2 de jun. de 2011

Energia * de dentro.8

História


As pesquisas iniciais de parapsicologia se concentraram em obter dados estatísticos para comprovar a existência dos fenômenos estudados. Posteriormente se sentiu a necessidade de uma teoria mais elaborada que tentasse explicá-los e não só medi-los.


P. Wiesner e Robert H. Thouless, em 1942, nomearam estes fenômenos de fenômenos psi, indicando que eram fenômenos mentais. Inicialmente eles foram subdivididos em psi-gamma, que englobavam as percepções, como a telepatia e a clarevidência e psi-kappa, para as ações, como psicocinese e aparições. Estes termos foram, mais tarde, alterados para psi passivos e psi ativos.


Dez anos de pois, John W. Campbell, um editor de ficção científica interessado em ciências limítrofes, propôs o termo psiônicos, que junta o prefixo psi e o a palavra iônico, já com a visão de que seria algum tipo de energia mensurável por equipamentos eletrônicos ou que pudesse ser empregada como parte de um equipamento eletrônico. Sua defesa entusiasta de dessa possibilidade fora do âmbito da ficção científica acabou levando o termo para o ambiente das universidades e para os divulgadores da parapsicologia.

http://alvarodomingues.com/psionica-a-energia-que-vem-de-dentro



Em tema Campbel, energias em oitavas, psionica


Principio da Totalidade

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Psiônica – A energia que vem de dentro


Ao lado do termo quântico, o termo psiônico é largamente empregado na literatura esotérica ou de medicina complementar ou alternativa. Como o termo quântico, muitas vezes é usado fora do seu contexto original, às vezes compreendido erroneamente por quem o utiliza.


A origem do termo está nos primeiros estudos de Parapsicologia, quando esta ciência se estabeleceu. A Parapsicologia se propunha a estudar fenômenos ditos paranormais, que não podiam ser explicados pelas outras ciências, em especial a Física, a Psicologia e a Biologia.


Os fenômenos paranormais agrupam a telepatia, a clarevidência, a psicocinese, premonição, as aparições de entidades (normalmente classificada como fantasmas) ou outros fenômenos de natureza semelhante.











Muitas vezes contudo, o termo é confundido com radiônica, por terem sido cunhados na mesma época, abordando temas semelhantes. A radiônica acabou sendo incorporada pela radiestesia. Entretanto, o termo psiônica enfatiza o operador e não o equipamento, portanto sendo preferível para descrever os fenômenos psi e suas implicações.


Podemos definir energia psiônica como a energia emitida ou recebida pelo sistema nervoso, em especial o cérebro, capaz de gerar os fenômenos psi. Esta definição tenta afastá-la das outras energias vitais, que porventura existam, como o prana, o orgone ou o ki, embora guardem similaridade com elas. Para alguns pesquisadores, entretanto, as energias psiônicas seriam manifestações destas energias vitais, moduladas pelo sistema nervoso do agente.


Atualmente


As ciências físicas não reconhecem a energia psiônica, como nenhuma energia vital. Para um físico, se estas energias existirem, serão manifestações das energias físico-químicas. Mesmo que fosse desta forma, esta energia merecia ser investigada de maneira mais sistemática, o que não vem sendo feito pela física tradicional.


As energias psiônicas, até onde pude investigar, nunca foram medidas ou detetas por instrumentos de laboratório, embora seus resultados possam ser percebidos. Há vasto material publicado sobre este assunto pela antiga União Soviética, mas com pouquíssima divulgação, já que preconceituosamente se vê este material como obsoleto ou sem relevância.





As pesquisas sobre energia vital têm continuado nos institutos de parapsicologia e com amadores, radiestesistas e terapeutas holísticos, de uma forma lenta, mas constante.


Todavia, frequentemente têm sido feitas muitas aplicações da Psiônica, quer sob este nome ou não, por parte das terapias holísticas complementares.


Psiônica e magia


Os praticantes de magia de diversas naturezas também usam energias. Em geral as captam do ambiente ou de animais usados em algum ritual. Todavia, quando o mago coloca a sua intenção, ele estará usando energia psiônica.


A psiônica em si não é magia, embora alguns de seus resultados pareçam ser mágicos. Inclusive, os pesquisadores envolvidos no seu estudo querem que isso seja desvinculado destas práticas. Para um cientista, apelar para uma explicação mágica seria fugir do problema pela tangente.


Para a maioria dos magos, a psiônica aparece como um elemento estranho e não necessário à sua prática. É como um usuário de celular diante da física quântica. Não preciso saber em que se baseia para usar.


A diferença da psiônica para a magia é que se usa quase que exclusivamente as energias vindas do cérebro do operador. Eventualmente pode-se transferir esta energia para um objeto, como um cristal, papel ou anel metálico, ou transmutar alguma energia, vital ou não, em energia psiônica.


Conclusão


Os fenômenos psi existem, não há como negar. Por este motivo é preciso pensar seriamente sobre as energias psiônicas. A principal razão para isso é que podemos pensar nelas como sendo originárias do sistema nervoso do agente, que as cria, modula e envia ou as percebe quando emadas. Isso coloca seu operador apenas com os recurso de sua mente, sem necessitar de instrumentos especiais, rituais complicados ou do uso de animais.






Outros fundamentos Astrais




O Tarot Psiônico, as Mesa Radiônicas e o Arquétipos

A partir do momento que eu coloquei o Tarot Psiônico de Ação Pulsada, algumas perguntas surgiram:
  • Qual seria a relação do Tarot Psiônico de Ação Pulsada com os arquétipos junguianos?
  • E a Geometria Sagrada, que relação tem com ele?
  • Onde estão as figuras dos arcanos maiores neste Tarot?
Vi então que este artigo era necessário. Não vou responder uma a uma mas deixarei claro os conceitos que o embasam. Alguns estiverem na minha mente e na de Régia Prado de forma consciente e outros, como todo processo criativo, de forma inconsciente.
Arquétipo
O termo arquétipo tem uma gama de interpretações variadas e algumas até equivocadas. Vou tentar resgatar um pouco seu significado original.
Essa palavra é formada pela junção do prefixo arc, com o radical tipo, que significa modelo.
Arc como na palavra arcaico, representa antigo. Então numa primeira abordagem arquétipo seria um “tipo antigo” ou “forma antiga”.
Jung usou essa palavra para designar estruturas antigas na psique que estariam no inconsciente mais profundo, que ele chamou de inconsciente coletivo. Ele deu caracterização humanizada a alguns destes arquétipos. Por exemplo, Ânima e Animus, O Velho Sábio, O Herói, etc.. Ele fez isso após uma longa observação no conteúdo de manifestações culturais de vários povos e delírios de pacientes psiquiátricos, sobretudo, esquizofrênicos. Para Jung os arquétipos são estruturas psíquicas organizadas, relativamente autônomas, que compõe o ser humano em sua totalidade, desde o físico, passando pelo mental, emocional e espiritual. Se pensarmos em termos de programação de computadores, os arquétipos seriam os programas básicos, anteriores até ao próprio sistema operacional. Seriam similares às rotinas que compõe a BIOS.
A palavra também foi usada por Platão, no sentido da ideia primordial. Algo que estaria no mundo transcendente do qual o nosso seria uma projeção incompleta deste mundo perfeito. Nosso mundo seria o chamado Mundo Manifesto. O mundo das formas perfeitas seria o Mundo das Ideias. Neste Mundo da Ideias, existiam, entre outras coisas, as formas básicas, tiradas da geometria euclidiana (a geometria que aprendemos na escola), como o ponto, a reta, o círculo os polígonos regulares (o triângulo, o quadrado, o pentágono, o hexágono, etc) e os sólidos e em especial os sólidos regulares, ou seja, sólidos cujas faces eram formadas por polígonos regulares de mesmo tipo.

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Depois de longos estudos, Platão descobriu que existiam cinco e somente cinco sólidos deste tipo, que ficaram conhecidos como sólidos platônicos, que são:
  1. O cubo, sólido com seis faces quadradas, que ele associou ao elemento Terra no mundo manifesto;
  2. O icosaedro, sólido com 20 faces triangulares, que ele associou ao elemento Água no mundo manifesto;
  3. O octaedro, sólido com oito faces triangulares, que ele associou ao elemento Ar no mundo manifesto;
  4. O tetraedro, sólido com quatro faces triangulares, que ele associou ao elemento Fogo no mundo manifesto;
  5. O dodecaedro, sólido com 12 faces formadas por pentágonos, que ele associou ao Éter que corresponderia à quintessência ou ao cosmo, a alma do mundo.
Há ainda um sólido especial, formado por infinitos polígonos: a esfera, que poderia ser diminuída constantemente a até ser reduzida a um ponto, representando a Perfeição, ou aumentada indefinidamente abarcando todo o Universo.
As formas da geometria euclidiana eram usadas para compor todas as formas conhecidas, fosse um tijolo ou uma catedral e sua manipulação exigia um grande conhecimento do sagrado. Este conhecimento se transformou na Geometria Sagrada.
Os arcanos
Há uma outra palavra muito usada no meio esotérico: arcano.
O prefixo arc também o precede mas com outro significado: de oculto, um segredo, como na palavra arca, um tipo de baú com chave onde eram guardados objetos pessoais ou valiosos.
Os arcanos do Tarot seriam elementos que continham dentre de si segredos a serem desvendados apenas para os iniciados. Segundo alguns autores, estes segredos foram perdidos e o Tarot que conhecemos seria uma recriação a partir de dados pesquisados ou intuídos ao longo de séculos, que formaram a interpretação que temos hoje.
Uma pesquisa bastante extensa está no livro O Código Sagrado do Tarot, de Wilfried Houddouin, que consegue relacionar o Tarot de Marselha com a Geometria Sagrada, tal como era concebida na Idade Média.

Por outro lado e de certa forma complementado esta pesquisa, há o livro Jung e Tarot, de Sallie Nichols. Este livro relaciona os arcanos maiores e as cartas da corte com arquétipos junguianos e estabelece a Jornada do Louco, com uma descrição semelhante à Jornada do Herói, descrita por Joseph Campbell em seu livro O Herói de Mil Faces, que seria um dos caminhos da individuação proposta por Jung.
Jung e o Tarot
Sallie Nichols nos apresenta a jornada arquetípica de O Louco
O interessante a observar é que Platão não disse que só haviam formas em seu Mundo das Ideias, mas também que haviam conceitos, como O Homem Perfeito, retratado por Leonardo Da Vince como O Homem Vitruviano e Jung por sua vez nunca disse que todos os arquétipos poderiam ser apenas retratados por figuras humanizadas, mas poderiam também haver processos, como o que mantém o coração batendo. Aliás, as formas humanizadas seriam apenas um jeito de nos aproximarmos dos arquétipos para podermos saber que eles existem e lidarmos com eles.
Homem Vitruviano - Leonardo da Vince
O Homem Vitruviano de Leonardo da Vince
Os Arquétipos e o Tarot Psiônico
Quando desenvolvemos o Tarot Psiônico, verificamos que as ferramentas em si eram estruturas complexas e autônomas que poderia estar dissociadas das mesas radiônicas que lhe dava suporte. Experiencias de alguns operadores de mesa que também praticavam Rei Ki ou outros tipos de terapias energéticas, as ferramentas presentes nas mesas se incorporavam sozinhas ao repertório de símbolos, aparecendo na mente do operador quando faziam aplicação do Rei Ki.
Jung, aproximando-se da Alquimia e da Astrologia, coloca em tela o conceito de símbolo. Para ele, símbolo seria uma manifestação espontânea do inconsciente e uma forma de aproximação com os arquétipos. Entre os símbolos ele destaca a mandala.
O conceito junguiano de arquétipo tem como um de seus elementos o conceito de estruturas complexas e autônomas. Por outro lado, também se aproximavam do conceito platônico de ideia, uma forma ou modelo que transcende o mundo real e o determina. Ambos estes conceitos podem ser aplicados às ferramentas presentes nas mesas radiônicas e no Tarot Psiônico. Por exemplo, há os sólidos platônicos presentes na Mesa Cristalina e os portais, que estão relacionados tanto com as mandalas junguianas como com formas matemáticas presentes na Geometria Sagrada.
Entretanto, há uma diferença entre o pensamento de Platão e Jung. Para Platão, os arquétipos pré-existem antes de qualquer consciência humana. Jung não entra neste mérito. Para ele os Arquétipos existem no inconsciente coletivo da humanidade. Talvez hoje ele dissesse que está no DNA e evoluíram junto com a humanidade, mas é necessário que exista pelo menos um humano para que os arquétipos existam, como neste trecho do conto “Uma valsa na zona do crepúsculo”, de minha autoria, onde A Morte (um arquétipo) se posiciona exatamente sobre isso:
A Morte
Me julgava Imortal até que percebi onde realmente eu vivo. Eu vivo no Inconsciente Coletivo da Humanidade. Ele existe há séculos, tantos que eu não posso contar. E existirá por séculos ainda, tantos que também não poderei contar.
Mas um dia, o Último Homem morrerá, levando consigo para a zona além do crepúsculo o Inconsciente Coletivo Humanidade. E eu também atravessarei este último limiar. A Morte finalmente morrerá.
Nautilus
Tanto nas mesas radiônicas como no Tarot Psiônico, as ferramentas e as cartas têm uma aproximação forte com a simbologia platônica dada o uso da geometria sagrada. O uso desses símbolos como uma forma de modular energias e o fato de que todo o universo é formado por energia os aproxima. ainda mais.
Apesar de concentrado no ser humano, Jung não nega a transcendência. Mas, dada sua formação científica, ele se aproxima deste conhecimento com cautela. Na psicologia junguiana há uma função estruturante que Jung chama de função transcendente, aquela que é capaz de unir os opostos gerando um terceiro elemento que está acima e além dos outros dois. Por exemplo: o Infinito (representando o eterno devir) em relação ao Yin Yang (o movimento de energias opostas). De certa forma Jung também era platônico.
Então, as mesas radiônicas e o Tarot Psiônico estão trabalhando em ambos os níveis, o externo e cosmológico, representado pela filosofia platônica e os símbolos da Geometria Sagrada e o interno, através do conhecimento dos arcanos e dos arquétipos junguianos, tal qual o Tarot de Marselha nas visões de Sallie Nichols (Jung e o Tarot) e de Wilfried Houddouin (O Código Sagrado do Tarot).

mesas radiônicas