questões emocionais: ao tentarmos, consciente, ou inconscientemente, reter longe do alcance da consciência determinados fatos, traumas ou desejos, nós fazemos isso bloqueando a circulação energética, o que, por sua vez, igualmente bloqueia os recursos biológicos, criando um terreno totalmente fértil para as somatizações. Ao realizar-se um equilíbrio energético, quer seja pela Cromoterapia ou por outras técnicas, a energia volta a circular com a informação psíquica bloqueada, a qual, se não for tornada consciente, voltará a ser reprimida em um curto espaço de tempo, retornando, assim, o desequilíbrio energético.
Ciente disto, desenvolvi a Calatonia Auricular, técnica de equilíbrio energético por meio de estímulos luminosos e rítmicos em pontos reflexológicos na orelha, através da qual, paralelamente ao reequilíbrio energético, o cliente passa a ter “insights"(“flashs” repentinos de uma consciência maior, quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas - “sonho acordado”), num processo de auto pela ampliação da consciência.
Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra cursos na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.
Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/holopuntura-reflexoterapia/auriculoterapia/59-cromoterapia#ixzz1YMyWRby1
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http://aetherforce.com/1000-years-ahead-the-spectro-chrome-color-healing-system-part-1-by-mark-fischer/
https://portal2013br.wordpress.com/2015/06/08/cromoterapia-outra-tecnologia-medica-reprimida/
Durante séculos, os cientistas têm dedicado esforço incansável para descobrir um meio de aliviar ou curar os males humanos e restaurar suas funções normais. No entanto, a cromoterapia tem sido negligenciada há uma potência que vai muito além de medicamentos e soros. A cor é a medida terapêutica mais simples e mais precisa já desenvolvida. Eu posso produzir resultados mais rápidos e mais precisos com cores do que com qualquer outro método ou mesmo com todos os outros métodos combinados e com menos pressão sobre o paciente.” ~Kate Baldwin MD e membro da AMA
A História Secreta da Spectro-Chrome
A Spectro-Chrome atingiu o auge de sua popularidade na década de 1940 e 50, quando muitos médicos tradicionais a usaram em milhares de clínicas nos EUA. A máquina foi projetada com a premissa de que a luz é o combustível de toda a vida no planeta Terra, sendo assim, também poderia servir como “alimento” para o corpo humano.A Spectro-Chrome era simples. Tinha cinco placas de vidro coloridas e uma lâmpada incandescente por trás delas. O paciente estaria exposto a luz colorida usando uma combinação específica das cinco placas coloridas enquanto estava deitado em um quarto escuro para uma sessão de uma hora. A luz poderia ser lançada sobre todo o corpo ou sobre uma área específica que combinava precisamente com os meridianos e pontos usados na medicina tradicional chinesa da acupuntura.
Em 14 de Julho de 1951, o FBI invadiu a clínica de Danishah removendo cada uma de suas máquinas e destrui-as com marretas. Depois de uma longa batalha judicial, Danishah foi condenado a três anos de prisão e a máquina Spectro-Chrome continua a ser um dispositivo ilegal de acordo com uma liminar federal permanente.
A Spectro-Chrome é fácil de reproduzir, pode ser construída e utilizada sem um investimento monetário elevado ou conhecimentos científicos avançados
Você pode aprender mais sobre a Spectro-Chrome e como ela funciona no livro, Let There Be Light, escrito por Darius Dinshah, filho de Ghadiali Dinshah.
17 de set. de 2011
Rupert Sheldrake e os campos morfogenéticos:
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Rupert Sheldrake é um dos biólogos mais controversos de nosso tempo. As suas teorias não só estão revolucionando o ramo científico de seu campo (a biologia), mas estão transbordando para outras áreas ou disciplinas como a física e a psicologia.
No seu livro Uma Nova Ciência da Vida (A New science of life, 1981), Sheldrake toma posições na corrente organicista ou holística clássica, sustentadas por nomes como Von Bertalanffy e a sua Teoria Geral de Sistemas ou E. S. Russell, para questionar de um modo definitivo a visão mecanicista, que dá por explicado qualquer comportamento dos seres vivos mediante o estudo de suas partes constituintes e sua posterior redução para as leis químicas e físicas.
Sheldrake propõe a idéia dos campos morfogenéticos, os quais ajudam a compreender como os organismos adotam as suas formas e comportamentos característicos.
Morfo vem da palavra grega morphe que significa forma; genética vem de gêneses que significa origem. Os campos morfogenéticos são campos de forma, campos padrões, estruturas de ordem. Estes campos organizam não só os campos de organismos vivos, mas também de cristais e moléculas. Cada tipo de molécula, cada proteína, por exemplo, tem o seu próprio campo mórfico – hemoglobina, insulina, etc. De um mesmo modo cada tipo de cristal, cada tipo de organismo, cada tipo de instinto ou padrão de comportamento tem seu campo mórfico. Estes campos são os que ordenam a natureza. Há muitos tipos de campos porque há muitos tipos de coisas e padrões dentro da natureza.
A contribuição de Sheldrake foi juntar noções vagas sobre os campos morfogenéticos (Weiss 1939) e os formular em uma teoria demonstrável. Desde que escrevera o livro no qual apresenta a Hipótese da Ressonância Mórfica, em 1981, foram feitas numerosas experiências que, em princípio, deveriam demonstrar a validade, ou a invalidade destas hipóteses. Você encontrará algumas mais relevantes ao término deste artigo.
Três enfoques sobre o fenômeno vital
Tradicionalmente houve três correntes filosóficas sobre a organização da natureza biológica da vida: vitalismo, mecanicismo e organicismo.
VITALISMO
O vitalismo sustenta que em toda forma de vida existe um fator intrínseco, evasivo, inestimável e não sujeito a medidas que ativa a vida. Hans Driesch, biólogo e filósofo alemão precursor principal do vitalismo depois da mudança de século, chamou a esse fator causal misterioso enteléquia, que se fazia especialmente evidente em aspectos do desenvolvimento do organismo como a regulação, regeneração e reprodução.
A forma clássica do vitalismo como foi exposta por numerosos biólogos no princípio de século, especialmente por Driesch, foi criticado severamente pelo seu caráter acientífico: o fator causal (enteléquia) era incerto e não pôde ser demonstrado de modo algum.
Ernest Nagel, filósofo da ciência escreveu em 1951, no seu livro Filosofia e Investigação Fenomenológica: “O grosso do vitalismo [...] é agora uma questão extinta [...] não tanto talvez para a crítica filosófica e metodológica que se há revelado contra a doutrina, mas para a infertilidade do vitalismo em guiar a investigação biológica e pela superioridade heurística de focos alternativos.”
MECANICISMO
Embora numerosos biólogos identifiquem-se como vitalistas, na prática eles são mecanicistas, determinados pelas experiências de laboratório e as exigências da investigação científica de mostrar as experiências com parâmetros que possam ser medidos na física e química. Sheldrake afirma que o fracasso do vitalismo é devido principalmente a sua inabilidade para fazer predições demonstráveis e para apresentar experiências novas.
No momento, o enfoque ortodoxo da biologia vem determinado pela teoria mecanicista da vida: os organismos vivos são considerados como máquinas físico-químicas e todos os fenômenos vitais podem ser explicados, em princípio, com leis físico-químicas. Na realidade, isto é a posição reducionista que sustenta que os princípios biológicos podem ser reduzidos às leis fixas destes dois ramos da ciência.
A ortodoxia científica adere a esta teoria porque oferece um marco de referências satisfatórias, onde numerosas perguntas sobre os processos vitais podem ser respondidas e porque já muito tem se investido nela. As raízes do mecanicismo são mesmo profundas. De acordo com Sheldrake inclusive se admitir-se que o enfoque mecanicista está severamente limitado não só nas práticas, mas nos princípios, não pode ser abandonado e no momento é o único método disponível para a biologia experimental. Sem dúvida continuará a ser usado até outra(s) alternativa(s) mais positiva(s) surgir(em).
ORGANICISMO OU HOLISMO
O organicismo ou holismo recusam que os fenômenos da natureza possam ser reduzidos exclusivamente às leis físico-químicas, pois estas isoladas ou conjuntamente não podem explicar a totalidade dos fenômenos vitais. Por outro lado reconhece a existência de sistemas hierarquicamente organizados com propriedades que não podem ser entendidas por meio do estudo de partes isoladas, mas em sua totalidade e interdependência. Daí o termo holismo, da palavra whole = todo em inglês.
O organicismo foi desenvolvido através das influências de diversos sistemas filosóficos como os de Alfred North Whitehead e J. C. Smuts, psicologia Gestalt, conceitos como os campos físicos e parte do mesmo vitalismo de Driesch.
“O organicismo trata os mesmos problemas que Driesch disse que eram insolúveis em termos mecanicistas, mas enquanto ele propôs a enteléquia não física para explicar a totalidade e diretividade dos organismos, os organicistas propõem o conceito do campo morfogenético (ou embriônico ou de desenvolvimento)”. (Sheldrake 1981).
CAMPO MORFOGENÉTICO
“Os campos morfogenéticos ou campos mórficos são campos que levam informações, não energia, e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois de ter sido criado. Eles são campos não físicos que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente.”
“[...] centrada em como as coisas tomam formas ou padrões de organização. Deste modo cobre a formação das galáxias, átomos, cristais, moléculas, plantas, animais, células, sociedades. Cobre todas as coisas que têm formas e padrões, estruturas ou propriedades auto organizativas.”
“Todas estas coisas são organizadas por si mesmas. Um átomo não tem que ser criado por algum agente externo, ele se organiza só. Uma molécula e um cristal não são organizados pelos seres humanos peça por peça se não que cristalizam espontaneamente. Os animais crescem espontaneamente. Todas estas coisas são diferentes das máquinas que são artificialmente montadas pelos seres humanos.”
“Esta teoria trata sistemas naturais auto-organizados e a origem das formas. E eu assumo que a causa das formas é a influência de campos organizacionais, campos formativos que eu chamo de campos mórficos. A característica principal é que a forma das sociedades, idéias, cristais e moléculas dependem do modo em que tipos semelhantes foram organizados no passado. Há uma espécie de memória integrada nos campos mórficos de cada coisa organizada. Eu concebo as regularidades da natureza como hábitos mais que por coisas governadas por leis matemáticas eternas que existem de algum modo fora da natureza.” (Sheldrake, 1981).
COMO FUNCIONAM OS CAMPOS MORFOGENÉTICOS?
Os campos morfogenéticos agem sobre a matéria impondo padrões restritivos em processos de energia cujos resultados são incertos ou probabilísticos. Por exemplo, dentro de um determinado sistema um processo físico-químico pode seguir diversos caminhos possíveis. O que o sistema faz para optar para um deles? Do ponto de vista mecânico esta eleição estaria em função de diferentes variáveis físicas e químicas que influenciam no sistema: temperatura, pressão, substâncias presentes, polaridade, etc., cuja combinação decantaria o processo para determinado caminho. Se fosse possível controlar todas as variáveis em jogo você poderia predizer o resultado final do processo. Porém, não é deste modo, mas o resultado final é sujeito ao acaso probabilístico, algo quantificável só por meio de análise estatística. O Campo Morfogenético relacionado com o sistema reduz consideravelmente a amplitude probabilística do processo, levando o resultado em uma direção determinada.
“Os Campos Mórficos funcionam , tal como eu explico em meu livro, a presença do passado, modificando eventos probabilísticos . Quase toda a natureza é inerentemente caótica. Não é rigidamente determinada. A dinâmica das ondas, os padrões atmosféricos, o fluxo turbulento dos fluidos, o comportamento da chuva, todas estas coisas são corretamente incertas, como são os eventos quânticos na teoria quântica. Com o declínio do átomo de urânio você não é capaz de predizer se o átomo declinará hoje ou nos próximos 50.000 anos. É meramente estatístico, Os Campos Mórficos funcionam modificando a probabilidade de eventos puramente aleatórios. Em vez de uma grande aleatoriedade, de algum modo eles enfocam isto, de forma que certas coisas acontecem em vez de outras. É deste modo como eu acredito que eles funcionam “. (Sheldrake, 1981).
ONDE SE ORIGINAM OS CAMPOS MORFOGENÉTICOS?
Um campo morfogenético não é uma estrutura inalterável, mas que muda ao mesmo tempo, que muda o sistema com o qual está associado. O campo morfogenético de uma samambaia tem a mesma estrutura que os campos morfogenético de samambaias anteriores do mesmo tipo. Os campos morfogenéticos de todos os sistemas passados se fazem presentes para sistemas semelhantes e influenciam neles de forma acumulativa através do espaço e o tempo.
A palavra chave aqui é “hábito”. Este é o fator que origina os campos morfogenéticos. Através dos hábitos os campos morfogenéticos vão variando sua estrutura dando causa deste modo às mudanças estruturais dos sistemas em que estão associados.
Por exemplo, em uma floresta de coníferas é gerado o habito de estender as raízes mais profundamente para absorver mais (e/ou melhores) nutrientes. O campo morfogenético da conífera assimila e armazena esta informação que é herdada não só por exemplares no seu entorno, mas em florestas de coníferas em todo o planeta por efeitos da ressonância mórfica.
EXPERIÊNCIAS
De acordo com Sheldrake, um modo simples para demonstrar a existência dos campos morfogenéticos é criando um novo campo mórfico para logo observar seu desenvolvimento.
Código Morse
O Dr. Arden Mahlberg, psicólogo de Wisconsin, realizou experimentos que analisam a capacidade de duas pessoas para aprender dois códigos Morse diferentes. Um deles é o padrão clássico e o segundo, inventado por ele variando as seqüências de pontos e linhas de modo que fosse igualmente difícil (ou fácil) aprender o código. A pergunta é: será mais simples aprender o verdadeiro Morse que o inventado porque milhões de pessoas já aprenderam isto? A resposta, aparentemente, é sim.
Ratos em labirinto
Esta é uma das primeiras experiências realizadas por Sheldrake, recuperada do tempo em que ele começou a considerar os campos morfogenéticos. Consiste em ensinar a um grupo de ratos determinada aprendizagem, por exemplo, sair de um labirinto, em certo lugar, para logo observar a habilidade de outros ratos em outros lugares, deixarem o labirinto. Esta experiência já foi levada a cabo em numerosas ocasiões dando resultados muito positivos.
Organização dos cupins
Mesmo separando um cupinzeiro, alterando sua forma, criando uma espécie de ferimento, os cupins, mesmo cegos reconstroem a forma original. Explicação: há um campo morfogenético que dá forma ao cupinzeiro. Os campos estão presentes em todos os sistemas vivos e/ou organizados, incluindo-se os humanos (lembraram das células tronco?)
Muitas outras pesquisas são propostas pelo biólogo Rupert Sheldrake e outros biólogos organicistas (holistas), que enfatizam a contextualização da Biologia e das pesquisas relacionadas às ciências biológicas, psicologia, física, medicina e outras.
REFERÊNCIAS
www.fatimaborges.com.br/artigo.phd?code=84
Wikipedia.org/wiki/campo_morfogenetico
www.scribd.com/
www.pontodetransiçao.com.br/biblioteca/campos_morfogeneticos.pdf
Antonio Silvio Hendges, articulista do EcoDebate, é Professor de Biologia e Agente Educacional no RS. Email: as.hendges{at}gmail.com
EcoDebate, 14/03/2011
http://www.ecodebate.com.br/2011/03/14/a-teoria-dos-campos-morficos-do-biologo-rupert-sheldrake-artigo-de-antonio-silvio-hendges/
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Uma contribuição à teoria dos arquétipos
Autor: Jackson José de Jesus Ferreira Junior
Universidade Federal do Amazonas – Departamento de Psicologia
Objetivo
O presente artigo tem como finalidade uma breve exposição acerca das similaridades, e de uma possível convergência, entre as teorias elaboradas pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake e as construídas pelo médico suíço Carl Gustav Jung. Na década de 80, final do séc. XX, quando Sheldrake propôs sua inovadora teoria sobre a Ressonância Mórfica e a Causalidade Formativa, tal correlação surgiu de imediato. Porém, o próprio autor, apesar de ciente da teoria Junguiana, não seguiu adiante em possíveis correlações, visto que não era este seu objetivo. Nas idéias que se seguem, tentaremos dar maior amplitude a tais correlações, visando sempre à integração do conhecimento, atitude ressaltada por Jung como de fundamental importância para a Psicologia.
A motivação para este trabalho ocorreu-me logo após meu primeiro contato, por indicação de um grande amigo, com as idéias de Sheldrake acerca dos Campos Morfogenéticos. Porém, pela limitação de minhas compreensões, evitei qualquer aventura escrita a respeito. Por ser um conhecimento um tanto quanto novo, e por exigir uma reflexão um pouco mais “ousada” por parte daqueles que a apreciam, a teoria acerca dos Campos de Sheldrake não encontra, ainda, em nosso meio acadêmico (refiro-me ao meio no qual vivo, ou seja, Norte do Brasil), certa repercussão. Tal fato julgo ser devido, se não a total, mas a grande incompreensão e desconhecimento acerca da mesma. Vivemos um momento de grande atraso no pensamento. Os integrantes de nosso mundo acadêmico andam impregnados por um entendimento antiquado do conhecimento científico. Basta dizer que a maioria ainda julga ser os avanços da Física mera ficção científica. Sem dúvida, tal fato não ocorre por acaso. Contra todo e qualquer avanço do entendimento, sempre há de trabalhar os mais fortes e recônditos motivos afetivos capazes tornar a vida um pouco mais “segura”. A nossa psicologia está atordoada. Perdida no torvelinho das vaidades, já se esqueceu da unidade de seu objeto de estudo, e da pluralidade na existência do mesmo. Lamentavelmente, ainda existem aqueles que pregam a escolha de um único caminho aos que pretendem por ela caminhar, sem se dar conta que todo e qualquer caminho contempla a totalidade apenas parcialmente, daí ser complemento de todos os outros, e não definitivo em si. Como se sabe, tal estado de coisas não é novidade. Porém, como sempre aconteceu no decorrer de toda a história, são as novas idéias que trazem consigo a possibilidade de se olhar para fora da caixa, para além de elaborações equivocadas, “secretamente” elaboradas na sombra do entendimento de certos tipos de pessoas. Neste ponto, Sheldrake e Jung partilham do mesmo papel. Cada um há seu tempo, vieram mostrar novas possibilidades, expandir novas fronteiras. No caso do presente trabalho, enfocaremos como a teoria de Sheldrake pode descortinar novos entendimentos acerca de problemas propostos pela teoria Junguiana, e vice-versa. A seguir explanaremos sobre tal teoria, apontando no contínuo do raciocínio do autor inglês as conexões com a Psicologia Analítica.
Mas afinal, de quê trata Sheldrake? E em que uma teoria da Biologia poderia ter a ver com a Psicologia Analítica?
Pois bem, a proposta do autor inglês pode ser resumida, ainda que parcamente, da seguinte forma: Existe um princípio diretor, ainda não reconhecido pela Física e nem pela Química, que ordena toda e qualquer organização, de todo e qualquer sistema material. Exemplo: a organização dos elementos físico-químicos em átomos, moléculas, tecidos, órgãos etc. Por que tais estruturas se dão de uma forma tão específica e estável? De milhares de possibilidades de combinações de DNA, por que apenas uma determinada organização se dá, e de forma tão característica? Qual é causa disso? Rupert Sheldrake se ocupa do problema da morfogenia, ou seja, como e porque certos elementos se agregam para dar origem a sistemas específicos e com uma forma característica, como por exemplo, um coração humano.
Esse princípio diretor é chamado por Sheldrake de Campo Morfogenético. Em seu livro A New Science of Life (London: Blond & Briggs, 1981; pág. 13), o autor, em um primeiro momento, esboça o que seria tal campo: “These fields order the systems with which they are associated by affecting events which, from an energetic point of view, appear to be indeterminate or probabilistic; they impose patterned restrictions on the energetically possible outcomes of physical processes”. Porém, Sheldrake não demora a expandir este conceito. Para o autor, um campo morfogenético associado a determinado sistema, por exemplo, um tecido muscular esquelético, direciona a dinâmica do funcionamento de tal sistema, em todos os níveis de complexidade. Na verdade, este campo é formado pela soma de uma série de outros campos que controlam desde a dinâmica molecular dos íons de cálcio, até o deslizamento que ocorre entre as microfibras ocasionando a contração muscular. Tal organização dessas estruturas diretoras se dá hierarquicamente, permitindo que cada campo morfogenético oriente o sistema ao qual está associado não apenas em relação a si mesmo, mas em consonância com a globalidade do processo em que está inserido. No mesmo livro citado (pág. 87), Sheldrake esclarece: “In living organisms, as in the chemical realm, the morphogenetic fields are hierarchically organized; those of organelles – for example the cell nucleus, the mitochondria and chloroplasts – act by ordering physico-chemical processes within them; these fields are subject to the higher-level fields of cells; the fields of cells to those of tissues; those of tissues to those of organs; and of organs to the morphogenetic field of the organism as a whole”.
Podemos indicar aqui um primeiro ponto de encontro entre Jung e Sheldrake. Ambos elaboram um conceito central que tem por finalidade a coordenação dos fenômenos por eles pesquisados. A teoria junguiana vê no arquétipo não só um elemento formador, mas também um princípio norteador de todo o psiquismo humano. Nas palavras de Jung: “… o arquétipo representa o elemento autêntico do espírito, mas de um espírito que não se deve identificar com o intelecto humano, e sim com o seu spiritus rector [espírito que o governa]. O conteúdo essencial de todas as mitologias e religiões, e de todos os ismos é de natureza arquetípica.” (A Natureza da Psique, Editora Vozes, 2000; pág.143).
Dessa forma, estabelecemos uma primeira correlação entre as teorias aqui citadas. De acordo com Jung, o simples fato de se procurar um princípio ordenador, seja qual for o fenômeno em que isto se faça, já é por si só uma apreensão arquetípica deste aspecto da realidade. A psique há de criar sempre formas espontâneas, estruturas primordiais, que nos permitam fundamentar a nossa existência, preenchendo-a de sentido. Da mesma forma, diz Sheldrake a respeito de todo e qualquer sistema material. A este haverá sempre um campo morfogenético conectado, originando-o, organizando-o, dirigindo-o.
Juntamente com idéia de campo morfogenético, Sheldrake elabora outro conceito de fundamental importância para sua teoria. Fazendo isso, o autor visava compreender a razão pela qual os sistemas materiais existentes no passado, como, por exemplo, uma árvore de carvalho, continuam a se organizar da mesma forma hoje em dia. Rapidamente, poderíamos dizer que tal fato seria devido à transmissão genética. Mas, o próprio Sheldrake adverte que isso não responderia a questão, pelo contrário, apenas a deslocaria. Atualmente, a ciência ainda não conseguiu identificar os mecanismos que controlam e determinam a atividade genética. Para Sheldrake, tal fenômeno ocorre pelo simples fato de que os novos sistemas surgidos se associam com o mesmo campo morfogenético que orientava o sistema anterior. Porém, esta conclusão leva o autor a um novo questionamento: Como e por que os campos morfogenéticos existentes hoje se dão da mesma forma que no passado? Como este princípio diretor sobrevive através do espaço e do tempo?
De forma um tanto resumida (por não ser o aprofundamento dessa teoria o enfoque do presente trabalho), o autor afirma que, entre todo e qualquer campo morfogenético semelhante, ou seja, entre aqueles que orientam sistemas materiais semelhantes, ocorre um fenômeno pelo qual os campos se comunicam. A este fenômeno Sheldrake chama de Ressonância Mórfica. Segundo ele: “Morphic resonance takes place through morphogenetic fields and indeed gives rise to their characteristic structures. Not only does a specific morphogenetic field influence the form of a system (…), but also the form of this system influences the morphogenetic field and through it becomes present to subsequent similar systems”. (A New Science of Life (London: Blond & Briggs, 1981; pág. 96)
Sheldrake esclarece que nem o campo, nem a sua ressonância são algum tipo de energia, mas, se comportam nos moldes dos campos energéticos e de suas ressonâncias. Para o autor, tais princípios agem sobre a matéria, mas não fazem parte da mesma. Portanto, ambos os fenômenos estão livres das leis que governam o movimento das partículas, dos corpos e das ondas. A principal conseqüência disso será que todo campo, e principalmente sua ressonância, não serão atenuados por nenhum tipo de separação espaço-temporal. Assim, estaria esclarecida, segundo a teoria de Sheldrake, a conexão que permite a viagem da informação, o campo morfogenético, através do espaço e do tempo.
Sem dúvida, o que foi dito acima é pouco para esclarecer as idéias do autor inglês. Mas, acreditamos ser suficiente para os fins deste texto. Relembrando, nosso objetivo aqui é relacionar tais idéias com as de Jung, e para isso escolhemos uma breve exposição dos conceitos de Sheldrake, já que este não é tão conhecido quanto o primeiro. Feita tal descrição dos dois conceitos que julgamos serem fundamentais para o nosso trabalho, seguiremos a partir de agora em direção a segunda pergunta, feita ainda no início deste texto. Como relacionar tais conceitos com a Psicologia Analítica?
Primeiramente, vale citar como Sheldrake sinaliza a importância de suas idéias para a psicologia em geral: “… an understanding of behaviour presupposes an understanding of morphogenesis. For example, even if all the behaviour of a relatively simple lower animal, say a nematode worm, could be understood in detail in terms of the ‘wiring’ and physiology of its nervous system, there would still be the problem of how the nervous system with this characteristic pattern of ‘wiring’ came into being in the animal as it developed” ( A New Science of Life (London: Blond & Briggs, 1981; pág. 24).
Na medida em que todo comportamento, considerando aqui apenas o aspecto orgânico deste fenômeno, engloba necessariamente o movimento, seja este do organismo em geral, ou apenas das suas estruturas internas; e que este movimento se dá, exclusivamente, através das modificações morfológicas nas estruturas responsáveis por tal ação (da menor organela celular, até os órgãos ditos involuntários); podemos concluir que todo e qualquer comportamento depende necessariamente da ação morfogenética.
Por exemplo, os instintos controladores da alimentação, da adaptação, da regeneração, da regulação do organismo, e da reprodução do mesmo são em última análise orientados pelos campos morfogenéticos responsáveis não só pelas estruturas especializadas em cada ação (sistemas digestivo, circulatório, sexual etc.), mas também pelo comportamento enquanto uma entidade global. Ou seja, respeitando a idéia de que os campos são organizados hierarquicamente, existe um campo morfogenético responsável por cada tipo de comportamento. Tal campo controla e direciona os sub-campos que orientam as estruturas responsáveis por este mesmo comportamento, e assim sucessivamente em todos os níveis de complexidade da estrutura do organismo.
Agreguemos a mais esta expansão do conceito de Sheldrake a idéia de Ressonância Mórfica. A partir daí, podemos fazer uma série de conclusões: Primeiro, se todo comportamento é orientado por um campo morfogenético, então, pela influência de sua ressonância, todo e qualquer indivíduo que se conectar a tal campo será capaz de acessar as “informações” que dirigem tal comportamento, e assim também realizá-lo. Segundo, a partir do momento que um comportamento surge pela primeira vez, todo e qualquer indivíduo da mesma espécie tende a apreendê-lo mais rapidamente devido a sua ressonância. Terceiro, como foi dito acima, a ressonância de um campo age para além do espaço e do tempo. Sendo assim, todo comportamento que surge pode ser apreendido em qualquer lugar, e em qualquer momento da história. O campo morfogenético responsável por tal comportamento continua existente, mesmo após o fim de tal ação, e com isto sua ressonância, permitindo que outros indivíduos se conectem ao mesmo campo. Quarto, para que outros indivíduos possam assumir determinado comportamento, basta que entrem em contato com o campo diretor do mesmo. Sheldrake afirma que quanto mais indivíduos perpetrarem um determinado comportamento, mais forte e intensa se torna a ressonância de seu campo, fazendo com que mais e mais indivíduos entrem em sintonia com o mesmo, e assim se comportem da mesma forma.
As implicações do que foi mencionado são claras para a psicologia em geral. Problemas como as “epidemias psíquicas” citadas por Jung, a transmissão transgeracional de um comportamento em um grupo de indivíduos, e outras questões poderiam encontrar novas possibilidades de compreensão através desta teoria. Por outro lado, com o transcorrer desta elaboração, fica cada vez mais clara uma possível conexão entre Jung e Sheldrake. Teríamos no Arquétipo o correlato do Campo Morfogenético, e na ressonância mórfica uma possível resposta para o problema da transmissão dos arquétipos. É importante termos em mente que cada autor trabalha sobre um determinado aspecto do mesmo fenômeno. Sheldrake contempla a materialidade do comportamento, e Jung seu psiquismo. Porém, Jung sinaliza a inevitável união destes aspectos, já que na verdade ambos são um só. Jung afirma: “É exatamente como formula a filosofia clássica chinesa: yang (o princípio luminoso, quente, seco e masculino) contém em si o germe do yin (o princípio escuro, frio, úmido e feminino), e vice-versa. Assim sendo descobrir-se-ia na matéria o germe do espírito, e no espírito o germe da matéria” (Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, Editora Vozes 2007, pág. 115). No que segue, ampliaremos ainda um pouco mais as possíveis correlações entre as teorias.
É oportuno dizer que Jung não se ateve unicamente ao comportamento humano, ele também expandiu sua teoria em relação ao comportamento em geral. No livro A Natureza da Psique (Editora Vozes 2000, parágrafos 268 e 277), afirma:
“A questão de onde provêm os instintos e como foram adquiridos é extremamente complexa. O fato de eles serem invariavelmente herdados não traz nenhuma contribuição para explicar sua origem. O caráter hereditário dos instintos apenas remete o problema para nossos ancestrais. É por demais conhecida a opinião segundo a qual os instintos se originaram de um determinado ato repetido da vontade, inicialmente individual e posteriormente generalizado. Esta explicação é plausível, visto que podemos observar cada dia como certas atividades aprendidas laboriosamente se tornam gradualmente automáticas pelo exercício constante. Por outro lado, convém sublinhar que o fator aprendizagem falta inteiramente nos instintos mais maravilhosos, observados no mundo animal. Em muitos casos é impossível imaginar como tenha podido haver algum tipo de aprendizagem e exercitação. Seja por ex., o instinto de reprodução extremamente refinado da Pronuba yuccasella, a mariposa da iúca. Cada flor da iúca se abre apenas por uma única noite. A mariposa tira o pólen de uma dessas flores e o transforma em bolinha. A seguir procura uma segunda flor, corta-lhe o ovário e, pela abertura, deposita seus ovos entre os óvulos da planta; vai em seguida ao pistilo e enfia a bolazinha de pólen pelo orifício, em forma de funil, do ovário. A mariposa só executa esta complicada operação uma única vez em sua vida.
(…) Da mesma forma que somos obrigados a formular o conceito de um instinto que regula ou determina nosso comportamento consciente, assim também, para explicar a uniformidade e a regularidade de nossas percepções, precisamos de um conceito correlato, de um fator que determina o modo de apreensão. É precisamente a este fator que eu chamo de arquétipo ou imagem primordial. (…) Do mesmo modo como a apreensão consciente imprime forma e finalidade ao nosso comportamento, assim também, a apreensão inconsciente determina a forma e a destinação do instinto, graças ao arquétipo. Assim como dizemos que o instinto é refinado, assim também a intuição, que põe em ação o instinto, isto é, a apreensão mediante o arquétipo, é de incrível precisão. Por isso, a mariposa da iúca, acima mencionada, deve trazer dentro de si, por assim dizer, uma imagem daquela situação que provocou o seu instinto. Esta imagem dá-lhe a capacidade de reconhecer as flores da iúca e a sua estrutura”.
Para Sheldrake, o que orientaria o comportamento da mariposa seria o campo morfogenético responsável pela sua reprodução. Apesar de só se realizar uma única vez em toda a vida da mariposa, isto já é suficiente, pois o que importa não é a quantidade de vezes que o comportamento se repete, mas sim o fato de o mesmo estar em ressonância com o campo que dirige tal ação. Tal campo surgiu em tempos imemoriais, e persiste através do tempo e do espaço graças à ressonância mórfica.
Arquétipo e Campo Morfogenético seriam, como estruturas reflexas, cada uma em sua dimensão (materialidade e psiquismo), que têm como função nortear o processo vital em todos os seus níveis de complexidade. Desse modo, não poderíamos de imediato afirmar que o campo morfogenético estaria armazenado, assim como o arquétipo, na psique. Afinal, aquele faz parte de outra dimensão do processo vital, a saber, a matéria. Porém, tais dimensões são aspectos de uma mesma unidade, qual seja o indivíduo. Daí não abrirmos mão de nenhuma possibilidade. Seguramente, da mesma forma que arquétipo sempre estará presente na vida do indivíduo, o campo morfogenético também.
De qualquer forma, é válido ressaltar um pensamento de Jung a respeito: “Tanto a matéria como o espírito aparecem na esfera psíquica como qualidades que caracterizam conteúdos conscientes. Ambos são transcendentes, isto é, irrepresentáveis em sua natureza, dado que a psique e seus conteúdos são a única realidade que nos é dada sem intermediários” A Natureza da Psique (Editora Vozes 2000, pág. 153).
Por fim, é importante comentar a série de experimentos elaborados por Sheldrake, bem como os realizados pela Física, que de fato revelam indícios de um princípio norteador dos fenômenos da natureza. Tais avanços são “inexplicavelmente” pouco comentados, e até mesmo ignorados. Todos estes confirmando várias idéias e previsões de Jung.
Referências Bibliográficas
Jung, Carl Gustav – Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo – 5ª. Edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
Jung, Carl Gustav – A Natureza da Psique – 5ª. Edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
Sheldrake, Rupert – A New Science of Life: the hypothesis of morphic resonance - London: Blond & Briggs, 1981.
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