24 de jul. de 2010
23 de jul. de 2010
DR MASARU EMOTO e a água
O Dr. Masaru Emoto, bacharel em Relações Internacionais e Medicina Alternativa, começou a interessar-se pelas propriedades curativas da água há 15 anos. Fez contato com um pesquisador californiano que estudava as vibrações mais sutis das moléculas da água utilizando a técnica da ressonância magnética... Trabalhando com este cientista, o professor Emoto formulou a seguinte pergunta: seria possível refletir as qualidades curativas de diferentes tipos de água de maneira visível e palpável?
A "feliz idéia" de empreender este estudo levou-o a tentar fotografar os cristais hexagonais que as diferentes amostras de água formavam ao se congelar. E, das imagens que obteve, veio a confirmação de sua surpreendente hipótese: Certas amostras de água corrente de grandes urbes apresentavam uma estrutura de cristalização muito tosca, enquanto amostras de água de mananciais ofereciam cristais de grande beleza. Ampliou sua área de estudo para fotografar cristalizações de água de diversos lugares do mundo (glaciares, lagos, água de chuva, fontes), obtendo cristais de formas mais belas e surpreendentes quanto mais afastados estivessem da atividade humana.
Informações : www.unindocoracoes.com.br
cientista japonês e pesquisador dos CRISTAIS DA ÁGUA
Nota de iorio: Muito mais do que um resumo deste livro, esta súmula pretende incentivá-la(o) a LER ESTE LIVRO;
Livro em (por exemplo): http://store.casa-indigo.com/store/viewI tem.asp?idProduct=157
Galeria de Imagens em: http://lacquaproject.blogspot.com/
Office Masaru Emoto: http://masaru-emoto.net/portuguese/porti ndex.html ]
PRÓLOGO
Acha que é feliz? A sua definição de felicidade depende de quem você é, mas se pudermos chamar felicidade a ter uma sensação de paz no coração, um sentimento de segurança acerca do futuro e sentir-se entusiasmado quando acorda, então diria que é feliz? A maioria não pode dizer que a sua vida é o que sonhava, então o que causa tanta dor? Talvez porque estejamos a viver uma era de caos, que significa condição de confusão, indicativa de matéria não organizada. Estamos mergulhados no caos até ao pescoço e os problemas da Humanidade aparecem cada vez mais profundos.
Poderá haver uma única solução, simples e de fácil compreensão, que possa ser aplicada a toda a gente do globo? Masaru Emoto crê tê-la descoberto: o corpo humano típico é 70 por cento água – na fase adulta e 90% quando nascemos. Ao longo da nossa vida existimos sobretudo como água e assim, de uma perspectiva física, os humanos são água.
Nesta óptica, para ter uma vida feliz e saudável deveríamos purificar a água que constitui 70 por cento do nosso corpo.
A água tem que estar em constante circulação, pois bloqueada, morre. Nas situações de doença, é como se o sangue estagnasse e podemos ver essa situação como a estagnação das emoções. Os investigadores modernos mostram que a condição da mente tem um impacto directo com a condição do corpo.
A água é uma força de vida, que, transportada por sangue e fluidos do corpo, leva a energia a todo o nosso corpo. A comunidade médica está a usá-la cada vez mais, principalmente através da Homeopatia, no tratamento de doenças.
A Homeopatia teve a sua origem no século XIX baseando-se em “tratar igual com igual, lutar contra o veneno com veneno”. Por exemplo, se alguém sofrer de intoxicação pelo chumbo, os sintomas podem ser aliviados bebendo água com uma quantidade mínima de chumbo, variando entre 1 parte em 10¹² (um trilião) e 1 parte em 10³ºº. Neste nível a substância já não se encontra na água para fins práticos, mas as suas características sim.
A Homeopatia sugere que quanto maior for a diluição, maior a eficácia, ou seja, em vez do efeito da substância ser usado para alívio dos sintomas, a informação copiada para a água é usada para neutralizar a informação dos sintomas derivados do veneno.
Assim, a água tem a capacidade de copiar e memorizar informação. Mas, ainda há poucos anos, os médicos nem sequer queriam considerar a possibilidade de que a água, por si só, tem capacidades curativas.
Em 1988, o cientista francês Jacques Benveniste levou a cabo uma experiência para testar os princípios básicos da Homeopatia. Diluiu um medicamento em água até ao ponto em que o medicamento já não era detectável por meios clínicos e depois descobriu que esta diluição tinha o mesmo efeito nos pacientes que o medicamento não diluído. Um ano depois submeteu os resultados à revista científica inglesa ‘Nature’, tendo sido publicados com a observação de que os resultados da experiência eram duvidosos e careciam de prova física. Sempre que alguém aparece com pesquisas e experiências controversas para a comunidade científica a reacção é normalmente a mesma.
As fotografias de cristais que Masaru Emoto começou a tirar demonstraram ser eloquentes a expressar o mundo. Os cristais emergem somente durante vinte a trinta segundos enquanto a temperatura sobe e o gelo começa a derreter. Esta pequena janela do tempo dá-nos um vislumbre de um mundo mágico.
Masaru Emoto usa uma metodologia rigorosa que, muito resumidamente, passa pela colocação de cinquenta tipos diferentes de água em cinquenta caixas Petri diferentes, congelando depois as caixas a -20º C durante três horas no congelador. O resultado, claro, nunca é a formação de cinquenta cristais semelhantes.
Apercebeu-se que águas diferentes formavam cristais diferentes, alguns deles muito semelhantes, noutros, deformados, e em alguns tipos de água nem se formavam cristais.
Primeiro olhou para os cristais de água canalizada de diferentes locais, sendo que a de alguns locais – como Tóquio, por exemplo – não formou um cristal, completo. A água canalizada inclui uma dose de cloro (para desinfectar) que destrói a estrutura encontrada na Natureza. De facto na água vinda da Natureza (independentemente da origem, nascentes, rios subterrâneos, glaciais) formavam-se cristais completos.
Um dia, um investigador seu colaborador disse algo muito excêntrico: «vejamos o que acontece quando expomos a água à música». Após decidir o melhor método – pôr uma garrafa de água (destilada da farmácia) numa mesa entre duas colunas –, os resultados surpreenderam. A Sinfonia Pastoral de Beethoven, a Sinfonia nº 40 de Mozart e um Estudo de Chopin em Mi Maior resultaram em cristais muito bonitos, bem formados, delicados e elegantes. Em contraste, a água exposta à música heavy-metal violenta resultou em cristais fragmentados e deformados.
Mas as suas experiências continuaram, agora embrulhando à volta das garrafas de água pedaços de papel com palavras ou expressões tais como «Obrigado» e «Parvo», embora não parecendo lógico a água “ler” o que lá estava escrito, compreender o significado e alterar a sua forma (dos cristais) de acordo com isso. Mas foi o que constataram. A água exposta a «Obrigado» formou bonitos cristais hexagonais, mas a água exposta a «Parvo» produziu cristais semelhantes aos da água exposta à música heavy-metal, deformados e fragmentados.
Mais experiências mostraram que a água exposta a expressões positivas como «Vamos fazer isso!» criava cristais atraentes e bem formados, mas a água exposta a expressões negativas como «Faz isso!» mal formava sequer qualquer cristal.
Destas experiências podemos tirar a lição do poder das palavras. A vibração de palavras boas tem um efeito positivo no nosso mundo, enquanto a vibração de palavras negativas tom o poder de destruir.
Este evolução nas experiências levou Masaru Emoto a entender que se estava a começar a subir as escadas da compreensão das verdades profundas do Cosmos. E recorda uma fotografia em especial que considera o cristal mais bolito e delicado que observara até então, formado pela exposição «Amor e Gratidão». Era como se a água tivesse rejubilado e celebrado, criando uma flor a desabrochar.
A água tinha-lhe mostrado a delicadeza da alma humana e o impacto que o «Amor e Gratidão» podem ter no mundo.
No Japão, diz-se que as palavras da alma residem num espírito chamado ‘kotodama’ ou o ‘espírito das palavras’ e o acto de pronunciar palavras tem o poder de mudar o mundo. Todos sabemos que as palavras têm uma influência enorme na forma como pensamos e sentimos e que as coisas geralmente correm melhor quando são usadas palavras positivas. Contudo, até agora nunca conseguimos ver fisicamente o efeito de palavras positivas.
As palavras são uma expressão da alma. E é muito provável que o estado da nossa alma tenha um enorme impacto na água que compõe 70 por cento do nosso corpo e este impacto irá afectar o nosso corpo profundamente.
A um nível global, a doença não é só um problema individual, mas o resultado da deformação da sociedade como um todo e, como esta deformação tende a aumentar, o número de pessoas a sofrer de doenças físicas tende a aumentar. E, tal como uma gota num pequeno lago cria uma ondulação que se alastra infinitamente, a deformação de uma só alma propaga-se pelo mundo, resultando em deformações globais.
Mas nem tudo está perdido, há esperança, que se chama «Amor e Gratidão».
DE QUE É FEITO O UNIVERSO
A água é o espelho da alma. O que lhe dá a capacidade de reflectir o que está na alma das pessoas? O Princípio Fundamental do Universo: EXISTÊNCIA É VIBRAÇÃO. Tudo está em constante vibração e cada coisa gera a sua própria frequência, que é única.
A ciência da Mecânica Quântica reconhece que, de modo geral, substância não é mais que vibração; tudo está a vibrar eternamente. Os nossos olhos conseguem ver objectos, não conseguem ver vibração, mas a muitos de nós já aconteceu notar que a entrada de uma pessoa numa sala consegue alterar, só com a sua presença, um ambiente caloroso para um ambiente escuro e frio...
Na cultura japonesa define-se por “Hado” a energia subtil que existe em todas as coisas – equivalente a “fluir de energia” ou “mente universal”, Prana, Chi ou Ki, consoante as diferentes culturas –, ou seja, um padrão vibratório intrínseco a toda a matéria, a nível atómico, em que a unidade de energia mais pequena tem por base a energia da consciência humana; e é constituído pelas frequências vibratórias resultantes da consciência ou pensamentos humanos. Assim, como cada ser humano também está em vibração, cada pessoa vibra numa frequência única, o hado. E cada um de nós tem capacidades sensitivas para percepcionar as vibrações dos outros. Consoante os estados, anímico e emocional, emitimos frequências de tristeza, de alegria, etc. E como tudo no Universo vibra a uma frequência própria, se você se alinhar com o hado da felicidade – ou seja, emitindo o hado da felicidade – de certeza que o Universo lhe responderá com felicidade.
A singularidade do hado também se aplica a locais (por exemplo, acidentes frequentes) e a objectos (como, por exemplo, as pedras preciosas que parece trazerem infelicidade a uma família ou grupo) não só físicos, pois os vários fenómenos do mundo também emitem frequências características.
O facto de todas as coisas estarem num estado de vibração significa que emitem som, audível ou não – que é o caso da maior parte. Pode dizer-se que esta frequência única de cada coisa pode ser interpretada como som. E como o som é criado, há um ouvinte principal: a água. A água, tão sensível às frequências únicas (o hado) que são emitidas pelo mundo, espelha essencial e eficazmente o mundo externo.
As próprias palavras, mesmo escritas, também emitem uma vibração única, um hado, que a água consegue sentir e espelhar fielmente através dos seus cristais. Podemos conjecturar que a água está alinhada com a Natureza quando forma cristais perfeitos.
As palavras ‘Gratidão’ e ‘Amor’ formam os princípios fundamentais da Natureza e do fenómeno da Vida.
Ao vermos a frequência como um som, percebemos a importância da ressonância. Na ressonância – os sons da mesma frequência ressoam – parece que as vibrações se atraem e interagem umas com as outras. Vemos isto nas relações humanas: as pessoas que geram frequências semelhantes são atraídas umas pelas outras, resultando numa amizade. Contudo, quando reagimos se alguém de quem não gostamos nos aborda, também significa que estamos a ressoar, de alguma forma com essa pessoa. Quando as frequências são fundamentalmente incompatíveis, não conseguem ressoar. Não conseguimos aceitar pessoas nessas condições.
Também há ressonância quando a frequência é dupla, quádrupla ou metade, ¼, etc. As pessoas são atraídas por Cristo e Buda, mas também por foragidos, como Bonnie & Clyde. Parece incongruência mas as pessoas ressoam a vários níveis; a dicotomia faz parte natural da vida.
A maioria dos objectos encontrados na Natureza emite frequências constantes e os humanos são as únicas criaturas que têm capacidade de ressoar com todas as criaturas e objectos da Natureza.
Podemos emitir e receber energia com, e de tudo o que existe no Universo, o que é uma espada de dois gumes. Se vibrarmos no ‘Amor’ e ‘Gratidão’, atraímos coisas que podemos amar e agradecer; mas se emitimos sinais de tristeza e ódio…
https://www.youtube.com/watch?v=wqVaTkLW3bs
http://www.masaru-emoto.net/portuguese/portindex200710.html
http://vibraraapi.wordpress.com/tag/masaru-emoto/
22/07/1943 - 17/10/2014 "Arigato".
Ele nos ensinou
o poder de nossos pensamentos
o poder da música
o poder do medo
o poder do amor
frequências e vibrações
positivo e negativo
temos livre arbítrio para escolher cada momento
temos o poder de criar o bem ou o mal
Ele nos ensinou
o poder de nossos pensamentos
o poder da música
o poder do medo
o poder do amor
frequências e vibrações
positivo e negativo
21 de jul. de 2010
A VITAMINA D * A VITAMINA DIVINA
http://www.anjodeluz.net/arcanjo_miguel/ronna_herman/junho2010.htm
Deficit Cognitivo - Vitamina D e o sol.
http://www.youtube.com/watch?v=V57tKKCHv1I
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/vitaminas/vitamina-d.php
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=653
http://www.copacabanarunners.net/vitamina-d.html
http://super.abril.com.br/superarquivo/1997/conteudo_116053.shtml
http://www.saudenarede.com.br/?p=aev&id=Vitamina_D
http://www.erhnam.com/artigos/vitaminad-aliviar-dores.html
Deficit Cognitivo - Vitamina D e o sol.
http://www.youtube.com/watch?v=V57tKKCHv1I
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http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/vitaminas/vitamina-d.php
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http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=653
http://www.copacabanarunners.net/vitamina-d.html
http://super.abril.com.br/superarquivo/1997/conteudo_116053.shtml
http://www.saudenarede.com.br/?p=aev&id=Vitamina_D
http://www.erhnam.com/artigos/vitaminad-aliviar-dores.html
Sinto Muito - Nuno Lobo Antunes
http://www.youtube.com/watch?v=9Wf6v-9yQuM
Uma obra de um pediatra de grande sentido ao que toca e reflete uma vida, especialmente a que se integra com crianças com câncer, coragem e amor, agradecimentos em um trabalho muito especial.
Uma obra de um pediatra de grande sentido ao que toca e reflete uma vida, especialmente a que se integra com crianças com câncer, coragem e amor, agradecimentos em um trabalho muito especial.
17 de jul. de 2010
Instituto história viva!!! muda a vida de idosos e crianças. Bençãos!
http://brasileiros.globo.com/videos/v/mulher-transforma-historias-de-idosos-para-ajudar-criancas-doentes/1301374/
Mulher transforma histórias de idosos para ajudar crianças doentes
Bençãos e bençãos... que se faça luz e amor sempre! Dignamente parabéns!
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA PRÁTICA SUSTENTÁVEL...
INFORMÁTICA, IDADES DIFERENTES, ATENÇÃO À VIDA E AO AMOR!
MAGNÍFICA REPORTAGEM... em continuidade...
http://brasileiros.globo.com/videos/v/idosos-se-divertem-ao-ajudar-criancas-com-doencas/1301381/#/edições/20100716/page/1
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http://www.vivaleitura.com.br/pnll2/mapa_show.asp?proj=1409
www.historiaviva.org.br
Mulher transforma histórias de idosos para ajudar crianças doentes
Bençãos e bençãos... que se faça luz e amor sempre! Dignamente parabéns!
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http://www.vivaleitura.com.br/pnll2/mapa_show.asp?proj=1409
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14 de jul. de 2010
Pontos Gatilho ou "Trigger Points"
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O QUE SÃO PONTOS-GATILHO?
Os pontos-gatilho geralmente apresentam um sintoma particular traduzido pela clara sensação de "ardor" nos músculos.
Esta sensação de ardor está geralmente associada ao resíduo metabólico "ácido láctico" que irrita os tecidos musculares. Em situações normais, os recursos terapêuticos da Osteopatia, podem eliminá-los do tecido muscular, aliviando a sintomatologia do paciente.
Mas o que é que acontece quando os músculos permanecem em contracção crónica (e com pouco fluxo circulatório)?
COMO SE FORMA O ÁCIDO LÁTICO?
O acido láctico é produzido pela quebra anaeróbica do glicogénio no tecido muscular, que acontece com esforços repetitivos ou estáticos de longa duração. Ora, se um músculo tem menos aporte de oxigénio, há um aumento de perdas do glicogénio, aumentando a irritabilidade desta área muscular. Quando este processo cíclico se instala, um ou mais nódulos de consistência fibrosa e dura (provavelmente pela agregação do cálcio) podem formar-se no tecido muscular.
ONDE SE FORMAM OS PONTOS-GATILHO?
Existem certos músculos que estão mais aptos a desenvolver pontos-gatilho do que outros, por ex:
- Escalenos
- Trapézio
- Rombóides
- Angular da omoplata
- Pequeno peitoral.
Estes músculos sustentam o peso dos membros superiores e são bastante solicitados no dia a dia, principalmente em profissões sedentárias de escritório, tornando-os expostos a um esforço repetitivo diário desenvolvendo pontos gatilho com maior frequência.
COMO DIAGNOSTICAR UM PONTO-GATILHO?
É essencial ter um bom conhecimento de anatomia e claro está, dos Miótomos. Por exemplo, ao palpar um paciente com dor irradiada (palpação que pode ser profunda ou superficial, dependendo da severidade dos sintomas), deve-se procurar pelo "ponto muscular" cuja pressão digital do terapeuta provoque de forma imediata o sintoma. Se não houver irradiação de dor, referida ou distal, não é um ponto-gatilho. O tratamento é por isso diferente do explicado neste artigo.
COMO PREVENIR?
Se a sua actividade requer uma tensão muscular regular e prolongada (trabalho ao computador, falar ao telefone, ficar muito tempo sentado, stress, etc.) tem mais propensão a formar pontos-gatilho, por isso, exercite-se com frequência (um músculo oxigenado e flexível é mais saudável) descanse de hora em hora no trabalho para fazer alongamentos suaves e lentos e andar uns metros, tenha um bom espaço ergonómico (ver postura e ergonomia no trabalho)
TÉCNICA DE TRATAMENTO
Um dos princípios desta técnica é encontrar a área enrijecida, hipersensível e geralmente nodulosa, no tecido muscular. Pressionar firmemente, procurando o ângulo correcto do ponto de tensão. Mantém-se uma pressão firme contínua, ou intermitente, mais ou menos 4 kg, durante 30 segundos (em média). Ao exercer uma pressão isquémica, sente-se uma diminuição do enrijecimento da área e uma quebra de resistência, sendo traduzida como uma sensação de alivio pelo paciente.
Geralmente este tratamento é doloroso e em alguns casos é aconselhado o uso do gelo para anestesiar o local antes do tratamento.
Depois de uma série de pressão isquémica, alonga-se passivamente o músculo (numa amplitude máxima que não provoque contracção do mesmo) seguido de alongamento miofascial. Faz-se 3 a 4 "séries" (ou até sentir que a densidade do tecido diminuiu) desta sequência de tratamento.
Fibromialgia - um pequeno esclarecimento
http://www.docelimao.com.br/site/sindromes-do-feminino/354-sobre-fibromialgia-um-pequeno-esclarecimento.html
Muitas mulheres me escrevem pedindo orientação alimentar para este distúrbio. Sempre indico uma alimentação mais alcalinizante/desintoxicante, apenas porque acredito que é a forma mais saudável e equilibradora do metabolismo humano. Porém, assim como muitos médicos e profissionais da saúde, e apesar de tudo que estudo sobre esta síndrome, não consigo encontrar algo mais específico.
Entretanto, ao ler este texto da Revista Mente & Cérebro, senti vontade de compartilhar seu conteúdo, pois apesar de não ter nada em definitivo, oferece uma luz ao final do túnel. Aí vai!
Fibromialgia - um distúrbio associado a alterações do sono, mas não se sabe se são causa ou consequência
Por Felix Straumann
Alterações na transmissão neural dos sinais dolorosos estão na base da fibromialgia, mas traços de personalidade, traumas e estresse crônico ajudam a deflagrar esta síndrome que afeta principalmente as mulheres.
"Afinal de contas, o que eu tenho, doutor?" Durante muitos anos essa foi uma pergunta sem resposta para a advogada Sandra Kaufmann, 55 anos, que nos últimos 20 anos visitou dezenas de consultórios médicos em busca de um diagnóstico para suas dores crônicas e generalizadas. Na verdade, recebeu vários, até mesmo o de hipocondria, úlcera do estômago e acidente vascular cerebral. E não raras foram as vezes em que os médicos, depois de pedirem baterias de exames, concluíram que sua dor era "psicológica".
Os sintomas de Sandra começaram depois do nascimento do terceiro filho: dores difusas e intermitentes em diferentes partes do corpo que, com o tempo, foram se tornando tão intensas que a impediram de trabalhar regularmente. Hoje ela tem um diagnóstico: fibromialgia - o que não significa que suas perguntas foram respondidas.
Por ser uma doença difícil de ser detectada e pouco conhecida, seus dados epidemiológicos fornecem uma ideia ainda imprecisa do quadro. Estudos feitos nos Estados Unidos e na Europa indicam que a doença afeta quase 6% dos pacientes dos consultórios de clínica geral, até 8% dos que se encontram hospitalizados e cerca de 20% das
pessoas atendidas por reumatologistas. O problema predomina em mulheres (80% a 90% dos casos) com idade entre 30 e 60 anos, embora possa se manifestar também em crianças, adolescentes e idosos. Curiosamente, é mais comum nos estratos sociais e educacionais mais altos.
HIPERSENSÍVEIS
Como não se conhecem as causas da fibromialgia, os especialistas preferem chamá-la de síndrome. Além da dor generalizada, os principais sintomas são fadiga crônica, perturbações do sono, enxaqueca e aumento da sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa. Alterações de humor, diticuldade de concentração e cólicas menstruais intensas também são comuns. Apesar de tudo isso, não existe um só exame laboratorial ou de imagem capaz de ajudar o médico no diagnóstico, que depende totalmente do seu faro clínico - razão pela qual não são raros os que não dão a devida importância às queixas das pacientes.
Sandra é um exemplo disso. Ela viveu na pele as consequências da desinformação médica. "A pior coisa é você estar com o corpo doendo e o médico dizer que é efeito do estresse, que eu só precisava de férias", diz.
Negligenciada por décadas, a fibromialgia começou a ser estudada sistematicamente no fim dos anos 80 e não tardou muito para que os cientistas percebessem alterações nos mecanismos da dor. Estudos mostram que não há nada errado com o corpo dessas mulheres; o problema está no sistema nervoso central. Umas das primeiras evidências vieram da Universidade de Heidelberg, quando o neurobiólogo Siegfried Mense conseguiu induzir em ratos um conjunto de sintomas muito semelhantes do quadro fibromiálgico. Para isso ele inibiu, por meio de resfriamento, a transmissão dos sinais de dor conduzidos pela medula espinhal. Esperavá-se que a sensibilidade fosse completamente inibida, mas não foi isso que aconteceu; os roedores ainda sentiam alguma coisa e continuavam se esquivando dos estímulos dolorosos.
Hoje a idéia mais aceita é a de que a fibromialgia está relacionada a uma maior sensibilidade ou, mais precisamente, a uma redução do limiar a partir do qual um estímulo é capaz de acionar os receptores de dor, que enviam esse sinal ao cérebro, o qual, por sua vez, interpreta a informação como um "Ai!".
Estudos conduzidos pelo médico Zoltan Cerevich, da Universidadede de Leipzig, mostram que o fenômeno tem como base alterações bioquímicas nos nervos periféricos que chegam à medula espinhal. Neles, determinadas moléculas receptoras regulam, em condições normais, a liberação do neurotransmissorglutamato, cujo efeito é a inibição da transmissão do sinal doloroso. Na ausência desses receptores, porém, sente-se uma dor difusa que parece ter origem nos músculos, ossos e tendões.
No entanto, a curiosidade dos cientistas não se deteve na medula e avançou para dentro do crânio com a ajuda da ressonância magnética funcional (fMRI). As imagens revelaram que o córtex sensórial primário - que recebe os sinais de tato e dor- é mais sensível aos estímulos periféricos nos pacientes com fibromialgia. Mais recentemente, uma revisão feita pela equipe do médico Richard Harris, da Universidade de Michigan, confirmou que, nesses pacientes, tanto as estruturas que transmitem quanto as que codificam a dor estão hiperativas. A genética estaria entre os principais fatores predisponentes, e aspectos emocionais estão, sem dúvida, envolvidos no desencadeamento do distúrbio, segundo os autores.
AUTOCRÍTICA
Depois de muita fisioterapia e diversos medicamentos, que sempre trouxeram alívio por tempo limitado, Sandra começou a fazer psicoterapia em grupo no laboratório de fibromialgia coordenado pelo médico Ulrich Egle, da Universidade de Mainz. Ao lado de oito pacientes ela participou dos debates e dos exercícios que tinham um objetivo específico: lidar melhor com as próprias emoções. Antes de começar a oferecer a psicoterapia, a hipótese de Egle era que as pessoas com essa síndrome poderiam ter passado por experiências traumáticas na infância, como violência física ou negligência. À medida que os grupos se sucederam, sua idéia foi confirmada e ele percebeu que quase todos os pacientes justificavam seu problema como algo "herdado" da família. Isso poderia explicar, segundo o pesquisador, porque a fibromialgia afeta mais as mulheres, uma vez que elas estariam mais expostas que os homens a traumas infantis. Além disso, o ciclo hormonal também poderia contribuir para a oscilação emocional e a susceptibilidade ao
estresse.
Há ainda outras características comuns nas mulheres com fibromialgia. "Baixa auto-estima, perfeccionismo, autocrítica severa e busca obsessiva do detalhe compõem o perfil psicológico dessas pacientes", conta Egle. É muito frequente ouvir delas que as dores começaram após eventos radicais ou repentinos, como desemprego, morte na família e separação.
Outro aspecto que intriga os especialistas é a relação entre fibromialgia e distúrbios do sono. Ninguém sabe o que é causa e o que é consequência. "A maioria dos pacientes diz que dorme mal por causa das dores", diz o reumatologista Michal Späth, da Universidade de Munique. "Em contrapartida, o tratamento dos distúrbios do sono geralmente traz alívio considerável para os outros sintomas."
A fibromialgia geralmente está associada a alterações no estágio 4 do sono de ondas lentas, também conhecido como não-REM, o que se reflete num sono superficial e não restaurador, conforme relatam os pacientes. Experimentos com voluntários nos quais foi induzida privação desse estágio acarretaram fadiga crônica e dores generalizadas. Späth alerta, porém, para o fato de que até 50% das suspeitas de fibromialgia não se confirmam. Isso porque pessoas submetidas a estresse crônico parecem desenvolver sintomas semelhantes aos da síndrome, os quais se manifestam ou se intensificam justamente na hora de dormir.
PSICOTERAPIA
Medicamentos analgésicos e antiinflamatórios raramente fazem efeito. As drogas de escolha costumam ser os antidepressivos, mas sua eficácia só é percebida em parte das pesssoas em tratamento. Späth não abre mão da psicoterapia para seus pacientes e dá mais atenção ao lado emocional do que propriamente aos sintomas físicos. Entretanto, O reumatologista vê limitações na eficácia de métodos alternativos, como banhos com água quente e fria, acupuntura e massagem. "Embora tragam algum alívio, os resultados não se mantêm a longo prazo", afirma. Sandra, por exemplo, é tratada com acupuntura há dois anos, mas
reconhece que os efeitos já não são tão bons quanto no início.
O fato é que, apesar dos avanços nas pesquisas sobre essa síndrome nos últimos 20 anos, ninguém tem uma idéia clara sobre suas origens. Para alguns cientistas, o distúrbio do sono é mais causa do que consequência. Outros acreditam que a fibromialgia seja deflagrada por uma infecção viral ou bacteriana, ou por alguma lesão na região superior da medula espinhal. Algumas pesquisas investigam possíveis anormalidades no sistema nervoso autônomo e no metabolismo muscular desses pacientes.
Já os resultados da terapia em Mainz parecem promissores. De 80 participantes, dois terços reconhecem os benefícios do tratamento e metade ficou quase um ano praticamente livre das dores. Sandra está no grupo dos aliviados: "Antes, quando eu me irritava com as crianças, sentia aquela dor forte, como um puxão", recorda. "Hoje vivo muito mais relaxada." Desde então ela voltou a trabalhar meio período, o que melhorou muito sua qualidade de vida e seu relacionamento com a família. Além disso, agora ela consegue enfrentar os problemas do dia-a-dia com mais serenidade, sem se deixar irritar pelas pequenas adversidades. O marido e os filhos são testemunhas da lenta transformação: antes Sandra não suportava ver qualquer coisa suja na pia da cozinha e cobrava deles mais disciplina. Hoje esse tipo de situação já quase não lhe dói mais.
Autor: Felix Straumann - biólogo e jornalista científico -Tradução de Saulo Krieger
Texto extraído da Revista VIVER Mente & Cérebro - número 171 - Abril 2007 - editora Duetto
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http://anovamente.vilabol.uol.com.br/fibromialgia_e_dort.htm
Muitas mulheres me escrevem pedindo orientação alimentar para este distúrbio. Sempre indico uma alimentação mais alcalinizante/desintoxicante, apenas porque acredito que é a forma mais saudável e equilibradora do metabolismo humano. Porém, assim como muitos médicos e profissionais da saúde, e apesar de tudo que estudo sobre esta síndrome, não consigo encontrar algo mais específico.
Entretanto, ao ler este texto da Revista Mente & Cérebro, senti vontade de compartilhar seu conteúdo, pois apesar de não ter nada em definitivo, oferece uma luz ao final do túnel. Aí vai!
Fibromialgia - um distúrbio associado a alterações do sono, mas não se sabe se são causa ou consequência
Por Felix Straumann
Alterações na transmissão neural dos sinais dolorosos estão na base da fibromialgia, mas traços de personalidade, traumas e estresse crônico ajudam a deflagrar esta síndrome que afeta principalmente as mulheres.
"Afinal de contas, o que eu tenho, doutor?" Durante muitos anos essa foi uma pergunta sem resposta para a advogada Sandra Kaufmann, 55 anos, que nos últimos 20 anos visitou dezenas de consultórios médicos em busca de um diagnóstico para suas dores crônicas e generalizadas. Na verdade, recebeu vários, até mesmo o de hipocondria, úlcera do estômago e acidente vascular cerebral. E não raras foram as vezes em que os médicos, depois de pedirem baterias de exames, concluíram que sua dor era "psicológica".
Os sintomas de Sandra começaram depois do nascimento do terceiro filho: dores difusas e intermitentes em diferentes partes do corpo que, com o tempo, foram se tornando tão intensas que a impediram de trabalhar regularmente. Hoje ela tem um diagnóstico: fibromialgia - o que não significa que suas perguntas foram respondidas.
Por ser uma doença difícil de ser detectada e pouco conhecida, seus dados epidemiológicos fornecem uma ideia ainda imprecisa do quadro. Estudos feitos nos Estados Unidos e na Europa indicam que a doença afeta quase 6% dos pacientes dos consultórios de clínica geral, até 8% dos que se encontram hospitalizados e cerca de 20% das
pessoas atendidas por reumatologistas. O problema predomina em mulheres (80% a 90% dos casos) com idade entre 30 e 60 anos, embora possa se manifestar também em crianças, adolescentes e idosos. Curiosamente, é mais comum nos estratos sociais e educacionais mais altos.
HIPERSENSÍVEIS
Como não se conhecem as causas da fibromialgia, os especialistas preferem chamá-la de síndrome. Além da dor generalizada, os principais sintomas são fadiga crônica, perturbações do sono, enxaqueca e aumento da sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa. Alterações de humor, diticuldade de concentração e cólicas menstruais intensas também são comuns. Apesar de tudo isso, não existe um só exame laboratorial ou de imagem capaz de ajudar o médico no diagnóstico, que depende totalmente do seu faro clínico - razão pela qual não são raros os que não dão a devida importância às queixas das pacientes.
Sandra é um exemplo disso. Ela viveu na pele as consequências da desinformação médica. "A pior coisa é você estar com o corpo doendo e o médico dizer que é efeito do estresse, que eu só precisava de férias", diz.
Negligenciada por décadas, a fibromialgia começou a ser estudada sistematicamente no fim dos anos 80 e não tardou muito para que os cientistas percebessem alterações nos mecanismos da dor. Estudos mostram que não há nada errado com o corpo dessas mulheres; o problema está no sistema nervoso central. Umas das primeiras evidências vieram da Universidade de Heidelberg, quando o neurobiólogo Siegfried Mense conseguiu induzir em ratos um conjunto de sintomas muito semelhantes do quadro fibromiálgico. Para isso ele inibiu, por meio de resfriamento, a transmissão dos sinais de dor conduzidos pela medula espinhal. Esperavá-se que a sensibilidade fosse completamente inibida, mas não foi isso que aconteceu; os roedores ainda sentiam alguma coisa e continuavam se esquivando dos estímulos dolorosos.
Hoje a idéia mais aceita é a de que a fibromialgia está relacionada a uma maior sensibilidade ou, mais precisamente, a uma redução do limiar a partir do qual um estímulo é capaz de acionar os receptores de dor, que enviam esse sinal ao cérebro, o qual, por sua vez, interpreta a informação como um "Ai!".
Estudos conduzidos pelo médico Zoltan Cerevich, da Universidadede de Leipzig, mostram que o fenômeno tem como base alterações bioquímicas nos nervos periféricos que chegam à medula espinhal. Neles, determinadas moléculas receptoras regulam, em condições normais, a liberação do neurotransmissorglutamato, cujo efeito é a inibição da transmissão do sinal doloroso. Na ausência desses receptores, porém, sente-se uma dor difusa que parece ter origem nos músculos, ossos e tendões.
No entanto, a curiosidade dos cientistas não se deteve na medula e avançou para dentro do crânio com a ajuda da ressonância magnética funcional (fMRI). As imagens revelaram que o córtex sensórial primário - que recebe os sinais de tato e dor- é mais sensível aos estímulos periféricos nos pacientes com fibromialgia. Mais recentemente, uma revisão feita pela equipe do médico Richard Harris, da Universidade de Michigan, confirmou que, nesses pacientes, tanto as estruturas que transmitem quanto as que codificam a dor estão hiperativas. A genética estaria entre os principais fatores predisponentes, e aspectos emocionais estão, sem dúvida, envolvidos no desencadeamento do distúrbio, segundo os autores.
AUTOCRÍTICA
Depois de muita fisioterapia e diversos medicamentos, que sempre trouxeram alívio por tempo limitado, Sandra começou a fazer psicoterapia em grupo no laboratório de fibromialgia coordenado pelo médico Ulrich Egle, da Universidade de Mainz. Ao lado de oito pacientes ela participou dos debates e dos exercícios que tinham um objetivo específico: lidar melhor com as próprias emoções. Antes de começar a oferecer a psicoterapia, a hipótese de Egle era que as pessoas com essa síndrome poderiam ter passado por experiências traumáticas na infância, como violência física ou negligência. À medida que os grupos se sucederam, sua idéia foi confirmada e ele percebeu que quase todos os pacientes justificavam seu problema como algo "herdado" da família. Isso poderia explicar, segundo o pesquisador, porque a fibromialgia afeta mais as mulheres, uma vez que elas estariam mais expostas que os homens a traumas infantis. Além disso, o ciclo hormonal também poderia contribuir para a oscilação emocional e a susceptibilidade ao
estresse.
Há ainda outras características comuns nas mulheres com fibromialgia. "Baixa auto-estima, perfeccionismo, autocrítica severa e busca obsessiva do detalhe compõem o perfil psicológico dessas pacientes", conta Egle. É muito frequente ouvir delas que as dores começaram após eventos radicais ou repentinos, como desemprego, morte na família e separação.
Outro aspecto que intriga os especialistas é a relação entre fibromialgia e distúrbios do sono. Ninguém sabe o que é causa e o que é consequência. "A maioria dos pacientes diz que dorme mal por causa das dores", diz o reumatologista Michal Späth, da Universidade de Munique. "Em contrapartida, o tratamento dos distúrbios do sono geralmente traz alívio considerável para os outros sintomas."
A fibromialgia geralmente está associada a alterações no estágio 4 do sono de ondas lentas, também conhecido como não-REM, o que se reflete num sono superficial e não restaurador, conforme relatam os pacientes. Experimentos com voluntários nos quais foi induzida privação desse estágio acarretaram fadiga crônica e dores generalizadas. Späth alerta, porém, para o fato de que até 50% das suspeitas de fibromialgia não se confirmam. Isso porque pessoas submetidas a estresse crônico parecem desenvolver sintomas semelhantes aos da síndrome, os quais se manifestam ou se intensificam justamente na hora de dormir.
PSICOTERAPIA
Medicamentos analgésicos e antiinflamatórios raramente fazem efeito. As drogas de escolha costumam ser os antidepressivos, mas sua eficácia só é percebida em parte das pesssoas em tratamento. Späth não abre mão da psicoterapia para seus pacientes e dá mais atenção ao lado emocional do que propriamente aos sintomas físicos. Entretanto, O reumatologista vê limitações na eficácia de métodos alternativos, como banhos com água quente e fria, acupuntura e massagem. "Embora tragam algum alívio, os resultados não se mantêm a longo prazo", afirma. Sandra, por exemplo, é tratada com acupuntura há dois anos, mas
reconhece que os efeitos já não são tão bons quanto no início.
O fato é que, apesar dos avanços nas pesquisas sobre essa síndrome nos últimos 20 anos, ninguém tem uma idéia clara sobre suas origens. Para alguns cientistas, o distúrbio do sono é mais causa do que consequência. Outros acreditam que a fibromialgia seja deflagrada por uma infecção viral ou bacteriana, ou por alguma lesão na região superior da medula espinhal. Algumas pesquisas investigam possíveis anormalidades no sistema nervoso autônomo e no metabolismo muscular desses pacientes.
Já os resultados da terapia em Mainz parecem promissores. De 80 participantes, dois terços reconhecem os benefícios do tratamento e metade ficou quase um ano praticamente livre das dores. Sandra está no grupo dos aliviados: "Antes, quando eu me irritava com as crianças, sentia aquela dor forte, como um puxão", recorda. "Hoje vivo muito mais relaxada." Desde então ela voltou a trabalhar meio período, o que melhorou muito sua qualidade de vida e seu relacionamento com a família. Além disso, agora ela consegue enfrentar os problemas do dia-a-dia com mais serenidade, sem se deixar irritar pelas pequenas adversidades. O marido e os filhos são testemunhas da lenta transformação: antes Sandra não suportava ver qualquer coisa suja na pia da cozinha e cobrava deles mais disciplina. Hoje esse tipo de situação já quase não lhe dói mais.
Autor: Felix Straumann - biólogo e jornalista científico -Tradução de Saulo Krieger
Texto extraído da Revista VIVER Mente & Cérebro - número 171 - Abril 2007 - editora Duetto
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http://anovamente.vilabol.uol.com.br/fibromialgia_e_dort.htm
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