Mostrando postagens com marcador quântica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador quântica. Mostrar todas as postagens

30 de jul. de 2012

O QUE É BEM-ESTAR QUÂNTICO?

Rating:★★★★★
Category:Other
http://www.objetiva.com.br/arquivos/capas/824.pdf

Nossa evolução é uma história inacabada, em andamento. Por isso é tão estimulante; estamos nos criando e criando o nosso mundo à medida que progredimos. E cada pequena iniciativa que tomamos, cada decisão e percepção que
encontramos, faz diferença no desenrolar dos acontecimentos.
Imagine-se sentado diante de um lago. A água do lago é calma, plácida,
lisa como um espelho. Na sua mão, há uma pedra. Você a atira no lago e, do lugar em que ela submerge, ondulações arrepiam a superfície da água. As pequenas ondas começam no lugar em que a pedra afunda e percorrem seu caminho
em toda a distância até a margem do lago, atingindo a terra em ondas.
Você é o lago, e cada pensamento, ação e sentimento é uma pedrinha que
influencia seu corpo, seus relacionamentos, seu futuro e seu presente. Não existe momento insignificante na sua existência. O universo também é esse lago, e
você é a pedrinha. Sua vida, sua energia e seu amor ecoam energicamente até
as bordas de toda a criação. Você tem todo esse poder.
Para ajudá-lo a entender essa questão fundamental, podemos analisar
uma interessante descoberta da meteorologia conhecida como efeito borboleta. Em 1961, Edward Norton Lorenz digitou uma variável em uma simulação
de computador na tentativa de prever condições climáticas. Acabou inserindo
a variável 0,506, em vez de 0,506127. E descobriu algo estarrecedor: essa diferença mínima de 0,000127 alterava radicalmente o cenário climático resultante. O conceito desenvolvido por Lorenz com base nessa descoberta ficou
conhecido como efeito borboleta, pois uma diferença mínima na velocidade do
vento (0,000127) parece totalmente insignificante — bastante semelhante à
diferença na velocidade que pode ser causada pelo bater de asas de uma borboleta. Lorenz concluiu que a condição inicial mais superficial e aparentemente
mais insignificante poderia modificar radicalmente a previsão do tempo. Essa
variação mínima poderia gerar um caminho ou momentum tão diferente que,
na verdade, seria capaz de iniciar uma cadeia de eventos meteorológicos que
transformariam um dia ensolarado em um tornado. Na teoria do caos, isso é
conhecido como “dependência sensível de condições iniciais”. Uma mudan-
ça mínima tem grande importância. A mensagem é óbvia, e acredito que a
conclusão metafórica — de que cada ação, por menor que seja, pode causar
uma enorme reação em algum outro lugar ou no futuro — seja profunda (e
verdadeira).
Quanto mais ajustamos ou mudamos — mesmo que minimamente —
mais podemos esperar o surgimento de grandes mudanças em nossa vida. Podemos eliminar algo de nossa alimentação, acrescentar um ou dois minutos de
meditação diários, ou voltar nossa atenção apenas por um momento para atos
de gentileza e, antes de nos darmos conta, seremos pessoas diferentes, criando
um mundo diferente. Essa mudança de longo alcance depende inteiramente de
nossa disposição de seguir pelo continuum do bem-estar, independentemente
dos caminhos incrementais que optarmos por seguir.
Na atmosfera, assim como na vida, cada pequeno fator é significativo e
influente. Por isso, decidir viver sua vida de uma forma que o leve no caminho
da autonomia pessoal — a cada momento — é tão importante. Você pode direcionar sua experiência de vida dessa maneira tão fundamental. Cada conversa
que tem, cada guloseima que come, cada compra que faz, e assim por diante,
é importante para o lugar onde você se encontrará daqui a uma semana, um
ano ou uma década.
Tenho uma amiga que gosta de me dizer que até mesmo usar um bóton ou
um adesivo no carro é capaz de mudar o curso da história. Não se trata de uma
frase de efeito. Pense bem. Digamos que o bóton que você está usando desperte
uma conversa na fila do caixa do supermercado. A pessoa com quem você está
conversando passa a adotar a mudança que você está promovendo. Você acabou
de modificar cada dia restante da vida dessa pessoa. E se essa pessoa decide fazer
dessa questão a missão da vida dela, pois bem, esse estímulo gerará ainda mais
ondas novas no mundo (ou lago!), e assim a dança da vida toma um novo rumo!
Tudo a partir de um simples adesivo no carro ou um bóton na blusa.
Todos os pequenos atos vão se acumulando e, antes que você se dê conta,
você criou a sua vida. E a maneira como você cria sua vida afeta todo mundo
e tudo o que cruza o seu caminho, independentemente de você perceber isso
ou não.
Agora imagine que você está em um barquinho, e tudo o que faz é remar.
É uma remada forte, que o leva para a frente? Ou vai para o lado, é caótica, deixando-o vulnerável à correnteza? Pense na jornada do bem-estar como sendo
esse barquinho. Quando você passa a remar em direção à maré, e não contra
ela, em harmonia com o seu verdadeiro ser, atingindo seu mais alto potencial,
cada movimento que faz o levará para a frente com maior eficiência. Basta
seguir o ritmo da maré, acrescentar parte de sua força pessoal, e você ficará surpreso com o que acontecerá à sua volta. Você começará a atingir seus objetivos
e a superá-los.
Ao despertar para o poder que você tem em influenciar sua vida, preste
muita atenção em seus sentimentos e observações. Pergunte-se: Onde estou
agora e aonde quero chegar? Conscientize-se. Quanto mais ficar a par dos efeitos de cada escolha que fizer, mais será capaz de optar pelo que for melhor para
você. À medida que for vivendo de forma mais criativa, você ficará admirado
ao ver como esses pequenos momentos se juntam e dão forma às suas grandes
guinadas.
Corpo, mente e alma trabalham em conjunto para gerar o bem-estar, e nós
simplesmente não poderíamos experimentar o avanço, o poderoso impulso
necessário à mudança quântica, quando uma dessas três áreas passa desapercebida. Podemos ir à academia todos os dias e ingerir os alimentos certos, mas
se nossa alma estiver doente, não estaremos bem. Podemos meditar exaustivamente e mesmo assim não nos sentirmos bem em nosso corpo se ainda estivermos fumando, comendo açúcar ou nos sentindo depreciados no trabalho. Mas
não se preocupe: ser imperfeito faz parte do processo. Não temos que dominar
todos os aspectos. Não precisamos fazer tudo corretamente. Precisamos apenas
nos forçar um pouquinho aqui e ali para dar o impulso inicial, e a partir daí
a força e a confiança se estabelecerão nas partes de nós que ficaram para trás.
É então que a mágica acontece: mudanças importantes parecem ocorrer sozinhas. Veja a situação da seguinte forma: todos os pedacinhos de nossas vidas se
encaixam e fluem juntos como uma matriz de influências que muda continuamente. Estamos em constante formação, e chega um momento — que nós não
escolhemos nem previmos — em que tudo se encaixa, e o salto ocorre.
Um organismo ou uma espécie, ao longo de sua evolução, passa por mudanças múltiplas e simultâneas. Nossa musculatura — tanto intelectual quanto
biológica — precisa ser trabalhada ao mesmo tempo em que desenvolvemos
nossas aspirações espirituais. E tudo entra no caldeirão da criatividade ou da
evolução. Acrescentamos uma pitadinha disso, misturamos um pouco mais
daquilo — até descobrirmos que criamos algo novo para nossa vida.
O jogo consiste em aprender a evoluir de forma cada vez mais eficiente,
apoiando-nos em cada momento transcendente, até alcançarmos o ponto da
mudança. É então que ocorre a ruptura. Quando você começa a prestar aten-
ção à interação de sua saúde física, emocional e espiritual e estabelece a inten-
ção de mudar, a mudança acontece. De forma incremental e definitiva, com
clareza impressionante.

....

19 de jan. de 2011

Xamânico - Estelar - Quântica


Rating:
Category:Other
http://www.reikixamanicoestelar.com.br/curso_reikixamanico.php


APRESENTAÇÃO:

O Reiki Xamânico Estelar pode ser traduzido como a integração da energia cósmica universal, com a energia dos 4 elementos, dos símbolos de cura e da força vital pessoal. Atua com a finalidade de modificar o sistema energético e vibracional da pessoa, liberando memórias e registros gravados na memória celular e nos chakras. Quanto mais despertamos a nossa consciência, maior será a nossa modificação e mais intensa e profunda se torna a capacidade de ajuda a si mesmo, ao próximo e a todo o planeta. Numa época em que buscamos a compreensão e a integração de nossa consciência crítica, o sistema Reiki Xamânico Estelar é uma forma alternativa e eficiente de modificar-se, trazer respostas e novos entendimentos.

Dentro da linha do Reiki Xamânico Estelar, tem-se como princípio básico o AMOR INCONDICIONAL o qual transmuta, equilibra, transforma nosso ser em um canal de Luz e Amor.


APLICAÇÃO:

O sistema Reiki Xamânico Estelar é um sistema independente e foi desenvolvido para levar ás pessoas novos conhecimentos, práticas e técnicas de cura, através da energia Reiki, da energia Xamã (relacionada aos 4 elementos, e da cultura de nossos antepassados), dos símbolos de cura e da conexão com a vibração cósmica dos Mestres e Hierarquias de luz.

Diferentemente do Reiki tradicional que é ensinado em três etapas distintas (níveis I, II e III), na linha do Reiki Xamânico Estelar todos estes níveis são transmitidos diretamente para a pessoa em apenas um módulo (e mais o mestrado), pois parte-se do pressuposto que o conhecimento está dentro de cada um de nós, na nossa memória quântica celular. Também procura unificar especialmente 3 sistemas de Reiki: USUI + Magnificado Om Rom + Xamânico, para facilitar e revelar novos conhecimentos e ajudar no despertar de cada pessoa.

Dessa maneira, é dividido em apenas dois módulos:

MÓDULO I:
Despertando o Xamã Estelar

MÓDULO II:
Despertando o Mestre de Luz

No primeiro módulo, além de toda parte teórica sobre os conceitos de reiki, energia, corpos sutis, xamanismo, as Fraternidades de Luz etc, serão repassados os 20 símbolos de cura física, emocional, para ambientes, de limpeza e utilizados á distância.

A parte prática será conduzida com trocas de reiki em grupo, rodas de cura e vivências com tocatas de tambor, rodas de xanupa (cachimbo), fogueiras e caminhadas em trilhas, quando for possível.

Neste módulo o aluno receberá a ativação das freqüências eletromagnéticas dos símbolos para atuarem no corpo físico e sutis, a partir do DNA, sistema celular e sistema vibracional.

Após a iniciação no primeiro nível do Reiki Xamânico Estelar, o aluno poderá aplicar reiki em si mesmo, em outras pessoas, no ambiente, em animais e plantas, á distância e para o planeta. Os 20 símbolos poderão ajudar nas seguintes situações: doenças físicas ou desequilíbrios tais como AIDS, Câncer, tumores, gripes, fraturas ósseas, melhora do sistema imunológico entre outros; emocionais tais como, medos, ansiedades, culpas, mágoas, tristezas; energéticas como equilíbrio dos chakras e redução do estresse; atemporais como agir em situações do passado ou futuro, em formas de pensamento co-criadas; ambientais como harmonização de sua casa, potencialização de alimentos entre outros. Uma forte conexão com o planeta Terra ou Urantia e com os antepassados será estabelecida e uma profunda expansão de consciência, com seu Eu superior e com sua chama Trina.

No segundo módulo – o mestrado, a abordagem será para repassar ao aluno os tópicos avançados sobre temas tais como, cirurgia etérica, utilização com cristais e símbolos, uso das radiestesia como diagnóstico para o reiki etc. Será aprofundado o assunto sobre xamanismo e Cosmogêniesis, além de receber orientações de como iniciar outras pessoas após o período de 1 ano. Nesse último módulo o aluno receberá os 13 símbolos restantes, todos da linha xamânica.

Com a iniciação no mestrado, o aluno receberá ativações de seu mérkabah pessoal e conectará mais profundamente com a energia dos 4 elementos, dos antepassados e dos Mestres Estelares. Desenvolverá sua terceira visão e sua Consciência Crística, abrindo um caminho para o verdadeiro despertar. Após o mestrado, o aluno poderá continuar seu desenvolvimento através de reciclagens, grupos de estudo, rodas de cura entre outras possibilidades, para assim, se preparar para iniciar outras pessoas no Sistema de Reiki Xamânico Estelar, caso isso seja um propósito pessoal.


OBJETIVOS:

No momento atual, de intensas transformações planetária e individuais, o Reiki Xamânico Estelar possibilitará, além de profundos entendimentos, uma transformação em muitos dos padrões limitantes que carregamos ao longo de nossa jornada de alma. Assim, a Modificação pessoal torna-se um importante propósito nesse curso, tanto quanto a expansão vibracional e a conexão com a energia dos Mestres Estelares e Xamãs que darão suporte a esse movimento. Outros objetivos ainda podem-se destacar:

• Iniciar a pessoa no Reiki Xamânico Estelar;
• Introduzir os símbolos do Reiki USUI, do Reiki Estelar e do Reiki Xamânico, totalizando 20 símbolos de cura;
• Abrir os canais de cura e elevar o padrão vibracional da pessoa;
• Sintonizar com o mentor pessoal de Reiki;
• Limpeza das energias intrusas do campo energético de cada pessoa;
• Iniciar a pessoa na energia xamã e estelar das Fraternidades de Luz;
• Prática, conceitos e sintonização do Reiki;
• Limpeza na linha ancestral de cada participante.


METODOLOGIA:

Durante os dois dias do encontro, estaremos reunidos em um intenso movimento, onde compartilharemos sobre vários assuntos xamânicos, de energia e dos mestres ascencionados entre outros. Toda a energia será direcionada para a modificação e expansão vibracional individual e do grupo. Faremos uma prática do reiki em grupo e para o planeta, meditações ativas além do estudo dos 20 símbolos de cura que cada pessoa receberá em sua inicição e que já poderá utilizar no seu dia a dia.

Durante o curso e dentro da linha xamânica, serão utilizados objetos de cura como a xanupa e instrumentos musicais como o tambor e a maráca para muitas tocatas. Será conectado a energia xamã e dos seres estelares para a iniciação de cada pessoa no Reiki; além da limpeza (individual e ancestral) que cada um receberá antes de receber os 20 símbolos de cura. Durante o encontro, serão utilizadas cartas xamânicas e realizadas rodas de Xanupa e de cura para despertar o auto-curador.


4 de out. de 2010

GENÉTICA - Portal Ascensional

http://portalascensional.wetpaint.com/
http://www.dna-rainbow.org
( traduzido direto do site)
DNA do arco-íris na atualidade ...

Qual é a idéia?
Talvez você ainda sabe que a escola: Cada célula de um ser humano tem dois conjuntos de 23 cromossomas, cada conjunto recebeu de um dos pais. Cada cromossomo é um contínuo e longo pedaço de DNA (ácido desoxirribonucléico) que contém vários genes e outros elementos. A espinha dorsal do DNA leva quatro tipos de moléculas chamadas bases (A, C, G, T). A seqüência dessas quatro bases codifica a informação e é o código genético de todos nós (mais informações...).
Pegamos o código genético a partir dos arquivos de dados enorme e uma cor atribuída a cada uma das quatro bases. Então nós prestados estas imagens fascinantes, mostrando o código genético dos seres humanos em cores. Você pode ver estruturas loucos e estranhos padrões nas imagens, o melhor visualizado quando fechar os olhos só um pouquinho. Clique em um link para um cromossomo acima e use sua imaginação para obter uma nova visão de seus genes.
Por que fazemos isso?
Somos cientistas e quis criar um projeto interessante para além da nossa actividade diária. É uma mistura entre ciência, arte e curiosidade e representa os nossos interesses. O projeto é absolutamente sem fins lucrativos, orientada e pode inspirar outras pessoas.
Embora os cientistas já sabem mais da seqüência do DNA humano, a informação que o helds código genético não é totalmente compreendido. Por isso queremos introduzir uma nova idéia para mostrar e talvez entender melhor o código. Estruturas e bases de repetição podem ser reconhecidos mais rapidamente e de redimensionamento de uma imagem com um algoritmo adequado é possível ter uma visão geral das diferentes partes do cromossomo.
Público-alvo
O site não serve apenas para os cientistas. Iniciantes e pessoas interessadas também são bem vindos e por isso tentei escrever e explicar os princípios básicos de uma forma fácil. Isto pode não ser sempre absolutamente correto do ponto de um cientistas da vista, mas é mais importante para nós que um monte de gente pode entender o que estamos fazendo e talvez para reviver o interesse em genética.
Por que existem linhas cinzentas e áreas nas fotos DNA?
De longe, nem todas as bases dos cromossomos são conhecidos. Existem alguns lugares onde é muito difícil ou impossível de determinar as bases com o equipamento conhecido hoje. Portanto, o pixel cinza e linhas indicam áreas desconhecidas do cromossomo.
Por que existem estruturas ligeiras nas imagens?
padrão regular (como listras diagonais) pode ser visto facilmente, e resulta de seqüências de bases idênticas, que se repetem depois de um número constante de bases. Mas também pode ser visto estruturas ligeiras nas fotos que estão espalhadas por todo o cromossomos inteiros. Estes arcos e círculos podem resultar de seqüências de bases idênticas ou semelhantes que se repetem depois de um número variável de bases. A aparência do arco não parece estar correlacionada a qualquer contexto óbvio genética (por exemplo, gene-ricos / pobres gene-regiões cromossômicas, o conteúdo de A / T ou bases G / C na seqüência). Talvez haja informações adicionais modulada no cromossomo (comparável à rádio FM onde um sinal lowpass (informações 1) é transmitido por um canal de passagem (informações 2)). Isto está aberto a discussão e agradecemos comentários e idéias.
É importante notar que as estruturas dependem da largura da imagem. Se uma imagem é processada com uma largura diferente, você tem uma estrutura diferente. Mas parece que as estruturas ocorrem na maioria dos tamanhos.
Pode a estruturas ligeiras ser extraído a partir de imagens de aumentar a sua visibilidade?
Existem várias maneiras de extrair padrões de baixa frequência a partir de imagens ruidosas. Por exemplo pode-se usar apenas um filtro de baixa freqüência para aumentar a visibilidade da estrutura leve um pouco. Mas nós tentamos uma matemática interessante método muito chamado ressonância estocástica (SR), o que leva a uma percepção visual de um padrão afiado, adicionando ruído à imagem ruidosa e, assim, imitar a percepção visual ao assistir as imagens com os olhos espremidos. Como isso funciona é descrito no padrão & SR.
O que fez você decidir ao processamento de imagens cromossômica? Que problemas você encontrou?
Nós decidimos o que cada cor tem base. A imagem seria diferente, claro, quando poderíamos ter selecionado as outras cores, mas esteve perto de cores utilizado para determinar sequências de DNA. Além disso, decidimos definir a largura de cada imagem de 3500 pixels.
Tivemos que lidar com tamanhos único arquivo de dados com mais de 250 Megabytes e terminou com uma imagem de altura mais de 70.000 pixels apenas para o cromossoma 1. Prestação todos os cromossomos leva horas.
O que acontece quando as bases do DNA são coloridos pares?
Quando as bases adenina são coloridos por exemplo, pares / timina em preto e citosina guanina / em branco, as imagens resultantes cromossômicas obter um padrão de bandas característico semelhante ao padrão de bandas dos cromossomos corados experimentalmente. Nós comparamos esses cromossomos humanos prestados com a representação esquemática dos cromossomos corados experimentalmente (Ideogramas) e também com outras espécies (espécie de comparação) encontrar correlações interessantes.
Existe também extracromossómicos DNA. Pode ser prestado, também?
Além de nossos cromossomos, temos também o material genético em organelas celulares chamadas mitocôndrias. Este DNA mitocondrial (DNAmt) é uma molécula circular e muito menor do que o DNA cromossômico. Também tornou o humano mtDNA em imagens tridimensionais 2 e comparou-a com o mtDNA de outras espécies. Na busca da largura da imagem ideal que surpreendentemente detectou uma espécie de malha fina no mtDNA imagens que podem ser encontrados em todas as espécies. A razão para o surgimento desta rede ainda é desconhecida. Se há alguém que pode ter uma explicação, ela / ele é cordialmente convidado a comentá-lo para nós.
Pode a seqüência de DNA também ser prestados em outras maneiras?
Existem várias maneiras de transcodificar dados. Para uma visualização da seqüência de DNA de uma forma simples de transcodificação é dar a cada uma das suas bases de uma cor e, em seguida, gerar imagens. A transcodificação em uma forma acústica (sonorização) pode ser feito dando a cada um uma base de voz em vez de uma cor e streaming a seqüência como um rádio-DNA. Essa idéia também é simples, tranqüila. O grande desafio é como preparar a enorme quantidade de dados para este projeto sem esmagar o servidor. (Para comparação: Uma canção de mp3 de cerca de 2-3 minutos tem um tamanho de cerca de 2-3 Mb, mas para streaming por exemplo, a seqüência do menor dos nossos cromossomos temos cerca de 5.500 horas e cerca de 49,5 Gb). O próximo passo poderia ser a de dar a cada base de um tom ou harmonia para criar algum tipo de música interessante.
Você é exatamente o que eu preciso. Tenho uma oferta de emprego para você.
Uau! Você pode decidir entre uma pessoa graduada na área da biotecnologia ou um talentoso desenvolvedor PHP Senior aplicação web com sete anos de experiência. Você também pode contratar-nos juntos. ;-) Por favor escreva-nos um e-mail para solicitar o nosso CV. Estamos muito interessados e interessantes novos postos de trabalho em todo o mundo.
Recursos que você usou?
Além de ler inúmeros artigos de diferentes autores, nós utilizamos as seguintes fontes que nos ajudaram muito para criar este projeto: NCBI e do navegador ideograma.
Os agradecimentos vão também para os povos agradáveis no conVert.com-online que nos ajudaram a converter as nossas imagens brutas com seu grande conversor de imagem online.

http://bioinformatics.oxfordjournals.org/content/23/4/496.abstract

24 de set. de 2010

DNA - emoções * Gregg Braden

Rating:★★★★★
Category:Other
DNA e as Emoções



Experiências e repostas do DNA em relação ás nossa emoções
(por Gregg Braden)


A seguir, três assombrosos experimentos com o DNA (ADN) que provam as qualidades e sua autocura em consonância com os sentimentos da pessoa (... )


EXPERIMENTO 1
O primeiro experimento foi realizado pelo Dr. Vladimir Poponin, um biólogo quântico. Nessa experiência começou-se por esvaziar um recipiente (quer dizer que se criou um vazio em seu interior) e o único elemento deixado dentro foram fótons (partículas de luz). Foi medida a distribuição desses fótons e descobriu-se que estavam distribuídos aleatoriamente dentro desse recipiente.


Esse era o resultado esperado. Então foi colocada dentro do recipiente uma amostra de DNA e a localização dos fótons foi medida novamente. Dessa vez os fótons haviam se ORGANIZADO EM LINHA com o DNA. Em outras palavras, o DNA físico produziu um efeito nos fótons não-físicos.


Depois disso, a amostra de DNA foi removida do recipiente e a distribuição dos fótons foi medida novamente. Os fótons PERMANECERAM ORDENADOS e alinhados onde havia estado o DNA. A que estão conectadas as partículas de luz?


Gregg Braden diz que estamos impelidos a aceitar a possibilidade de que exista um NOVO campo de energia e que o DNA está se comunicando com os fótons por meio desse campo.


EXPERIMENTO 2
Esse experimento foi levado a cabo pelos militares. Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de doadores. Essas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas. Nessa experiência, o doador era colocado em um local e submetido a "estímulos emocionais" provenientes de videoclipes que geravam emoções ao doador. O DNA era colocado em um lugar diferente do que se encontrava o doador, mas no mesmo edifício.


Ambos, doador e seu DNA, eram monitorados e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas) o DNA expressava RESPOSTAS IDÊNTICAS e AO MESMO TEMPO. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão.


Os altos e baixos do DNA COINCIDIRAM EXATAMENTE com os altos e baixos do doador.


Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 quilômetros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o MESMO resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão. O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo. Que significa isso?


Gregg Braden diz que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Essa energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Essa não é uma forma de energia localizada, é uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo.


EXPERIMENTO 3
O terceiro experimento foi realizado pelo Instituto Heart Math e o documento que lhe dá suporte tem este título: Efeitos locais e não locais de freqüências coerentes do coração e alterações na conformação do DNA (Não se fixem no título, a informação é incrível!)


Esse experimento relaciona-se diretamente com a situação com o antrax. Nesse experimento tomou-se o DNA de placenta humana (a forma mais prístina de DNA) e colocou-se em um recipiente onde se podia medir suas alterações.


28 amostras foram distribuídas, em tubos de ensaio, ao mesmo número de pesquisadores previamente treinados. Cada pesquisador havia sido treinado a gerar e SENTIR sentimentos, e cada um deles podia ter fortes emoções. O que se descobriu foi que o DNA MUDOU DE FORMA de acordo com os sentimentos dos pesquisadores.


1. Quando os pesquisadores sentiram gratidão, amor e apreço, o DNA respondeu RELAXANDO-SE e seus filamentos esticando-se.. O DNA tornou-se mais grosso. Quando os pesquisadores SENTIRAM raiva, medo ou stress, o DNA respondeu APERTANDO-SE. Tornou-se mais curto e APAGOU muitos códigos.
Você há se sentiu alguma vez "descarregado" por emoções negativas? Agora já sabe por que seu corpo também se descarrega!


Os códigos de DNA conectaram-se novamente quando os pesquisadores tiveram sentimentos de amor, alegria, gratidão e apreço.


Essa experiência foi aplicada posteriormente a pacientes com HIV positivo. Descobriram que os sentimentos de amor, gratidão e apreço criaram RESPOSTAS DE IMUNIDADE 300.000 vezes maiores que a que tiveram sem eles.


Assim, temos aqui uma resposta que nos pode auxiliar a permanecer com saúde,sem importar quão daninho seja o vírus ou a bactéria que esteja flutuando ao redor. Mantendo os sentimentos de alegria, amor, gratidão e apreço.


Essas alterações emocionais foram mais além de seus efeitos eletromagnéticos.
Os indivíduos treinados para sentir amor profundo foram capazes de mudar a forma de seu DNA.


Gregg Braden diz que isso ilustra uma nova forma de energia que conecta toda a criação. Essa energia parece ser uma REDE ESTREITAMENTE TECIDA que conecta toda a matéria. Podemos influenciar essencialmente essa rede de criação por meio de nossas VIBRAÇÕES.


RESUMO:
O que tem a ver os resultados dessas experiências com nossa situação presente?


Essa é a ciência que nos permite escolher uma linha de tempo que nos permite estar a salvo, não importa o que aconteça. Como Gregg explica em seu livro O EFEITO DE ISAÍAS, basicamente o tempo não é apenas linear (passado, presente e futuro) mas também é profundidade. A profundidade do tempo consiste em todas as linhas de tempo e de oração que possam ser pronunciadas ou que existam.


Essencialmente, suas orações já foram respondidas. Simplesmente ativamos a que estamos vivendo por meio de nossos SENTIMENTOS.


É assim que criamos nossa realidade, ao a escolhermos com nossos sentimentos.
Nossos sentimentos estão ativando a linha do tempo por meio da rede de criação, que conecta a energia e a matéria do universo. Lembre-se que pela Lei do Universo atraímos aquilo que colocamos em nosso foco. Se você focar em temer qualquer coisa, seja lá o que for, estará enviando uma forte mensagem ao Universo para que te envie aquilo a que você mais teme.


Em troca, se você puder se manter com sentimentos de alegria, amor, apreço ou gratidão e focar-se em trazer mais disso para sua vida, automaticamente conseguirá afastar o negativo. Com isso, você estaria escolhendo uma LINHA DE TEMPO diferente com esses sentimentos.


Pode-se prevenir o contágio do antrax, ou de qualquer outra gripe ou vírus, ao se permitir sentimentos positivos que mantêm um sistema imune extraordinariamente forte. Sendo assim, essa é uma proteção para o que vier.


Busque algo pelo qual você possa estar alegre todos os dias, cada hora se possível, momento a momento, ainda que sejam alguns poucos minutos. Esta é a mais fácil e melhor das proteções que você poderá ter."


Fonte original:
http://www.greggbraden.com/


*Fonte de pesquisa e extração do texto: site http://www.terapiaquantica.com/

17 de set. de 2010

Da Física Quântica à Espiritualidade

Rating:★★★★★
Category:Other
http://www.pietroubaldi.comlu.com/textos/fisica_quantica_espiritualidade.html





A mecânica quântica desvendou para o homem moderno um novo e extraordinário panorama oculto na realidade fenomênica do microcosmo, onde ela se deparou com um irrefutável domínio, a permear toda a nossa realidade: o imponderável. E terminou por redesenhar uma diferenciada cosmovisão. a implantar-se nas paisagens paradigmáticas do novo milênio que se inicia. Velhos pilares da física clássica e os fundamentos da dimensão macrocósmica em que vivemos foram profundamente abalados. O profissional da área de saúde, porém, muitas vezes alheio a essas estonteantes revelações, de modo geral ainda não absorveu o profundo impacto dessa nova visão de mundo. E suas importantes conclusões até então não se estenderam ao campo biológico, onde possivelmente resultarão em significativas mudanças, com conseqüências até mesmo na prática médica vigente.

Assim, este capítulo se propõe a suscitar as seguintes questões, embora não seja suficiente para respondê-las devidamente: como a visão quântica afeta a compreensão humana? Isso é importante para a sua vida, seus sofrimentos e seus fins? Ela altera o nosso entendimento do universo? E, afinal, qual a relação existente entre os fenômenos quânticos e o espiritualismo? Será a nova física, de fato, a ponte entre a ciência e a espiritualidade, como pretendem muitos?

Para analisar tais pertinentes questões faz-se necessário lucubrar em campo ainda incipiente para a mente humana. Para muitos, elas extrapolam a imparcial pesquisa científica, adentrando especulações puramente prospectivas e filosóficas. Os físicos modernos que, na atualidade, se insurgem em tais conjecturas têm sido considerados místicos e não verdadeiros cientistas. Entretanto, para avançar é preciso aventurar-se nessas ignotas regiões do conhecimento, ainda que com o risco de errar ou resvalar-se em improfícuas fantasias. Essa é, seguramente, a única forma de explorar o desconhecido e alcançar verdades ainda mais abrangentes que venham auxiliar o homem na compreensão de si mesmo e da fantástica realidade que o alberga.

Embasado, sobretudo, pelos autores tidos como místicos da física quântica, dentre os quais citamos Fritjof Capra, Amit Goswami e Deepak Chopra, este trabalho consiste em um simples resumo das disquisições por eles suscitadas em torno das revelações dessa ciência. Disquisições aqui regadas pelas conjecturas filosóficas de Pietro Ubaldi e Ervin Lazlo, pelas brilhantes dissertações científicas de Brian Greene sobre a mecânica quântica e de Timothy Ferris e Marcelo Gleiser nos pontos em que esta toca a cosmologia. Temperadas, naturalmente pelo crivo pessoal do autor, consideremo-las, portanto, silogismos dialéticos que aguardam a evolução dos tempos para serem devidamente validadas.

A Morte da Matéria e do Materialismo

O primeiro grande feito da física quântica, com importante respaldo na moderna visão de mundo, foi a destituição da matéria como substrato último da complexidade universal. As conclusões, evidenciadas nas fórmulas de Erwin Schrödinger, demonstraram que a matéria não pode ser decomposta em partículas fixas e fundamentais. Sua base final é um processo dinâmico, destituído de forma ou qualquer vestidura material.

Sua segunda proeza foi concluir que partícula e onda são fenômenos de mesma natureza, distinguindo-se não pela essência, mas por momentânea forma de se manifestarem. Um substrato incompreensível e imponderável revela-se capaz de se apresentar como massa ou energia, em obediência às exigências do meio em que se mostram, ou mesmo, à simples resposta aos nossos instrumentos de aferição.

Como conseqüência dessas primeiras evidências, a realidade concreta desvaneceu-se aos olhos da magia quântica. O universo físico não pôde mais ser explicado pela matéria e suas propriedades, pois esta não tem existência real e independente. Tudo que existe tornou-se expressão de eventos imateriais, destituídos de qualquer concretude.

A matéria, agora feita de ilusões, desaparece como o último estofo do universo físico. E com a morte desta, sucumbe também o materialismo que conduziu o pensamento humano nos três últimos séculos. Um intrigante campo de eventos, que entretece tanto a energia quanto a matéria, é agora o último sustentáculo da realidade.

Um Reino Além da Matéria

Além de desfazer-se da matéria como último alicerce da realidade, a ciência quântica deparou-se, nos entremeios do infinitamente pequeno, com uma diferenciada região de eventos, na qual não se delineiam o tempo e o espaço. Chamado de não-localidade, demonstrava-se à inteligência humana a existência de um domínio por onde trafegam informações que não consomem tempo para caminhar e que não percorrem distância alguma entre seus intervalos. São verdadeiros saltos, chamados quânticos, por sobre o espaço e à revelia do tempo.

Estava aberto para a inteligência humana o reino do absurdo: processos que ludibriam os parâmetros euclidianos, brincando com as imposições das dimensões macroscópicas. Nesse estranho domínio, realizam-se proezas inimagináveis, como trocas de informações instantâneas, interligações que ignoram as distâncias, partículas que ocupam dois lugares ao mesmo tempo e que podem surgir momentaneamente desse “não-lugar” para nele tornarem a desaparecer misteriosamente. Ou seja, a não-localidade, embora feita do mais absoluto vazio físico, está plena de potencialidades que não se sabe de onde procedem. Exatamente por isso, Niels Bohr, um dos fundadores dessa estranha ciência, afirmou que se ela parecer lógica para alguém, este não a compreendeu de fato.

A mesma ciência que tão veementemente negara a existência de qualquer imaterialidade subjacente à realidade visível, agora se via obrigada, através da magia quântica, a readmiti-la como verdade científica. Entreabriam-se para o atônito homem moderno as portas do imponderável.

Novos Parâmetros da Realidade

Ademais da descoberta da não-localidade, onde se esconde um universo inexprimível e idealista, a ciência quântica estabelecia ainda outros intrigantes fundamentos que contribuíram decisivamente para derruir a forma clássica de se ver e analisar a complexidade fenomênica que nos envolve. Os principais deles são descritos sucintamente a seguir.

O princípio de incerteza, fundamentado por Heisenberg, demonstrou que todas as medidas realizadas no mundo objetivo são ilusões dos sentidos humanos e não podem ser aferidas com absoluta precisão no universo do infinitamente pequeno. Nos campos quânticos, impera o indeterminismo e a imprecisão domina todos os seus movimentos. Da objetividade, própria da ciência clássica, passou-se ao subjetivismo como sustento científico da nova visão da realidade.

A ciência humana, como pretendeu no passado, enterrava definitivamente o sonho de medir com precisão absoluta os fenômenos ao seu derredor e dominá-los ao seu bel prazer. E da aparente estabilidade e quietude do funcionamento universal, estabeleceu-se a instabilidade como fundamento de equilíbrio na intimidade da fenomenologia física.

A interatividade descoberta nas instâncias do microcosmo fundiu os elementos aparentemente apartados do universo material em um todo integrado. No reino do microcosmo, os objetos físicos estão intimamente interligados e, segundo a nova física, a separação denotada na realidade macroscópica tornou-se mera ilusão dos sentidos humanos. A realidade fez-se um amálgama fenomênico de expressões cósmicas, onde tudo está em íntimo contato com tudo. E assim, da fragmentação conceitual veiculada pela antiga visão de mundo, evoluímos para a moderna interconexão do universo.

A linearidade causal apregoada pela física clássica perdera, ante as peripécias quânticas, a sua expressividade norteadora da fenomenologia universal. A não-linearidade, veiculada pela realidade não-local, ludibriando o tempo e o espaço, agora é passível de manifestar-se como exótica expressão do mundo quântico. Causa e efeito já não se encadeiam na irreversibilidade do ritmo cronológico, mas coexistem fora da linha do tempo, em um presente constante.

A ontologia fenomênica igualmente se desfez ante a inquestionável realidade do holismo quântico. A unicidade mostrou-se a única expressão da complexidade universal. A existência isolada e independente de qualquer fenômeno tornou-se um devaneio das nossas sensações, denominada por muitos de fantasia da separatividade. O todo agora abraça a si mesmo, em expressões inimagináveis. O uno está inexoravelmente urdido no diverso, desde os confins do infinito à intimidade do átomo.

O vácuo absoluto, como concebido pela ciência clássica morria para se compreender que o vazio puro está plenificado de prodigiosas potências criativas.

A concretude do mundo tornou-se aparente e ilusória ante a inefável manifestação dos processos quânticos que o sustentam nos redutos infinitesimais. Os objetos físicos transformaram-se em processos energéticos a se desdobrarem no tempo e no espaço, feitos de ondas de probabilidades, indeterminísticas, completamente abstratas e interligadas. E desse modo o cosmo, modulado por princípios que a física clássica já não podia mais explicar, fez-se um todo dinâmico, substancialmente interligado por uma imensa teia de eventos.

Além disso, nas fronteiras do incomensurável, a cosmologia se unia à física quântica para anunciar que o universo eterno e estático das antigas concepções mecanicistas sucumbira ante evidências que agora apontavam para um cosmo dinâmico, que nascera de um vazio pleno e se encontra em vertiginosa expansão no tempo e no espaço. Das cinzas do materialismo científico, ressurgia o criacionismo quântico.

Com a física relativista de Einstein, o espaço e o tempo absolutos da mecânica newtoniana davam lugar ao continuum espaço-tempo. O espaço, antes planificado, dobrou-se sobre si mesmo em um enrodilhado relativista, encerrado em seus próprios limites. E a eternidade, antes fluindo sem fim, morre, ante a descoberta de que existiu um dia em que o tempo nasceu, no momento em que a semente cósmica do Big Bang explodia para tudo criar. Eram novos conceitos que se somavam ao neocriacionismo quântico para redesenhar a imagem do cosmo em moldes até então inalcançados pela ciência clássica.

Recuperando antigos preceitos criacionistas, a razão humana, estonteante, questiona agora de onde vieram as portentosas forças que se condensaram no ponto de singularidade, para então explodir no incontido ímpeto criacionista. E a cosmologia convocou a ciência quântica para lhe explicar as intrigantes “questões do começo”, ao admitir que essas fenomenais potências irromperam-se de um quiescente oceano quântico, pleno de vagas criativas, a se precipitarem na realidade.

Nessa nova tessitura conceitual, o cosmo, agora fecundado pela criatividade do vazio quântico, deixou de ser um imenso maquinário para se tornar um ilimitado campo de processos essencialmente dinâmicos e abstratos – “um grande pensamento”, no dizer do físico Fritjof Capra. A mente humana certamente agora questiona a origem e a finalidade desse “grande pensamento”, sem encontrar respostas convincentes no terreno científico. Sua vida certamente não será mais a mesma quando ela se convencer de que existe uma “Consciência de proporções cósmicas” a comandar esse imenso cortejo de ordenações fenomênicas, cujos atributos somente uma avançada teologia poderá designar.

Eram conceitos muito novos e revolucionários para o homem ainda materialista da era moderna, extrapolando todos os sentidos de sua lógica, construída em séculos de racionalismo. Um novo panorama ideológico se lhe entreabria, pleno de revolucionárias possibilidades, derruindo os fundamentos do velho materialismo. Muitos, cerrando os olhos ante essa estonteante realidade, ainda preferem ignorá-la, eximindo-se de alcançar suas ricas paisagens conceituais. Enquanto outros cuidam simplesmente de negá-la, imputando-a ao absurdo, ante a patente insuficiência em compreendê-la.

Nasce a Ciência Idealista

Com o fim do materialismo e a insurgência das pertinentes e curiosas observações da mecânica quântica, compreendeu-se que a dimensão macrocósmica corresponde a um campo fechado de manifestações fenomênicas, a localidade, onde somente é possível analisar e conhecer o que os irrisórios sentidos humanos são capazes de perceber e os grosseiros instrumentos científicos podem aferir. Contudo, essa instância corresponde somente a uma pequena parcela da realidade global do universo, pois além dela se escondem outros campos subjacentes, não-físicos.

Nessa limitada bolha de espaço-tempo em que o homem vive, a localidade, a ciência clássica delineia e individualiza os fatos fenomênicos com critérios de observações que se passou a denominar objetividade forte, pois lhes são dados contornos e existências independentes como se fossem objetos reais e concretos. E aí se estabelecem os limites do realismo fenomênico. Objetividade forte e realismo fenomênico construíram a ciência clássica e sua estreita visão materialista da realidade, embasada na ilusão dos sentidos e no separatismo. O homem teve, em uma época, a fátua pretensão de poder englobar nas restritas fronteiras da objetividade forte toda a complexidade universal, chegando ao cúmulo de considerar inexistente tudo aquilo que a extrapolava e se colocava fora de sua estreita análise reducionista.

Com a descoberta da não-localidade, o homem, até então cerceado pelas barreiras da objetividade, começou a divisar para além da bolha espaço-tempo onde se restringe sua razão. E deu-se início, através da física quântica, à construção do idealismo, uma nova ciência de observação do imponderável e da compreensão do universo.

Heisenberg, inaugurando esse idealismo científico, usou o termo potentia para designar essa outra realidade fenomenológica – palavra utilizada por Aristóteles para definir o espaço que permeava o empíreo, o reino dos deuses, e fonte da matéria primordial. Dizia Heisenberg que se deve pensar em fatos físicos não como objetos concretos, mas como eventos em potentia, ocupando um domínio não-local da realidade, transcendendo o espaço-tempo situacional em que vivemos. A dimensão objetiva torna-se uma ínfima e ilusória parte de uma estonteante realidade que transcende os limites do perceptível pela consciência humana. Em potentia, os objetos não estão subordinados à velocidade da luz e ao ritmo cronológico, podendo trocar informações instantâneas e existirem como possibilidades de manifestações.

Esse aparentemente novo idealismo nos faz recordar exatamente as inferências de Platão no seu ilustrativo mito da caverna. Segundo esse grande pensador, vivemos como prisioneiros em uma escura cova, onde percebemos uma ilusória realidade, parcamente iluminada pelos albores que nos chegam de uma realidade maior, que brilha além da sua abertura. A luz desse outro e fundamental domínio projeta-se sobre os contornos dos objetos físicos, imersos na penumbra, emprestando-lhes aparente realismo, pois todos existem em plenitude somente fora dos estreitos e escuros limites dessa caverna. Eis, assim, delineada uma visão atual do nosso universo físico, um condensado espaço-tempo preso nas fronteiras da não-localidade – esta sim, a verdadeira fonte da realidade que a tudo ilumina.

David Bohm, outro físico da era quântica, registrando essa mesma verdade, formulou igualmente a hipótese da existência de duas ordens no universo: a implícita e a explícita. Segundo esse pensador moderno, o Todo está edificado segundo essas duas ordenações, sendo a primeira, existente fora da esfera espaço-tempo, a verdadeira e a qual se pode conhecer somente pelas vias das abstrações intelectuais. Esta é que dá origem e orienta a ordem explícita, aquela que se revela no mundo manifesto observável, nada mais que quimérica construção dos nossos sentidos. A ordem implícita, pertinente ao universo ideal, far-se-ia então a única realidade e o objeto último de conhecimento da ciência.

Prevê-se que, em breve tempo, esse nascente idealismo científico será acatado como verdade, desde a física à biologia, das artes às filosofias, da medicina às religiões, dominando por completo todas as expressões do pensamento humano.

Salto para a Unidade

Ante essa nova visão, o dualismo que nascera com Descartes e fora fortemente alimentado pela ciência em seus quase três séculos de objetividade forte perdeu o seu significado como retrato da realidade. A unidade partícula-onda tornou-se prenunciadora de uma unicidade fenomênica universal, a fundir no Todo suas aparentes diversidades.

E assim, o resultado último do estupendo movimento lançado pelo paradigma quântico foi o desabrochar de uma nova visão de mundo que se caracteriza pela unificação de todos os eventos físicos, dotando o universo de um extraordinário sentido de unidade.

Ao conceituar que a matéria nada mais é que uma onda colapsada, a visão quântica superou definitivamente a dicotomia energia-matéria que vigorara na ciência, como herança do dualismo cartesiano. Em última análise, todo evento a se precipitar na realidade objetiva é um objeto quântico que se comporta de modo semelhante, segue as mesmas leis fenomênicas e possui idêntica natureza íntima. Estabelecia-se assim o fundamento unitário do universo físico e dinâmico. Matéria e energia não podem mais se distinguir como substâncias de propriedades independentes. Estava feita a união, já prevista pelo pensamento de Einstein e enunciada pelas doutrinas espiritualistas. A realidade perdera a sua concretude e compreendeu-se que tudo se sustenta em um substrato comum cujo maior atributo é a imaterialidade.

Em busca desse elemento único, a mecânica quântica compreendeu que toda manifestação física, seja energia ou massa, é uma íntima vibração de uma mesma potência, cuja natureza não pode ser conhecida, mas que é sempre idêntica a si própria, em todas suas múltiplas expressões possíveis na realidade concreta.

O monismo, definido como a doutrina da unidade e apregoado por grandes filósofos do passado, como Plotino, Giordano Bruno, Baruch Spinoza, e mais recentemente Pietro Ubaldi, encontrava, enfim, a sua viabilidade no palco das especulações humanas.




Visão Clássica

Visão Quântica

Dualidade partícula e onda

Unidade partícula-onda

Base material

Evento quântico imaterial

Vazio puro

Vazio pleno

Determinismo

Indeterminismo

Objetividade

Subjetividade

Separatividade

Interconexão

Localidade

Não-localidade

Estabilidade

Instabilidade

Ponderabilidade

Imponderabilidade

Linearidade

Não-linearidade

Partes isoladas

Teia de eventos

Precisão

Imprecisão

Realismo

Idealismo

Ontologia

Holismo

Materialismo

Imaterialismo

Causalidade ascendente

Causalidade descendente

Dualismo

Monismo

Universo: uma grande máquina

Um grandiloqüente pensamento



Quadro sinóptico da velha visão clássica versus a nova visão quântica de mundo.



Consciência Quântica

A despeito de todas essas novas e espetaculares considerações, o aspecto mais importante suscitado pela nova física foi demonstrar que os objetos quânticos são hábeis em interagir com o observador, alterando a forma como se apresentam de acordo com a intenção de quem os analisa. Por exemplo, se o experimentador usa um aparelho de medição de radiações, o objeto quântico se mostra como onda; mas se este utiliza um aferidor de massa, ele se revela como partícula. Essa interatividade entre o observador e o fenômeno observado motivou, no âmbito da própria ciência, a noção de que um campo consciencial não somente pode interferir na expressão do objeto quântico, mas que ambos são objetos de mesma natureza.

E logo surgiu a idéia de que a consciência seria o elemento, pertinente ao universo virtual, capaz de provocar o colapso da onda quântica, permitindo-lhe manifestar-se em suas variadas formas na dimensão real e concreta em que vivemos. Portanto, passou-se a admitir a existência desse novo domínio quântico – a consciência – aparentemente independente da dimensão exterior e ao mesmo tempo nela fundido, que não era matéria ou energia, possuindo, contudo, a mesma natureza de ambas as manifestações, uma vez que com estas é capaz de interagir.

O mais surpreendente, contudo, foi a inferência de que, como um evento igualmente quântico, a consciência revelava-se hábil não só em interagir ativamente com a dimensão exterior, mas igualmente em produzi-la. Assim compreendida, ela se mostrava agora ser o único objeto realmente existente no universo.

A consciência deixava de ser uma instância pertinente às sensações do eu e, extrapolando o âmbito da psicologia, tornava-se agora um potencial determinístico de ordem física. Em breve, um mais amplo sentido de unidade será conferido à constituição do universo, pois esse novo e abstrato elemento, a consciência, mostra-se ser, cada vez mais, o constructo capaz de unificar todos os fenômenos quânticos e de sustentar a realidade, segundo seu inerente padrão de observância. Assim compreendido, o primado da consciência será aceito como o princípio organizador fundamental não só da dimensão física, mas, sobretudo, e com muita mais propriedade, de todo e qualquer ser vivo.

De todos os novos conceitos semeados pela física quântica, esse tem sido, seguramente, o mais polêmico e de mais difícil aceitação pela comunidade científica tradicional. Contudo, facilmente se conclui que a cada dia esses pressupostos tornar-se-ão mais evidentes e crescerão no entendimento do homem, pois este tem pressa em convencer-se de que é um domínio abstrato muito além da matéria.

Espiritualismo Científico

Inegavelmente, as proezas quânticas evidenciavam aos novos tempos um admirável mundo, desenhado com os traços imprecisos dos eventos e as cores inefáveis da imponderabilidade, pinceladas pela consciência. A cética análise científica, afeita à imagem newtoniana do universo e cativa do dualismo cartesiano, permanece atribuindo às façanhas quânticas nada mais que uma exótica realidade física subjacente ao cosmo infinitesimal. Ainda distante do espetacular salto rumo à unidade, não lhe interessou interpretá-las à luz do idealismo, e segue acreditando que física e consciência, assim como ciência e religião, delineiam parâmetros que não se misturam.

Entrementes, os físicos intérpretes de uma ordem mística na consideração desses conceitos acorreram a associar esse novo campo fenomênico ao espírito. A identidade entre os atributos quânticos e as propriedades da alma já anunciadas pelas escolas espiritualistas de todos os tempos e culturas é evidente o bastante para que a razão humana a legitime. Estavam abertas as janelas visionárias que farão evoluir os postulados da mecânica quântica ao puro espiritualismo, em um novo e moderno renascimento cultural.

Se a magia quântica realizara o extraordinário feito de urdir perfeitamente a matéria à energia na equação diferencial de Schrödinger, resta-lhe agora muito pouco para unificar, através de uma matemática elevada, toda a complexidade universal em torno de seu único e último substrato: a consciência. E então nada faltará para que o pensamento científico aceite que essa consciência é o mesmo espírito, desvestindo-se do velho preconceito que o impede de pronunciar tão antiga palavra, pejada de religiosidade, porém rica de elevados conceitos.

A existência desse campo consciencial criativo e imaterial a extrapolar a dimensão física, deixando o estreito âmbito religioso onde sempre existiu, torna-se a cada dia uma hipótese viável não só entre os eruditos quânticos, mas igualmente a partir de outros modernos filósofos da ciência. Encontramo-la, por exemplo, no pertinente princípio antrópico, enunciado por esses pensadores hodiernos. Segundo esse interessante fundamento, as leis físicas nasceram e sempre atuaram segundo o apriorístico propósito de produzir um universo compatível com a futura manifestação da consciência em seu bojo. Assim, de acordo com esse princípio, as forças básicas da natureza atuaram, em toda a história do cosmo, como se conhecessem o futuro, adotando exatos valores de modo a viabilizar a estabilização do átomo como entidade fundamental e própria para a expressão da vida. Por exemplo, se a carga elétrica do próton, a despeito de sua massa ser mil vezes maior, não fosse exatamente a mesma do elétron, se as forças básicas – fraca, forte, eletromagnética e gravitacional – diferenciassem frações mínimas de suas medidas originais, a unidade atômica não seria viável e a consciência, em forma de vida, não teria se manifestado no âmbito físico.

Com essas novas postulações, emergentes entre os místicos da nova física, a linha de causalidade fenomênica inverteu o seu sentido. Se antes a consciência nascia como um epifenômeno da matéria (causalidade ascendente), esta agora é filha da consciência fenomênica, primeira e última expressão real da existência (causalidade descendente). O domínio físico torna-se manifestação última e concreta da consciência. A matéria transforma-se, nessa nova dialética monista, em mero hálito do espírito. Assim, imensos paradoxos da atual ciência dualista, finalmente, encontrarão soluções plausíveis nesse monismo conceitual. (Para maiores detalhes da causalidade quântica, veja o trabalho “Uma Nova Visão da Medicina”, neste site.)

A seguir esse caminho de deduções, prevê-se que, mais cedo do que se pensa, a física quântica efetivamente anunciará ao mundo que o espírito, fonte da consciência, é não só um fato científico como também a única realidade concreta da existência. Alicerçado em equações infinitesimais, ele será compreendido como o agente unificador dos eventos quânticos, conferindo à criação o seu mais estupendo sentido de unidade e imponderabilidade.

A alma ganhará substância e manifestar-se-á com irrefutável evidência ao concebível humano. E, uma vez admitida a sua completa imaterialidade, a imortalidade lhe será facilmente reconhecida, como quesito fundamental, para grande alívio de todos aqueles que acreditam sermos herdeiros da eternidade.

Uma nova Medicina para Um Novo Homem

Com a junção da física quântica ao espiritualismo, o homem será entendido não mais como um casual amontoado de órgãos, porém um domínio unitário de campos quânticos sutis produzidos e organizados pela consciência, estabelecendo-se a perfeita fusão de sua trindade consubstancial – matéria, energia e espírito. Assim, ele deixará de ser produto de suas moléculas, o pensamento não mais será uma mera secreção cerebral e o genoma, o determinante da construção orgânica. O homem, para grande proveito de si mesmo, far-se-á, em última análise, uma edificação da própria consciência. Novos modelos de saúde serão então suscitados para compreendê-lo e tratá-lo nessa inovadora perspectiva.

A nova física, seguramente, será convocada para a edificação dessa revolucionária medicina. E certamente ela validará muitos tratamentos até o momento inaceitáveis pela ciência médica contemporânea, como a homeopatia, a acupuntura e as curas espirituais. No campo da não-localidade, essas consentâneas porém menosprezadas práticas terapêuticas encontrarão os subsídios científicos que lhes faltavam para validá-las como genuínos recursos de saúde para o homem enfermo.

Igualmente novos recursos terapêuticos serão desenvolvidos, utilizando-se os mais avançados estudos e pesquisas no campo da ciência quântica. Recursos que se sustentarão sobretudo na orientação da consciência como a mais genuína ação curativa possível à unidade orgânica. E assim a medicina abandonará o exclusivo de drogas químicas como solução última para os males humanos.

Em apoio à medicina, ciência e religião voltarão a se unir, proporcionando ao homem o almejado bem-estar e o equilíbrio que ele sempre aspirou. (Leia mais sobre essa nova visão médica no artigo “Uma Nova Visão da Medicina”, neste site.)

Biologia Sagrada

Se no campo médico o paradigma quântico muito poderá auxiliar na visão unitária do ser humano, as ciências biológicas igualmente auferirão importantes benefícios com a nova compreensão da realidade. Uma vez comprovado que todo objeto físico é uma emanação de forças sutis, com muito mais propriedade assim também serão compreendidos os seres vivos. E do mesmo modo que o homem, estes deixarão de ser quiméricos amontoados de órgãos para se transformarem em processos vitais, dotados de uma consciência igualmente imortal. Isso modificará substancialmente a biologia, orientando as suas pesquisas na procura desse psiquismo ativo, pleno de intencionalidades, em ação na unidade animal.

Desse modo, facilmente se conceberá ser o espírito o campo abstrato que interage e carreia as formas biológicas, efetuando preconcebidos e criativos saltos evolutivos, segundo movimentos exatos, capazes de superar com eficiência todas as dificuldades do meio ambiente em que se expressa a vida. E assim, o reino do espírito implantar-se-á na biologia, sustentado pela imponderabilidade quântica, joeirando definitivamente a aridez com que o materialismo científico lhe conspurcou.

A vida, em qualquer de suas expressões, será entendida como um processo sublime, muito além da matéria. O homem, como nos tempos da fé, curvar-se-á diante de suas maravilhosas expressões, admirando as formas vivas como genuínas criações do espírito. E a biologia deixará de ser mero estudo de corpos para se fazer a ciência sagrada da vida.

Da Ciência à Teologia

Como terminante conseqüência desse neo-espiritualismo quântico, um Criador e Seu reino estão a um passo de serem redescobertos pela razão humana e demonstrados como fatos científicos.

Pelas janelas da mecânica quântica, os físicos místicos já prenunciam que a não-localidade é não só o império da consciência fenomênica, mas igualmente a dimensão onde se expressaria uma Consciência máxima, fonte de todas as outras, cuja identidade coincide com a de um suposto Criador, segundo os mesmos atributos determinados pelas antigas teologias. Por isso, Deepak Chopra, famoso médico e escritor da atualidade, afirma: “Para além do espaço e do tempo, encontra-se a fonte das possibilidades infinitas, um florescimento de vida, verdade, inteligência e realidade que não poderá jamais ser reduzido. É a promessa dos antigos visionários, e ela se confirma hoje”.

E, de fato, torna-se lícito admitir que, se consciência humana existe, interfere e produz a realidade física, ela necessariamente advirá de alguma fonte abstrata comum e superior. Fonte facilmente identificada como potentia, a realidade supradimensional concebida por Heisenberg, onde impera, absoluta, a ordem implícita, preconizada por David Bohm. Seguramente, esse é o caminho dedutivo que muitos físicos quânticos estão percorrendo para se compreender as mais profundas razões filosóficas da vida e aceitar, inclusive, a existência de Deus e a imortalidade da consciência.

As grandes doutrinas religiosas da Terra sedimentaram conhecimentos que aguardam da ciência explicações convincentes. Julgados inúteis devaneios do fideísmo humano e abandonados como traste do pensamento pelo materialismo científico, começam agora a ser admitidos como retratos genuínos de uma realidade que transcende a matéria. O imponderável, constatado como objeto real das modernas pesquisas no infinitamente pequeno, mostra-se a cada dia mais próximo da dimensão abstrata do espírito, corroborando os enunciados teológicos de todos os tempos. Acredita-se, desse modo, que não tardará o dia em que a mecânica quântica irá acolher em suas avançadas teorias os corolários religiosos, compreendendo-os como parte da mesma realidade subjacente que sustenta o domínio físico.

Desse modo, o idealismo científico far-se-á o perfeito elo entre o racionalismo e a fé. E terminará por comprovar que potentia, o império superior da ordem implícita, a não-localidade, fora do tempo e do espaço e o vazio quântico, além do cone de relativismo que nos prende, são expressões que encontram perfeita correspondência com o nirvana dos budistas, o mundo das idéias de Platão e o céu com que sonharam os primitivos cristãos.

Facilmente se elucidará que tudo que existe advém desse reino fundamental, cuja origem e organização somente poderão ser imputadas a um ingênito Criador. A dimensão em que respiramos será admitida como uma pálida e ilusória cópia dessa realidade maior, habilmente construída pela consciência, a fim de manifestar-se na realidade objetiva.

E assim religião e ciência, urdindo seus preceitos fundamentais, encontrar-se-ão no palco da imponderabilidade quântica, dando-se as mãos, em perfeita concórdia, na condução do homem às fronteiras do Infinito.

REFERÊNCIAS

1. Betto F. A obra do Artista. São Paulo: Ática; 1995.

2. Capra F. A Teia da Vida. 8ª ed. São Paulo: Cultrix; 2003.

3. Capra F. O Ponto de Mutação. 10ª ed. São Paulo: Cultrix; 1990.

4. Capra F. O Tao da Física. 3ª ed. São Paulo: Cultrix; 1987.

5. Chopra D. Conexão Saúde. São Paulo: Editora Best Seller; 1987.

6. Ferris T. O despertar na Via Láctea. 2a ed. Rio de Janeiro: Editora Campus; 1990.

7. Freire G. Arquitetura Cósmica. Belo Horizonte: Inede; 2006.

8. Gleiser M. A Dança do Universo. 2a ed. São Paulo: Companhia das Letras; 1997.

9. Gordon JS. Manifesto da Nova Medicina: Editora Campus; 1998.

10. Goswami A. O Médico Quântico. 1ª ed. São Paulo: Editora Cultrix; 2006.

11. Goswami A. A Física da Alma. 2ª ed. São Paulo: Editora Aleph; 2008.

12. Goswami A. A Janela Visionária. São Paulo: Cultrix; 2003.

13. Goswami A. Universo Autoconsciente. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos; 2001.

14. Greene B. O Universo Elegante. São Paulo: Companhia das Letras; 2001.

15. Lazlo E. Conexão Cósmica. Petrópolis, RJ: Editora Vozes; 1999.

16. McEvoy JP. Quantum Theory for Beginners. Cambridge, United Kingdom: Icon Books Ltd; 2006.

17. Toben, Bob e Wolf FA. Espaço-Tempo e Além. 9ª ed. São Paulo: Cultrix; 1993.

18. Ubaldi P. A Grande Síntese. 21a ed. Campos dos Goytacazes: Ed. Instituto Pietro Ubaldi; 2001.

19. Ubaldi P. Ascensões Humanas. 3a ed. Campos dos Goytacazes: Ed. Fundapu; 1983.

20. Ubaldi P. Deus e Universo. 3ª ed. Campos dos Goytacazes: FUNDÁPU; 1987.

21. Ubaldi P. O Sistema. 2ª ed. Campos dos Goytacazes: FUNDÁPU; 1984.

22. Zohar D. O Ser Quântico. São Paulo: Editora Best Seller; 1990.

Gilson Freire

O Segredo (SEU DESEJO É UMA ORDEM)




4/13 PARTES

Encantos e Magia da Fisica Quantica




9 de set. de 2010

Richard Dawkins sobre o nosso estranho universo - 1




A CHAVE DE TUDO




Teoria das Cordas e das Supercordas: http://youtu.be/qBeDSFLxpW8



A chave de tudo

A resposta para todas as perguntas. A equação que resolve todas as questões. Dos sólidos de Platão às supercordas da física atual, refaça conosco a fantástica viagem da ciência em busca do seu Santo Graal: a teoria de tudo
Helio Gurovitz


Pitágoras dizia que era a harmonia musical. Platão acreditava nos sólidos perfeitos. Newton e Einstein, no espaço, no movimento e na energia. Os físicos de hoje, em – o nome é este mesmo – supercordas. Desde que o mundo é mundo, os cientistas sonham com o dia em que toda a realidade caberá numa formulação simples e elegante, com o momento em que tudo o que existe, existiu ou existirá poderá ser entendido e explicado por uma espécie de teoria de tudo: completa, imune a contradições e paradoxos e, acima de qualquer suspeita, real. Até hoje, quem teve mais sucesso na empreitada foi o finado Tim Maia, que resumiu numa única frase – "tudo é tudo e nada é nada" – a confusão sem fim que é explicar este ou qualquer outro Universo. Mas as tentativas dos físicos e matemáticos em busca da teoria de tudo, embora não caibam em detalhes nestas poucas páginas, contam uma das histórias mais fascinantes do pensamento humano, de seus ideais e seu alcance, de suas conquistas e limitações.
"Tudo são números." Atribuída a Pitágoras de Samos, na Grécia antiga, essa frase pode ser considerada o início da busca dos homens por uma explicação lógica, precisa e racional para os fenômenos da natureza. Pitágoras, afirmam os especialistas, teria descoberto que harmonias sonoras podiam ser explicadas pelas proporções entre o comprimento das cordas musicais. Com base nos números, construiu todo um arcabouço de idéias matemáticas que resultaram no célebre teorema de Pitágoras, aquele mesmo que todos aprendemos na escola, o dos catetos e da hipotenusa (que, em grego antigo, também significa "a corda estendida"). Os intervalos musicais descobertos pelos pitagóricos em suas cordas estendidas (a oitava, a quinta e a quarta) estão presentes até hoje na música ocidental e serviram para que eles construíssem um modelo para o Universo em que tudo era resultado da "harmonia das esferas", fruto dos números.
Cordas vibrando e gerando diferentes harmonias também são a base da teoria mais atual da física moderna para explicar o Universo, chamada teoria das supercordas. Como as idéias de Pitágoras influenciaram físicos do século 21?
É preciso ir devagar. Primeiro, as idéias pitagóricas tiveram profunda influência sobre aquele que é tido como o primeiro filósofo grego: Platão. É dele a concepção que norteia até hoje a ciência moderna: a noção de que as idéias existem independentemente das coisas e de que é função do pensamento tentar pescar no mundo das idéias as explicações e teorias. Sobre essa noção foi construída toda uma visão de que a geometria e a matemática têm, por assim dizer, vida própria. Que elas são reais, independentemente da nossa capacidade de entendê-las. O modelo de Universo de Platão, descrito no diálogo Timeu, ainda não falava em átomos ou partículas, tampouco em cordas ou supercordas. Para ele, o mundo era resultado de formas geométricas perfeitas (os cinco sólidos de Platão que ilustram estas páginas). Quatro deles – hexaedro, tetradedro, octaedro e icosaedro – seriam constituintes dos quatro elementos: terra, fogo, ar e água, respectivamente.
O dodecaedro representava o quinto elemento, ou quintessência, por ser o único que não poderia ser gerado a partir de triângulos (o triângulo era uma espécie de partícula fundamental para Platão). O dodecaedro deveria, portanto, estar presente em tudo. Com a descoberta dos átomos e partículas fundamentais, no século 19, o Universo de Platão rolou ribanceira abaixo. Entretanto, até hoje, toda e qualquer teoria que se proponha a explicar tudo deve a Platão a noção de que, no tal mundo das idéias, estão as explicações. Caberia a nós, meros mortais, buscá-las.
Mais de 2 mil anos depois das fantasias platônicas, o inglês Isaac Newton escreveu no monumental Principia Mathematica, base da física clássica: "Toda a diversidade das coisas criadas, cada uma em seu lugar e tempo, só poderia ter surgido das idéias e da vontade de um ser necessariamente existente". Mais que um simples eco de Platão, também podemos ler em Newton o desejo de ver o mundo por meio da geometria e dos números, como Pitágoras. O Universo newtoniano funcionava com base na atração entre os corpos, regida pela lei da gravitação. Era a gravidade que explicava todos os movimentos. Newton também descreveu a luz como uma sucessão de partículas sujeitas às suas leis. Ao contrário das idéias dos gregos, suas teses foram verificadas experimentalmente. E, a partir daí, as estrelas e as esferas nunca mais foram as mesmas.
O poder das idéias newtonianas ao prever o movimento dos corpos celestes e ao dar nascimento à mecânica e à engenharia moderna foi tão grande, que ficou célebre a constatação do físico britânico William Thomson, o Lord Kelvin, no final do século 19, de que nada mais havia a se descobrir na física, só restava fazer medições mais precisas. "As futuras verdades da física devem ser procuradas na sexta casa decimal", teria dito Kelvin. A tal teoria de tudo estava pronta, baseada nas idéias de Newton sobre o movimento e a luz e em algumas outras teorias de James Maxwell e Kelvin sobre a transmissão de calor, eletricidade e energia então em voga.
Kelvin, hoje sabemos, estava enganado. Redonda, profunda e vergonhosamente enganado. Não só havia muito, muito mais a descobrir, como o século 20 virou de cabeça para baixo toda a física pensada nos 2 500 anos anteriores (dos gregos a Newton) e recolocou o sonho de uma teoria de tudo no mundo dos sonhos – de onde, por sinal, ele só tem tentado sair recentemente com a tal teoria das supercordas. As ambições de físicos, matemáticos e de todos os herdeiros dos ideais platônicos foram postas em xeque por uma série de dificuldades teóricas e contradições experimentais. Algumas delas foram resolvidas, outras permanecem abertas até hoje.
E o sucesso de teorias como a das supercordas para resolvê-las, ainda que possa até ser verificado em um futuro não muito distante, não deve nos iludir: tudo continua sendo coisa demais para caber numa fórmula e, talvez, possa ser econômica ou experimentalmente inviável verificar muitas das idéias hoje candidatas a teoria de tudo, a última e derradeira explicação para o princípio, o meio e o fim deste Universo – e também de outros.
No século 19, a primeira contradição observada nos princípios de Newton se referia à velocidade da luz. A mecânica newtoniana estabelecia que as velocidades de dois corpos em movimento em relação a um observador devem ser somadas. Se algo em movimento emite luz, então a velocidade da luz emitida deveria ser somada à velocidade do movimento em relação ao observador parado. Só que isso não correspondia às conclusões derivadas das teorias desenvolvidas para a eletricidade. Albert Einstein resolveu esse paradoxo por meio da teoria da relatividade restrita, em que ele postulava que a velocidade da luz era constante e não poderia ser somada a outras velocidades. Nada poderia ser acelerado acima da velocidade da luz. O trabalho de Einstein também confirmou a natureza corpuscular da luz, e as partículas que a constituíam foram chamadas de fótons.
Só que a presença dos fótons davam margem a uma outra contradição com as idéias de Newton e seus seguidores. Ei-la: se nada pode ser acelerado além da velocidade da luz e se os corpos se atraem de acordo com as leis da gravitação, como explicar que essa atração ocorra instantaneamente? Como a informação gravitacional poderia viajar de um corpo a outro a uma velocidade infinita, portanto superior à dos fótons de luz? Para resolver essa contradição, Einstein teve de modificar completamente as teorias sobre a gravitação. Ele postulou que o universo que todos conhecemos com três dimensões – em que todos os objetos têm comprimento, largura e altura – é, na verdade, a manifestação concreta de um outro universo, o real, em que existe uma quarta dimensão: o tempo. Nesse universo de quatro dimensões, chamado espaço-tempo, toda matéria causa uma deformação, ou uma espécie de curvatura. A força gravitacional seria, de acordo com Einstein, a manifestação de todas as curvaturas geradas pela matéria.
A atração entre os corpos seria, portanto, uma propriedade geométrica do espaço-tempo: eles como que "escorregariam" um em direção ao outro por causa dessas curvaturas. Quando foi possível medir experimentalmente o desvio de um raio de luz no céu de um eclipse, supostamente causado pela curvatura do espaço-tempo gerada pela massa do Sol, Einstein se tornou uma celebridade mundial. A física de Newton não passava de um caso especial de uma teoria mais abrangente para explicar todas as coisas: a teoria da relatividade geral de Albert Einstein.
Mas o físico alemão naturalizado americano não estava satisfeito. Havia uma série de outras contradições que suas teorias eram incapazes de resolver. As partículas minúsculas – como o fóton, a partícula de luz, ou o elétron, a partícula concebida para explicar a eletricidade e o magnetismo – eram dotadas de um comportamento extremamente bizarro. Em 1803, Thomas Young havia demonstrado que, ao deixar luz atravessar duas minúsculas fendas e depois iluminar um filme fotográfico do outro lado, era possível verificar no filme um padrão de interferência entre os dois raios de luz. Para explicar isso, os físicos imaginavam que as partículas de luz poderiam se propagar como ondas que interferiam umas nas outras, assim como as ondas sonoras. No século 20, porém, foi realizado um outro experimento, em que se deixava apenas um fóton de luz atravessar cada fenda.
Para surpresa de todos, ainda foi possível observar o padrão de interferência no filme. Isso significava que cada partícula de luz teria, ela própria, uma natureza ondulatória, capaz de interferir no movimento das outras.
Para explicar a natureza dessas partículas e como elas poderiam se mover e trocar energia, os físicos desenvolveram uma teoria chamada mecânica quântica. Ela tinha duas características peculiares. A primeira era postular que tais partículas só poderiam ocupar um certo número de estados energéticos fixos e que elas trocariam energia por meio de pacotes, batizados quanta. Assim, o fóton deixava de ser uma mera partícula de luz para se tornar o quanta das ondas de luz. A segunda característica era que, desenvolvidas sobretudo por Niels Bohr, Werner Heisenberg e Paul Dirac, as equações por meio das quais a mecânica quântica descrevia o movimento de "ondas-partículas" como fótons e elétrons postulavam, devido à natureza ambivalente desses objetos, que era impossível conhecer simultaneamente sua posição e sua velocidade.
A medição precisa de uma dessas quantidades implicava incerteza na medição da outra, que se transformava apenas numa gama de probabilidades. Conhecido como princípio da incerteza, essa tese de Heisenberg revoltava físicos como o próprio Einstein.
Ele tentou minar os pressupostos da mecânica quântica por meio de um experimento imaginário, concebido com seus colegas Nathan Rosen e Boris Podolsky. O experimento Einstein-Podolsky-Rosen, ou EPR, como ficou conhecido, imaginava o decaimento de uma partícula em duas outras que, de acordo com as equações quânticas, gerariam duas nuvens de probabilidades no espaço, mas girariam em sentidos opostos quando detectadas. Depois de viajar por milhões de anos-luz, Einstein, Podolsky e Rosen supuseram que um observador medisse uma das partículas, de modo que ela assumisse um dos estados previstos em sua onda de probabilidades. Ora, por força das leis do decaimento, a outra partícula deveria instantaneamente assumir o estado oposto, isto é, girar na direção contrária. Mas como ela saberia isso imediatamente a milhões de anos-luz de distância, se nada pode ultrapassar a velocidade da luz? Estava aí uma contradição evidente entre a relatividade de Einstein e a mecânica quântica.
Portanto, afimavam Einstein, Podolsky e Rosen, o princípio da incerteza deveria estar errado e toda a mecânica quântica precisaria ser revista.
Seguiu-se a isso um intenso debate entre Einstein e Bohr, talvez o maior da física do século 20. Um debate que teve conseqüências decisivas sobre a concepção de ciência derivada das idéias de Platão e sobre o possível alcance de uma teoria de tudo. Pela primeira vez desde Platão, havia um ingrediente novo. O mundo das idéias, embora representado pela nuvem de probabilidades das partículas quânticas, não dava conta de prever tudo.
O observador, ou a simples existência de um observador, interferia e alterava o resultado do experimento. O conhecimento sobre um dado da natureza poderia modificar a própria natureza. Era isso que Einstein não conseguia aceitar. Bohr e seus seguidores acreditavam que o presente só é capaz de nos dar conhecimento sobre diferentes futuros possíveis. Tudo o que podemos fazer, diziam eles, é calcular probabilidades. Mais que isso, Bohr ainda afirmava que não é necessariamente verdade que todas as coisas tenham propriedades como velocidade, posição, tamanho ou massa com valores definidos em todos os momentos. Einstein, com sua célebre frase "não acredito que Deus jogue dados com o universo", era contrário às duas posições. Ele tinha uma postura ao mesmo tempo realista (tudo pode ser medido) e determinista (tudo pode ser previsto teoricamente). Bohr era a um só tempo antideterminista e anti-realista.
Para ele, tudo aquilo a que a ciência poderia almejar era o conhecimento das probabilidades de resultados experimentais. Para Einstein, era a compreensão dos segredos por trás do funcionamento da natureza, de por que as coisas eram de um jeito e não de outro. A questão de Bohr era apenas "o quê?"; a de Einstein, "por quê?". E Einstein perdeu.
Ele queria descobrir uma teoria capaz de unificar as forças conhecidas até então, gravitação e eletromagnetismo, numa única força. Mas morreu sem formular sua tão sonhada teoria do campo unificado. E, à medida que as teorias quânticas começaram a ser verificadas experimentalmente, toda a concepção científica de Einstein foi posta em xeque. A unificação das forças numa espécie de teoria de tudo não deixava, no entanto, de ser um sonho da física. A interação das partículas, descobriram os físicos do século 20, se dava no universo por meio não de duas, mas de quatro forças: a força nuclear forte (tão forte que é responsável pela energia solar e pela coesão do átomo de hidrogênio que se desfaz na explosão de uma bomba H), a força nuclear fraca (responsável pela radioatividade e por alguns tipos de radiação e fenômenos físico-químicos), a força eletromagnética (presente na eletricidade e nos ímãs) e a força gravitacional.
Os físicos modernos já conseguiram, no ramo da física conhecido como teoria quântica de campos, integrar as três primeiras forças teoricamente e mostrar que elas são resultado de uma única "superforça", chamada força eletrofraca.
Com base nas tais probabilidades de Bohr e Heisenberg e na unificação das três forças, os físicos também mapearam toda a fauna de partículas elementares, naquilo que ficou conhecido como modelo-padrão. De acordo com esse modelo, todas as partículas quânticas (não só fótons e elétrons, mas também os prótons e nêutrons que formam o núcleo dos átomos e toda uma fauna estranha de múons, bósons e quejandos que os físicos descobrem nos aceleradores de partículas) são derivadas de três famílias de partículas ainda mais elementares, chamadas léptons e quarks (e também há uma partícula adicional chamada bóson de Higgs). Todos os léptons e quarks previstos pelo modelo-padrão já foram verificados experimentalmente nos aceleradores de partículas. Além disso, o modelo-padrão e a teoria quântica de campos são perfeitamente compatíveis com a teoria da relatividade restrita de Einstein, aquela que postula que nada pode ultrapassar a velocidade da luz.
Só falta integrar a isso tudo a força gravitacional, a teoria da relatividade geral e a curvatura do espaço-tempo. Ou faltava. Apesar de o paradoxo EPR continuar sendo um exemplo da contradição fundamental entre a relatividade geral e a teoria quântica de campos, nas duas últimas décadas a tal teoria das supercordas tem dado esperança aos físicos de que eles, finalmente, estejam próximos de uma teoria de tudo.
Os pioneiros da teoria das supercordas, John Schwarz, Michael Green e Yoichiro Nambu, imaginam que o universo não seja formado por pontos em um espaço-tempo de quatro dimensões, como o imaginado por Einstein. Para eles, vivemos em um mundo de dez dimensões, em que minúsculas cordas, cujo comprimento é da ordem de um decilionésimo de centímetro (seriam necessárias um decilhão – ou 1 seguido de 33 zeros – de cordas para formar 1 centímetro), vibram nas dez dimensões para formar todas as partículas do modelo padrão e tudo o que conhecemos. Nada muito diferente do que Pitágoras imaginava há 2 500 anos com sua música das esferas. O que eles conseguiram com isso foi alcançar a integração da força gravitacional à teoria quântica de campos. Como? Além das quatro dimensões do espaço-tempo relativístico de Einstein, haveria outras seis, presentes no princípio do universo, que teriam sido compactadas a uma escala minúscula no mundo einsteiniano que somos capazes de verificar experimentalmente.
A vibração das cordas nessas seis dimensões seria responsável pelas propriedades quânticas, como a dualidade onda-partícula.
E, dessa forma, estaria alcançada a teoria do campo unificado tão sonhada por Einstein. A questão central é que, muito provavelmente, essa teoria não pode ser provada por meio de experiências nos aceleradores de partículas, cujo alcance se restringe a fenômenos da ordem de dez quatrilionésimos de centímetro (as cordas teriam de ser um quatrilhão – ou 1 seguido de 16 zeros – de vezes maiores para ser detectadas). Para ter uma prova perfeita da existência das cordas e das leis de simetrias que a regem seria preciso um nível de energia comparável ao do Big Bang, a explosão que, de acordo com a maioria dos físicos teóricos, teria dado origem ao universo.
A tentativa deles, portanto, é projetar algum tipo de experimento que seja viável com os aceleradores de partículas para detectar pelo menos pistas de que as tais cordas existam, como ressonâncias de suas vibrações. Porém, por enquanto, tudo isso não ultrapassou o campo das especulações.
E, se a teoria das supercordas é uma legítima reedição dos ideais de Pitágoras e Einstein, numa formulação compatível com o conhecimento experimental do século 21, também não faltam concepções mais ousadas para uma teoria de tudo. A mais criativa foi elaborada pelo americano Max Tegmark. Ele na verdade radicalizou a visão platônica de que as idéias existem independentemente da nossa capacidade de conhecê-las. Para Tegmark, toda e qualquer formulação matemática existe fisicamente. Assim, o teorema de Pitágoras, por exemplo, corresponde a um universo como o nosso, que existe de fato. O único senão é que esse universo talvez não tenha nenhum habitante com consciência, capaz de descrever seus fenômenos físicos. Dessa forma, se quisermos entender as leis do universo, precisamos não apenas considerar a interferência de observadores hipotéticos nos fenômenos físicos, mas entender as próprias leis da vida desses observadores.
"As condições para a vida especificarão as equações que governam nosso universo e nos dirão por que nenhuma outra lei é válida ou aplicável", diz Tegmark. Nosso universo não passaria de uma caixinha dentro de todas as possíveis teorias matemáticas, mas uma caixinha que foi capaz de gerar estruturas autoconscientes (nós). Todas as demais caixinhas também corresponderiam a realidades físicas. Além de as idéias habitarem um mundo independente, como queria Platão, nós não passaríamos de fruto das idéias, assim como a tradição oriental diz que o mundo não passa de um sonho de Buda.
Não é nova a idéia de múltiplos universos, ou de que na verdade não faz sentido falar num universo, mas apenas em multiversos. Para explicar o comportamento bizarro das partículas quânticas, por exemplo, havia duas interpretações: a de Copenhague, defendida pelo dinamarquês Bohr, que postulava a existência da nuvem de probabilidades dos possíveis estados, e a de Budapeste, defendida pelo húngaro John von Neumann, segundo a qual as possibilidades de trajetórias e velocidades de partículas existiam em múltiplos universos. Enquanto os defensores da interpretação de Copenhague enfatizavam nossa inerente limitação para detectar os fenômenos (pois as observações geram o colapso da nuvem de probabilidades em um único estado), os que acreditavam na interpretação de Budapeste afirmavam que as medições, e o conseqüente colapso, só ocorrem de fato dentro do cérebro. Seria, portanto, nossa mente que faz as partículas do universo adotarem um caminho e não o outro, uma posição e não a outra.
E, na verdade, elas adotariam todas as possibilidades em múltiplos universos. O quanto da nossa capacidade de entender e resumir tudo por meio do cérebro limita as possibilidades da nossa compreensão ou o quanto essa compreensão não passa de um reflexo de nossas próprias estruturas mentais é uma questão sem resposta. Não há uma explicação para o fenômeno da consciência, assim como ainda não há teoria capaz de explicar tudo o que há no universo. Se os dois sonhos são no fundo reflexo da mesma ilusão matemática, nem Tim Maia soube dizer.

Pitágoras (570-497 a.C.)
A "harmonia das esferas" era para os pitagóricos a origem de tudo. Com base na proporção entre os comprimentos das cordas musicais, Pitágoras descobriu os intervalos entre notas existentes até hoje na música. Ele também buscava nos números a explicação para o funcionamento de todo o universo.

Platão (427-348 a.C.)
Para ele, a explicação de como tudo existia estava nos cinco sólidos perfeitos: cubo, tetraedro, octaedro, icosaedro e dodecaedro. Os quatro primeiros estavam por trás dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água), e ao dodecaedro correspondia um quinto elemento, a quintessência presente em tudo. Apesar de a teoria de Platão parecer, hoje, fantasiosa, a ciência moderna deve a ele a noção de que existem explicações independentes para as coisas.

Newton (1643-1727)
Fez uma descrição do universo que partia de equações matemáticas para explicar como os corpos se moviam e trocavam energia. Suas principais teorias foram capazes, pela primeira vez, de explicar a força gravitacional e acabaram dando origem a todo o avanço tecnológico por trás da Revolução Industrial.

Einstein (1879-1955)
No século 19, a experimentação mostrou que havia buracos nas teorias newtonianas. Einstein ampliou-as com as teorias da relatividade restrita e geral, postulando que nada poderia ultrapassar a velocidade da luz. Mas ele não conseguiu realizar seu sonho: construir uma teoria capaz de explicar todas as forças do universo por meio de uma única "superforça". A relatividade geral se mostrou contraditória quando aplicada ao mundo das partículas elementares. Hoje, a teoria das supercordas está perto de unir a força gravitacional e a relatividade geral com as demais forças do universo e realizar o sonho de Einstein.

Niels Bohr (1885-1962)
Ao explorar os mistérios do átomo, ele entrou em choque com a visão einsteiniana de que a missão da ciência era desvendar o porquê dos fenômenos naturais. Para Bohr, o máximo que se poderia obter é uma teoria que descreve como as coisas são.

Max Tegmark (1967)
O radical físico americano acredita que toda teoria matemática tem existência física em algum universo. Mas só em alguns deles haveria vida autoconsciente capaz de explicá-los. "Não somos nós que criamos a matemática", diz Tegmark, " foi a matemática que nos criou".

Na livraria
Fire in the Mind, George Johnson, First Vintage Books, 1996
Sonhos de uma Teoria Final, Steven Weinberg, Rocco, 1994

Na internet:
www.hep.upenn.edu/~max/toe.html
www.theory.caltech.edu/people/jhs/strings/index.html
www.msu.edu/user/malonemi/ibs333/quantum.html
www.flash.net/~csmith0/theryall.html


http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_275105.shtml

Incompletude: A Prova e o Paradoxo de Goumldel

Rating:★★★
Category:Other
Quando o filósofo alemão Friedrich Nietzsche afirmou que não há fatos, só interpretações, não poderia imaginar que poucas décadas depois seria confirmado por um matemático. Considerado um dos três grandes nomes das ciências exatas do século XX, o austríaco Kurt Goumldel apresentou, em 1930, aos 23 anos, seus dois teoremas da incompletude, que demonstram a existência de sentenças matemáticas indecidíveis, cujo paradoxo está em não poder ser nem provadas nem refutadas, ainda que, a partir de uma interpretação razoável, possam ser atestadas como verdadeiras.
Sua descoberta no campo da lógica matemática é comparável à teoria da relatividade, de Albert Einstein, e ao princípio da incerteza, de Werner Heisenberg. Juntos, os três abalaram o mito da objetividade científica. Os teoremas de Goumldel tiveram consequumlências para o pensamento sobre a natureza da verdade, do conhecimento e da certeza, como demonstra o livro "Incompletude: A Prova e o Paradoxo de Goumldel", em que a autora, Rebecca Goldstein, conta histórias saborosas e as idiossincrasias de um gênio louco, autor de descobertas matemáticas indecifráveis, em texto acessível a leitores leigos.
Os episódios pitorescos vão desde a sua fama de mulherengo - famosa no Círculo de Viena, onde todas as vezes que aparecia uma jovem bonita, estava procurando por ele - até sua total aversão a contatos pessoais. Sobre sua vida amorosa e sexual o relato é de um casamento tão estranho quanto surpreendente para um personagem sisudo: depois da morte do pai, o austríaco casou-se com uma prostituta a quem introduziu na sociedade americana, causando espécie pelas roupas espalhafatosas, não apenas estranhas ao ambiente acadêmico como absolutamente opostas ao estilo - ou à falta de estilo - social de Goumldel.
Capaz de passar horas ao telefone, sobretudo se o assunto fosse matemática, foi um personagem introspectivo, de poucos amigos e raros contatos pessoais em Princeton, a universidade americana na qual passou a maior parte da vida acadêmica. Apesar da diferença de idades, foi com Einstein, 27 anos mais velho, que Goumledel travou a maioria das conversas, pessoais ou científicas, em caminhadas diárias, em Nova Jersey, onde ambos compartilhavam, além do interesse acadêmico, o sentimento de exílio. Colegas no então recém-criado Instituto de Estudos Avançados, haviam fugido da Europa nazista durante a Segunda Guerra Mundial e, embora fossem tidos como muito diferentes, foram amigos inseparáveis. A companhia de Einstein, que deixou registrados muitos elogios ao austríaco, amenizou a hostilidade com que os pares de Goumldel o encaravam.
"A inevitável incompletude até de nossos sistemas formais de pensamento demonstra que não existe um fundamento sólido que sirva de base a qualquer sistema", argumenta Rebecca. Ela afirma ainda que a noção de verdade objetiva é um mito socialmente construído. No Brasil, sua obra teve repercussão em 1991, quando os pesquisadores Newton da Costa e Francisco Doria, respectivamente doutores em matemática e física, demonstraram que a indecidibilidade se aplica também à teoria do caos - trabalho reconhecido como inovador pela mais importante publicação científica do mundo, a revista "Nature". "Não existe um sistema de computador que possa distinguir o caos do não-caos", explica Doria, um dos muitos cientistas que discordam da idéia de que a teoria de Goumldel possa servir para abalar a objetividade.
O filósofo Jacques Derrida se valeu dos teoremas da incompletude para marcar seu pensamento pelos indecidíveis - palavra usada por ele pela primeira vez em "Disseminação", livro de 1971 em que faz referência a Goumldel. "Uma proposição indecidível, Goumldel a demonstrou, é uma proposição que, dado um sistema de axiomas, não é nem uma consequumlência analítica ou dedutível dos axiomas, nem está em contradição com eles, não é nem verdadeiro, nem falso do ponto de vista destes axiomas", escreveu o filósofo, que dali em diante demonstraria com os indecidíveis a fraqueza dos conceitos sobre os quais se apóia o conhecimento.
Para o professor Rafael Haddock-Lobo, pós-doutorando em filosofia na USP e autor do recém-lançado "Derrida e o Labirinto de Inscrições" (editora Zouk), a indecidibilidade que aparece em "Disseminação" é um marco no pensamento do filósofo. "É quando Derrida começa a formalizar este estranho lugar do discurso da desconstrução que surge a referência à Goumldel. Se não há esta plena certeza dos lugares, então todo discurso é, de certo modo, marginal, e deve assumir esta indecidibilidade. Em sua leitura de Goumldel, Derrida vai propor que se leve em consideração não mais a lógica tradicional do "ou isto ou aquilo", que regulou todo o pensamento ocidental, mas outra lógica que embarace estes termos tão pretensamente bem definidos", explica.
Em Derrida, os paradoxos que os teoremas da incompletude apontam são incorporados e fazem parte das questões filosóficas que discute. "Esse movimento requer uma paixão pelos paradoxos e uma vontade de permanecer neles", diz Haddock-Lobo. Em Goumldel, o paradoxo dos teoremas surgiu como uma consequumlência indesejada do seu trabalho. Rebecca o classifica como o maior lógico desde Aristóteles e explica que Goumldel só chegou à idéia de incompletude porque estava trabalhando com a ambição de alcançar uma conclusão matemática que comprovasse o realismo da lógica matemática. O fato de sua obra ter entrado para a história não apenas como um paradigma anti-objetividade, mas como uma de suas forças propulsoras mais poderosas, se constitui numa imensa ironia. Ou no mais insolúvel dos paradoxos.
"Incompletude: A Prova e o Paradoxo de Goumldel". - Rebecca Goldstein