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4 de mar. de 2011

Síndrome da Fadiga Crônica (SFC)

Rating:★★★★★
Category:Other
O que é

A síndrome da fadiga crônica é caracterizada por sintomas tão diversos que seu diagnóstico é de modo geral difícil. Muitas outras doenças apresentam sintomas semelhantes aos da síndrome da fadiga crônica (SFC), e por essa razão seu médico precisará descartar algumas delas e possíveis causas da fadiga, como anemia, depressão, fibromialgia, infecção, diabetes, doenças cardíacas, problemas na tireóide e câncer.

A fadiga opressiva e persistente é o sintoma predominante da SFC, definida como fadiga extrema e mal-estar que não melhoram com repouso. Os sintomas costumam ter duração de pelo menos seis meses e interferem significativamente na vida cotidiana.

O que causa...


Ainda que muitas pessoas atribuam o início da SFC a fatores como estresse, de acordo com um painel recente de um encontro da associação norte-americana que trata da doença, o estresse não causa a síndrome da fadiga crônica.

Vale ressaltar, contudo, que os pesquisadores afirmaram que há poucas evidências de que o estresse pode piorar uma SFC já existente. Apesar de eles também afirmarem que ainda aguardam uma causa específica, especialistas sugerem que é provável que uma infecção possa desencadear a SFC.

A causa da SFC ainda é desconhecida e, como tal, constitui um verdadeiro enigma para os médicos. Existem inúmeras teorias acerca dessa doença.

Acredita-se que a SFC está associada a infecções como pelo vírus Epstein-Barr (que também causa a mononucleose), alergias, doença de Lyme, função metabólica debilitada, pressão arterial baixa, disfunção da glândula adrenal, anormalidades imunológicas, distúrbios neurológicos, doenças reumáticas, distúrbios no sistema nervoso central, distúrbios auto-imunes, problemas hormonais e uso de certos medicamentos.
Apesar de nenhum vírus ter sido identificado, muitos pacientes com SFC relataram ter sentido algo semelhante a uma gripe que desencadeou os sintomas. Não há evidências de que a SFC seja contagiosa.


Ainda que muitas pessoas atribuam o início da SFC a fatores como estresse, de acordo com um painel recente de um encontro da associação norte-americana que trata da doença, o estresse não causa a síndrome da fadiga crônica.

Vale ressaltar, contudo, que os pesquisadores afirmaram que há poucas evidências de que o estresse pode piorar uma SFC já existente. Apesar de eles também afirmarem que ainda aguardam uma causa específica, especialistas sugerem que é provável que uma infecção possa desencadear a SFC.


http://saude.hsw.uol.com.br/sindrome-fadiga-cronica.htm

Como os alimentos podem ajudar

Apesar de não se conhecer a cura para esse problema, certos nutrientes presentes nos alimentos podem ajudar a aliviar alguns sintomas.

Os sintomas da SFC incluem inchaço nos gânglios, inflamação nas articulações e outros sinais parecidos com os da gripe, que podem ser temporariamente anulados por alimentos ricos em ácidos graxos essenciais (AGE). Os AGE podem ajudar a ácido graxo essencial, o ácido graxo ômega-3, pode auxiliar no combate à depressão, que muitas vezes acompanha a SFC.

A deficiência de vitamina B12 está associada à fadiga e à depressão; por isso acredita-se que o consumo de alimentos ricos nessa vitamina possa ajudar a minimizar a fadiga e a depressão da SFC. Outras vitaminas do complexo B, como a vitamina B6 e a riboflavina, são fundamentais no combate à fadiga, auxiliando o organismo na produção de energia.

Para muitas pessoas, a SFC ocorre imediatamente após elas terem contraído um resfriado, uma gripe ou uma infecção intestinal. Contudo, é importante o consumo de alimentos ricos em vitamina C, que ajuda a fortalecer o sistema imunológico enfraquecido (o que muitos julgam ser um fator importante para a SFC). O zinco promove a destruição de microorganismos estranhos e impede o desenvolvimento de viroses como o resfriado comum, além de ajudar na melhora e no reparo do sistema imunológico.

Como um grande número de pessoas com SFC relatou ter dores de cabeça e nos músculos, os alimentos ricos em magnésio também podem ser de grande auxílio. Para combater a insônia que afeta muitas pessoas com SFC, pode ser útil ingerir alimentos ricos no aminoácido triptofano, que é convertido pelo organismo em serotonina. Note ainda que refeições ricas em carboidratos frequentemente ajudam a aumentar os níveis de serotonina.

http://saude.hsw.uol.com.br/sindrome-fadiga-cronica1.htm

Alimentos Nutrientes Benefícios para a saúde
Abacate
Amaranto
Quinoa, Semente-de-girassol

Magnésio Importante na produção e no transporte de energia, e também auxilia na contração e no relaxamento dos músculos. É um mineral essencial, visto que pessoas com a síndrome da fadiga crônica frequentemente apresentam alguma dor nos músculos.
Aves
Banana
Ervilha
Laticínios ( *** veja outras síndromes :SQM, pode haver discordâncias em hipersensibilidade)

Triptofano Apesar de a fadiga ser um dos principais sintomas da SFC, muitas pessoas que sofrem desse mal também apresentam dificuldade para dormir e surtos de insônia. O triptofano é convertido em serotonina, que proporciona uma sensação de relaxamento e sono. Ingerir alimentos ricos em carboidratos
complexos ajudará você a absorver adequadamente o triptofano
Feijão
Caju
Mexilhão
Aves
Sementes-de-abóbora

Zinco Alimentos ricos em zinco podem ajudar a manter o bom funcionamento do sistema imunológico. Um sistema imunológico forte pode auxiliar na prevenção de certas viroses, como o resfriado e a gripe - enfermidades que podem preceder a SFC.

Como tratar a síndrome da fadiga crônica

A síndrome da fadiga crônica (SFC) tornou-se um dos mistérios mais frustrantes da medicina. Os portadores da SFC sofrem de uma fadiga inexplicada e debilitante que pode persistir indefinidamente. Seus sintomas, semelhantes aos de uma gripe, que são fadiga (falta de energia), mal-estar, dor muscular, dor de garganta, febre baixa e linfonodos inchados, geralmente permanecem por muito mais tempo do que simplesmente uma gripe, mononucleose ou alguma outra doença infecciosa. A depressão, comum em muitas doenças crônicas, pode acompanhar os outros sintomas da SFC. Da mesma forma, os problemas cognitivos, como confusão e esquecimento, assim como distúrbios do sono.

A síndrome da fadiga crônica pode ser um
problema de saúde seriamente debilitante
Existem muitas teorias sobre a causa da síndrome da fadiga crônica, mas, até aqui, ninguém apareceu com uma resposta definitiva. É um vírus? Há uma tendência genética para desenvolvê-la? É desencadeada por estresse? É um mau funcionamento do sistema imunológico? Ninguém sabe.

Até o diagnóstico da SFC pode ser incerto, já que não existe disponível, atualmente, nenhum exame de sangue ou raio X que diga "sim, esse paciente tem SFC". Ao contrário, continua sendo principalmente um diagnóstico de exclusão. Isto é, seu médico deve primeiro descartar outros problemas de saúde, como anemia, esclerose múltipla, doenças da tireóide, lupus e até câncer, que podem provocar sintomas semelhantes. A fadiga crônica, apesar de tudo, é uma das queixas mais comuns que os médicos escutam dos pacientes. Por isso, para que o diagnóstico da SFC seja um pouco mais claro, consistente e confiável, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos estabeleceram diretrizes para diagnosticar o problema com base no trabalho de cientistas internacionais que estudam a síndrome.

A síndrome da fadiga crônica é tratada com uma série de medicamentos, dependendo dos sintomas. Alguns dos medicamentos que podem ser receitados incluem antiinflamatórios não esteróides (como a aspirina *** veja outras matérias de síndromes SQM) (e o ibuprofeno), antidepressivos tricíclicos de baixa dosagem, inibidores seletivos de recaptação de serotonina (outra categoria de antidepressivos), ansiolíticos, estimulantes e anti-histamínicos.
Para obter uma lista de precauções a tomar ao utilizar analgésicos sem receita, clique aqui (em inglês).

Se você sofre de SFC, qual a solução? Infelizmente, não há cura. E ninguém consegue dizer por quanto tempo você ficará doente. Mas a doença não piora progressivamente, nem é fatal. Na verdade, geralmente, você fica mais doente no primeiro ano, muitas vezes, antes mesmo de ser diagnosticado. O desafio é aprender a lidar com a SFC.

Nesse artigo, ensinaremos estratégias, daremos dicas sobre como detectar o problema e os aspectos negativos das terapias alternativas.
no site:
Esses dados são apenas informativos. ELES NÃO TÊM O OBJETIVO DE PROPORCIONAR ORIENTAÇÃO MÉDICA. Tanto os editores do Consumer Guide (R), da Publications International, Ltda., quanto os divulgadores se responsabilizam por quaisquer conseqüências possíveis oriundas de qualquer tratamento, procedimento, exercício, modificação alimentar, ação ou aplicação de medicação resultante da leitura ou aplicação das informações aqui contidas. A publicação dessas informações não constitui prática de medicina, e não substituem a orientação de seu médico ou de outros profissionais da área médica. Antes de se submeter a qualquer tratamento, o leitor deve procurar atendimento médico ou de outro profissional da área da saúde.

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Diagnóstico
A comediante norte-americana Gilda Radner foi diagnosticada erroneamente com síndrome da fadiga crônica, que retardou a descoberta do câncer de ovário que, no fim, a matou. Esse é um dos piores cenários que podem ocorrer com a SFC. Por isso, se suspeitar que tem a síndrome da fadiga crônica, tenha certeza de que seu médico descartou quaisquer outros problemas que possam causar sintomas semelhantes.

Como não há um teste que diagnostique a SFC, o Centros de Controle de Doenças (CDC) estabeleceu diretrizes, em 1994, para seu diagnóstico. De acordo com elas, você deve ter fadiga crônica grave se os sintomas durarem seis meses ou mais e forem excluídos, por meio de diagnósticos médicos, quaisquer outros problemas de saúde conhecidos. E você deve apresentar, simultaneamente, quatro ou mais sintomas descritos a seguir:
diminuição significativa da memória ou concentração;

dor de garganta;

linfonodos sensíveis;

dor muscular;

dor, sem inchaço nem vermelhidão, em várias articulações;

dor de cabeça de um novo tipo, padrão ou gravidade;

sono intranqüilo;

mal-estar que ocorre após esforço e dura mais de 24 horas.


Esses sintomas devem persistir ou recorrer durante seis meses consecutivos ou mais e não devem ocorrer antes da fadiga.

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Estratégias para lidar com a síndrome da fadiga crônica *** Fundamental.
Aqui vão as estratégias para lidar com a síndrome da fadiga crônica conforme recomendação dos especialistas: médicos, psicoterapeutas e pacientes. Algumas tratam do lado físico da doença, outras, do lado emocional de se viver com uma doença crônica, e outras ainda simplesmente dão dicas práticas. Junto com as recomendações e cuidados de seu médico, elas podem ajudá-lo a lidar com a SFC, no seu dia-a-dia.

Estabeleça uma parceria com sua equipe de tratamento. Encontre um médico em quem você confie e que leve a síndrome da fadiga crônica a sério (já que a existência verdadeira da SFC como uma única condição médica não é universalmente aceita no campo médico). Passe por vários médicos, se necessário, e faça muitas perguntas. E na hora de escolher, confie na sua intuição. Além disso, trabalhe com seu médico e outros profissionais de saúde aprendendo sobre a síndrome da fadiga crônica.

Uma quantidade apropriada de atividade
física ajuda a mantê-lo emocional
e fisicamente saudável
Exercício. Uma quantidade apropriada de atividade física ajuda a mantê-lo emocional e fisicamente saudável. Entretanto, é importante saber quanto fazer e quando parar. Fale com seu médico ou consulte-se com um fisioterapeuta para saber que atividades você pode fazer. Pode ser que você consiga fazer caminhada, natação, hidroterapia, alongamento, ioga ou tai chi.

Faça o que puder pelo seu corpo. Faça o básico para levar uma vida saudável: Faça uma dieta nutritiva, descanse e participe de um programa de exercícios moderados, mesmo que seja apenas uma caminhada diária de cinco minutos.

Sofra pelo que você perdeu. É normal ficar chateado por ter desenvolvido uma doença crônica. Admitir isso pode ajudá-lo a aceitá-la.

Não se culpe. Você não tem culpa de estar doente.

Encontre apoio. Falar de sua condição com outros portadores da SFC pode ser de grande ajuda. Eles entendem o que você está passando e podem oferecer apoio, conselho, amizade e informação. Pergunte a seu médico ou a hospitais da região sobre grupos de apoio locais ou procure nas páginas amarelas ou na Internet. Entretanto, evite grupos de apoio que usam as reuniões como pontos de vendas de produtos alternativos. Você também pode procurar aconselhamento profissional, já que a depressão geralmente faz parte de qualquer condição crônica.

Gaste suas energias com sabedoria. Muitos pacientes falam em usar seus preciosos depósitos de energia como se fossem moedas de um cofrinho: racionam com cuidado e utilizam somente quando necessário. Sente-se, em vez de ficar em pé, evite ficar subindo e descendo escadas desnecessariamente, estacione na vaga para deficientes, de modo que fique próximo de seu destino, peça para que suas compras sejam entregues em domicílio e/ou contrate alguém para limpar sua casa. Tudo isso é para guardar energia para fazer as tarefas do dia-a-dia.

Estabeleça metas justas. Seja realista ao determinar as metas diárias, tendo em mente como você realmente se sente, e não como gostaria de se sentir. Se estabelecer metas muito altas, ficará desapontado caso não consiga cumpri-las. Se tiver expectativas razoáveis, você poderá cumprir suas metas e ficará com a sensação de realização e controle.

Programe períodos de descanso. Ouça seu corpo e respeite sua necessidade de descansar antes e depois das atividades.

Estabeleça prioridades. Pode ser que você tenha tempo somente para as duas ou três primeiras tarefas de sua lista, então, procure colocar as mais importantes no topo dela.

Mantenha os horários do trabalho e da casa na mesma agenda. Dessa forma, você não se sobrecarrega, por exemplo, marcando uma reunião de trabalho importante no mesmo dia da festa de aniversário de seu filho.

Aprenda a se adaptar. Encontre maneiras de se socializar que não o desgastem. Assista a um vídeo em casa com os amigos em vez de ir ao cinema, ou peça comida em vez de se reunir em um restaurante. Os amigos e familiares que realmente se preocupam com você não se importarão com isso.

Divirta-se. Com menos energia para concluir as coisas, você pode querer trabalhar sempre que se sentir bem e considerar a socialização uma extravagância que não conseguirá agüentar. Equilibre sua vida deixando um tempo para os amigos e a família.

Tenha um diário. Mesmo que você não escreva nele todo dia, o diário pode ajudá-lo a colocar seus sentimentos em evidência.

Não ignore sua sexualidade. Você pode programar o sexo para quando se sentir bem. E isso pode ser em uma manhã ou uma tarde, caso geralmente fique muito cansado à noite.

Tenha senso de humor. Procure filmes engraçados, livros, programas de televisão e pessoas que distraiam você de seu estresse diário, e não que o incentivem a se afogar nele.

Viva o hoje. Tente não se prender ao passado nem ao futuro.



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Terapias alternativas
Existem hoje dezenas de tipos de terapias alternativas para o tratamento da síndrome da fadiga crônica: fitoterapia, suplementos dietéticos, dietas especiais, acupuntura e auto-hipnose, entre outras. Mas elas funcionam?

A maioria não foi estudada cientificamente, de acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC). O que se sabe é que alguns suplementos dietéticos e preparados fitoterápicos podem ter efeitos colaterais potencialmente sérios. Por exemplo, um suplemento pode interferir ou interagir com os medicamentos prescritos, alterando a forma como agem no seu corpo.

Você pode se proteger usando o bom senso. Se um tratamento parece muito bom para ser verdade, ele provavelmente está exagerando nos benefícios. Suspeite de produtos que:
baseiam-se em depoimentos em vez de estudos científicos para comprovar sua eficácia. Uma doença pode regredir, ou o paciente, sentir-se melhor devido ao efeito placebo (um efeito benéfico que ocorre, mas que não pode ser atribuído a nenhuma propriedade especial da substância ou do tratamento);

sejam comercializados como "exclusivos". Se lhe disserem que você é uma das pessoas que conhece esse produto, ou que é uma cura "secreta que os médicos não querem compartilhar, provavelmente trata-se de uma conversa fiada. Se o tratamento realmente funcionou, ele não seria mantido em segredo;

contenha em sua embalagem ou comercialização recomendação para não falar a seu médico que está usando os produtos;

sejam vendidos por meio de um esquema de marketing de várias camadas (piramidal);

sejam comercializados com frases do tipo "oxigena seu corpo", "desentoxica seu sistema" ou "elimina de seu corpo vários venenos";

sejam vendidos por médicos que estejam nitidamente lucrando com o produto; por exemplo, se seu médico insistir para que você compre suplementos vitamínicos em seu consultório, e não na farmácia.
Os médicos ainda estão explorando os mistérios da síndrome da fadiga crônica e buscando uma cura. Entretanto, os métodos para proporcionar o bem estar físico e emocional podem ajudar as pessoas com essa doença a levarem uma vida completa e ativa.
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Outros
http://saude.hsw.uol.com.br/cuidados-com-a-saude-canal.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/como-enfrentar-dores-de-cabeca.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/problemas-do-sono.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/o-que-faz-pessoas-susceptiveis-alergia.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/como-tratar-a-sindrome-do-intestino-irritavel.htm

http://artigos.estudiame.com/category/fibromialgia/

1 de mar. de 2011

Bioquímica - intoxicação e remédios

Rating:★★★★★
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Você sabia que as intoxicações e as reações adversas por medicamentos são:
1.º lugar no ranking como agente de intoxicação nos centros de controle de toxicologia e farmacovigilância de todo o país;
No Estado do RS, segundo CIT/RS é de quase 30%.
No Estado de SP, segundo CEATOX/HC/USP de 07/96 a 06/97 foi de 42%.
A faixa etária mais atingida é justamente a mais desprotegida, a de 1 a 4 anos;
No Estado do RS, as crianças de 1-4 anos representam quase 40% das vítimas.
2.ª a 3.ª causa de óbito em todo o país, variando quanto à causa e à circunstância;
No RS, em 1999 foi a 2.ª causa mais freqüente de morte, segundo CIT/RS, sendo responsável por 21% do total de óbitos registrados, perdendo para os agropesticidas por 02 casos.
Cerca de 17% dos medicamentos usados por idosos são considerados desnecessários ou ineficazes ou perigosos (relação custo/benefício desfavorável). O maior problema não é a automedicação e sim a consulta em vários especialistas que prescrevem isoladamente;
Mais de 30% das internações hospitalares em média no mundo;
Em todo mundo, 30% dos pacientes internados desenvolvem RAMs.;
No Estado do RJ, 50% das reinternações são devidas a utilização incorreta do medicamento prescrito ou por abandono da farmacoterapia;
No RJ, 50% dos pacientes internados tem reação adversa, com 5% de evolução fatal. Quanto aos pacientes ambulatoriais, só 5% desenvolvem reações adversas sem nenhum caso de óbito registrado.
Esse mesmo estudo no RJ mostrou que quanto maior o n.º de medicamentos administrados conjuntamente, maior n.º de RAMs.:
% de RAMs.
7%
16%
66%
100%
N.º de Medicamentos
01
02
03
04
Em Campo Grande, dados do CIT/MS sobre tentativa de suicídio em 2000, apontam os medicamentos como agente tóxico de escolha (43%) seguido por agrotóxico de uso agrícola (15%). Assume o 2.º lugar em êxito de morte em 30% dos casos (acometendo mais as mulheres) contra quase 70% para inseticida agrícola (acometendo mais os homens). Apresentou um índice de letalidade de 4%, ou seja, 4% daqueles que ingeriram medicamentos com intuito do auto-extermíneo evoluíram para óbito.
Trabalhos publicados na "Revista Brasileira de Toxicologia" 14.ª edição, ano 2001, sobre intoxicações e reações adversas por medicamentos, consultou vários C.C.I. e incriminou os analgésicos como a dipirona, os salicilatos e o paracetamol, como responsáveis por mais de 10% dos total de casos ocorridos nas principais cidades brasileiras. Mostrou também que nas crianças de 1 a 4 anos são freqüentes os acidentes com AAS e AINES, e nos adultos é grande a incidência de tentativa por suicídio por medicamentos psicotrópicos e até mesmo pela linha OTC como dipirona, muito freqüente no sexo feminino.
As intoxicações por medicamentos são indiscutivelmente, o maior percentual de notificações de agravo à saúde registrados nos grandes centros urbanos, representando cerca de 40 a 70% do total de casos e com elevado número de mortes ou complicações clínicas graves. Nesse contexto estão alocadas as drogas:
1º. lugar = analgésicos/ antitérmicos/ Antiinflamatórios
2º. lugar = antidepressivos e estimulantes
3º. Lugar = cardiovasculares
Nas seguintes circunstâncias:
Iatrogenia (erro médico ou de profissional de saúde)
Overdose
Associação Medicamentosa
RAM (Reação Adversa à Medicamento)
Um estudo realizado num dos melhores hospitais do mundo, o hospital J. Hoppkins, realizada por médicos, apontou que a incidência de intoxicações medicamentosas sobre os pacientes internados da instituição era de 7,5%. Em nível de Brasil, onde as estatísticas seguras são inexistentes, pense sobre este dado e extrapole esses números para a realidade brasileira.
A) Antiinflamatórios Não-Esteroidais (AINES)
Corresponde a classe de medicamentos mais vendido no Brasil. Indicado para Doença de Reiter, Dismenorréia, Distúrbios Osteomusculares e músculoesqueléticas, traumas de membros, etc. Existem mais de 50 AINES diferentes no mercado, e nenhum deles é ideal no controle ou na modificação dos sinais e sintomas da inflamação, sobretudo nas doenças articulares inflamatórias comuns. Praticamente todos os AINES disponíveis hoje em dia tem efeitos indesejáveis significativos, especialmente em idosos.
Os AINES tradicionais aumentam em 3,5% o risco de sangramentos gastrintestinais, resultando em anemia crônica e morte. Pode precipitar Nefrite Analgésica em 0,5 a 10% dos casos.
A associação AINE + analgésico pode resultar em IRA e falência renal crônica.
Um estudo em Boston (EUA) com quase 8000 pessoas concluiu que os AINES como a Indometacina, o diclofenaco, o cetoprofeno, o ácido mefenâmico, são os medicamentos superprescritos mais tóxicos e agressivos da farmacoterapêutica racional.
A1) AAS
O Ácido acetilsalicílico além de inibir a agregação plaquetária de modo irreversível (com AINES a inibição é reversível) e por conseqüência provocar hemorragias, sobretudo as digestivas, pode provocar gastrite erosiva e úlcera hemorrágica, salicilismo Síndrome de Reye.
Um estudo com 200 indivíduos com trato digestivo normal que fizeram uso de aspirina mostrou que muitos deles perdiam de 2 a 6ml de sangue por dia pelas fezes, alguns perdiam uma quantidade ainda maior.
O salicilismo, uma condição de toxicidade crônica moderada, pode ocorrer com a ingestão repetida de doses altas de salicilato, produzindo tinnitus (zumbidos no ouvido), tonteiras, déficit em audição, náuseas e vômitos.
Antídoto: Diurese alcalina forçada, corrigir desequilíbrio ácido/básico e a hipertermia, hidratação.
Há uma associação entre a utilização de aspirina e síndrome de Reye, que é um distúrbio raro em crianças. Síndrome de Reye é uma combinação de um distúrbio grave do fígado e do cérebro(encefalopatia) ocorrendo após uma doença virótica febril, geralmente por varicela(catapora) ou influenza(gripe), e com mortalidade de 20-40%. Sua fisiopatologia ainda não está completamente explicada, mas parece ocorrer via lesão intracelular mitocondrial.
Nos EUA, antes do FDA controlar a venda do AAS infantil, o país tinha cerca de 850 casos de Reye/ano. Com a política de restrição ao uso do AAS 100mg, a casuística baixou para menos de 25 casos/ano.

A2) PARACETAMOL
O paracetamol (denominado de Acetaminofeno nos EUA) é um dos analgésicos-antipiréticos não narcóticos mais utilizados no mundo.
Com o Paracetamol, deve se ter garantias de o paciente estar com funções hepáticas íntegras, pois na insuficiência hepática gera grande quantidade de metabólicos tóxicos metahemoglobinogênicos.
Com doses terapêuticas, os efeitos colaterais são poucos e raros, embora ocorram ocasionalmente reações cutâneas alérgicas. A ingestão regular por um longo período pode provocar lesão renal, tanto que sua meia-vida plasmática com dose terapêutica varia de 2 a 4 hora, mas com dose tóxica pode estender-se a 6a 8 horas.
Doses tóxicas, isto é, o dobro ou triplo da dose terapêutica, causam hepatoxicidade grave, potencialmente fatal, além de nefrotoxicidade. Esses efeitos tóxicos ocorrem em decorrência da saturação das enzimas hepática que catalisam as reações de conjugação normais, fazendo com que o fármaco seja metabolizado pelas oxidases de função mista. O metabólico tóxico daí resultante, o N-acetil-p-benzoquinona imina, é inativado por conjugação com o glutation, mas ao esgotar o glutation, o metabólico tóxico acumula-se e reage com componentes nucleofílicos no hepatócito. Isto causa necrose no fígado e também nos túbulos renais.
A maior parte da droga é excretada com facilidade, conjugada com o ácido glicurônico e sulfatos. Mas, cerca de 10% do Paracetamol é metabolizado via citocromo P450 gerando certa quantidade de metahemoglobina. O problema é que um acréscimo de apenas 1 a 2% dessa metahemoglobina já é capaz de causar necrose hepática e morte.
Antídoto: N-acetilcisteína (Fluimucil) 1ª. 12 horas VO=140mg/Kg. Horas seguintes 70mg/Kg 4 em 4 horas.

A3) DIPIRONA
O maior problema do dipirona é o risco de causar agranulocitose (diminuição do número de leucócitos granulócitos). Nenhum dos produtos com base em dipirona como único princípio ativo está sendo comercializado na maioria dos países desenvolvidos (Austrália, Canadá, Dinamarca, EUA, Noruega, Reino Unido, Suécia etc). Em poucos países desenvolvidos (p.ex. Alemanha) a dipirona é utilizada, sob prescrição médica, nas seguintes situações clínicas: dor aguda grave em razão de trauma ou cirurgia; dor em cólica; dor relacionada ao câncer ou dor aguda ou crônica grave, mas apenas se outras intervenções terapêuticas falharam ou estão contra-indicadas.
Os últimos trabalhos de pesquisa internacional indicam a incidência de agranulocitose em um caso para 30.000 usuários (1:30.000). Ou ainda, 1 para 20.000 segundo as pesquisas mais pessimistas, contrárias a utilização massificada da dipirona como medicamento de venda livre.
Fisiopatologia: A dipirona tem um componente imunogênico muito alto. Ela não só causa reações alérgicas na medula óssea mas também o inteiro espectro das doenças imunogênicas graves incluindo nefrite intersticial, hepatite, alveolite e pneumonite tanto quanto doenças cutâneas graves como a síndrome de Stevens-Johnson ou a de Lyell. A dipirona muitas vezes causa vasculite que clinicamente se apresenta como síndrome de choque com início agudo ou demorado. Dados provenientes de sistema hospitalar de vigilância de reações adversas medicamentosas da SOBRAVIME sugerem que as reações de choque do tipo vasculite induzidas pela dipirona ocorrem 10 (dez) vezes mais freqüentemente que a agranulocitose.
A mortalidade desta reação parece ser de 30% a 50% em nossos pacientes: tanto a reposição de volume quanto as medidas vasopressoras falham na elevação da pressão arterial em razão da destruição das células endoteliais vasculares pela vasculite de hipersensibilidade induzida pela dipirona. Esta dimensão dos riscos induzida pela dipirona não é publicada nem discutida por produtores ou usuários, ainda que esteja disponível a informação sobre os elevados riscos de se contrair muitas doenças imunogênicas em acréscimo à agranulocitose.
B) Antidepressivos Tricíclicos
Determina uma intoxicação bastante séria, de elevada morbi-mortalidade, em razão de uma evolução sombria para parada cardíaca, de difícil recuperação, quando quase 1/4 dos pacientes morrem na intoxicação. Também sobrevêm o coma nas primeiras 24 horas, devendo-se monitorar a freqüência cardíaca por até 60 horas. O quadro clínico pode variar desde excitação e delírio, depressão respiratória, convulsão e morte súbita por fibrilação ventricular. A intoxicação é tão grave que, segundo a prática de CTI de médicos toxicologistas, não se consegue realizar ressuscitação cardíaca na parada cardíaca já instalada. A conduta mais prudente parece ser a instalação de marcapasso cardíaco externo que libera a descarga elétrica na fase mais inicial da fibrilação. Na intoxicação por estes medicamentos a repercussão cardíaca pode ser evidenciada por uma alteração no ECG conhecida como Torsades de Pointes.
Antídoto: Alcalinizar com bicarbonato de sódio.
C) Antipsicótico Fenotiazínico
A overdose de medicamentos derivados fenotiazínicos como os antipsicóticos Haloperidol (Haldol), Clorpromazina (Amplictil) e o antiemético Metoclopramida (Plasil) provocam as chamadas reações extrapiramidais, que podem, grosseiramente, ser confundidos com as fases inicias do tétano. Na verdade ocorre um quadro típico de parkinson (reação de parkinsonismo) com torcicolo, rigidez muscular (principalmente nos ombros, na pescoço e face) de membros superiores e cabeça, perda de mobilidade, tremores, distonia e acatisia (inquietação motora). Pode provocar reações distônicas agudas que variam desde reações musculares incômodas e dolorosas até morte por sufocamento, quando há intensa contração dos músculos faríngeos e laríngeos.
Além das reações distônicas aguda e tardias, os antipsicóticos neurolépticos podem, mesmo em dose terapêutica, determinar um quadro grave chamado de síndrome neuroléptica malígna.
Antídoto: Biperideno (Akineton 1-2mg/dose EV ou IM).
D) Cardiotônicos
Digoxina e Digitoxina são medicamentos reconhecidos pelo seu baixo índice terapêutico e pela dificuldade de manter suas concentrações em níveis estritamente terapêuticos. Quando em alta dose causam a chamada intoxicação digitálica, que se agrava no distúrbio eletrolítico com hipopotassemia ( K+). Na intoxicação por medicamentos cardiovasculares o evento pode ser evidenciado por alterações no ECG, por dosagem de eletrólitos no soro e dosagem do próprio fármaco no sangue.
E) Estimulantes Adrenérgicos
Medicamentos simpatomiméticos adrenérgicos como os derivados anfetamínicos: Femproporex (Desobesi-M), Anfepramona (Inibex, Absten, Dualib) aumentam a pressão arterial podendo provocar HAS, Hipertensão Portal, AVC, nefropatias e etc. Recentemente é atribuído a esses estimulantes o aumento da freqüência de rabdomiólise (desintegração da mioglobina no músculo estriado) repercutindo em déficit estético e físico (no músculo estriado esquelético), arritmias e parada cardíaca (no músculo estriado cardíaco), além de acelerar o metabolismo celular ocasionando lipólise (aumento da taxa triglicerídeos e colesterol) excreção de cálcio, aumento do risco de fraturas e de osteoporose.




FONTE:
1.CEATOX/HC/USP/SP: site www.ceatox.com.br
2.SOBRAVIME: site www.sobravime.org.br
3.RANG, et all. Farmacologia. 3ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
4.Goodman & Gilman. As Bases Farmacológica da Terapêutica. 9ª ed., Rio deJaneiro: MacGraw Hill, 1996.
5.Anonymous. Dipyrone Hearing of the German Drug Authority. Lancet 1986; II: 737.
6.A.T.I. Arzneimittelinformation: Vom Verdacht zur Diagnose. 2. Aufl.,S. 5-14. Berlin 1998.
7. Boettiger LE, Westerholm B. Drug-induced blood dyscrasia in Sweden. Br.med. J. 1973;III:339-343.
8. Gericke D. Editorial: Eindrucksvolles Comeback. Munch. med.Wschr. 1997; 139:110.
9. Kaufmann DW et al. The Drug Epidemiology of Agranulocytosis and Aplastic Anemia. Monographs in Epidemiology and Statistics. Vol.18. Oxford University Press 1991

Colaborador desta Matéria: Dr. Adam Macedo Adami - Farmacêutico Bioquímico - Hospital Regional/MS

22 de fev. de 2011

SQM e suas variantes SÍNDROME QUÍMICA MÚLTIPLA

Síndrome da Fadiga Crônica-Atualização
1 - Definição:

Síndrome de Fadiga Crônica (síndrome da fadiga crônica) é uma condição clínica caracterizada por uma série de sintomas constitucionais e neuro-psiquiátricas que ocorre com diferentes manifestações. Os critérios atuais a definem como um cansaço físico e mental, de início súbito, que é exarcebado exageradamente por atividades físicas.

O paciente deve apresentar fadiga "inexplicada" por mais de 6 meses acarretando moderada incapacidade física e mental.

Sintomas:

Os sintomas mais comuns são fadiga generalizada, dor de cabeça, memória fraca com dificuldade de concentração, mialgias, artralgias, perturbação do sono e humor irritável. Além disso faz parte do quadro enxaquecas ocasionais, linfadenopatias, cansaço após o sono, depressão, fibromialgias e síndrome do cólon irritável. Este quadro leva a uma substancial diminuição dos trabalhos ocupacionais, profissionais, sociais, educacionais e até das próprias atividades pessoais.

2 - Critério- diagnóstico para síndrome da fadiga crônica :

1. Fadiga

Avaliado clinicamente, fadiga persistente e inexplicada, ou recidivante, persistente durante seis meses ou mais, 

  • de início recente e definitivo;
  • não é resultado de esforço contínuo;
  • não é aliviado substancialmente através do descanso;
  • resulta em redução significativa em níveis prévios de atividades profissionais, educacionais, sociais ou pessoais 
e

2. Outros Sintomas

Quatro ou mais dos sintomas seguintes que são simultâneos, persistentes durante seis meses ou mais e o qual não precede a fadiga: 

  • Memória a curto prazo ou concentração prejudicada;
  • Dor de garganta;
  • Linfonodos doloridos ( cervicais ou axilares);
  • Dor muscular- mialgias;
  • Dor poliarticular sem artrite;
  • Enxaquecas com um padrão diferente, ou severidade; 
    • Acordar cansado; 
    • Fraqueza pós exercício que dura mais de 24 horas.
 3 - Laboratório:

Em primeiro lugar não existe diagnóstico patognomônico para a síndrome da fadiga crônica. O propósito da investigação laboratorial é excluir outras causas que provoquem fadiga. No entanto para a maioria dos pacientes é suficiente realizarmos o seguinte:

    1.  História médica e exame físico.

  • Exame de Sanidade Mental, para afastar desordem neurológica ou psiquiátrica.
  • Exames de Sangue, Hemograma Completo, VHS, cálcio, fósforo, prova de funções hepáticas , renais e tiroideanas, além de um exame de urina completo.
  • Outros testes podem ser sugeridos por exemplo uma Ressonância Magnética Nuclear para afastar Esclerose Múltipla.
  • Exemplos de condições médicas que podem explicar a fadiga e afastar o diagnóstico de síndrome da fadiga crônica.

    1- Condições médicas tal como hipotiroidismo, apnéia do sono, nascolepsia, medicamentos e ingestão de tóxicos.

    2 - Diagnóstico prévio de outras enfermidades Hepáticas e Neoplasias.

    3 - Desordens psiquiátricas importantes tais como depressão, doença bipolar, esquizofrenia, e anorexia nervosa.

    4 - Obesidade Severa.

    5 - Doenças hematológicas, cardio respiratórias, neuromusculares e metabólicas.

    4 - FATORES DE RISCO

    Vinte e cinco pacientes com síndrome da fadiga crônica foram estudados no CDC em Atlanta nos Estados Unidos e foram comparados a um grupo-contrôle em idade, sexo e raça similares. Os pacientes foram ainda subdivididos quanto ao tempo de início da enfermidade, se abrupto ou gradual.

    Vários fatores de risco foram avaliados num painel de sinais e sintomas bem amplos. O resultado mostrou que estatisticamente os pacientes com síndrome da fadiga crônica referiam uma sobrecarga emocional maior, sintomas nasais persistentes, infecções de ouvido e ingestão de vitaminas do complexo B durante o ano antes do início da doença mais do que os pacientes do grupo-contrôle. As mulheres que sofreram histerectomia eram também mais suscetíveis.

    Alguns pacientes que referiram um início gradual da SFC foram mais suscetíveis de apresentar um quadro de stress emocional significativo, procedimentos dentários, episódios de sinusite, exposição a pesticidas e uma história de histerectomia, mais do que aqueles que referiam a enfermidade de início súbito. Neste estudo a atividade da SFC não pode ser correlacionada com a presença de asma brônquica, exposição a sol, a ventos, a tintas ou outros químicos, ingestão de leite não-fervido, viagens, ou determinadas profissões.

    A conclusão é de que existe uma subdivisão da síndrome da fadiga crônica entre aqueles em que ela surge de início súbito e a de curso crônico. E estudos futuros baseados nestes subgrupos certamente virão a contribuir para a identificação dos fatores de risco baseado em stress, exposição a pesticidas e uma completa e minunciosa história médica e dentária.

    5 - PESTICIDAS - Definição e Classificação

    São substâncias ou misturas de substâncias de natureza química quando destinadas a prevenir destruir ou repelir direta ou indiretamente, qualquer forma de agente patogênico ou de vida animal ou vegetal que seja nociva a animais, plantas seus produtos e subprodutos e ao homem. Os pesticidas podem ser acidentalmente inalados, deglutidos ou absorvidos pela pele. Podem ser classificados desde extremamente tóxicos (classe I A) até produtos de improvável ação nociva sob uso controlado. Os primeiros grupos de Pesticidas são organoclorados, organofosforados, carbonatos, piretróides, fumigantes e rodenticidas.

    Estas substâncias chegam ao organismo humano por meio de inalação, absorção cutânea e ingestão acidental. O aparelho respiratório é a mais importante via através da qual as substâncias tóxicas penetram no organismo. A maior parte das substâncias tóxicas entram em contato com as pessoas em seu local de trabalho sob a forma de aerodispersóides: poeiras, fumos, gases, vapores, etc... Os especialistas estimam que 90% das intoxicações ocupacionais decorram da inalação. Já a pele representa 16% do peso corporal e desempenha papel essencial na proteção do organismo contra os agentes ambientais. No homem a média de superfície cutânea é avaliado em cerca de 2 m 2.

    Diversos solventes orgânicos particularmente os organo clorados, são usados na remoção de graxas e tinturas das mãos e braços. Estes produtos são irritantes ao contato, são absorvidos rapidamente, apresentam toxicidade moderada ou acentuada e são bio acumulativos.

    Esta prática é, sem dúvida perigosa. Cada tóxico absorvido pelo organismo poderá afetar um ou mais órgãos. Há possibilidade remota da ingestão de pesticidas, principalmente com a ingesta acidental e com a falta de cuidados higiênicos individuais. Sâo mais comuns entretanto por inalação ou absorção cutânea.

    Podemos dividir em 2 tipos a classificação dos sintomas de envenenamento por Pesticidas, quanto ao tempo de exposição: em agudo e crônico, e quanto ao grau de exposição: em leve, moderado e severo. No caso em questão estamos interessados em avaliar uma possível asociação entre envenenamento leve ou moderado por pesticida e síndrome de fadiga crônica. 

    Os sintomas vão desde aqueles que provocam efeitos muscarínicos - bradicardia, broncoespasmo, salivação, lacrimejamento, vômito, diarréia e miose - e os aqueles que provocam efeitos nicotínicos que incluem - taquicardia, hipertensão, fasciculação, midríase, fraqueza e paralisia respiratória. Os efeitos no sistema nervoso central inclui, depressão, agitação, confusão, delírio, coma, convulsão e morte.

    5.a - Exposição humana a agentes tóxicos 

    Como dissemos acima a síndrome da fadiga crônica pela sua definição, exclui por enquanto o critério relativo a exposição à substâncias químicas tóxicas. No entanto como sua etiologia ainda não está definida pode-se especular perfeitamente que alguma substância estranha - um tóxico por exemplo - ao corpo humano seja ultimamente responsável pela sua etiologia. Para que isto aconteça , é necessário realizar um completo histórico do paciente e devemos ter cuidados para não desconsiderarmos aqueles que não tem conhecimento de terem sido exposto a agentes tóxicos. Solventes e pesticidas de organofosforados são excretados rapidamente pelo corpo e níveis séricos correspondentes só podem serem medidos imediatamente depois da exposição . É possível, porém, medir persistentes concentrações de organoclorados como hexacloro-benzeno (HCB) diclorodifenil-tricloroetano (DDT, ou seu metabólico 1,1-dichloro-2,2-bis (p-clorofenil,eteno, DDE) no soro ou amostras de biópsia tissular. DDT e HCB são pesticidas de hidrocarbonetos clorados que formam um grupo extremamente estável de compostos lipofílicos e tem sido utilizados extensivamente ao redor do mundo para controle de peste desde os idos de 1940’s.

    Este organoclorados não degradam prontamente no meio ambiente e são bioacumulatados pelas cadeias de alimentos. Os organoclorados podem ser absorvidos pelo corpo por vários vias inclusive ingestão, absorção pela pele e inalação devido à natureza lipofílica deles, este organoclorados podem acumular nas membranas das células onde alteram a integridade da membrana e podem inibir as ligações protéicas. Os organoclorados se acumulam em altos níveis em tecidos adiposos podem também atravessar a barreira hemato-encefálica podendo provocar algum distúrbio na atividade neurológica. 

    As fontes destes contaminantes são desconhecidas mas podem refletir uma contaminação profissional ou ambiental. A detecção de DDE em todos os sujeitos examinados em alguns lugares da Austrália é consistente com o uso difundido de DDT na natureza e seus derivado no ambiente. O HCB também tem sido usado extensivamente na Austrália como um fungicida para a proteção de grãos armazenados. Sua ocorrência como um contaminante na produção de outros solventes clorados (tetracloretos de carbono por exemplo) e na produção de nitroso-emborrachado para pneus tem sido detectado. HCB e DDT são armazenados em gordura animal onde eles são muito freqüentes e estes tecidos adiposos de animais compõem uma fonte dietética importante de organoclorados na Austrália. 

    Os sintomas desenvolvidos por exposição prolongada a níveis baixos de organoclorados podem ser graduais e podem não estar associados necessariamente com insultos químicos. Porém, os trabalhadores com contato com inseticidas foram informados dos riscos relativamente elevado de problemas mentais que incluem neurose, depressão e problemas com o sono e uma reação aguda de stress . Outros referiram efeitos da exposições de organoclorados associado a um risco relativo elevado de câncer de mama ;a deterioração da função imunológica; desenvolvimento de endometriose ; aumentos significantes de aberrações cromossomiais; diminuições da fertilidade masculina, diminuições na freqüência de nascimentos e aumentos em mortes de neonatal e aumentos de defeitos congênitos na descendência de homens expostos a pesticidas . 

    5.b -Exposição de Casos :

    CASO 1 

    De junho a setembro de 1994 , 216 adultos habitantes ou residentes de um condomínio de apartamentos nos estados Unidos que tiveram suas superfícies externas tratadas com chlordane foram examinadas por investigadores na Faculdade Médica da Califórnia . As 109 mulheres e 97 homens foram avaliados por uma bateria de testes neurológicos para determinar se os baixos níveis de chlordane nos apartamentos deles/delas tinham causando qualquer efeitos prejudiciais a saúde. Os testes fornecidos eram considerados indicadores sensíveis de neurotoxicidade. A idéia era para se determinar se o chlordane estava causando realmente problemas neurológicos. E o resultado do teste em adultos expostos ao chlordane foi comparado às pontuações do teste de 94 mulheres e 68 homens de Houston, sabidamente não terem sido exposto a chlordane. 

    Os resultados da prova mostraram muitos efeitos prejudiciais para a função mental com baixos níveis de chlordane no ar. Não só o resultado do teste foram significativamente mais baixo pelo tempo de reação, equilíbrio, e memória, mas a prova também mostrou alterações significativas em dificuldade de atenção, tensão exarcebada, depressão, raiva e fadiga 

    Em conclusão, declarou Dr. Kaye Kilburn,  
    " A exposição de nosso grupo de estudo foi de ar em recinto fechado, devido a evaporação de chlordane das superfícies de madeira dos apartamentos dos condomínios. 

    Chlordane é um inseticida introduzido em 1948 e age como um toxico com muitos dos sinais e sintomas parecidos com o envenenamento dos produzidos pelo DDT. È trágico que a exposição ainda está ocorrendo com um material ao que o Conselho de Pesquisa Nacional em 1982 caracterizou como um perigo em qualquer dose: não se pode determinar um nível de exposição para um nível específico do termiticides cyclodiene abaixo do qual não ocorrerá nenhum efeito biológico. Todo esforço deveria ser feito para minimizar a exposição. Também em 1986 o EPA informou que chlordane era freqüentemente o mais usado dos termiticidas, porem a partir de 1987 debaixo de um acordo com EPA, o fabricante de Velsicol deixou de vender chlordane para uso do consumidor nos Estados Unidos, embora a companhia ainda esteja autorizada a exportar. É lamentável que chlordane foi aplicado em 30 milhões ou mais casas nos Estados Unidos antes da sua proibição definitiva ". 

    Caso 2

    Em 1986 de setembro , uma 33-mulher que possuía animais domésticos reclamou de enxaqueca periódica, náusea, vertigem, fadiga, e visão turva alem de suar e de se sentir confusa e aérea. Durante um ano, estes episódios tinham acontecido com certa freqüencia , e os sintomas foram ficando mais severos a medida que o tempo passava. De acordo com os amigos dela suas pupilas estavam freqüentemente diminuídas durante estes episódios. No princípio, ela pensou que os sintomas eram devido a tensão ou ao trabalho, e ela não procurou cuidado médico. 

    Nos 18 meses subsequentes, ela vinha tratando cachorros com um pesticida organofosforados. Durante os meses de verão, ela tinha tratado uma média de 10 cachorros por dia. O produto de pulga-mergulho que ela usou é um líquido de concentração contendo 11.6% phosmet como o ingrediente ativo (um inseticida organofosforado inibidor da colinesterase conhecido por causar irritação aguda da boca, olhos, e pele). 

    Enquanto ela diluía o concentrado em água, freqüentemente derramava alguns concentrado na pele dela. 

    Depois de consultar com HESIS, o médico da mulher diagnosticou a como intoxicação de organofosforados. A atividade de colinesterase da hemácia dela (0.84 pH) estava bem dentro do normal habitual (0.56-1.01 pH) . A mulher foi tratada com atropina oral, e os sintomas diminuíram. Durante as 2 semanas depois que voltou para trabalhar, evitou contato com soluções da pulga - imirja e permaneceu assimtomática; porém, uma hora depois que ela tratou de um cachorro com um produto que contém clorpifiro, um moderado agente inibidor da colinesterase ,os sintomas dela voltararm. Depois disso, ela evitou contato com todos os pesticida organofosforados. Sete meses depois, o nível da colinesterase da hemácia , medido pelo mesmo laboratório, estava menos de 20% (0.67 pH) do primeiro valor. 

    Caso 3

    Um das pessoas entrevistada era uma mulher de 43 anos com uma cadela de estimação que tinha estado tratando 8-12 cachorros cada dia durante 3 anos. Ela esfregou uma solução concentrada de produto de pulga-mergulho diretamente sobre áreas -infestadas por pulga nos cachorros. Durante um ano, ela tinha sofrido de vertigem periódica, cansaço, desmaios visão turva, dor de tórax, sudorese, e calafrios. Durante estes episódios, ela tinha pupilas midriáticas. Por causa dos desmaios, o médico dela pediu um parecer de um neurologista que observou as pupilas desiguais durante um destes episódios. Testes diagnósticos - inclusive eletroencefalograma e scan cerebral não revelou a causa dos sintomas .Envenenamento por pesticida não foi suspeitado até que HESIS a referiu para um médico especialista em medicina ocupacional. Três meses mais tarde ,depois que ela evitou toda a exposição dos produtos, os níveis de colinesterase das hemácias dela tinham aumentado gradualmente por mais que 30%. A maioria dos sintomas dela desapareceram também durante este período. Com base deste achado, a enfermidade dela foi diagnosticada como envenenamento de pesticida de organofosforados. 

    Investigações posteriores: 

    O CDHS está conduzindo uma investigação estadual de portadores de groomers e outros manipuladores animais. O Departamento de Califórnia de Comida e Agricultura está avaliando os perigos, uso, e etiquetando todos os produtos de controle de pulga que contêm phosmet. 

    Nota editorial: A EPA classificou phosmet na Classe de Toxicidade II por causa da toxicidade oral (LD50 = 147 mg/kg). Em uma recente revisão de dados de registro de pesticida, investigadores acharam uma falta de informação em toxicidade de inalação aguda, toxicidade de pele mutagenicidade, oncogenicidade, e o metabolismo geral de phosmet. O baixo nível de toxicidade de pele aguda (LD50 - 3,160 mg/kg) sugere uma baixa taxa de absorção na pele, mas dados quantitativos em absorção de pele - particularmente de formulações de pulga-mergulho - estão faltando. 

    A EPA requer que produtos usados contra pulga para cachorros e gatos tem que ter etiquetas que alertam os usuários para usar camisas de manga compridas, calças longas, , luvas impermeáveis, aventais impermeáveis, e botas impermeáveis . Isto porque animais que foram lavados ou foram borrifados com pesticida ficaram doentes ou morreram, EPA requer agoira que a etiqueta do produto diga claramente que um cachorro ou gato pode ser envenenado se o produto não é diluído corretamente antes de uso. Até que ponto os manipuladores de animais nos Estados Unidos são expostos ou não ficamos doente da pulga-controle pesticida é desconhecido. Criadores de animais domésticos deveriam seguir as instruções da etiqueta corretamente e deveriam usar luvas e roupa protetora como recomendado. Nota de Art Craigmill: Não é nenhuma surpresa que não seguir as direções para uso de pesticida podem conduzir a dano, contudo muitas pessoas ainda têm a habilidade sem igual de não só ignorar direções, mas também ser surpreendido quando eles ficam doentes! 

    Pesquisa de Telefone

    Em setembro de 1986, HESIS conduziu uma pesquisa pelo telefone. Vinte e quatro portadores animais de estimação na Baia de São Francisco Bay foram selecionadas aleatoriamente na área de Los Angeles pelas listas telefônicas. Por entrevistas de telefone, 12 pessoas informaram que freqüentemente usaram pulga-imirjam produtos e apresentaram sintomas quando trabalharam com os produtos. Os sintomas comumentemente mais relatados foram de enxaqueca, vertigem, náusea, cansaço, e dermatite. Duas pessoas relataram sintomas de lacrimejamento, sudorese, confusão mental consistente com inibição da colinesterase. Produtos contendo Phosmeet para controlar Pulgas foram relatados freqüentemente como estando relacionados aos sintomas. Uma pessoa reclamou de sintomas enquanto trabalhava com um produto que contém clorofenvinphos, um organofosforado classificado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) como de Toxicidade Classe 1 (as substâncias químicas mais tóxicas são denominadas para Classificar 1). 

    A maioria das pessoa que lidam com animais domésticos informam que não usam aventais ou luvas e não usaram os pesticidas de acordo com as direções das etiquetas dos produtos. Eles aplicavam freqüentemente o produto não diluído com as mãos sem proteção e, a pele e os olhos eram freqüentemente expostos aos pesticidas.

     6 - Envenenamento Crônico por Pesticidas:

    Os efeitos dos pesticidas locais na pele pela exposição repetida de baixas concentrações provocam: bolinhas na face, braços, costas e tórax (idêntico ao aparecimento da acne, freqüentemente visto na maioria de crianças adolescentes) e pode ser uma indicação de exposição crônica da pele ao tóxico. O efeito sistêmico crônico de inalação repetida ou pela absorção pela pele de baixas concentrações de brometo de etila. 

    Todos os sinais e sintomas previamente listados abaixo de " efeitos agudos " podem acontecer em uma pessoa com envenenamento crônico. Sinais de fadiga e perda de apetite podem desenvolver são até comuns. 

    Sinais de alteração de funcionamento dos nervos podem aparecer gradualmentre de forma que uma pessoa pode aparecer bêbada ou pode aparentar ter uma mudança de sua personalidade. 

    Os efeitos sistêmicos crônicos de uma única exposição pode acarretar danos no sistema nervoso que podem durar anos e resultam em dificuldades de visão e de andar. 

    A maioria dos estudos que envolvem exposição crônica de seres humanos com pesticidas decorre de exposições a compostos diferentes e raramente podem ser atribuídos a uma só substância. Os aplicadores de Pesticida em geral apresentam cefaléias crônicas, vertigem, uma sensação de ardência olhos, e rinorréia crônica. 

    6.a - Toxicidade por organoclorados

    A exposição crônica de inseticidas organoclorados provocam danos hepáticos e tumores nos rins em animais de experimentação, bem como alterações gástricas.

    Sintomas de exposição crônica ao DDT inclui neuropatia periférica, fraqueza muscular, ansiedade, tensão, medo, perda de peso, tremores, e anemia Reações alérgicas também tem sido relatadas. A exposição crônica a este grupo de organoclorado, pode resultar também em dor de cabeça, vertigem, sonolência, mal-estar geral , irritabilidade, náusea, perda de apetite, e vomitos. Isto em parte porque todo organoclorado acumula em tecido adiposo, e pode ocorrer efeitos cumulativos. Estes sintomas podem ocorrer como sintomas progressivos severos ou como uma sensibilidade aumentada para doses agudas pequenas. Isto porque a inibição da acetilcolinesterase é permanente e pode existir um efeito cumulativo tóxico com a exposição crônica se a atividade da enzima está sendo inibida numa taxa mais rápido que o corpo sintetiza. 

    6.b - Toxicidade por Organofosforados 

    Os Organofosforados provocam um efeito retardado no sistema nervoso. Estes efeitos vão de alterações de personalidade até desordens psiquiátricas. O EEG apresenta alterações, tipo uma síndrome Parkinson-like, diminuição dos reflexos, reduzida concentração, e provocando até um retardamentro mental, alem de perda de memória, depressão, dificuldades de fala, ansiedade, irritabilidade, e polineuropatia periférica. Pode existir também uma polineuropatia periférica tóxica retardada.

    Nenhuma seqüela neurológica foi detectado em um grupo de 45 de aplicadores masculino de pesticida agrícola que tinham tido anteriormente moderada queda nos níveis de colinesterase na ausência de intoxicação por organofosforados. Holandeses expostos a uma variedade de pesticida durante 20 anos tiveram diminuições da velocidade de condução nervosa em fibras motoras e sensórias relacionados a dose manipulada.

    Bezuglyy et al notaram que exposição a inseticida crônica incluem redução de funções hepáticas e até mesmo cirroses hepáticas , arritmias cardíacas, problemas oculares e dermatite de contato. Em um estudo de 65 aplicadores de pesticida, a função renal não estava afetada. Porem as mortes por desordens mentais foram aumentadas. 

    A exposição crônica a Pesticida foi identificada como um fator de risco para o desenvolvimento da doença de Parkinson. Níveis séricos do pesticida organoclorado estavam mais elevado em um grupo de pessoas com síndrome da fadiga crônica do que em controles saudáveis (15. 9 ppb contra 6. 3 ppb; P <0. 05). Mais que 90% dos organoclorados nos pacientes sintomáticos total foram - DDE e hexachlorobenzeno.

    Produtos que controlam pulgas, particularmente pulga imerja podem conter pesticida de organofosforados potentes inibidores de colinesterase. Em 1986 e 1987, foram relatados dois casos de enfermidade humana associados com o uso de produtos de pulga-mergulho ao Departamento de Califórnia de Serviços de Saúde (CDHS) e o Departamento de Califórnia de Relações Industriais (CDIR). 

    7 - SENSIBILIDADE QUÍMICA MÚLTIPLA (SQM) 

    A Sensibilidade Química múltipla ou SQM, também conhecida como Enfermidade Ambiental, é uma enfermidade distinta que muitas vezes é diagnosticada secundariamente ao complexo da Síndrome de Fadiga Crônica- Fibromialgia. Basicamente é um reação a algumas substâncias químicas. 

    Alguns dos sintomas básicos desta enfermidade incluem espirros, dificuldades cognitivas, perturbação do sono, e problemas de coordenação motora.. A causa destes sintomas são basicamente devido à incapacidade do corpo de metabolisar várias toxinas dentro nosso organismo. A SQM é uma doença muito complexa com várias etiologias e sistemas orgânicos envolvidos. È desconhecida se esta enfermidade pode ser curada. Pacientes com SQM podem passar algum tempo com poucos ou nenhum sintoma e só então reaparecer mais tarde sem nenhuma razão ou ao menor contato ou exposição com alguma substância química que poderia ser de um simples perfume, uma loção de mão, contato com gasolina ou ar poluído (em recinto fechado ou fora). 

    O problema é que estas doenças são complexas sem cura definitiva. Como muitos pacientes podem ter vários problemas mesmo por pouco tempo, poucos são tratados e isto resulta freqüentemente em curas não definitivas e são seguidos depois por doenças ou sintomas prolongados. A SQM pode ser tornar um grande problema clínico quando é diagnosticada junto com outras enfermidades. 

    Os fatores e causas de SQM podem incluir;  
     

    1 - Exposição ou injúria química. (Exposição crônica ou há pouco tempo) 

    2 - Infecções primárias. 

    3 - Tensão. 

    4 - Insuficiência de vitamina ou de nutrientes. (Desnutrição) 

    5 - Acúmulo de toxinas 

    6 - Alergias a alimentos. 

    7 - Insuficiência circulatória. 

    8 - Reações neurológicas deficientes. 

    9 - Exposição de ar poluído. 

    10 - Isquemia cardíaca. 

    11 -Cuidado médico inadequado. 

    A melhor maneira de tratar esta enfermidade é encontrar um especialista em SQM e começar o tratamento logo que possível. Isso não quer dizer que você será curado mas agindo precocemente podemos prevenir uma diferença significativa em sua perspectiva a longo prazo. 

    Eliminando Insultos específicos e adicionando vitaminas e terapias holisticas são normalmente as primeiras condutas para combater a doença . É de responsabilidade do paciente em insistir em encontrar todos os meios para equacionar seus problemas, e fazer o que pode para ver estes problemas resolvidos. 

    8 - TRATAMENTO:

    O primeiro passo nos casos de síndrome da fadiga crônica associados com algum tipo de pesticida é, depois de identificá-lo, promover o tratamento específico. Seja pela retirada do agente causador, seja por tratamento farmacológico específico ou dos próprios sintomas de Fadiga Crônica. É um tratamento multifatorial, que pode exigir uma equipe de especialistas.

    Não existe atualmente tratamento específico para a SFC. Vários medicamentos tem sido proposto mas sempre com o intento de aliviar as manifestações da enfermidade do que atacar o problema etiológico básico propriamnete dito. Análgesicos, antinflamatórios não-hormonais, antidepressivos tricíclicos, terapias cognivas e comportamentais, bem como alguns exercícios tem sido advogados como auxiliares na terapia da SFC. Porem nenhum medicamento até agora mostrou-se uniformemente eficaz contra a enfermidade.

    Recentemente Pearn et al. descreveram casos de síndrome de fadiga crônica devido a envenenamento crônico pela ingestão de ciguatera (peixes contendo ciguatoxinas). Os casos de envenenamento agudo é dramático com parestesias, mialgias, artralgias, prostração mas já 20% dos casos de pacientes que ingerem peixes contaminados apresentam sintomas indistinguíveis da síndrome fadiga crônica. O fato de uma potente toxina dos mamíferos causar a síndrome da fadiga crônica abre uma porta para o estudo de outros agentes tóxicos provocarem uma síndrome da fadiga crônica-like.

    Recentes estudos realizados por Phioplys et al AV com Amantidina e L-Carnitina no tratamento da síndrome da fadiga crônica resultaram em evidências interessantes. Como a carnitina é essencial para a produção de energia pelas mitocôndrias, e como distúrbios da função da mitocôndria provoca fadiga, a L-Carnitina foi dado aos pacientes com síndrome da fadiga crônica e resultou em melhoria clínica estatisticamente comprovada. Amantadina não foi tolerada pelos pacientes e não promoveu nenhum benefício aos pacientes que fizeram uso deste medicamento. 

    A conclusão foi de que L-carnitina é um medicamento seguro, bem tolerado, provoca melhoria nos pacientes na maioria dos sintomas que apresentaram. Sendo assim e como não há contraindicações ao uso de L-Carnitina cremos que um teste com este medicamento merece ser testado em alguns pacientes selecionados com a SFC.

    Mais recentemente ainda o FDA aprovou um protocolo para tratar pacientes com síndrome da fadiga crônica com um medicamento novo que tem capacidade de restaurar as funções físicas e cognitivas destes pacientes. Cerca de 500.00 à 2.000.000 de pacientes sofrem da síndrome da fadiga crônica nos EEUU. O mecanismo de ação do AMPLIGEN não são conhecidos mas os estudos determinarão se os sintomas mais comum como fadiga, problemas de concentração e de memória, sintomas de gripe, artralgias, mialgias, perturbações do sono serão afetados positivamente antes de serem liberados para a venda ao público em geral. 

    Cinco Hospitais dos Estados Unidos receberam aprovação para participar do teste do protocolo de tratamento para pacientes com Síndrome da Fadiga Crônico com o - Ampligen - aprovado pelo FDA. Além dos cinco locais aprovados, uns doze locais adicionais estão sendo considerados para serem aprovados a tratar os pacientes de CFS com Ampligen, desenvolvido por HemispheRx Biopharma, Inc., e que teria o potencial de restabelelcer parte das funções físicas e cognitivas afetadas dos pacientes com Síndrome da Fadiga Crônica. 

    Esta é a primeira vez que se aprova um medicamento, em regime experimental para tratar da Síndrome da Fadiga Crônica. Os pacientes serão tratados com duas infusões da droga semanal e realizarão vários testes laboratoriais para contrôle. 

    O programa de tratamento nos E.U.A. serão dirigidos inicialmente para os pacientes mais gravemente atacados pela enfermidade. E a duração do tempo de tratamento será de 24 semanas seguido rigorosamente por avaliações médicas periódicas. 

    Entretanto, vendas do medicamento Ampligen já começou em Montreal e Vancouver sob a coordenação do Programa Canadense de Lançamento de Droga Emergencial. 

    9 - CONCLUSÃO:

    Como a síndrome da fadiga crônica é por definição uma síndrome de caráter crônico, qualquer analogia que possamos ter ou vir a fazer com agentes etiólogicos químicos ou tóxicos seria com contato prolongado no caso com os pesticidas. Várias pesquisas tem falhado na identificação de um único agente etiológico para a síndrome da fadiga crônica, entretanto existem recentemente algumas pistas que levam a supor que exista uma base molecular para o diagnóstico da síndrome da fadiga crônica.

    Em um estudo publicado por Dustanet al., níveis sericos do pesticida-organoclorado foi detectado em todas as amostras de pacientes com SFC em valores superiores a 0,4 pbb. A incidência de contaminação por hexaclorobenzeno foi de 45% maior que os níveis não-tóxicos 2,0 ppb que o observado entre grupo controle. Níveis de organoclorados (15.944 ppb) também foram encontrados elevados no grupo de síndrome da fadiga crônica. Estes níveis de organoclorados medidos no soro de pacientes com síndrome da fadiga crônica, eram mais altos que os dos outros pacientes do grupo-contrôle, sugerindo que estas substâncias químicas podem ter um papel etiológico na síndrome da fadiga crônica.

    Entretanto como em alguns estudos não houve diferença nos níveis séricos de organoclorados entre os pacientes com síndrome da fadiga crônica e os outros com história conhecida de exposição aos tóxicos, a exclusão pura e simples do conceito da síndrome da fadiga crônica baseado na exposição ao tóxico parece não ser válida. O papel da bioacumulação no desenvolvimento dos sintomas da síndrome da fadiga crônica merece investigações futuras.

    Por outro lado Mc Gregor estudou 20 pacientes com síndrome da fadiga crônica de acordo com a definição do CDC e 45 pacientes sem síndrome da fadiga crônica. Os pacientes foram submetidos a uma bateria de testes inclusive exames sangüíneos específico de espectometria em massa para metabólitos anormais presentes na urina.

    Análise multivariadas dos metabolitos na urina revelou um aumento significativo de amido-hidroxi-N-pirrolidina tiroxina (chamado de CFSUM-1,"Chronic Fatigue Syndrome Urinary Marker"), b-alanina e ácido acotínico e ácido succinico e concomitantemente uma redução nos níveis de alanina e ácido glutâmico.

    As concentrações de amido hidroxi-N-pirrolidina tiroxina (CFSUM-1), e B-alamina estavam proporcionais a incidência dos sintomas da síndrome da fadiga crônica sugerindo uma base molecular para a doença e isto pode no futuro servir como um teste diagnóstico para a síndrome da fadiga crônica. Noutro estudo dos mesmos autores foi demonstrado que os sintomas dos pacientes com elevados níveis da CFSMU 1 estavam associados com alterações do aparelho, músculo-esquelético enquanto níveis elevados de B-alamina estava associado aos problemas gastrointestinais e genitourinários.

    Em resumo a SFC é uma entidade nosológica definida mas cujo agente etiológico ainda não foi 100% comprovado. Vários autores tem sugerido diferentes causas para a SFC mas até agora nenhum foi considerado pela comunidade científica como sendo unanimidade. È certo que a o complexo de múltiplos sintomas da SFC podem ser desencadeado por alguns pesticidas como vimos anteriormente, tanto da classe dos organoclorados, organofosforados e carbamatos. Mas nos níveis de conhecimento atuais não de pode implicar os pesticidas como os únicos causadores da SFC.

    No entanto com o surgimento de medicamentos que possam combater com mais eficiência os sintomas da SFC recentemente lançados no mercado e, conjuntamente com o alerta de que os pacientes com suspeita de SFC devam daqui para a frente passsarem por um "screening" toxicológico seja na urina ou no sangue, certamente teremos contribuições valiosas tanto para se for o caso, afastarmos os pacientes das fontes dos pesticidas, como do tratamento em si contra o envenenamento crônico específico, como na descoberta e no aprimoramento de novos e modernos pesticidas com mais eficiência e menor morbidez.

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  • Dr. Horácio Arruda Falcão, ex-Professor de Nefrologia da UFRJ, Fellow em 
    Nefrologia pelo Massachusetts General Hospital, Fellow do American College of Physicians (FACP)