2 de ago. de 2010

Sonia Rinaldi Transcomunicação TCI

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Forum
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Kundalini - Dimensão ontológica da sexualidade

Rating:★★★★★
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Kundalini, a cobra cósmica, é o símbolo da energia cósmica que se revela também no sexo. É o primeiro chakra, o da sexualidade genital. Freud deteve-se principalmente nessa dimensão. Por isso, toda a sua psicologia, por mais genial que seja, já que ele é um pai fundador desse campo de conhecimento, é bastante limitada, demasiado falocêntrica e muito patricêntrica.

Jung se contrapunha a Freud, argumentando que a primeira experiência da criança não é com o pai, mas com a mãe. Somos mais matricentrados do que patricentrados, porque ligados umbilicalmente à mãe desde o momento da concepção; o pai entra numa fase posterior. Freud abominava a mãe, transava pessimamente a sexualidade e deixou de ter relação sexual com quarenta e poucos anos. Jung não tinha esse problema, por isso elaborou outro tipo de psicologia. No meu modo de ver, ele apresenta um espectro mais amplo. No entanto, como a nossa cultura é genitalmente centrada e há mesmo um desvio quase coletivo nesse aspecto, Freud é objetivo e bom para corrigir e curar. Mas se vou para um oriental, um africano ou um indígena que não tem esses problemas e levo Freud, estrago-lhes a mente.

Não há contradição entre a kundalini como energia cósmica e a teoria de Freud sobre sexo. Só que ele se restringiu a uma fase da kundalini, a fase genital. Os místicos do ioga, que trabalham muito os chakras, dizem: uma verdadeira experiência de amor tem a sua dimensão genital, mas, se ela se restringir a essa dimensão, é extremamente encurtada. Ela deve passar por todos os sete chakras, até chegar ao sentimento interior, a experiência da infinitude, da iluminação, que capta a dimensão cósmica do amor. Quem faz a ativação desses sete chakras tem uma experiência da totalidade da libido humana.

Nossa cultura não faz uma experiência da sexualidade como dimensão ontológica que atravessa todo nosso ser. Faz uma experiência genital, de alívio de uma tensão, nada mais. Não faz da sexualidade uma experiência mística da totalidade do ser humano enquanto homem, enquanto mulher, que têm a dimensão da subjetividade, do pensamento, da intimidade, da transcendência e da experiência mística. Todos os místicos celebram o encontro com Deus como imenso banquete ou como acasalamento de amor. Desde o Cântico dos cânticos a são João da Cruz e santa Teresa. São Boaventura fala até de orgasmo. Porque eles de fato experimentaram isso ao tocarem Deus. A experiência de amor, que se realiza nas pessoas, dá a chance a todo mundo. A natureza não nega a ninguém fazer uma experiência de transcendência, de encontro com Deus, a experiência da intimidade, do amor como experiência cósmica e mística. Todo mundo faz esse percurso e também os celibatários. Jung dizia que se eles não geram pessoas, têm um parto cósmico, se autogeram. Por isso o voto de castidade, se bem entendido, não é um voto de desamor. É de superabundância de amor. Portanto, é um desafio viver de uma outra maneira a sexualidade, nessa dimensão que vai para além da genitalidade.


Leonardo Boff

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As Carícias e o Iluminado

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Chega de viver entre o medo e a Raiva! Se não aprendermos a viver de outro modo, poderemos acabar com a nossa espécie.

É preciso começar a trocar carícias, a proporcionar prazer, a fazer com o outro todas as coisas boas que a gente tem vontade de fazer e não faz, porque "não fica bem" mostrar bons sentimentos! No nosso mundo negociante e competitivo, mostrar amor é... um mau negócio. O outro vai aproveitar, explorar, cobrar... Chega de negociar com sentimentos e sensações. Negócio é de coisas e de dinheiro- e pronto! O pesquisador B. Skinner mostrou por A mais B que só são estáveis os condicionamentos recompensados; aqueles baseado na dor precisam ser reforçados sempre senão desaparecem. Vamos nos reforçar positivamente. É o jeito - o único jeito - de começarmos um novo tipo de convívio social, uma nova estrutura, um mundo melhor.

Freud ajudou a atrapalhar mostrando o quanto nós escondemos de ruim; mas é fácil ver que nós escondemos também tudo que é bom em nós, a ternura, o encantamento, o agrado em ver, em acariciar, em cooperar, a gentileza, a alegria, o romantismo, a poesia, sobretudo o brincar - com o outro. Tudo tem que ser sério, respeitável, comedido - fúnebre, chato, restritivo, contido...

Há mais pontos sensíveis em nosso corpo do que as estrelas num céu invernal.

"Desejo", do latim de-sid-erio, provém da raiz "sid", da língua zenda, significando ESTRELA, como se vê em sideral, relativo às estrelas.

Seguir o desejo é seguir a estrela - estar orientado, saber para onde vai, conhecer a direção...

"Gente é para brilhar", diz mestre Caetano.

Gente é, demonstravelmente, a maior maravilha, o maior playground e a mais complexa máquina neuromecânica do Universo conhecido. Diz o Psicanalista que todos nós sofremos de mania de grandeza, de onipotência.

A mim parece que sofremos de mania de pequenez.

Qual o homem que se assume em toda a sua grandeza natural? "Quem sou eu primo..."Em vez de admirar, nós invejamos - por não termos coragem de fazer o que a nossa estrela determina.

O Medo - eis o inimigo.

O medo, principalmente do outro, que observa atentamente tudo o que fazemos - sempre pronto a criticar, a condenar, a pôr restrições - porque fazemos diferente dele.

Só por isso. Nossa diferença diz para ele que sua mesmice não é necessária. Que ele também pode tentar se livre - seguindo sua estrela. Que sua prisão não tem paredes de pedra, nem correntes de ferro. Como a de Branca de Neve, sua prisão é de cristal - invisível. Só existe na sua cabeça. Mas sua cabeça contém - é preciso que se diga - todos os outros que, de dentro dele, o observam, criticam, comentam - às vezes até elogiam!

Por que vivemos fazendo isso uns com os outros - vigiando-nos e obrigando-nos - todos contra todos - a ficar bonzinhos dentro das regrinhas do bem-comportado - pequenos, pequenos. Sofremos de megalomania porque no palco social obrigamo-nos a ser, todos, anões. Ai de quem se sobressai, fazendo de repente o que lhe deu na cabeça. Fogueira para ele! Ou você pensa que a fogueira só existiu na Idade Média?

Nós nos obrigamos a ser - todos - pequenos, insignificantes, inaparentes, "normais"- normopatas diz melhor; oligopatas - apesar do grego- melhor ainda. Oligotímicos - sentimentos pequenos - é o ideal...

Quem é o iluminado?
No seu tempo, é sempre um louco delirante que faz tudo diferente de todos. Ele sofre, principalmente, de um alto senso de dignidade humana - o que o torna insuportável para todos os próximos, que são indignos.

Ele sofre, depois, de uma completa cegueira em relação à "realidade"(convencional), que ele não respeita nem um pouco. Ama desbragadamente - o sem vergonha. Comporta-se como se as pessoas merecessem confiança, como se todos fossem bons, como se toda criatura fosse amável, linda, admirável.

Assim ele vai deixando um rastro de luz por onde quer que passe.

Porque se encanta, porque se apaixona, porque abraça com calor e com amor, porque sorri e é feliz.

Como pode, esse louco?
Como pode estar - e viver! - sempre tão fora da realidade - que é sombria, ameaçadora; como ignorar que os outros - sempre os outros - são desconfiados, desonestos, mesquinhos, exploradores, prepotentes, fingidos, traiçoeiros, hipócritas...

Ah! Os outros...
(Fossem todos como eu, tão bem-comportados, tão educados, tão finos de sentimentos...) O que não se compreende é como há tanta maldade num mundo feito somente de gente que se considera tão boa. Deveras, não se compreende.

Menos ainda se compreende que de tantas famílias perfeitas - a família de cada um é sempre ótima - acabe acontecendo um mundo tão infernalmente péssimo.

Ah! Os outros... Se eles não fossem tão maus - como seria bom...

Proponho um tema para meditação profunda; é a lição mais fundamental de toda a Psicologia Dinâmica:

Só sabemos fazer o que foi feito conosco.
Só conseguimos tratar bem os demais se fomos bem tratados.
Só sabemos nos tratar bem se fomos bem tratados.
Se só fomos ignorados, só sabemos ignorar.
Se só fomos odiados, só sabemos odiar.
Se fomos maltratados, só sabemos maltratar.
Não há como fugir desta engrenagem de aço: ninguém é feliz sozinho.
Ou o mundo melhora para todos ou ele acaba.
Amar o próximo não é mais idealismo "místico"de alguns.
Ou aprendemos a nos acariciar ou liquidaremos com a nossa espécie.
Ou aprendemos a nos tratar bem - a nos acariciar - ou nos destruiremos.
Carícias - a própria palavra é bonita.
Carícias ... Olhar de encantamento descobrindo a divindade do outro - meu espelho!

Carícias... Envolvência ( quem não se envolve não se desenvolve...), ondulações, admiração, felicidade, alegria em nós - eu e os outros.

Energia poderosa na ação comum, na co-operação. Na co-munhão.

Só a União faz a força - sinto muito, mas as verdades banais de todos os tempos são verdadeiras - e seria bom se a gente tentasse FAZER o que essas verdades nos sugerem, em vez de críticos e céticos e pessimistas, encolhermos os ombros e deixarmos que a espécie continue, cega, caminhando em velocidade uniformemente acelerada para o Buraco Negro da aniquilação.

Nunca se pôde dizer, como hoje: ou nos salvamos - todos juntos - o nos danamos - todos juntos.



Autor: José Ângelo Gaiarsa

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e-book esotérico - diversos

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em temas selecionados

Do Sexo à Divindade

Rating:★★★
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TRECHO: As Religiões e seus Mistérios, de Dr. Jorge Adoum

INTRODUÇÃO
1 – A palavra “homem” não significa o ser organizado que se encontra na terra.
Homem é todo ser formado de uma parte do Espírito e de uma parte da Matéria de que
está composta a esfera que ele habita e que é capaz de manifestar por atos morais a
parte do Espírito que está nele.
2 – A finalidade do Universo é o progresso. Logo, a finalidade de cada homem,
que é parte do Universo, não pode ser outra senão uma parte do progresso.
3 – Os planetas e as esferas não são, em si mesmos, suscetíveis ao progresso.
Somente é suscetível ao progresso o ser moral formado de uma parte do Espírito e de
outra parte da Matéria de que está formada aquela esfera.
4 – O ser moral metade Espírito e metade Matéria é o Homem.
5 – O Espírito e a Matéria contêm em si mesmos, desde o começo, o germe dos
feitos materiais e morais que foram, são e serão no futuro.
6 – A manifestação ou transformação tira a conseqüência necessária de um
princípio existente em estado latente no fato anterior. Desde a ação do Espírito sobre a
Matéria, nada foi produzido que não fosse em estado latente no princípio.
7 – O homem é a miniatura do Universo, por isso lhe chamam Microcosmos,
porque contêm todas as qualidades que foram dadas a todos os seres nascidos antes
dele.
8 – Tudo quanto foi feito antes do aparecimento do homem foi feito para o homem.
Logo, possuindo a quinta-essência de todas as qualidades dadas a todos os seres
anteriores a ele, o homem será o rei da criação – ou um Universo em miniatura. No
entanto, se o homem não é a última palavra da perfeição no caminho do progresso, é sem
dúvida o mais perfeito no estado atual.
9 – Todos os seres anteriores ao homem lhe serviram de duas maneiras: uns
foram organizados cada vez melhor para lhe darem caída e outros para lhe serem úteis e
servi-lo em suas necessidades.
10 – O homem recorreu aos animais, aos vegetais, aos minerais, aos gases etc.
para ter vida por meio dos alimentos, da roupa, da respiração, do abrigo etc. A terra o
carrega, a água lhe mata a sede, o ar move a sua respiração, o calor o abriga e o Sol lhe
conserva a vida, porque o Sol é a alma da Terra e de todos os planetas. Portanto, o
homem não poderia viver se não tivesse em si tudo isso. Logo, o homem é um resumo de
tudo quanto está no Universo até a sua aparição nele.
11 – Por conseguinte, o homem é o mais poderoso agente do progresso e o único
ser capaz da perfeição moral; porque o progresso moral coroa o progresso material, como
o homem coroa a escala genealógica dos seres organizados.
12 – O Espírito, ao agir sobre a Matéria, é incorporado nela. Antes da organização
do homem, o Espírito existia na Matéria em estado latente. Isso quer dizer que não tinha
poder para a manifestação moral ou livre.
13 – Durante a época cosmogênica, a Matéria impedia a manifestação livre do
Espírito. Isso está representado pela estrela microcósmica invertida, com a ponta para
baixo. Quando chegou a estabelecer-se o equilíbrio entre o Espírito e a Matéria – devido à
transformação contínua – então se manifestou a conseqüência de um progresso material
e vice-versa, isto é, todo progresso material exige progresso moral.
14 – A organização universal é completa: onde existe necessidade encontra-se o
que a ela possa satisfazer. Perto da dor está o remédio; próximo da fome, o alimento;
perto da ferida, o bálsamo. Esta ordem que combina e supre se chama com razão
Providência.
15 – A Providência é a harmonia entre o Espírito e a Matéria.
16 – A Providência interna não nos deixa caminhar às cegas na senda do
progresso, nem tem o poder de nos deter a marcha rumo à perfeição.
17 – A perfeição é indefinida porque o resultado do progresso é infinito e, como tal,
nunca pode ser alcançada. Certamente existe uma perfeição parcial, à qual se pode
aspirar: é a perfeição relativa que consiste em satisfazer a todas as necessidades de uma
época com todos os elementos postos à sua disposição e alcançar o ideal de bem-estar
mais possivelmente desejado.
18 – Para a alma humana, tudo quanto seja razoável é realizável; porque a razão
não pode desejar mais do que seja possível. Nada é impossível se os meios de execução
se encontram preparados para a obra.
19 – A alma concebe o progresso, e o corpo, que é o auxiliar da alma, tem de
caminhar rumo a ele. Logo, para manifestar o progresso desejado pelo espírito, o corpo
tem de empregar todos os meios de que dispõe e fazer trabalhar cada órgão ou a matéria
no sentido do seu destino e da sua orientação. É por esse motivo que chamam
corporações às sociedades, porque cada elemento tem de trabalhar numa coisa segundo
a sua aplicação e o seu lugar.
20 – O homem é o único ser, metade Espírito, metade Matéria, que pode e deve
descobrir e fazer conquistas no terreno da ciência, da arte; porém, descobrir não é criar.
21 – A diferença entre o homem e o animal é como a diferença entre o progresso e
a conservação, ou entre a consciência e o instinto.
22 – O meio de conservação que foi dado ao animal e ao vegetal é o instinto, sem
o qual seria inútil o dom da existência, porque nem o animal nem o vegetal teriam tido
qualquer meio de conservação.
23 – O instinto é o meio de conservação de todo ser animado – forçosamente tem
de ser fatal, irreflexivo e instintivo. Assim, a abelha constrói o seu reino sem consciência:
ela age sob a pressão da necessidade da sua natureza, à qual deve obedecer; seus
hábitos são, desde os tempos mais remotos, uniformes, segundo a necessidade que lhe
foi imposta.
24 – Do instinto irreflexivo não poderá haver progresso. Se o instinto pudesse
refletir, então poderia comparar; se pudesse comparar, poderia melhorar, se pudesse
melhorar, poderia progredir; e, se pudesse progredir, deixaria de conservar, porque não
seria instinto e se converteria em Espírito.
25 – Se o instinto (hoje chamado subconsciente) chegar a desaparecer da
Natureza, esta deixará de existir, porque, logo depois de cumprido um progresso, não
haveria outra força de resistência capaz de conservar o primeiro progresso para fazer
dele a base de um segundo. Tudo cairá novamente no Caos. O instinto é uma força de
inércia que modera o salto muito impetuoso do progresso. Por isso se diz: ‘A Natureza
não dá saltos’.
26 – Se o instinto não existisse como condição de conservação, não existiria a
consciência como condição de progresso; da mesma forma, não teria razão de existir o
corpo humano que vive materialmente pelo instinto e não poderia conservar a sua vida
animal, que é indispensável à vida moral da alma. E assim a matéria se desagrega; todas
as esferas voltam a ser átomos; as almas voltam ao estado de puro Espírito e a lei do
progresso se detém. O Espírito teria de recomeçar o trabalho da organização universal,
agindo novamente sobre a Matéria.
27 – Esta é a lei da transformação, a lei da Evolução ou desintegração: Quando
um corpo ou uma esfera deixa de ser útil à lei do progresso, desintegra-se, porque se
deteve no caminho do progresso. Pois bem, se a natureza não dá saltos, tampouco volta
atrás, nem se detém no seu adiantamento.
28 – O instinto é o correlativo da consciência. O instinto é o passivo da consciência
como a Matéria é o passivo do Espírito. Sem instinto não há consciência, como não
haverá Espírito, nem Vida, sem Matéria.
29 – O instinto, então, é para a vida material aquilo que a consciência é para a
vida moral. O instinto é feito para a consciência como a vida material é feita para a vida
moral.
30 – O Espírito é o princípio do progresso, a Matéria é o princípio da conservação.
31 – A consciência é a condição do progresso, supõe liberdade. O instinto é a
condição da conservação, supõe conservação; e supõe a fatalidade ou naturalidade.
32 – A liberdade atrai responsabilidade, enquanto a fatalidade não tem nenhuma
responsabilidade. Logo, todo ser que segue fatalmente o seu instinto cumpre a lei natural
e não pode ser responsável, ao passo que aquele que abusa da sua liberdade é
responsável por seus atos.
33 – O instinto do animal e o corpo do animal perecem com o animal; ambos se
transformam e entram em outros corpos.
34 – Somente o homem é perfectível, porque é livre e não necessita de nenhum
agente exterior para a sua perfeição.
35 – A matéria inerte sem iniciativa é imperfectível. O animal é imperfectível,
porque carece de liberdade e de vontade. Somente o homem pode aperfeiçoar-se.
36 – Se o homem é perfectível, é também suscetível ao progresso, porque o
progresso é o caminho que conduz à perfectibilidade indefinida.
37 – A inteligência, que alguns homens atribuem a certos animais superiores, nada
mais é do que o instinto que cada um deles possui em grau diferente. É o instinto
desenvolvido segundo a ordem de superioridade do ser organizado no qual reside. Não é
surpreendente que os animais que mais se acercam do homem para servi-lo tenham certo
entendimento que os capacite a ser mais inteligentes para executarem a sua missão
providencial.
38 – O homem, com seus corpos ou veículos, tem por objeto ajudar no progresso
indefinido do Universo. A ‘alma’ deve levar e guiar o homem no caminho da perfeição,
sem deixá-lo desviar-se.
39 – Todo desvio no caminho do progresso é abuso de liberdade. Logo, cada
alma, a parte do Espírito, tem por objeto aperfeiçoar cada corpo, a parte da Matéria.
Então a alma, no Universo, tem determinada porção de Matéria para aperfeiçoar,
transformando-a do estado grosseiro e denso ao estado mais sutil, isto é, até o estado
mais perfeito, que é o da Matéria calórica que se encontra imediatamente debaixo e perto
do Espírito infinito.
40 – Os corpos se modificam conforme a manifestação da alma. A manifestação
da alma é o resultado da sua ação sobre o corpo, que afinal de contas é o fato do
progresso para o melhoramento material.
41 – Se os órgãos do corpo destinado a manifestar as faculdades da alma não
funcionam, terão de desintegrar-se por serem inúteis à alma.
42 – O bem é o resultado da harmonia que existe entre os elementos humanos ou
entre a alma e o corpo. O mal se evidencia quando os atos conduzem à desarmonia.
43 – O corpo não torna má a alma; somente ele pode impedir a sua manifestação
num ou noutro ponto. Onde a alma não se manifesta, o corpo adquire a ação egoísta e
todos os desejos desenfreados da sua natureza.
44 – Quando o corpo impede a manifestação da alma em todos os seus pontos, o
homem se torna semelhante ao bruto, à besta, e não terá senão instintos animais, aos
quais obedece.
45 – As religiões e a educação têm por objeto remediar, tanto quanto possível, as
inclinações perversas. A instrução pode diminuir os desejos desenfreados, substituindo-os
por anelos elevados, segundo se verificou, historicamente, com cérebros de grandes
homens, que foram mudando de conformação à medida que idéias novas lhes ocupavam
a mente.
46 – A vida material é anterior à vida moral, e até se pode dizer que a vida moral
nada mais é do que o resultado do desenvolvimento da vida material do homem.
47 – Quando o homem era semelhante ao animal, não era moral, porque não
podia comparar os fatos entre si nem distinguir o bem do mal.
48 – As faculdades de apropriar-se, de comparar, julgar e escolher, isto é, a
inteligência, a memória, o juízo e a consciência não se foram despertando senão
lentamente. Uma faculdade foi a base de outra; mas uma faculdade não nasce de outra
senão depois de haver mediado longo intervalo. Este é o fruto proibido que o homem
consumiu voluntariamente quando desenvolveu em si as quatro faculdades e comeu
abusando de seus frutos.
49 – Defender-se para sobreviver não é um ato de razão; é um ato fatal, isto é,
natural e instintivo, como o de comer e o de dormir.
50 – A vida em sociedade, o amor conjugal, a educação dos filhos, o trabalho para
preencher as necessidades, aproveitar os frutos do trabalho, tudo isso é instinto. Pertence
à vida material. Tudo isso é fatal, instintivo e se efetua debaixo da pressão das
necessidades, porque é comum entre todos os homens e animais. Tudo isso é feito tendo
em vista a conservação da vida. Logo, tudo quanto é do instinto é da vida material, é fatal,
é instintivo, natural, que concerne ao corpo físico. E tudo quanto concerne ao corpo físico
tem por objetivo a conservação.
51 – Logo, o homem, no princípio, desenvolveu o instinto; depois começou a
desenvolver a consciência, porque, sendo o instinto o agente da conservação e a
consciência do progresso, a conservação deve preceder ao progresso.
52 – A conservação é a condição do progresso, o instinto é a condição da
consciência, como o corpo é a condição da alma; logo, a condição material deve ser
cumprida primeiramente para que se manifeste o resultado moral.
53 – Logo, as faculdades da alma se desenvolvem em razão proporcional aos
desenvolvimentos do instinto, isto é, dos órgãos e dos sentidos que nos servem para nos
apoderarmos dos objetos materiais que nos rodeiam.
54 – O homem primitivo era solitário e débil ante os perigos e por esse motivo teve
de associar-se aos seus semelhantes e viver em sociedade.
55 – Em sociedade, precisou então de meios para se comunicar, e foram
necessários a voz e os sinais que engendraram o linguajar. Logo, a linguagem é a
primeira manifestação da vida moral, isto é, da vida social.
56 – A vida moral ou social se compõe de deveres. Antes de viver em sociedade o
homem não tinha deveres, isto é, a necessidade foi o seu único móvel e o instinto o seu
único guia para satisfazê-lo.
57 – O fato de viver em sociedade, no princípio, era um ato de conservação
revelado pelo instinto, como fazem certos animais que se reúnem em manadas no
interesse da sua comum conservação. Desse modo, o homem foi lançado à vida moral,
contra a sua vontade, em vista do simples efeito da satisfação da necessidade material
mais imperiosa: a necessidade de viver.
58 – Se o homem tem faculdades morais paralelas às suas funções materiais,
deve-se concluir que as faculdades morais foram dadas para serem exercidas. O homem
não pode possuir nada que não tenha o seu objetivo. Logo, faculdades morais e
faculdades materiais são para obter resultados determinados.
59 – Mas, para que as faculdades morais tenham livre funcionamento junto às
faculdades materiais, foi necessário ditar leis sociais e implantar religiões para defender
os direitos do homem e ajudá-lo a cumprir os seus deveres para consigo mesmo e para
com os seus semelhantes.
60 – Esse foi a princípio da religião e o começo da legislação.
61 – A religião trata de melhorar a moral ou o social: Espírito, alma. A legislação é
para melhorar o material: Matéria, corpo.
62 – No quadro seguinte podem resumir-se os principais caracteres enumerados
anteriormente.
Princípios
Vida moral Espírito – Alma
Vida material Matéria – Corpo
63 – Meios
Vida moral Consciência – Liberdade – Eleição
Vida material Instinto – Fatalidade – Obediência
64 – Objetivos.
Vida moral Progresso – Melhoramento
Vida material Conservação – Estabilidade
65 - Caracteres
Vida moral Praticada pelo homem sozinho.
Vida material Praticada por todos os que têm vida.
Vida moral Não pode existir sem a vida material.
Vida material Pode existir sem a vida moral.
Vida moral Nascida no homem depois da vida material.
Vida material Nascida no homem antes da vida moral.
Vida moral Compõe-se de todas as faculdades que não funcionam
ao lado dos órgãos especiais, materiais e sensíveis que
trabalham na economia do corpo humano.
Vida material Compõe-se de todas as funções que exercem a ação de
algum
órgão, material e sensível na economia do corpo humano
Vida moral Tem o dever por agente.
Vida material Tem o direito por agente.
Vida moral Vida em sociedade que regula as relações.
Vida material Vida de indivíduos separados, sem relações sociais.
Vida moral Útil, confortável e abundante.
Vida material Indispensável, reduzida e necessitada.
Vida moral Com diversas sociedades, segundo os indivíduos.
Vida material Uniforme em todas as sociedades e todos os indivíduos.
Vida moral Responsável se abusa da sua liberdade contra o direito
alheio. Sanção.
Vida material Sem liberdade, sem responsabilidade. Se desobedece ao
direito tem sanção natural.
Vida moral Idéia moral; o verdadeiro Progresso, ideal, material, o belo,
perfeição.
Vida material Trabalho mecânico. Copiar, nada de aperfeiçoamento.
66 – Logo, a religião e as leis sociais são frutos da vida moral ou da vida social.
67 – Quando o homem cumpriu os atos de sobrevivência, quando assegurou sua
existência, começou a sonhar em desenvolver-se, em melhorar e progredir. Depois de ter
o indispensável, começou a procurar o útil.
68 – Logo, há duas classes de necessidade: a indispensável e a útil. Todos os
homens estão de acordo no que toca ao instinto, ao indispensável; mas estão demasiado
divididos no que toca à vida moral ou útil e por isso vemos que o Espírito de todas as
religiões é indispensável e uno, ao passo que as religiões, ao se converterem em úteis,
dividem-se.
69 – A necessidade é fatal ou instintiva; é por isso que todos os homens
obedecem fatalmente à necessidade que se faz sentir, e por isso também são idênticos
em fazerem direito para as suas prescrições.
70 – Na liberdade existe a diversidade. O indispensável é absoluto como a
necessidade material. O útil é relativo como a necessidade moral. A fatalidade impõe o
indispensável; a liberdade permite escolher o útil. O útil é como a religião ou a lei, não é
igual para todos; ao passo que a necessidade é comum. O útil é escolhido livremente e
por isso varia de indivíduo para indivíduo, segundo o caráter daqueles que o escolheram.
Logo, a religião deriva da vida moral do Espírito e por meio do Espírito exerce a
sua liberdade. O princípio da vida material é a necessidade ou fatalidade. Por
conseguinte, vida moral e vida material são correlativas e paralelas entre si, como são o
Espírito e o corpo, a liberdade e a fatalidade.

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http://www.4shared.com/file/63764968/ec0ad71b/Do_Sexo_a_Divindade.html


“O homem se faz Deus por meio do sexo”. Como?
Reina o silêncio!
“O que sabe não fala e o que fala nada sabe”, diz Lao Tse.

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Energia


A energia constitui o substrato básico do universo e de todos os processos de transformação, propagação e interação que nele ocorrem.
Energia é a capacidade que possuem os corpos e sistemas de realizar trabalho. Essa propriedade se evidencia de diversas formas que se podem transformar e se inter-relacionar.
Um trabalho realizado em um corpo ou sistema de corpos gera um aumento de sua energia. Assim, quando se curva um arco ou se comprime uma mola, armazena-se nesses objetos energia em forma elástica, que se manifesta quando a flecha é disparada ou a mola se distende. Nesse processo se produz apenas cessão de energia entre os componentes do sistema, de modo que o saldo geral é nulo. Esse fenômeno, conhecido como princípio da conservação da energia, se traduz na máxima de que a energia não se cria nem se perde, mas simplesmente sofre transformações, passando de um estado para outro. Tal princípio constituiu um dos axiomas da física, até ser superado pelas teorias relativistas de Albert Einstein.


Transformação da energia. No fim do século XVII, Isaac Newton lançou as bases de um novo conceito da física e propôs a noção de força como um agente capaz de alterar o equilíbrio dinâmico ou estático dos corpos. Entretanto, seus sucessores substituíram as forças pelas energias a elas associadas como as causas fundamentais dos fenômenos físicos. Segundo tais princípios, as trocas de energia entre os diferentes sistemas são responsáveis por esses fenômenos e se manifestam em diversas formas conversíveis entre si.
Um sistema ideal que não sofresse perdas constituiria um moto contínuo, ideal perseguido durante séculos, já que sua energia geraria um trabalho permanente. Na realidade, tais sistemas não existem, e as perdas de energia se traduzem em emissão de calor. Por isso considera-se que o calor é a forma mais degradada de energia, a qual, por não ser recuperável para o sistema, não é também transformável.
O século XX assistiu ao nascimento de uma nova teoria, que determinou a modificação substancial do conceito de energia e de suas relações de troca com os corpos. A relatividade física, defendida por Einstein, considera a energia e a massa como diferentes manifestações de uma única propriedade, o que altera o tradicional princípio da conservação. Segundo a teoria, a energia pode passar a outros estados e até mesmo converter-se em massa e vice-versa. Experimentos científicos comprovaram, nas altíssimas temperaturas alcançadas durante as reações nucleares, o fenômeno de transformação de massa em energia pura, embora tenha sido impossível provocar a conversão em sentido inverso. Quando o problema analisado não inclui processos nucleares pode-se aceitar o princípio da conservação, que considera o calor o único meio de perda energética em um sistema isolado.

Documento 42 - A Energia — a Mente e a Matéria | Fundação Urântia

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A Energia — a Mente e a Matéria


(467.1) 42:0.1 A FUNDAÇÃO do universo é material, no sentido em que a energia é a base de toda a existência; e a energia pura é controlada pelo Pai Universal. A força, a energia, é a coisa que permanece como um monumento perpétuo, demonstrando e provando a existência e a presença do Absoluto Universal. A imensa corrente de energia, que provém das Presenças do Paraíso, nunca faltou, nunca falhou; nunca houve nenhuma interrupção na sustentação infinita.

(467.2) 42:0.2 A manipulação da energia do universo dá-se sempre de acordo com a vontade pessoal e com os mandados plenamente sábios do Pai Universal. Tal controle pessoal do poder manifestado, e da energia circulante, é modificado pelos atos coordenados e pelas decisões do Filho Eterno, bem como pelos propósitos unidos de Filho e Pai, executados pelo Agente Conjunto. Esses seres divinos atuam pessoalmente, e como indivíduos; e, funcionam, também, na pessoa e poderes de um número quase ilimitado de subordinados, cada um diferentemente expressivo do propósito eterno e divino no universo dos universos. Mas essas modificações, ou transmutações funcionais e provisionais do poder divino, de nenhum modo reduzem a verdade da afirmação de que toda a energia-força está sob o controle último de um Deus pessoal, residente no centro de todas as coisas.


1. Energias e Forças do Paraíso

(467.3) 42:1.1 A base do universo é material, mas a essência da vida é espírito. O Pai dos espíritos é também o ancestral dos universos. O Pai eterno do Filho Original é também a fonte-eternidade do modelo original, a Ilha do Paraíso.

(467.4) 42:1.2 A matéria — ou a energia, pois ambas não são senão manifestações diversas da mesma realidade cósmica, como fenômenos no universo — é inerente ao Pai Universal. “Nele consistem todas as coisas.” A matéria pode surgir para manifestar a energia inerente e demonstrar os poderes autocontidos, mas as linhas de gravidade envolvidas nas energias ligadas a todos esses fenômenos físicos derivam-se e dependem do Paraíso. O ultímatom, a primeira forma mensurável de energia, tem o Paraíso como o seu núcleo.

(467.5) 42:1.3 Há, inata na matéria e presente no espaço universal, uma forma de energia não conhecida em Urântia. Quando for finalmente feita a descoberta dessa energia, então, os físicos irão sentir que terão solucionado, ou pelo menos quase, os mistérios da matéria. E assim terão dado mais um passo no sentido de se aproximar do Criador; e terão dominado mais uma fase da técnica divina; mas de modo nenhum terão encontrado Deus, nem terão desvendado o conhecimento da existência da matéria, nem a operação das leis naturais, separadamente da técnica cósmica do Paraíso, nem o propósito motivador do Pai Universal.

(468.1) 42:1.4 Depois de um progresso ainda maior com novas descobertas, depois que Urântia houver avançado incomensuravelmente em relação aos conhecimentos atuais e, ainda que vós pudésseis alcançar o controle das rotações energéticas das unidades elétricas da matéria, a ponto de conseguir modificar as suas manifestações físicas — mesmo depois de todo esse progresso possível, os cientistas permanecerão, indefinidamente, impotentes ainda para criar sequer um átomo de matéria, ou gerar um raio de energia e, menos ainda, para outorgar à matéria aquilo que chamamos de vida.

(468.2) 42:1.5 A criação da energia e a dádiva da vida são prerrogativas do Pai Universal e das personalidades Criadoras, coligadas a Ele. O rio da energia e da vida é uma efusão contínua vinda das Deidades, a corrente universal e harmônica de força do Paraíso, irradiando-se por todo o espaço. Essa energia divina penetra toda a criação. Os organizadores da força iniciam as mudanças e instituem as modificações da força-espaço, que se manifestam no surgimento da energia; e os diretores de potência transmutam energia em matéria; assim nascem os mundos materiais. Os Portadores da Vida iniciam, na matéria morta, aqueles processos aos quais chamamos vida, vida material. Os Supervisores do Poder Moroncial atuam do mesmo modo nos reinos da transição entre o mundo material e o espiritual. Os Criadores espirituais superiores inauguram processos semelhantes nas formas divinas de energia, que resultam em formas mais elevadas de espíritos de vida inteligente.

(468.3) 42:1.6 A energia provém do Paraíso, formada segundo a ordem divina. A energia — a energia pura — compartilha da natureza da organização divina; é formada à semelhança dos três Deuses abraçados em um só, como eles funcionam na sede-central do universo dos universos. E toda a força é circuitada ao Paraíso; vem das Presenças do Paraíso e para lá retorna e, em essência, é uma manifestação da Causa não causada — o Pai Universal — ; e, sem o Pai, nada do que existe existiria.

(468.4) 42:1.7 A força derivada da Deidade, existente em Si, é, em si mesma, eternamente existente. A energia-força é imperecível, indestrutível; essas manifestações do Infinito podem estar sujeitas à transmutação ilimitada, à transformação sem fim e à metamorfose eterna; mas em nenhum sentido ou grau, nem mesmo na menor proporção imaginável, poderiam ou deveriam elas sofrer extinção. Mas a energia, ainda que emergindo do Infinito, não se manifesta de forma infinita; há limites externos para o universo-mestre, como ele é atualmente concebido.

(468.5) 42:1.8 A energia é eterna, mas não infinita; e responde sempre à gravidade todo-abrangente da Infinitude. A força e a energia continuam eternamente; uma vez que tenham saído do Paraíso, devem retornar para lá, ainda que idades e mais idades sejam necessárias para completar o circuito ordenado. Aquilo que tem a sua origem na Deidade do Paraíso só pode ter como destino o Paraíso, ou alguma Deidade.

(468.6) 42:1.9 E tudo isso confirma a nossa crença em um universo dos universos circular, um pouco limitado, mas ordenado e imenso. Não fora isso verdade, então a evidência do esgotamento da energia em algum ponto, mais cedo ou mais tarde, iria aparecer. Todas as leis, organizações, administração e testemunho dos exploradores do universo — tudo aponta para a existência de um Deus infinito e, ainda assim, para um universo finito, de uma circularidade de existência sem fim, quase sem limites, todavia finito, se comparado com a infinitude.


2. Sistemas Universais de Energia Não-Espiritual
(Energias Físicas)

(469.1) 42:2.1 De fato, é difícil encontrar as palavras adequadas, em qualquer língua de Urântia, por meio das quais designar e, portanto, descrever os vários níveis de força e de energia — física, mental ou espiritual. Essas narrativas não podem, de todo, ater-se às vossas definições de força, de energia, de poder e de potência. Há tanta pobreza, na vossa linguagem, que devemos usar tais termos com múltiplos significados. Neste documento, por exemplo, a palavra energia é usada para denotar todas as fases e formas de fenômenos de movimento, de ação e de potencial, enquanto força é usada para indicar os estágios da energia na pré-gravidade; e poder e potência, para os estágios da energia na pós-gravidade.

(469.2) 42:2.2 Contudo, tentarei minimizar a confusão conceptual, sugerindo a prudência recomendável de adotar a seguinte classificação para a força cósmica, para a energia emergente e para a potência-física da energia do universo — a energia física:

(469.3) 42:2.3 1. Potência de espaço. Essa é a presença inquestionável, no espaço livre, do Absoluto Inqualificável. A extensão desse conceito denota o potencial de espaço-força do universo, inerente à totalidade funcional do Absoluto Inqualificável, enquanto a intenção desse conceito implica a totalidade da realidade cósmica — os universos — que emanou de modo eterno da Ilha do Paraíso, que é sem começo, sem fim, que nunca se move e que nunca muda.

(469.4) 42:2.4 Os fenômenos específicos da parte inferior do Paraíso provavelmente abrangem três zonas de presença e de atuação da força absoluta: a zona de ponto de apoio fulcral do Absoluto Inqualificável, a zona da própria Ilha do Paraíso e a zona intermediária de algumas agências ou funções não identificadas, que se equalizam e se compensam. Essas zonas triconcêntricas são o centro do ciclo da realidade cósmica do Paraíso.

(469.5) 42:2.5 A potência do espaço é uma pré-realidade; é o domínio do Absoluto Inqualificável e é sensível apenas à atração pessoal do Pai Universal, não obstante o fato de ela ser aparentemente modificável pela presença dos Mestres Organizadores Primários da Força.

(469.6) 42:2.6 Em Uversa, faz-se referência à potência do espaço como absoluta.

(469.7) 42:2.7 2. Força primordial. Esta representa a primeira mudança básica na potência do espaço e pode ser uma das funções, no baixo Paraíso, do Absoluto Inqualificável. Sabemos que a presença do espaço que sai do baixo Paraíso é modificada, de alguma maneira, em relação àquela que está entrando. Independentemente, porém, de qualquer dessas possíveis relações, a transmutação, abertamente reconhecida, da potência do espaço em força primordial é uma função diferencial primária da presença-tensão dos organizadores da força viva do Paraíso.

(469.8) 42:2.8 A força passiva, potencial, torna-se ativa e primordial em resposta à resistência oferecida pela presença, no espaço, dos Mestres Organizadores da Força Primariamente Derivados. A força está emergindo agora, do domínio exclusivo do Absoluto Inqualificável para os domínios de sensibilidade múltipla — em resposta a alguns movimentos primordiais iniciados pelo Deus da Ação e em seguida a certos movimentos de compensação que emanam do Absoluto Universal. A força primordial parece reagir à causação transcendental em uma medida proporcional ao absoluto.

(469.9) 42:2.9 A força primordial, algumas vezes, é denominada energia pura; em Uversa referimo-nos a ela como segregata.

(470.1) 42:2.10 3. Energias emergentes. A presença passiva dos organizadores da força primária é suficiente para transformar a potência do espaço em força primordial e é nesse campo espacial, assim ativado, que esses mesmos organizadores da força começam suas operações iniciais ativas. A força primordial está destinada a passar por duas fases distintas de transmutação, nos reinos da manifestação da energia, antes de surgir como uma força no universo. Esses dois níveis de energia emergente são:

(470.2) 42:2.11 a. Energia de potência. Essa é a energia poderosa-direcional, movimentadora de massa, poderosamente tensionada e de reações violentas — com sistemas gigantescos de energia, colocados em movimento pelas atividades dos organizadores da força primária. Essa energia primária, ou poderosa, não é sensível, inicialmente, de modo definido, à atração da gravidade do Paraíso; se bem que provavelmente produza uma massa agregada, ou uma sensibilidade espaço-direcional ao grupo coletivo de influências absolutas que operam a partir do lado baixo do Paraíso. Quando a energia emerge até o nível inicial de sensibilidade à atração circular e absoluta da gravidade do Paraíso, os organizadores da força primária cedem o seu lugar ao funcionamento dos seus colaboradores secundários.

(470.3) 42:2.12 b. Energia de gravidade. A energia que agora surge é sensível à gravidade, carrega o potencial do poder do universo e transforma-se no ancestral ativo de toda a matéria do universo. Essa energia secundária ou gravitacional é o produto da elaboração da energia, resultante da presença-pressão e das tendências-tensões, estabelecidas pelos Mestres Organizadores Associados Transcendentais da Força. Em resposta ao trabalho desses manipuladores da força, a energia-espaço passa rapidamente do estágio potencial ao estado gravitacional, tornando-se assim sensível, diretamente, à atração da gravidade (absoluta) circular do Paraíso que, ao mesmo tempo revela um certo potencial de sensibilidade à atração da gravidade linear, inerente à massa material, que logo surge dos estágios eletrônicos e pós-eletrônicos da energia e da matéria. Com o aparecimento da sensibilidade à gravidade, os Mestres Organizadores Associados da Força podem retirar-se da energia dos ciclones de espaço, contanto que os Diretores do Poder do Universo fiquem designados para esse campo de ação.

(470.4) 42:2.13 Estamos totalmente incertos a respeito das causas exatas dos estágios primordiais da evolução da força, mas reconhecemos a ação inteligente do Último, em ambos os níveis de manifestação emergente da energia. As energias potenciais e gravitacionais, quando observadas coletivamente, em Uversa, são denominadas ultimata.

(470.5) 42:2.14 4. Poder universal. A força-espaço foi transformada em energia de espaço e, em seguida, na energia de controle da gravidade. Assim, a energia física amadureceu até aquele ponto em que pode ser dirigida em canais de poder e servir aos propósitos múltiplos dos Criadores do universo. Esse trabalho é feito pelos versáteis diretores, centros e controladores da energia física no grande universo — as criações habitadas e organizadas. Esses Diretores do Poder, no Universo, assumem o controle mais ou menos completo de vinte e uma das trinta fases da energia que constituem o presente sistema de energia dos sete superuniversos. Esse domínio da energia-poder da matéria é o âmbito das atividades inteligentes do Sétuplo, funcionando sob o controle tempo-espacial do Supremo.

(470.6) 42:2.15 Em Uversa, referimo-nos ao reino do poder no universo como gravita.

(470.7) 42:2.16 5. Energia de Havona. Os conceitos, nesta narrativa, deslocaram-se no sentido do Paraíso, à medida que a força-espaço transmutante foi seguida, nível a nível, até o nível de trabalhabilidade do poder-energia dos universos do tempo e do espaço. Continuando, no sentido do Paraíso, encontra-se em seguida uma fase preexistente de energia que é característica do universo central. Aqui o ciclo evolucionário parece voltar-se sobre si mesmo; a potência-energia agora parece começar a reverter-se na direção da força, mas uma força de natureza muito diferente daquela da potência do espaço e da força primordial. Os sistemas de energia de Havona não são duais; eles são trinos. É esse o domínio da energia existencial do Agente Conjunto, funcionando em nome da Trindade do Paraíso.

(471.1) 42:2.17 Essas energias de Havona são conhecidas em Uversa como triata.

(471.2) 42:2.18 6. Energia transcendental. Este sistema de energia opera no nível superior e vem de um nível superior do Paraíso, existindo apenas em relação aos povos absonitos. Em Uversa é denominada tranosta.

(471.3) 42:2.19 7. Monota. Quando a energia vem do Paraíso, ela está próxima da divindade. Inclinamo-nos a acreditar que a monota é a energia viva, não-espiritual, do Paraíso — uma contraparte, na eternidade, da energia viva e espiritual do Filho Original — , sendo, portanto, o sistema de energia não-espiritual do Pai Universal.

(471.4) 42:2.20 Não conseguimos diferençar a natureza do espírito do Paraíso e a da monota do Paraíso; são aparentemente semelhantes. Têm nomes diferentes, mas dificilmente vos poderá ser dito muito a respeito de uma realidade cujas manifestações espirituais e não-espirituais sejam diferenciáveis apenas por um nome.

(471.5) 42:2.21 Sabemos que as criaturas finitas podem alcançar a experiência da adoração do Pai Universal, por intermédio da ministração de Deus, o Sétuplo, e dos Ajustadores do Pensamento, mas duvidamos de que qualquer personalidade subabsoluta ou, até mesmo, os diretores de potência possam compreender a infinitude da energia da Primeira Grande Fonte e Centro. Uma coisa é certa: os diretores de potência podem ser conhecedores da técnica da metamorfose da força-espaço, mas eles não revelam o segredo para o resto de nós. A minha opinião é de que eles não compreendem plenamente a função dos organizadores da força.

(471.6) 42:2.22 Esses diretores de potência são, eles próprios, catalisadores da energia; isto é, a presença deles é a causa pela qual a energia segmenta-se, organiza-se ou reúne-se em formação por unidades. E tudo isso implica que deve haver algo inerente à energia, na presença dessas entidades do poder, que a leva a funcionar assim. Os Melquisedeques de Nébadon há muito denominaram o fenômeno da transmutação da força cósmica em poder, no universo, como uma das sete “infinidades da divindade”. E é até esse ponto que vós ireis avançar nessa questão a vossa ascensão no universo local.

(471.7) 42:2.23 Não obstante sermos incapazes de compreender plenamente a origem, natureza e transmutações da força cósmica, estamos inteiramente atualizados sobre todas as fases do comportamento da energia emergente, desde os tempos da sua sensibilidade direta e inequívoca à ação da gravidade do Paraíso — por volta do tempo do início da função dos diretores de potência do superuniverso.


3. A Classificação da Matéria

(471.8) 42:3.1 Em todos os universos a matéria é idêntica, com exceção do universo central. A matéria, para ter as suas propriedades físicas, depende da velocidade de rotação dos membros que a compõem, depende do número e do tamanho desses componentes que giram, depende da distância deles ao corpo do núcleo ou do conteúdo de espaço da matéria, bem como da presença de certas forças ainda não descobertas em Urântia.

(471.9) 42:3.2 Há dez grandes divisões da matéria, nos diferentes sóis, planetas e corpos espaciais:

(472.1) 42:3.3 1. A matéria ultimatômica — as unidades físicas primordiais da existência material, as partículas de energia que compõem os elétrons.
(472.2) 42:3.4 2. A matéria subeletrônica — o estágio explosivo e repelente dos supergases solares.
(472.3) 42:3.5 3. A matéria eletrônica — o estágio elétrico da diferenciação material — elétrons, prótons e várias outras unidades que entram na constituição variada dos grupos eletrônicos.
(472.4) 42:3.6 4. A matéria subatômica — a matéria que existe amplamente no interior dos sóis abrasantes.
(472.5) 42:3.7 5. Os átomos fragmentados — encontrados nos sóis em fase de resfriamento e em todo o espaço.
(472.6) 42:3.8 6. A matéria ionizada — os átomos individuais, desprovidos dos seus elétrons externos (quimicamente ativos) por meio de atividades elétricas, térmicas ou dos raios X, e por meio de solventes.
(472.7) 42:3.9 7. A matéria atômica — o estágio químico da organização dos elementos, as unidades componentes da matéria molecular ou visível.
(472.8) 42:3.10 8. O estágio molecular da matéria — a matéria, como ela existe em Urântia, em um estado de materialização relativamente estável, sob condições comuns.
(472.9) 42:3.11 9. A matéria radioativa — a tendência desorganizadora e a atividade dos elementos mais pesados, sob condições de aquecimento moderado e de pressão gravitacional menor.
(472.10) 42:3.12 10. A matéria em colapso — a matéria relativamente estável, encontrada no interior de sóis frios ou mortos. Essa forma de matéria não é de fato estacionária; há ainda alguma atividade ultimatômica e mesmo eletrônica, mas ali as unidades estão em grande proximidade, e as suas velocidades de rotação encontram-se grandemente diminuídas.

(472.11) 42:3.13 Tal classificação da matéria diz respeito mais à sua organização do que às formas sob as quais se mostram aos seres criados. E também não leva em conta os estágios pré-emergentes da energia, nem as eternas materializações no Paraíso e no universo central.


4. A Energia e as Transmutações da Matéria

(472.12) 42:4.1 A luz, o calor, a eletricidade, o magnetismo, a química, a energia e a matéria são — em origem, natureza e destino — uma única e mesma coisa, junto com outras realidades materiais ainda não descobertas em Urântia.

(472.13) 42:4.2 Nós não compreendemos plenamente as mudanças quase infindáveis, às quais a energia física possa estar sujeita. Num universo, ela aparece como luz, em um outro, como luz mais calor, noutro, como formas de energia desconhecidas em Urântia; em incalculáveis milhões de anos, pode reaparecer como alguma forma de energia elétrica irrequieta, alguma energia elétrica ou poder magnético incontido; e, ainda mais tarde, pode aparecer novamente, em um outro universo, como alguma forma de matéria variável, passando por uma série de metamorfoses, e, em seguida, ter o seu desaparecimento exterior físico nalgum grande cataclismo dos reinos. E então, após idades incontáveis e após vagar quase interminavelmente por inúmeros universos, de novo, essa mesma energia pode reemergir e, muitas vezes, ter a sua forma e potencial alterados; e, assim, tais transformações continuam por idades sucessivas e por incontáveis reinos. Assim a matéria continua o seu fluxo, passando por transmutações no tempo, mas alinhando-se sempre, verdadeiramente, ao círculo da eternidade; e, ainda que há muito impedida de retornar à sua fonte original, é sempre sensível a essa fonte e prossegue interminavelmente no caminho ordenado pela Personalidade Infinita que a emitiu.

(473.1) 42:4.3 Os centros de potência e seus colaboradores estão ocupados com o trabalho de transmutar o ultímatom nos circuitos e nas revoluções dos elétrons. Esses seres únicos controlam e compõem o poder, com a sua hábil manipulação da unidade básica da energia materializada, o ultímatom. Eles são os mestres da energia que circula nesse estado primitivo. Em conexão com os controladores físicos, eles são capazes de controlar efetivamente e dirigir a energia, mesmo depois que ela haja sido transmutada, até o nível elétrico, o assim chamado estágio eletrônico. Mas o alcance da ação deles fica enormemente abreviado, quando, organizada eletronicamente, a energia passa a girar dentro de sistemas atômicos. Após tal materialização, as energias ficam sob o controle completo do poder de atração da gravidade linear.

(473.2) 42:4.4 A gravidade atua positivamente nas linhas de poder e canais de energia dos centros de potência e dos controladores físicos, mas esses seres têm apenas uma relação negativa com a gravidade — o exercício dos seus dons antigravitacionais.

(473.3) 42:4.5 Em todo o espaço, o frio e outras influências físicas trabalham criativamente organizando os ultímatons em elétrons. O calor é a medida da atividade eletrônica, enquanto o frio significa meramente a ausência de calor — o repouso relativo da energia — , o status da carga-força universal do espaço, desde que nem a energia emergente nem a matéria organizada estejam presentes, e desde que não sejam sensíveis à gravidade.

(473.4) 42:4.6 A presença da gravidade, bem como a sua ação, é o que impede o surgimento do zero absoluto teórico, pois o espaço interestelar não permite a temperatura do zero absoluto. Em todo o espaço organizado há correntes de energias que são sensíveis à gravidade, circuitos de poder e de atividades ultimatômicas, bem como de energias eletrônicas em organização. Praticamente falando, o espaço não é vazio. E mesmo a atmosfera de Urântia vai tornando-se crescentemente menos densa, até que à altitude de cinco mil quilômetros ela começa a esmaecer-se nessa parte do universo, e se transformar na matéria do espaço comum. O espaço conhecido, mais próximo do vazio, em Nébadon, conteria cerca de cem ultímatons — o equivalente a um elétron — em cada dezesseis centímetros cúbicos. Essa escassez de matéria é considerada como sendo praticamente o espaço vazio.

(473.5) 42:4.7 A temperatura — o calor e o frio — é secundária, apenas para a gravidade nos reinos da evolução da energia e da matéria. Os ultímatons são humildemente obedientes às temperaturas extremas. As temperaturas baixas favorecem certas formas de construção eletrônica e de formação de conjuntos atômicos, ao passo que as temperaturas altas facilitam toda a sorte de quebras atômicas e desintegração material.

(473.6) 42:4.8 Quando submetidas ao calor e à pressão, em certos estados solares internos, todas as associações de matéria podem ser rompidas, excetuando-se as mais primitivas. O calor pode assim vencer grandemente a estabilidade da gravidade. Mas nenhum calor, ou pressão solar, conhecido pode converter os ultímatons de volta à energia de potência.

(473.7) 42:4.9 Os sóis abrasantes podem transformar a matéria em várias formas de energia, ao passo que os mundos escuros e todo o espaço exterior podem desacelerar a atividade eletrônica e ultimatômica, a ponto de converter essas energias na matéria dos reinos. Certas associações eletrônicas de natureza próxima, bem como muitas das associações básicas de matéria nuclear, são formadas sob as temperaturas excessivamente baixas do espaço aberto, sendo mais tarde aumentadas pela associação com adições maiores de energia materializante.

(473.8) 42:4.10 Em toda essa metamorfose, que nunca acaba, entre energia e matéria, devemos contar com a influência da pressão da gravidade e com o comportamento antigravitacional das energias ultimatômicas, sob certas condições de temperatura, velocidade e revolução. A temperatura, as correntes de energia, a distância e a presença dos organizadores da força viva e diretores de potência também exercem o seu papel em todo o fenômeno de transmutação da energia e da matéria.

(474.1) 42:4.11 O acréscimo de massa à matéria é igual ao acréscimo de energia, dividido pelo quadrado da velocidade da luz. Num sentido dinâmico, o trabalho que a matéria em repouso pode realizar é igual à energia despendida para manter unidas as suas partes, desde o Paraíso, menos a resistência das forças a serem vencidas no trânsito e a atração exercida pelas partes da matéria, umas sobre as outras.

(474.2) 42:4.12 A existência das formas pré-eletrônicas da matéria está indicada pelos dois pesos atômicos do chumbo. O chumbo de formação original pesa ligeiramente mais do que aquele produzido por meio da desintegração do urânio, por emanações do rádio; e essa diferença no peso atômico representa a verdadeira perda de energia na quebra atômica.

(474.3) 42:4.13 A integridade relativa da matéria é assegurada pelo fato de que a energia pode apenas ser absorvida e liberada naquelas quantidades exatas a que os cientistas de Urântia denominaram de quanta. Essa providência sábia, nos reinos materiais, serve para manter os universos em funcionamento contínuo.

(474.4) 42:4.14 A quantidade de energia absorvida ou liberada, quando as posições eletrônicas ou outras se alternam, é sempre um “quantum” ou algum múltiplo do mesmo, mas o comportamento vibratório, ou ondulatório, dessas unidades de energia é determinado, integralmente, pelas dimensões das estruturas materiais envolvidas. Essas manifestações da energia, sob a forma de ondas, têm 860 vezes os diâmetros dos ultímatons, elétrons, átomos ou outras das unidades que lhes dão origem. A confusão interminável que acompanha a observação da mecânica, das ondas de comportamento quântico, é devida à superposição de ondas de energia: duas cristas podem combinar-se, para formar uma crista de altura dupla, enquanto uma crista e um vão podem combinar-se, ocasionando assim um cancelamento mútuo.


5. Manifestações de Energia Ondulatória

(474.5) 42:5.1 No superuniverso de Orvônton há uma centena de oitavas de energias de ondas. Dessa centena de grupos de manifestações de energia, sessenta e quatro, total ou parcialmente, são reconhecidas em Urântia. Os raios do sol constituem-se de quatro oitavas na escala do superuniverso, sendo que os raios visíveis abrangem uma única oitava, a de número quarenta e seis nessa série. O grupo ultravioleta vem em seguida, ao passo que a dez oitavas acima se encontram os raios X, seguidos pelos raios gama do rádio. Os raios da energia do espaço exterior estão a trinta e duas oitavas acima da luz visível do sol, tão freqüentemente misturados que estão às partículas minúsculas de matéria altamente energizada associadas a eles. Imediatamente abaixo da luz visível do sol surgem os raios infravermelhos, e trinta oitavas abaixo está o grupo de radiotransmissão.

(474.6) 42:5.2 As manifestações da energia ondulatória — do ponto de vista do esclarecimento científico do século vinte em Urântia — podem ser classificadas nos dez grupos seguintes:

(474.7) 42:5.3 1. Raios infra-ultimatômicos — as rotações limítrofes dos ultímatons quando os mesmos começam a assumir uma forma definida. Esse é o primeiro estágio da energia emergente, em que os fenômenos ondulatórios podem ser detectados e medidos.

(474.8) 42:5.4 2. Raios ultimatômicos. A reunião da energia na esfera diminuta dos ultímatons, ocasiona vibrações no conteúdo do espaço, as quais são discerníveis e mensuráveis. E, muito antes que os físicos descubram o ultímatom, sem dúvida irão detectar os fenômenos causados pelos raios lançados sobre Urântia. Esses raios curtos e poderosos representam a atividade inicial dos ultímatons à medida que se desaceleram até aquele ponto em que se voltam para organizarem eletronicamente a matéria. À medida que os ultímatons se aglomeram, formando elétrons, uma condensação ocorre com a conseqüente estocagem de energia.

(475.1) 42:5.5 3. Raios espaciais curtos. Estas são as mais curtas de todas as vibrações puramente eletrônicas e representam o estágio pré-atômico dessa forma de matéria. Esses raios requerem temperaturas extraordinariamente altas ou extraordinarimente baixas para a sua produção. Há duas espécies desses raios espaciais: uma que se dá com o nascimento dos átomos e a outra que indica a desagregação atômica. A maior quantidade deles emana dos planos de maior densidade do superuniverso, a Via Láctea, que é também o plano mais denso dos universos exteriores.

(475.2) 42:5.6 4. Estágio eletrônico. Este estágio de energia é a base de toda a materialização, nos sete superuniversos. Quando os elétrons passam de níveis de energia mais elevados para os mais baixos, de velocidade orbital, é desprendido sempre um quantum determinado. As mudanças de órbitas dos elétrons resultam na ejeção, ou na absorção, de partículas da energia-luz, bastante definidas e uniformemente mensuráveis, enquanto o elétron individualmente sempre desprende uma partícula de energia-luz quando submetido à colisão. As manifestações da energia ondulatória também são geradas a partir de atividades dos corpos positivos e outros representantes do estágio eletrônico.

(475.3) 42:5.7 5. Raios gama — são as emanações que caracterizam a dissociação espontânea da matéria atômica. A melhor ilustração dessa forma de atividade eletrônica está nos fenômenos associados à desintegração do rádio.

(475.4) 42:5.8 6. Grupo dos raios X. O próximo passo na desaceleração dos elétrons gera as várias formas de raios X solares junto com os raios X artificialmente gerados. A carga eletrônica forma um campo elétrico; o movimento faz surgir uma corrente elétrica; a corrente elétrica produz um campo magnético. Quando um elétron é paralisado subitamente, o distúrbio eletromagnético resultante produz os raios X; os raios X são essa perturbação. Os raios X solares são idênticos àqueles gerados mecanicamente para explorar o interior do corpo humano, excetuando-se o fato de que são ligeiramente mais longos.

(475.5) 42:5.9 7. Raios ultravioleta ou os raios químicos da luz do sol e as suas várias produções mecânicas.

(475.6) 42:5.10 8. Luz branca — toda a luz visível dos sóis.

(475.7) 42:5.11 9. Raios infravermelhos — a desaceleração da atividade eletrônica, ainda mais próxima de um estágio considerável de aquecimento.

(475.8) 42:5.12 10. Ondas hertzianas — aquelas energias utilizadas, em Urântia, para as teledifusões.

(475.9) 42:5.13 A todas essas dez fases da atividade ondulatória da energia, o olho humano apenas pode reagir a uma oitava: àquela da luz solar global de um sol comum.

(475.10) 42:5.14 O chamado éter é meramente um nome coletivo, usado para designar um grupo de atividades de força e energia que ocorrem no espaço. Os ultímatons, os elétrons e outras agregações da energia em forma de massa são partículas uniformes de matéria e, no seu trânsito no espaço, elas realmente se propagam em linha reta. A luz e todas as outras formas de manifestação de energia reconhecíveis consistem de uma sucessão de partículas definidas de energia que se propagam em linha reta, excetuando-se nos pontos em que a sua trajetória é modificada pela gravidade e outras forças que intervêm. Que essas procissões de partículas de energia surjam como fenômenos ondulatórios, quando sujeitas a certas observações, é devido à resistência das camadas de força, não diferenciadas, em todo o espaço: o éter hipotético, e à tensão da intergravidade das agregações associadas de matéria. O espaçamento dos intervalos entre as partículas de matéria, junto com a velocidade inicial dos feixes de energia, estabelece a aparência ondulatória de muitas formas de matéria-energia.

(476.1) 42:5.15 A excitação do conteúdo de espaço produz uma reação ondulatória à passagem das partículas de matéria que se movem rapidamente, do mesmo modo que a passagem de uma embarcação, pelas águas, inicia ondas de várias amplitudes e intervalos.

(476.2) 42:5.16 O comportamento da força primordial dá surgimento a fenômenos que são, de muitos modos, análogos ao éter por vós postulado. O espaço não é vazio; as esferas de todo o espaço giram e mergulham em um vasto oceano disseminado de energia-força; e nem mesmo o interior de um átomo, no espaço, é vazio. Não há nenhum éter, contudo; e a ausência mesma desse éter hipotético capacita os planetas habitados a escaparem de cair no sol e os elétrons, nas suas órbitas, a resistirem a cair para dentro do núcleo.


6. Ultímatons, Elétrons e Átomos

(476.3) 42:6.1 Conquanto a carga de espaço da força universal seja homogênea e indiferenciada, a organização da energia, evoluída em matéria, requer a concentração da energia em massas discretas, de dimensões definidas e peso estabelecido — uma reação precisa à gravidade.

(476.4) 42:6.2 A gravidade local ou linear torna-se plenamente operativa com o surgimento da organização atômica da matéria. A matéria pré-atômica torna-se ligeiramente sensível à gravidade quando ativada por raios X e outras energias similares, mas nenhum empuxo de atração da gravidade linear mensurável é exercido sobre as partículas livres, desagregadas e sem carga de energia-eletrônica, ou sobre os ultímatons não agrupados.

(476.5) 42:6.3 Os ultímatons funcionam por atração mútua, respondendo apenas à atração circular da gravidade do Paraíso. Sem a reação à gravidade linear, eles mantêm-se vagando assim em um espaço universal. Os ultímatons são capazes de acelerar a sua velocidade de revolução, a ponto de atingir o comportamento de uma antigravidade parcial, mas não podem, independentemente dos diretores organizadores da força ou poder, atingir a velocidade crítica, na qual escapam para a desindividualização, e retornam ao estado de energia potencial. Na natureza, os ultímatons escapam do status de existência física apenas quando participam da ruptura terminal de um sol resfriado que se extingue.

(476.6) 42:6.4 Os ultímatons, ainda desconhecidos em Urântia, desaceleram-se passando por muitas atividades físicas antes de atingirem os pré-requisitos da energia de revolução para a organização eletrônica. Os ultímatons têm três variedades de movimentos: a resistência mútua à força cósmica, as rotações individuais de potencial antigravitacional e, no interior do elétron, as posições intraeletônicas daquela centena de ultímatons mutuamente interassociados.

(476.7) 42:6.5 A atração mútua mantém cem ultímatons juntos na constituição do elétron; e nunca há mais nem menos do que cem ultímatons em um elétron típico. A perda de um ou mais ultímatons destrói a identidade eletrônica típica, trazendo à existência, desse modo, uma das dez formas modificadas do elétron.

(476.8) 42:6.6 Os ultímatons não descrevem órbitas ou giros em torno dos circuitos dentro dos elétrons, mas espalham-se ou agrupam-se, de acordo com as suas velocidades de rotação axial, determinando assim as dimensões diferenciais eletrônicas. Essa mesma velocidade ultimatômica, de rotação axial, também determina as reações negativas ou positivas dos vários tipos de unidades eletrônicas. A segregação total e o agrupamento de matéria eletrônica, junto com a diferenciação elétrica, entre os corpos negativos e positivos de matéria-energia, resultam dessas funções várias das interassociações dos ultímatons componentes.

(477.1) 42:6.7 Cada átomo tem um diâmetro ligeiramente maior do que um quarto de milionésimo de milímetro enquanto um elétron pesa um pouco mais do que uma duodécima-milésima parte do menor átomo, o do hidrogênio. O próton positivo, característico do núcleo atômico, ainda que possa não ser maior do que um elétron negativo, pesa quase duas mil vezes mais.

(477.2) 42:6.8 Se a massa da matéria fosse ampliada, a ponto de um elétron pesar 2,83 gramas, então o tamanho teria de ser aumentado proporcionalmente, e o volume desse elétron tornar-se-ia tão grande quanto o da Terra. Se o volume de um próton — mil e oitocentas vezes mais pesado do que um elétron — fosse ampliado até o tamanho da cabeça de um alfinete, então, nessa mesma proporção a cabeça do alfinete atingiria um diâmetro igual ao da órbita da Terra ao redor do sol.


7. A Matéria Atômica

(477.3) 42:7.1 Toda a matéria desenvolve-se em uma ordem semelhante à da formação de um sistema solar. No centro de cada universo diminuto de energia existe uma porção nuclear de existência material, relativamente estável e estacionária. Essa unidade central é dotada de uma possibilidade tríplice de manifestação. Em torno desse centro de energia giram, em uma profusão sem fim, mas em circuitos flutuantes, as unidades de energia que são vagamente comparáveis aos planetas que giram em torno do sol, em algum grupo estelar como o vosso próprio sistema solar.

(477.4) 42:7.2 Dentro do átomo, os elétrons giram em torno do próton central, relativamente com o mesmo espaço que os planetas possuem para girar em torno do sol no espaço do sistema solar. Há uma distância relativa, em relação ao tamanho real, entre os núcleos atômicos e os circuitos eletrônicos internos, a qual corresponde à que existe entre o planeta mais interno, Mercúrio, e o vosso sol.

(477.5) 42:7.3 As rotações axiais e suas velocidades orbitais, em torno do núcleo, estão ambas além da imaginação humana, para não mencionar as velocidades dos seus ultímatons componentes. As partículas positivas do rádio voam para o espaço a velocidades de dezesseis mil quilômetros por segundo, enquanto as partículas negativas atingem uma velocidade que se aproxima daquela da luz.

(477.6) 42:7.4 Os universos locais são de construção decimal. Há apenas uma centena de materializações atômicas distinguíveis da energia-espaço em um universo dual; e essa é a organização máxima possível da matéria em Nébadon. Essa centena de formas de matéria consiste de uma série regular na qual giram, de um a cem elétrons, em torno de um núcleo central relativamente compacto. É essa associação ordenada e confiável, de várias energias, que constitui a matéria.

(477.7) 42:7.5 Nem todos os mundos exibirão uma centena de elementos reconhecíveis na sua superfície, mas em algum lugar esses elementos estarão ou terão estado presentes, ou se encontram em processo de evolução. As condições que envolvem a origem e evolução futura de um planeta determinam quantos dos cem tipos atômicos poderão ser encontrados. Os átomos mais pesados não são encontráveis na superfície de muitos mundos. Mesmo em Urântia os elementos mais pesados conhecidos manifestam uma tendência de estilhaçarem-se no ar, como é ilustrado pelo comportamento do rádio.

(477.8) 42:7.6 A estabilidade do átomo depende do número de nêutrons eletricamente inativos no corpo central. O comportamento químico depende completamente da atividade dos elétrons livres em órbita.

(478.1) 42:7.7 Em Orvônton nunca foi possível reunir naturalmente acima de cem elétrons orbitais em um sistema atômico. Sempre que se introduziu artificialmente cento e um destes no campo orbital, o resultado tem sempre sido um deslocamento quase instantâneo do próton central com a dispersão enlouquecida dos elétrons e outras energias liberadas.

(478.2) 42:7.8 Ainda que os átomos possam conter de um a cem elétrons em órbita, apenas os dez elétrons exteriores, dos átomos maiores, giram em torno do núcleo central como corpos distintos e separados, intacta e compactamente girando em órbitas precisas e definidas. Os trinta elétrons mais próximos do centro são de difícil observação e detecção, como corpos separados e organizados. Essa mesma proporção relativa de comportamento eletrônico, em relação à proximidade nuclear, prevalece em todos os átomos, a despeito do número de elétrons abrangido. Quanto mais próximo se está do núcleo, menos a individualização dos elétrons acontece. A extensão da energia ondulatória de um elétron pode assim espalhar-se para ocupar todas as órbitas atômicas menores; e isso é especialmente verdade sobre os elétrons mais próximos do núcleo atômico.

(478.3) 42:7.9 Os trinta elétrons das órbitas mais internas têm individualidade, mas os seus sistemas de energia tendem a se intermesclar, estendendo-se de elétron a elétron, e quase de órbita a órbita. Os próximos trinta elétrons constituem a segunda família, ou a zona de energia, e são de uma individualidade mais pronunciada, os seus corpos de matéria exercem um controle mais completo sobre os sistemas de energia que os acompanham. Os próximos trinta elétrons, a terceira zona de energia, são ainda mais individualizados e circulam em órbitas mais distintas e definidas. Os dez últimos elétrons, presentes apenas nos dez elementos mais pesados, possuem a dignidade da independência e são, portanto, capazes de escapar mais ou menos livremente do controle do núcleo-mãe. Com um mínimo de variação de temperatura e pressão, os membros desse quarto grupo mais externo de elétrons escaparão da atração do núcleo central, como fica ilustrado na dispersão espontânea do urânio e dos elementos semelhantes.

(478.4) 42:7.10 Os primeiros vinte e sete átomos, aqueles que contêm de um a vinte e sete elétrons em órbita, são mais fáceis de serem distinguidos do que os restantes. Do vigésimo-oitavo, em diante, encontramos cada vez mais a imprevisibilidade da presença suposta do Absoluto Inqualificável. Um pouco dessa imprevisibilidade eletrônica, todavia, é causada pelas velocidades axiais das rotações ultimatômicas diferenciais e pela propensão inexplicada dos ultímatons de “amontoarem-se”. Outras influências — físicas, elétricas, magnéticas e gravitacionais — também colaboram para produzir comportamentos eletrônicos variáveis. Os átomos são, pois, semelhantes a pessoas quanto à previsibilidade. Os estatísticos podem anunciar leis que governam um grande número, seja de átomos, seja de pessoas; mas não individualmente para um único átomo, nem para uma única pessoa.


8. A Coesão Atômica

(478.5) 42:8.1 Ainda que a gravidade seja um dos vários fatores a contribuir para manter coeso um minúsculo sistema atômico, há, também presente, em meio a essas unidades físicas básicas, uma energia poderosa e desconhecida, e o segredo da sua constituição básica e do seu comportamento último é uma força que ainda não foi descoberta em Urântia. Tal influência universal permeia todo o espaço interior abrangido por essa mínima organização da energia.

(478.6) 42:8.2 O espaço entre os elétrons de um átomo não é vazio. Dentro de um átomo, esse espaço entre os elétrons é ativado por manifestações ondulatórias perfeitamente sincronizadas às velocidades de rotação dos elétrons e ultímatons. Essa força não é inteiramente dominada pelas leis reconhecidas por vós, de atração positiva e negativa; o seu comportamento, portanto, algumas vezes é imprevisível. Essa influência sem nome parece ser uma reação da força do espaço, da parte do Absoluto Inqualificável.

(479.1) 42:8.3 Os prótons carregados e os nêutrons não carregados, do núcleo do átomo, são mantidos coesos pela função de reciprocidade do mésotron, uma partícula de matéria 180 vezes mais pesada do que o elétron. Sem esse arranjo, a carga elétrica contida nos prótons seria desagregadora do núcleo atômico.

(479.2) 42:8.4 Do modo como os átomos são constituídos, nem as forças elétricas nem as gravitacionais poderiam manter o núcleo coeso. A integridade do núcleo é sustentada pela função coesiva recíproca do mésotron, que é capaz de conservar partículas carregadas e não carregadas em coesão, por causa do poder superior da massa-força e da função suplementar de levar os prótons e os nêutrons a mudarem constantemente de lugar. O mésotron faz com que a carga elétrica das partículas do núcleo seja trocada sem cessar, em um sentido e no outro, entre os prótons e os nêutrons. Num infinitésimo de segundo, uma dada partícula do núcleo é um próton carregado e, no próximo, é um nêutron não carregado. E essas alternâncias, no status da energia, são tão inacreditavelmente rápidas que a carga elétrica fica impedida de ter qualquer oportunidade de funcionar como uma influência desagregadora. Assim, o mésotron funciona como uma partícula “portadora de energia” que poderosamente contribui para a estabilidade nuclear do átomo.

(479.3) 42:8.5 A presença e a função do mésotron explicam também outro enigma atômico. Quando os átomos atuam radioativamente, eles emitem muito mais energia do que seria esperado. Esse excesso de radiação deriva-se da quebra do mésotron “portador de energia”, que, por isso, transforma-se em um mero elétron. A desintegração do mésotron é também acompanhada pela emissão de certas partículas pequenas não carregadas.

(479.4) 42:8.6 O mésotron explica certas propriedades coesivas do núcleo atômico, mas não é ele que gera a coesão entre próton e próton, nem a adesão de nêutron e nêutron. A força paradoxal e poderosa da integridade coesiva, no átomo, é uma forma de energia ainda não descoberta em Urântia.

(479.5) 42:8.7 Esses mésotrons são abundantemente encontrados nos raios do espaço que incidem, tão incessantemente, sobre o vosso planeta.


9. A Filosofia Natural

(479.6) 42:9.1 A religião não é a única a ser dogmática; a filosofia natural tende igualmente a dogmatizar. Um renomado educador religioso chegou à conclusão de que o número sete era fundamental à natureza, porque há sete aberturas na cabeça humana; mas se ele tivesse sabido mais sobre a química, ele poderia ter advogado tal crença fundamentado em um fenômeno verdadeiro do mundo físico. Em todos os universos físicos do tempo e do espaço, apesar da manifestação universal da constituição decimal da energia, há uma reminiscência, sempre presente, da realidade da organização eletrônica sétupla da pré-matéria.

(479.7) 42:9.2 O número sete é básico para o universo central e para o sistema espiritual de transmissões inerentes de caráter; mas o número dez, o sistema decimal, é inerente à energia, à matéria e à criação material. O mundo atômico, contudo, apresenta uma certa caracterização periódica que é recorrente em grupos de sete — uma marca de nascença que o mundo material carrega e que indica a sua longínqua origem espiritual.

(480.1) 42:9.3 Essa persistência sétupla da constituição criativa é exibida nos domínios químicos, como uma recorrência de propriedades químicas e físicas semelhantes, em grupos separados e periódicos de sete, quando os elementos básicos são arranjados segundo a ordem seqüencial dos seus pesos atômicos. Quando os elementos químicos de Urântia são ordenados, assim, em uma fila qualquer, uma certa qualidade ou propriedade tem a tendência de repetir-se a cada sete elementos. Essa mudança periódica a cada sete ocorre decrescentemente e com variações em toda a tábua química, sendo mais intensamente observável nos primeiros grupos ou de pesos atômicos mais baixos. A começar por qualquer elemento, após notar-se uma propriedade, essa qualidade irá mudar por seis elementos consecutivos, mas ao alcançar o oitavo, ela tende a reaparecer, isto é, o oitavo elemento, quimicamente ativo, assemelha-se ao primeiro, o nono ao segundo, e assim por diante. Esse fato, do mundo físico, aponta inequivocamente a constituição sétupla da energia ancestral e indica a realidade fundamental da diversidade sétupla das criações do tempo e do espaço. O homem deveria também notar que há sete cores no espectro natural.

(480.2) 42:9.4 Mas nem todas as suposições da filosofia natural são válidas; um exemplo é o éter hipotético, que representa uma tentativa engenhosa do homem de dar unidade à própria ignorância sobre o fenômeno do espaço. A filosofia do universo não pode ser elaborada com base nas observações da chamada ciência. Se a metamorfose de uma borboleta não fosse perceptível, um cientista estaria inclinado a negar a possibilidade da mesma desenvolver-se a partir de uma lagarta.

(480.3) 42:9.5 A estabilidade física, associada à elasticidade biológica, está presente na natureza apenas por causa da quase infinita sabedoria possuída pelos Arquitetos Mestres da criação. Nada, a não ser a sabedoria transcendental, poderia jamais projetar unidades de matéria que são ao mesmo tempo tão estáveis e tão eficazmente flexíveis.


10. Sistemas Não-Espirituais de Energias Universais
(Sistemas de Mente Material)

(480.4) 42:10.1 O movimento sem fim da realidade cósmica relativa, fluindo desde a absolutez da monota do Paraíso, até a absolutez da potência do espaço, sugere certas evoluções de relacionamento entre as realidades não-espirituais da Primeira Fonte e Centro — aquelas realidades que estão ocultas na potência do espaço, reveladas na monota, e provisoriamente divulgadas em níveis cósmicos intermediários. Esse ciclo eterno de energia, estando ligado ao circuito do Pai dos Universos, é absoluto e, em sendo absoluto, não é expansível de nenhuma forma, nem em valor; o Pai Primordial, entretanto — agora e sempre — , realiza em Si uma arena de significados, sempre em expansão, de espaço-tempo, que transcende o espaço-tempo; uma arena de relações mutáveis, nas quais a matéria-energia está sendo progressivamente objeto do supercontole do espírito vivo divino por intermédio de um esforço experiencial da mente viva e pessoal.

(480.5) 42:10.2 As energias universais não-espirituais são reassociadas nos sistemas vivos de mentes não Criadoras, em vários níveis, alguns dos quais podem ser descritos como a seguir:

(480.6) 42:10.3 1. Espíritos pré-ajudantes da mente. Este nível de mente é não-experiencial e, nos mundos habitados, é ministrado pelos Mestres Controladores Físicos. Essa é a mente mecânica, o intelecto não-ensinável, da forma mais primitiva de vida material; mas a mente não-ensinável funciona em muitos níveis, além daquele da vida planetária primitiva.

(481.1) 42:10.4 2. Espíritos ajudantes da mente. Esta é uma ministração do Espírito Materno do universo local, funcionando através dos seus sete espíritos ajudantes da mente, no nível ensinável (não-mecânico) da mente material. Nesse nível, a mente material está experienciando: como intelecto subhumano (animal) por meio dos primeiros cinco ajudantes; como intelecto humano (moral) por intermédio dos sete ajudantes; como intelecto supra-humano (nos seres intermediários) por meio dos dois últimos ajudantes.

(481.2) 42:10.5 3. Mentes moronciais em evolução — a consciência, em expansão, das personalidades em evolução, nas suas carreiras ascendentes no universo local. Esta é uma outorga do Espírito Materno do universo local, em conexão com o Filho Criador. Esse nível de mente indica a organização do tipo moroncial de veículo de vida, uma síntese do material e do espiritual que é efetuada pelos Supervisores do Poder Moroncial de um universo local. A mente moroncial funciona diferencialmente, em resposta aos 570 níveis de vida moroncial, demonstrando uma capacidade associativa crescente com a mente cósmica, nos níveis mais elevados de realização. Esse é o curso evolucionário das criaturas mortais, mas a mente de uma ordem não-moroncial é também outorgada por um Filho do Universo e por um Espírito do Universo, aos filhos não-moronciais das criações locais.

(481.3) 42:10.6 A mente cósmica. Essa é a mente setuplamente diversificada do tempo e do espaço, cada fase da mesma sendo ministrada por um dos Sete Espíritos Mestres, a um dos sete superuniversos. A mente cósmica engloba todos os níveis da mente finita e coordena-se experiencialmente com os níveis da deidade evolucionária da Mente Suprema, e transcendentalmente com o nível existencial da mente absoluta — os circuitos diretos do Agente Conjunto.

(481.4) 42:10.7 No Paraíso, a mente é absoluta; em Havona, absonita; em Orvônton, finita. A mente indica sempre a presença-atividade da ministração viva, acrescida de sistemas de energia variada; e isso é verdade em todos os níveis e para todas as espécies de mentes. Mas, para além da mente cósmica, torna-se cada vez mais difícil descrever as relações da mente com a energia não-espiritual. A mente de Havona é subabsoluta, mas é supra-evolucionária; sendo experiencial-existencial está mais próxima do absonito do que de qualquer outro conceito revelado a vós. A mente do Paraíso está adiante da compreensão humana; ela é existencial, não-espacial e não-temporal. Entretanto, todos esses níveis de mente são sobrepujados pela presença universal do Agente Conjunto — pela atração da gravidade mental do Deus da mente no Paraíso.


11. Os Mecanismos do Universo

(481.5) 42:11.1 Na avaliação e reconhecimento da mente, deveria ser lembrado que o universo não é nem meramente mecânico, nem mágico; ele é uma criação da mente e um mecanismo com leis. Na aplicação prática, contudo, se as leis da natureza operam naquilo que parecem ser os reinos duais do físico e do espiritual, na realidade, eles são apenas um. A Primeira Fonte e Centro é a causa primordial de toda a materialização e, ao mesmo tempo, é o Pai primeiro, e o Pai final de todos os espíritos. O Pai do Paraíso aparece pessoalmente nos universos, fora de Havona, apenas como energia pura e espírito puro — como o Ajustador do Pensamento e outros fragmentos semelhantes.

(481.6) 42:11.2 Os mecanismos não dominam, absolutamente, toda a criação; o universo dos universos é totalmente planejado pela mente, feito pela mente e administrado pela mente. Mas o mecanismo divino do universo dos universos é por demais perfeito, no todo, para que os métodos científicos da mente finita do homem nele possam discernir, por um mínimo que seja, o domínio da mente infinita. Pois a mente que cria, controla e mantém não é nem a mente material, nem a mente da criatura; é a mente do espírito, funcionando nos níveis criadores da realidade divina e a partir deles.

(482.1) 42:11.3 A capacidade de discernir e descobrir a mente, com base nos mecanismos do universo, depende inteiramente da habilidade, escopo e capacidade da mente investigadora empenhada na tarefa de observação. As mentes do espaço-tempo, organizadas a partir das energias do tempo e do espaço, ficam sujeitas aos mecanismos do tempo e do espaço.

(482.2) 42:11.4 O movimento e a gravitação no universo são facetas gêmeas do mecanismo impessoal do espaço-tempo, no universo dos universos. Os níveis, para o espírito, a mente e a matéria, de sensibilidade à gravidade, são totalmente independentes do tempo, mas apenas os níveis verdadeiros da realidade do espírito são independentes do espaço (são não-espaciais). Os níveis mais elevados da mente do universo — os níveis da mente espiritual — podem também ser não-espaciais, mas os níveis da mente material, tais como os da mente humana, são sensíveis às interações da gravitação do universo, apenas quando perdem essa sensibilidade à proporção que se identificam com o espírito. Os níveis da realidade do espírito são reconhecidos pelo seu conteúdo de espírito; e a espiritualidade no tempo e no espaço é medida na proporção inversa da sensibilidade à gravidade linear.

(482.3) 42:11.5 A sensibilidade à gravidade linear é uma medida quantitativa da energia não-espiritual. Toda a massa — ou energia organizada — está sujeita a essa atração, a menos que o movimento e a mente atuem sobre ela. A gravidade linear é a força de coesão, de curto alcance, do macrocosmo, do mesmo modo que as forças da coesão interna do átomo são as forças de curto alcance do microcosmo. A energia física materializada, organizada naquilo que se chama de matéria, não pode atravessar o espaço sem ter a sua sensibilidade à gravidade linear alterada. Se bem que essa sensibilidade à gravidade seja diretamente proporcional à massa, ela é modificada pelo espaço intermediário, de um modo tal que o resultado final, quando expresso pelo inverso do quadrado da distância, nada mais é que grosseiramente aproximado. O espaço finalmente predomina sobre a gravitação linear por causa da presença, nele, das influências antigravitacionais de numerosas forças supramateriais que operam neutralizando a ação da gravidade e todas as respostas a ela.

(482.4) 42:11.6 Os mecanismos cósmicos extremamente complexos, e que aparentam surgir de um modo altamente automático, tendem sempre a esconder a presença da mente intrínseca que os originou ou criou, para toda e qualquer inteligência, no universo, que esteja em um nível muito abaixo daquele da natureza e capacidade do mecanismo em si mesmo. E, por isso, torna-se inevitável que os mecanismos mais elevados do universo pareçam, para as ordens mais baixas de criaturas, não ter mente. A única exceção possível dessa conclusão seria a de atribuir uma mente ao incrível fenômeno de um universo, que aparentemente se automantém — mas essa é uma questão para a filosofia, mais do que de experiência real.

(482.5) 42:11.7 Como a mente coordena o universo, a rigidez dos mecanismos não existe. O fenômeno da evolução progressiva, associado à automanutenção cósmica, é universal. A capacidade de evolução do universo é inexaurível à infinitude da espontaneidade. O progresso, no sentido da unidade harmoniosa, a síntese experiencial crescente superposta a uma complexidade sempre crescente de relações, só poderia ser alcançado por uma mente que tenha propósito e que seja dominante.

(482.6) 42:11.8 Quanto mais elevada for a mente do universo, associada a um fenômeno universal qualquer, tanto mais difícil torna-se descobri-la para os tipos mais baixos de mente. E, já que a mente do mecanismo do universo é a mente-espírito criativa (a própria mente do Infinito), ela nunca pode ser descoberta ou percebida pelas mentes de nível baixo do universo; e muito menos pela mente mais baixa de todas, a humana. A mente animal em evolução, conquanto seja naturalmente buscadora de Deus, não é por si mesma, nem em si mesma, inerentemente conhecedora de Deus.


12. Modelo e Forma — O Predomínio da Mente

(483.1) 42:12.1 A evolução dos mecanismos implica e indica a presença oculta e a predominância da mente criativa. A capacidade do intelecto mortal de conceber, projetar e criar mecanismos automáticos demonstra que as qualidades superiores, criativas e plenas de propósito, da mente do homem, são a influência dominante no planeta. A mente tende sempre para a:

(483.2) 42:12.2 1. Criação de mecanismos materiais.
(483.3) 42:12.3 2. Descoberta de mistérios ocultos.
(483.4) 42:12.4 3. Exploração de situações remotas.
(483.5) 42:12.5 4. Formulação de sistemas mentais.
(483.6) 42:12.6 5. Alcance dos objetivos da sabedoria.
(483.7) 42:12.7 6. Realização de níveis do espírito.
(483.8) 42:12.8 7. Cumprimento dos destinos divinos — supremos, últimos e absolutos.

(483.9) 42:12.9 A mente é sempre criativa. O dom da mente de um indivíduo animal, mortal, moroncial, ascendente espiritual ou que tenha alcançado a finalidade, é sempre competente para produzir um corpo adequado e útil para a identidade da criatura vivente. Todavia, o fenômeno da presença de uma personalidade, ou do modelo de uma identidade, como tal, não é uma manifestação de energia, seja física, mental ou espiritual. A forma da personalidade é o aspecto modelar de um ser vivo; denota uma ordenação das energias, e isso, acrescentado à vida e ao movimento, é o mecanismo da existência da criatura.

(483.10) 42:12.10 Mesmo os seres espirituais têm forma, e essas formas espirituais (os modelos) são reais. Até o tipo mais elevado de personalidades espirituais tem formas — presenças de personalidades análogas, em todos os sentidos, aos corpos mortais de Urântia. Quase todos os seres encontrados nos sete superuniversos possuem formas. Todavia, há umas poucas exceções a essa regra geral: os Ajustadores do Pensamento parecem existir sem uma forma, antes de fundirem-se com as almas sobreviventes dos seus colaboradores mortais. Os Mensageiros Solitários, os Espíritos Inspirados da Trindade, os Ajudantes Pessoais do Espírito Infinito, os Mensageiros por Gravidade, os Registradores Transcendentais e alguns outros seres também não possuem formas descobertas. Contudo, essas são as raras exceções típicas; a grande maioria tem formas autênticas de personalidade, formas que são individualmente características e que são reconhecíveis e pessoalmente distinguíveis.

(483.11) 42:12.11 A conexão da mente cósmica com a ministração dos espíritos ajudantes da mente desenvolve um tabernáculo físico adequado para o ser humano em evolução. De um modo semelhante, a mente moroncial individualiza a forma moroncial para todos os sobreviventes mortais. Do mesmo modo que um corpo mortal é pessoal e característico para cada ser humano, assim, a forma moroncial será altamente individual e adequadamente característica da mente criativa que o domina. Não há duas formas moronciais sequer parecidas, como não há dois corpos humanos idênticos. Os Supervisores do Poder Moroncial patrocinam, e o serafim assistente providencia os materiais moronciais não diferenciados a partir dos quais a vida moroncial pode começar a trabalhar. E, após a vida moroncial, será constatado que as formas do espírito são igualmente diferentes, pessoais e características das respectivas mentes-espíritos que residem nelas.

(483.12) 42:12.12 Vós, num mundo material, pensais em um corpo como tendo um espírito; mas nós consideramos o espírito como tendo um corpo. Os olhos materiais são verdadeiramente as janelas da alma que nasce do espírito. O espírito é o arquiteto, a mente é o construtor, o corpo é a edificação material.

(484.1) 42:12.13 As energias físicas, espirituais e mentais, como tais e nos seus estados puros, não interagem integralmente como factualizações no universo dos fenômenos. No Paraíso, as três energias estão coordenadas, em Havona têm de ser e são coordenadas; ao passo que, nos níveis de atividades finitas do universo, todas as gamas de predominâncias devem ser encontradas, a material, a mental e a espiritual. Em situações não pessoais do tempo e do espaço, a energia física parece predominar; mas também parece que quanto mais a função da mente-espírito aproxima-se da divindade, em propósito, e da supremacia, em ação, tanto mais nitidamente a fase do espírito torna-se predominante; parece também que, no nível último, o espírito-mente pode tornar-se quase completamente dominante. No nível absoluto, o espírito certamente é predominante. E daí em diante, no reino do tempo e espaço, sempre que uma realidade do espírito divino esteja presente, sempre que uma mente-espírito real estiver funcionando, haverá sempre uma tendência a produzir uma contraparte material ou física daquela realidade do espírito.

(484.2) 42:12.14 O espírito é a realidade criativa; a contraparte física é o reflexo, no tempo-espaço, da realidade do espírito, a repercussão física da ação criativa da mente-espírito.

(484.3) 42:12.15 A mente domina universalmente a matéria, exatamente como esta, por sua vez, é sensível e responde ao controle último do espírito. E, no homem mortal, apenas aquela mente que livremente se submete ao direcionamento do espírito pode almejar sobreviver à existência mortal do espaço-tempo, tal uma criança imortal do mundo eterno do espírito do Supremo, do Último e do Absoluto: o Infinito.


(484.4) 42:12.16 [Apresentado por um Mensageiro Poderoso a serviço em Nébadon, e a pedido de Gabriel.]

O Livro de Urântia Documento 42