Eu _entre perguntas ... entre astrais sensações
porque os poemas são feitos a outro tempo,
pessoa ou situação, a qual caiba algo
numa escala da mesma minha transparência
e calo entre palavras aos sentimentos declarados
ao que é lido e vivido ao prazer da transferência
engenhosamente o outro se viu no verso, no avesso das mensagens
que poderia escrever, falar, ouvir... a cada poema e na autoconfiança
tanto o bonito ou o estado da "coisa", tanto o prestígio
ou o estalido das intuições e sonhos, vividos, ouvidos, acalentados...
a cada transpasse
em distância
a quanto está interligado cada espaço, abreviação, ação, traço...
está a membrana fina da palavra em última versão, verso ao coração
declamado, atado nas notas das essências e aromas,
no gesto e argumentação que devoram os temas
ao verdadeiro poema do que se pensou e a mão não ousou
as palavras boas, nas palavras do outro regressa
a poesia em si mesma ...pensa e reflete
ao dar-se, dengo, sublime musicada ao compasso
ou a qualquer outro motivo ao ouvido destinado
acorda vertentes da vida
recaptura dos senhores segundos fechados da história
ou na ficção em vagas quando se tem sede do amanhã
o poema voa ou caminha, aos acontecidos olhares
na ilha de papel
no silêncio que pressinto, na geometria das beiradas
as palavras podem ser um pedaço em fuga
rasgando em gravuras as letras latejantes de esperanças
onde há porquês e memórias ..divinas histórias
dos humanos momentos que tiro da manhã sem análise certa
creio que a última sorte ou idéia de quem escuta poemas
entre as respirações da alta esfera singular
arrisca a estranha espiritualidade na linha reta
de onde os caminhos são espirais
e de mundo feito à mão
na assinatura vai o círculo escrita em elos infinitos
e o equilíbrio do pensamento, pensador livre do ato
no peito ainda guarda uma certeza
de que soube com toda verdade sentir o invisível
que a reflexão em rotação pelo universo
vingou sentidos e transpassou em versos
sem dizer porque o começou a construir entre os lábios
o primeiro som da primeira letra a modo de ouvir a mente falar.
A frase que agora não tenho é um poema sem estrutura
brinca de perguntar porque existem sentimentos entre os vãos
dos dedos ao escrever a energia liberada e atada ao tempo do agora
imprimiu movimento, sonhou em ser outra vez branca textura
onde o meu papel já é... não compreender e apenas envolver.
E _ tudo foi dividido sem diminuir, na autoconfiança SER o próprio todo
ele próprio in’verso
pode ir além superando o ar mágico em símbolo _ o perfil do inventor
e tem em mim exatamente aquilo que cativou.
agora brisa faz o ponto e eleva para outras texturas reais abstratas
vai surgindo a raios de sol abrindo quem sabe o melhor
no dia da escrita abstrata, abre segundos existenciais por onde passei
e atravessei tantos especiais encantos ao outro
_a palavra engenhosa e às esferas astrais.
Tempo canalizado by SOL LESSA
*a palavra engenhosa*
24/07/2010
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[aprendizados entre linguagens astrais]
[campo das artes - sintonia desenrascada]