4 de ago. de 2013

Auto estima

Um antigo psiquiatra, já falecido, o qual me incentivou nos primeiros passos da psiquiatria, não se cansava de dizer que a maior causa de aborrecimentos do ser humano é outro ser humano, muito embora dissesse também, que a maior causa de alívio desses aborrecimentos é outro ser humano.
Interessa aqui falar um pouco da primeira parte dessa questão, ou seja, da má influência de nosso próximo sobre nosso estado de espírito. Se a colocação de meu antigo mestre for verdadeira, e parece que é, então para o bem-viver emocional devemos aperfeiçoar nossa capacidade de convivência com nosso semelhante.
Ao falar sobre a capacidade de nossos semelhantes em nos aborrecer estamos falando das frustrações, mágoas irritabilidade que nossos semelhantes podem produzir em nós. Conforme veremos adiante, de antemão podemos dizer que nossas frustrações, mágoas e irritabilidade, são proporcionais àquilo que esperamos dos outros; quanto mais esperamos, mais sofremos.
Sempre que esse fato é comentado algum paciente pergunta quase angustiado: "- então não devemos esperar nada de ninguém?" Não, não devemos. E é bom acostumarmos com essa idéia. Quanto mais esperamos de alguém, mais corremos o risco de frustrações, mágoas e irritabilidade.
Assim, tentando prevenir frustrações futuras, é bom fazer tudo que fazemos sem esperar nada em troca, fazemos por uma questão de arbítrio, escolha e consciência. Se algo de bom vier de nossos semelhantes será um lucro agradável e, se não vier nada, será normal.










O ser humano, apesar dos milhares de anos conseguindo se adaptar à natureza, conseguindo sobreviver às intempéries, aos terremotos, aos animais ferozes, às epidemias e à toda sorte de dificuldades e perigos que o mundo oferece, continua hoje sofrendo e sendo vítima daquilo que sempre lhe pareceu o menor dos perigos: seu semelhante e ele mesmo.
É muito difícil tratar dessa importante questão de nosso relacionamento com os outros e conosco mesmo de forma resumida e prática. Primeiro, devido ao risco de falar o óbvio e aquilo que todos já sabem e, segundo, corre-se o risco de falar coisas desagradáveis de se ouvir.
Durante toda nossa história podemos experimentar algum sofrimento, mágoa ou desencanto com nosso próximo e, não obstante, este sofrimento, mágoa e desencanto serão tão maiores quanto menos nos conhecermos e menos conhecermos nosso próximo. Aliás, conhecer nosso próximo só é possível na medida em que conhecemos nós mesmos, por analogia.
Uma das maiores dificuldade de convivência entre as pessoas se baseia no fato do ser humano se apresentar um ser social por natureza e, simultaneamente, um ser egocêntrico. Por sermos sociais, somos incapazes de viver sozinhos no mundo e, por sermos egocêntricos, somos incapazes de conceder aos nossos semelhantes as mesmas regalias que nos concedemos. Portanto, sozinhos não conseguimos viver e, paradoxalmente, com o outro também é difícil.
Para compensar essa peça que a natureza nos pregou, fomos dotados de um atributo muito especial: somos capazes de mudar. Trata-se do livre arbítrio ou seja, da capacidade de mudanças, de procurar um amanhã melhor que o hoje. Normalmente nossa evolução acontece através de mudanças de posturas e de atitudes diante dos semelhantes e da vida.
Estando a pessoa sofrendo alguma mágoa ou frustração produzida por outra pessoa ou por circunstâncias do destino, deve pleitear uma mudança em si próprio para que não se magoe e nem se frustre. Essa é a atitude mais sensata psiquiatricamente falando, principalmente porque o psiquiatra não tem acesso e não pode mudar o outro e nem o mundo.
Inicialmente, vamos considerar que a mágoa, o aborrecimento, a irritabilidade e a frustração são sempre de autoria da pessoa que se sente magoada, aborrecida, irritada e frustrada. São sentimentos que nascem na própria pessoa, portanto, a culpa, no sentido involuntário do termo, deve recair sobre quem está magoado, aborrecido, irritado e frustrado. É a pessoa quem alimenta tais sentimentos, é ela quem se deixa magoar, frustrar e aborrecer.
Assim sendo, em termos de sentimentos, o raciocínio mais correto seria dizer que a pessoa é quem se maguou com fulano e não que foi magoada por ele. Não deve ser fulano quem nos irrita mas sim, nós nos irritamos por fulano. Portanto, como se vê, nossos aborrecimentos têm uma origem dentro de nós, são sentimentos nossos.
Primeiramente, se nos sentimos magoados, aborrecidos, irritados e frustrados, a culpaserá de nossa sensibilidade. Nessa situação os sentimentos de humilhação que experimentamos são proporcionais ao nosso orgulho é ofendido. Ora, estamos falando de nosso orgulho. É o caso de nos sentirmos magoados quando achamos que não estamos sendo gostados o tanto que gostaríamos de ser gostados. A quantidade que gostaríamos de ser gostados é uma pretensãonossa, logo, uma pretensão exclusivamente nossa. Geralmente nos sentimos frustrados porque o outro não satisfez nossas expectativas. Ora, novamente constatamos que as expectativas são construídas por nós, portanto, de nossa autoria.
Mesmo sendo intenção dos outros nos magoar, humilhar, frustrar ou irritar, se estivermos muito bem conosco mesmo, jamais nos deixaremos abater por tais sentimentos. A fragilidade sentimental (afetiva) favorece nossa vulnerabilidade às más intenções de nossos semelhantes.
Nossas frustrações costumam ser proporcionais às nossas pretensões. Quem deseja ser sempre obedecido incondicionalmente, com certeza terá muitas oportunidades na vida para sentir-se frustrado. Da mesma forma, quem deseja ser sempre compreendido, amado, aplaudido, respeitadoe por todos pode estar ampliando muito as possibilidades de se magoar.
Uma das causas de nossas frustrações é também a sensação de falta de reciprocidade, ou seja, quando não fazem conosco ou para nós o mesmo que acreditamos ter feito (de bom) aos outros. Isso pode significar que fazemos alguma coisa na esperança de um retorno, de preferência com lucro. As pessoas se irritam ao esperar na fila porque, normalmente, não gostam de deixar ninguém esperando por elas. A realidade nua e crua, é que as não gostamos de deixar outros esperando porque não gostamos de esperar, somos gentis no trânsito na expectativa de que sejam gentis conosco, damos esmolas porque não gostamos de nos sentir sem dinheiro, somos honestos porque esperamos honestidade dos outros...
As pretensões para que nossos próximos façam isso ou aquilo, que procedam dessa ou daquela forma nascem e existem dentro de nós. Mas, por outro lado, nosso semelhante também tem, tal como nós, suas pretensões. Aliás, as mesmas pretensões que temos. Ora, como poderíamos pretender um equilíbrio harmônico entre duas pessoas que pretendem, simultaneamente, serem ambos admirados, gostados, respeitados, obedecidos, etc. se essas pessoas não entenderem que ambos são iguais? Frustrar-se e magoar-se porque meu próximo também pretende ser admirado, gostado, respeitado e obedecido é, no mínimo, um grande contra-senso.
Para entendermos nosso semelhante basta consultarmos nossas próprias pretensões, pulsões, inclinações e anseios (é por isso que ele se chama nosso semelhante). Portanto, tudo começa com a consciência à respeito de nós mesmos.
1- Irritar-se e Magoar-se com Nosso Próximo
Temos que dividir essa questão em 3 tipos de próximos:
a) os muito próximos, que são aqueles com quem convivemos mais intimamente;
b) os socialmente próximos, que são as pessoas com as quais nos relacionamos, de uma forma ou outra, na vida em sociedade e;
c) os pouco próximos, que são as pessoas em geral, representantes de nossa espécie ou de nosso grupo social com os quais não temos um contacto direto.
A - Os muito próximosEstão incluídas aqui os familiares mais próximos, como os cônjuges, filhos, pais, irmãos e amigos íntimos. Sendo esse outro uma pessoa muito próxima, alguém de quem gostamos, nossa exigência para com ele será maior, e será tão maior quanto maior for nosso apreço à ele.
Esses muito próximos normalmente nos irritam porque sentem frio ou calor demais, são desorganizados, deixam a torneira pingando ou implicam com a torneira que deixamos pingando, apertam o tubo de creme dental no meio ou se irritam quando fazemos isso, chegam tarde, não dão flores, não valorizam nosso serviço, não gostam das coisas que gostamos, não são tão responsáveis quanto nós, são muito exigentes, têm péssimo gosto musical, se preocupam com besteiras, são muito despreocupados, não retribuem tudo o que lhes fazemos, não têm sentimentos de gratidão para conosco, não nos compreendem, não gostam de nós o tanto que gostamos delas, não lembram datas importantes para nós, não odeiam as pessoas que odiamos, conseguem ficar indiferentes quando estamos irritados e assim por diante.
Exigimos dos nossos muito próximos que concordem com nossos princípios e pensamentos ou, quando não, estarão errados. Exigimos que se comportem, pensem e julguem tal como faríamos e se, porventura estiverem em desacordo com esse ser especial que somos nós, será motivo suficiente para nos irritar.
Para estarmos de bem com nossos muito próximos, até seus sentimentos devem ser iguais aos nossos: devem antipatizar-se com as pessoas das quais não gostamos, devem achar imoral aquilo que achamos, devem preferir tudo aquilo que preferimos e desprezar tudo que não gostamos, devem ser muito gratos à nós e nos gostar na medida em que achamos justo e assim por diante.
Exigimos dos muito próximos que nossos desejos não sejam apenas atendidos, mas também adivinhados, sem que tenhamos de explicar quais são esses desejos, pois, explicando e pedindo uma postura desejável não seria espontâneo, como gostaríamos que fosse. É muito importante que nosso muito próximo saiba exatamente o que nos agrada, tenha nossa mesma escala de valores e faça seus julgamentos com nossos mesmos critérios.
Há pessoas que não se dão conta dessa nossa exigência desmedida em relação ao nosso muito próximo. Consideram a mágoa e irritabilidade provocada em nós por nosso muito próximo como uma resposta emocional correta, adequada às injustiças e às questões de certo e errado. Mas, quais são esses critérios de justiça, de certo e de errado?
Ora, seria um enorme contra-senso nós, pessoas maravilhosas que somos, estarmos defendendo conscientemente o injusto e o errado. Supomos, então, que tudo aquilo que pensamos e julgamos é certo e justo, entretanto, este certo e justo são frutos exclusivos de nosso ponto de vista e não do ponto de vista de nosso próximo.
Na realidade nos magoamos muito quando nossas expectativas em relação ao nossomuito próximo não são satisfeitas, quando ele não se comporta do jeito que comportaríamos se fôssemos ele. Nos magoamos quando ele não sente o mesmo que sentiríamos se fôssemos ele. Resumindo, nos magoamos sempre que este nosso muito próximo age, pensa e se comporta diferente de nós mesmos, diferente daquilo que desejamos, diferente daquilo que achamos certo, enfim, diferente de nós.
É sadia a idéia de não ser nosso próximo quem nos irrita mas sim, nós nos deixamos irritar por ele. Sempre que nosso muito próximo proceder de forma contrária àquilo que esperamos dele nos irritamos. Esse ser tão especial como nós, jamais poderá ter seus conceitos, idéias e julgamentos contrariados.
Isso nos faz voltar à questão de nossa frustração ser proporcional às nossas pretensões. Se pretendemos que nosso muito próximo seja como nós, pense igual a nós, julgue como nós e dê valor às coisas como nós, podemos nos considerar frustrados e irritados desde já, pois, ele não é nós, ele é ele. Não adianta nos frustrarmos diante da eventual ingratidão desse nosso muito próximo para conosco, apesar de tudo o que fazemos por ele. A pretensão da gratidão e de reciprocidade nasce em nós. Também não adianta nos frustrarmos porque nosso muito próximo não antipatiza com as mesmas pessoas que nos são antipáticas ou não goste tanto das pessoas de quem gostamos; seus sentimentos são diferentes dos nossos.
Não há erro no fato de nosso muito próximo ser diferente de nós, ou seja, ele não é culpado pelo simples fato de ser uma pessoa diferente de nós. O erro é pretendermos que ele seja como nós e essa pretensão para que ele seja como nós é nossa, ou seja, aculpa por estarmos decepcionados, magoados e irritados é nossa.
Diante da irritação e mágoa proporcionadas por esse nosso muito próximo diferente de nós, podemos ter duas atitudes possíveis:
1 - Pretender uma mudança em nós mesmos de forma a aceitar nosso próximo tal como ele é e sem que isso nos magoe, nos irrite ou nos frustre ou;
2 - Pretender uma mudança em nosso muito próximo de forma a torná-lo mais parecido com aquilo que gostaríamos que fosse e, com isso, sofrermos menos.
Essas duas questões merecem uma reflexão maior. Nem uma nem outra atitude deve ser absoluta e definitiva. Devemos avaliar uma posição sensata e intermediária, analisar os custos (emocionais) e os benefícios para optar entre uma coisa e outra.
B - Os Socialmente próximosSocialmente próximos são aqueles com os quais convivemos em sociedade mas não temos uma convivência mais íntima. São pessoas com as quais convivemos nas filas, no trânsito, no trabalho, nas aglomerações, nos estádios, nas igrejas, na rua, na festa, enfim, pessoas que fazem parte da sociedade na qual vivemos.
A tensão e o estresse são manifestações emocionais possíveis e importantes que resultam de nossa desarmonia com esses nossos socialmente próximos. Depois de um dia cheio, de uma semana agitada, enfim, depois de algum tempo vivendo a agitação da vida moderna, o esforço que fazemos em conviver com esses nossos semelhantes acaba resultando em tensões emocionais importantes.
Nesta questão é fundamental nos adaptarmos à vida em sociedade. Muito embora as situações da vida moderna dos grandes centros despertem em nós um certoinconformismo, devemos nos manter sempre adaptados à nossa realidade. Caso essaadaptação não seja satisfatória corremos o risco de adoecer, tanto emocionalmente quanto fisicamente.
Saber a diferença entre o conformismo e adaptação é muito importante para adotar uma atitude sadia. Aceitar com indiferença a situação presente, sem nenhuma energia para procurar mudanças é estar conformado. Isso não é sadio e não contribui para melhorar nossa vida e nossa personalidade. Reclamar, protestar, achar que não está bom e procurar novas atitudes deve fazer parte de um inconformismo sadio e desejável de cada um.
Por outro lado, adoecer e passar mal devido as circunstâncias adversas atuais é, não apenas estar inconformado mas, sobretudo, estar desadaptado. Diante do trânsito congestionado, de uma fila grande e demorada, das dificuldades do cotidiano devemos estar sempre inconformados e, por causa disso, procurar mudar alguma coisa no sentido de nosso amanhã ser melhor que hoje. No entanto, ficar hipertenso, taquicárdico, com palpitações, com ansiedade exagerada, pânico, etc., devido à essas dificuldades é estar desadaptado.
adaptação ao nosso socialmente próximo depende da nossa consciência sobre a natureza de nossos semelhantes, consciência esta baseada sempre na consciência que temos de nós mesmos. É muito comum reprovarmos nos outros atitudes que não temos necessidade, coragem ou não nos permitimos tomar. Algumas dessas atitudes que reprovamos nos outros resultam de inclinações e pulsões que nós também temos mas, por uma questão ou outra, não nos permitimos realizar.
Ambição, desejo de vantagem, desejo de ser gostado, respeitado, ouvido, prestigiado, retribuído, agradecido, etc., são pretensões que não existem apenas em nossos semelhantes. Elas estão muito presentes em nosso próprio ser. A única diferença é que, em nós, essas aspirações naturais se manifestam de maneira diferente.
Ora, se eu tenho que chegar ao balcão do açougueiro mantendo-me pacientemente na fila, irrita-me constatar que alguém lá chegou passando na frente. Esse alguém tem o mesmo desejo que nós de ser atendido logo e seus métodos ousados produzem irritação em nós, incapazes que somos de agir igual . É nossa expectativa de reciprocidade não atendida a causa do sentimento. Diz um ditado que o condenado se consola na dor do semelhante.
Se acreditamos que somos rápidos no caixa do banco, irrita-nos a demora do cliente à nossa frente. Ele tem a tranqüilidade de tratar de seus assuntos sem se preocupar com os demais, coisa que não nos permitimos. Estar inconformado com situações assim é natural e normal. Esse inconformismo faz protestar, reclamar, procurar outros horários, enfim, tentar mudar alguma coisa. Estar desadaptado à essas situações significa, além do inconformismo, também ficar extremamente angustiado, com dor de estômago, pressão alta, deprimido, etc.
Quando nossos semelhantes conquistam os mesmos objetivos que gostaríamos de conquistar utilizando métodos diferentes dos nossos, temos tendência a nos desagradar. Causa constrangimento saber que nosso semelhante chegou onde queremos chegar usando algum atalho que não soubemos ou não nos permitimos usar. Irrita saber que ele fez o mesmo que fizemos ou mais, gastando menos, com menos esforço, com mais sucesso...
Para justificar nossas mágoas, irritabilidade ou frustrações com nosso socialmente próximo costumamos alegar questões de justiça, do certo e do errado. Voltamos a enfatizar a grande diferença que há entre as pessoas sobre esses conceitos de justiça, de certo e de errado.
Motoristas, por exemplo, que estacionam em fila dupla para apanhar o filho na saída da escola ou atravessam o sinal fechado justificam essas atitudes à si próprios com motivos e alegações plausíveis, muito embora sejam contravenções às leis do trânsito. Podem haver razões pessoais para se acharem certos, entretanto, as pessoas que não necessitam recorrer à essas atitudes ou conseguem outras alternativas se irritam com isso.
Não faltam justificativas pessoais para aqueles que furam fila, que jogam lixo em locais indevidos, que não dão esmolas ou que dão, aqueles que trafegam muito lentos ou muito rápidos, enfim, as circunstâncias de cada um determinam atitudes amplamente justificáveis para si mesmos.
Alguns chavões sócio-culturais que ninguém ousa contestar podem ser usados para justificar muitas atitudes, como por exemplo, a segurança pessoal, a segurança dos familiares, a estabilidade econômica, as urgências cotidianas que obrigam tomar esta ou aquela atitude, a carência, fome, desemprego, etc. Enfim, na cabeça de nossosocialmente próximo sempre há uma justificativa pessoal para que ele proceda dessa ou daquela forma mas, para nós, que não vivemos sua realidade, essas justificativas não são válidas e acabam nos irritando.
Para melhorar a convivência com nossos socialmente próximos precisamos melhorar nossa adaptação. Como dissemos, é permitido e até desejável estarmos inconformados com alguns desses nossos semelhantes, inconformados com o fato de termos de engolir alguns desses nossos socialmente próximos com seus métodos estranhos de se portarem. O inconformismo é importante para nos empenharmos em mudanças e novas atitudes numa tentativa de melhorar nosso amanhã. Entretanto, a compreensão, complacência e tolerância são as armas com as quais lutaremos para nos adaptar e nos manter sadios.
Um dos argumentos possíveis para que tenhamos a compreensão, a complacência e a tolerância necessárias à adaptação é a valorização consciente de nossa saúde e bem estar. Considerando que a saúde e o bem estar são nosso patrimônio mais valioso, colocá-lo à mercê de terceiros é um risco muito grande. Permitir que pessoas outras, nem tão íntimas, nem tão queridas, possam comprometer nosso maior patrimônio e, indiretamente, comprometer o bem estar de nossos familiares é muito insensato.
Ao permitirmos que as querelas do cotidiano, que atitudes corriqueiras ou pouco importantes de nossos socialmente próximos nos magoe, aborreça ou irrite, estaremos colocando nosso bem estar, nossa felicidade e até nossa saúde nas mãos de pessoas desconhecidas, de pessoas que não se importarão nem um pouco com nossa pessoa e, muito menos com nosso estado.
De fato, para nos mantermos imunes às influências danosas que aqueles socialmente próximos são capazes de exercer sobre nós, devemos alimentar um estado de espírito (humor ou estado afetivo) elevado o suficiente para não nos sensibilizarmos com suas atitudes.
É bom lembrar sempre que nosso coração é muito importante para fazê-lo sofrer por alguém que nem conhecemos muito bem ou nos é totalmente estranho. O mesmo se aplica à nossa pressão arterial, ao nosso estômago, enfim, todo nosso ser é demasiadamente importante para nos submetermos à estranhos. É bom lembrar sempre que nossa imunidade depende exclusivamente de nós mesmos e não de nossos socialmente próximos. Somos nós quem nos concedemos ou não essa imunidade.
C - Os pouco próximosTer sentimentos desagradáveis proporcionados por pessoas que não estão se relacionando diretamente conosco, como por exemplo, com a atuação da justiça, com o Congresso Nacional, com movimentos políticos, com os conflitos internacionais, com a fome no mundo, com as notícias do dia-a-dia, etc., mostra sempre uma afetividade muito sentimental.
Na realidade, quando a pessoa já não suporta mais ouvir noticiários, ler jornais ou saber de certos fatos sem se emocionar exageradamente, é porque está muito desadaptada.
De fato, algumas notícias emocionam muito, causam perplexidade ou outros tipos de sentimentos mas, de qualquer forma, embora possamos lamentar, protestar, reclamar e manifestar nosso constrangimento, não é normal adoecermos por causa delas.
Normalmente quando uma pessoa se queixa de não poder mais tomar contacto com notícias, quando questiona nossa sociedade e se entristece muito com o comportamento e com as atitudes da espécie humana em seus diversos segmentos, é porque está muito sensível e sentimental, comumente está deprimida.
Vendo notícias da fome em alguns países, por exemplo, ou tomando contacto com imagens de pessoas sofrendo privações, carências ou injustiças, todos nós experimentamos sentimentos constrangedores e até tristeza franca. Esses sentimentos engrandecem as pessoas e mostram nobres sentimentos, no entanto, não podemos adoecer por isso. Não podemos sofrer de insônia, ter crises de choro exagerado, apresentar episódios de pânico, manifestar hipertensão arterial, gastrite ou qualquer outro sintoma patológico.
Nesses casos, além do tratamento médico indicado , recomendamos ter em mente as incontáveis e meritosas exceções que existem em nossa espécie. Devemos nos lembrar das incontáveis pessoas (normalmente anônimas) que fazem a vida valer a pena. Essas exceções nos animam a continuar acreditando em nossos semelhantes e nos dão forças para valorizar o mundo no qual vivemos.

1 -Mudar nós mesmosEntendendo a possibilidade mais do que certa, das mesmas coisas representarem algo diferente em diferentes pessoas, seremos mais compreensíveis com nosso muito próximo e sua maneira pessoal de sentir o mundo. De qualquer forma, tentar conviver com nosso muito próximo do jeito que ele é, compreendendo-o e aceitando seus sentimentos, sua maneira de pensar e de agir requer boa dose de abnegação e complacência.
Para essa tentativa de convivência precisamos mudar algumas coisas em nosso interior. Precisamos, principalmente, nos despojar do orgulho, da vaidade e da presunção. Há pessoas que não abrem mão desses sentimentos da alma humana (do Ego) alegando o risco de anularem suas personalidades, como costumam dizer. Trata-se de uma afirmativa mais retórica que real. Não se anula personalidade alguma, antes disso, constrói-se uma personalidade solidamente imune à alguns tropeços da natureza humana.
Abrir mão de nosso orgulho, de nossa vaidade e de nossa presunção não é tarefa fácil. É instintivo que a natureza humana se deixe conduzir por tais atributos e toda iniciativa contrária à eles é trabalhosa. Tudo o que eleva a pessoa é mais trabalhoso que aquilo que degenera.
Aceitar o fato de que minha opinião possa não ser a melhor mas apenas minha opinião, que minhas atitudes possam não ser as mais certas mas apenas minhas atitudes, que meu muito próximo possa gostar dele o mesmo tanto que gostamos de nós, enfim procurar fazer com que nosso ego se realize na humildade e não dependa de adulações são tarefas tão ou mais difíceis que tentar mudar meu muito próximo.
Ao tentar mudar os outros sabemos para quem e em qual direção devemos apontar nosso arsenal mas, em se tratando da mudança em nosso próprio ser, constatamos que nosso maior adversário encontra-se dentro de nós mesmos. De fato, tentar mudar a nós mesmos pode ser mais difícil que tentar mudar os outros.
O ideal seria não sofrermos quando a maneira de ser de nosso muito próximo fosse diferente da nossa. Há pessoas privilegiadas que conseguem conviver naturalmente com seu próximo por possuírem uma personalidade nobre. Quando não for esse o caso, conseguiremos conviver com nosso muito próximo produzindo mudanças favoráveis em nosso ser, como dissemos. Estaremos, assim, construindo uma personalidade também nobre.
Entretanto, não sendo possível empreendermos mudanças favoráveis em nosso ser, impossibilidade normalmente devida ao nosso gênio irascível, ou quando a maneira de ser de nosso muito próximo for decididamente irreconciliável com a nossa, devemos ponderar a seguinte questão: O grau de proximidade desse nosso muito próximo é suficiente para convivermos obrigatoriamente com ele?
Se for definitivamente obrigatória a convivência com esses nossos muito próximos, devemos saber dosar nossa postura: por um lado, dosar nossos esforços no sentido de modificá-los e influenciar sensatamente o jeito de serem e, por outro lado, exercitar nossa complacência, tolerância e compreensão.
Não sendo obrigatória a convivência com esses nossos muito próximos e não se conseguindo mudanças significativas em sua maneira de ser, nem em nossa, planos devem ser elaborados para nos livrarmos dessa proximidade.
2 - Tentar mudar nosso muito próximoTer noção do quê é possível mudar em nosso muito próximo é uma questão de sabedoria. Primeiro, devemos saber que os sentimentos são mais difíceis de serem mudados que os comportamentos. Isso significa, por exemplo, ser mais fácil convencer nosso muito próximo a não deixar a lâmpada do banheiro acesa ao sair (comportamento) do que convencê-lo de que isso é muito importante (sentimento) ou ainda, ser mais fácil convencê-lo à tratar bem uma pessoa de quem gostamos (comportamento) do que fazê-lo também gostar dessa pessoa (sentimento).
Em segundo lugar, é bom saber que seria muito mais sensato procurar entender e conviver bem com os sentimentos de nossos muito próximos do que pretender mudá-los.
Uma das maneiras para entender e conviver bem com os sentimentos de nosso muito próximo é procurar nos colocar em seu lugar. O mais correto para entender seus sentimentos é procurar se sentir como se fôssemos ele, nas circunstâncias dele, com o temperamento dele, vivendo a situação dele... e não pretender que ele tenha sentimentos como se fosse nós, pretender que ele se sinta de acordo com nosso temperamento e nossa situação.
A pretensão para que nosso muito próximo se sinta culpado, errado, arrependido, mal agradecido, etc., como às vezes gostaríamos que se sentisse, dificilmente será satisfeita, pois, tal como nós, ele também gosta de seu próprio ego como gostamos do nosso. Ele também se acha certo e com razão.
A pretensão para que nosso muito próximo goste de nós tanto quanto desejamos (e achamos justo), também pode não ser possível pois, pelo fato dele ser ele, não sabe o tanto que gostaríamos de ser gostados. Isso é o mesmo que dizer: se eu fosse ele eu gostaria muito muito muito de mim, seria grato à mim mesmo, acharia que estou muito certo...
Para não nos magoarmos, irritarmos ou frustrarmos com nosso muito próximo é importante termos em mente que ele sente as coisas de acordo com sua personalidade, com sua idade, com suas circunstâncias, suas idéias, sua cultura, seu sexo , etc. É importante termos em mente que esse nosso muito próximo não está errado por sentir as coisas ao seu modo. Nós erramos por termos a pretensão para que ele tenha outros tipos de sentimentos, portanto, ao sofrer por nosso muito próximo, muitas vezes estamos sofrendo por nossas pretensões.
Quando não conseguimos viver bem com os sentimentos de nosso muito próximodevemos estudar a possibilidade de alguma mudança e, para tal, podemos recorrer a elementos valiosos. O diálogo, a conversa franca, a exposição de nossos próprios sentimentos, de nossas expectativas contribuem para que nosso muito próximo venha a reavaliar seus sentimentos, venha a perceber as coisas de um modo diferente, de uma maneira que nos agrade mais ou, no mínimo, que se disponha a discutir essa questão conosco.
De um modo geral, não devemos considerar a mudança dos sentimentos de nosso muito próximo como única condição à nossa boa convivência. Se acontecer alguma mudança, será algo excepcionalmente agradável às nossas exigências e, não acontecendo, o melhor será investirmos na possibilidade de mudar nosso modo de ser.
3 - Agredir o PróximoO ser humano pertence, biologicamente, ao reino animal e reagir à agressão faz parte da biologia animal. Entre nós são raríssimas as pessoas capazes de oferecer a outra face. De qualquer maneira, há uma forte tendência em agredirmos quando nos sentimos agredidos, portanto, nossa agressividade (excetuando-se transtornos de personalidade) depende do fato de nos sentirmos agredidos. Sentir-se ou não agredidos, como gostamos de enfatizar, depende muito da sensibilidade e do bem estar íntimo das pessoas.
É sábio o ditado: quem está bem consigo não incomoda nem não se incomoda com os demais. Sentir-se agredido vai depender muito do quanto somos sensíveis à crítica, à contrariedade e à frustração.
Se tivermos uma parte de nosso corpo ferida, por exemplo, qualquer coisa que esbarrar aí causará dor. Isso que dizer que nossas feridas são mais sensíveis que a pele sadia e, mesmo sendo boa a intenção de quem nos esbarra, sentiremos dor.
Excetuando-se as lamentáveis questões da violência urbana, concreta e atuante de nosso cotidiano, se nos sentimos demasiadamente agredidos em nosso relacionamento social, ocupacional ou familiar, normalmente é porque temos feridas íntimas e profundas. Nesse caso, a dor depende mais de nossa sensibilidade do que da intenção de nosso pretenso agressor.
Mesmo havendo em nosso pretenso agressor intencionalidade em nos agredir, essa intencionalidade se perderá no vazio se não nos sentirmos agredidos. Portanto, não nos sentir agredidos pode ser a melhor defesa contra as intenções de outros em nos agredir.Dificilmente as pessoas com auto-estima equilibrada se sentirão agredidas. Podemos citar alguns casos cuja sensibilidade exagerada predispõe à sensação de estar sendo agredido.
Pessoas culturalmente menos privilegiadas têm demonstrado mais sensibilidade às agressões sociais. Por se tratar de pessoas que naturalmente já se sentem oprimidas e agredidas de fato pelas circunstâncias existenciais, qualquer coisa do cotidiano poderá lhes parecer como mais uma agressão, apesar de nem sempre se tratar, de fato, de algo intencionalmente agressivo. Evidentemente tendem à revidar agressivamente à pressuposta agressão sentida.
Pessoas orgulhosas e arrogantes também se mostram especialmente sensíveis às agressões. Elas costumam interpretar como afrontosas e humilhantes atitudes desprovidas dessa intencionalidade. São pessoas portadoras de um Egodemasiadamente espaçoso o qual, quando muito grande, acaba esbarrando em muito mais obstáculos do cotidiano do que um Ego melhor dimensionado.
De fato, quem tem consciência plena e honesta de sua dimensão, seja de sua pequenez ou grandiosidade, não pleiteia adulações. Jamais se sen-te humilhado ou diminuído. Quem tem clara e sincera noção de sua dimensão, seja ela grande ou pequena, não se sentirá frustrado se as mesuras e deferências do sistema confirmarem ou não o seu tamanho.
Ou a pessoa é, de fato, humilde o suficiente para aceitar sua pequenez como uma coisa inerente ao ser humano em geral diante da vida, portanto, sem necessidade de buscar no sistema adulações que a façam parecer maior do que é ou, de outro jeito, tem nítida consciência de sua grandiosidade como pessoa digna e íntegra e não depende do reconhecimento público para reforçar seu Ego.
De qualquer forma, em qualquer um dos casos, trata-se de um grau de consciência suficientemente sólido para que a auto-estima seja emancipada da avaliação de terceiros. Ora, não se sentindo agredido, o ser humano não necessita revidar agressivamente para manter sua dignidade.
Também as pessoas portadoras de estado depressivo, as quais têm como conseqüência um rebaixamento da auto-estima, tendem magoar-se demais diante da vida. Os deprimidos podem tomar como ofensivas atitudes neutras ou até amistosas. Tendem a se sentirem menos queridas, mais discriminadas, menos valorizadas do que são, portanto, sentem-se mais agredidas. Nesses casos agridem mais.
Quando falamos nesse tipo de agressão não estamos falando apenas da agressão com violência, necessariamente. Às vezes o simples silêncio, o descaso ou a indiferença têm uma séria intenção agressiva e, de fato, acabam agredindo mais que uma atitude violenta. Mostrar-se plenamente feliz ou absolutamente calmo quando alguém suplica por um pouco de solidariedade aos seus sentimentos de angústia também pode agredir. Isso quer dizer que, muitas vezes, o não fazer nada agride mais que o fazer qualquer coisa.
Aprendendo a Dizer NãoDependendo do grau de submissão que sentimos em relação à opinião dos outros sobre nós mesmos, percebemos maior ou menor dificuldade em dizer não. As vezes essa dificuldade é conseqüência do medo de parecermos egoístas, grosseiros, chatos, difíceis de lidar ou coisas assim.
É fundamental para nosso bem-estar e para nosso senso de liberdade sabermos dizer não ou, caso contrário, podemos arriscar boa parte de nossa felicidade (e até da felicidade de nossos familiares) em função do outro.
Além das dificuldades que aparecem ao tentarmos conciliar a sobrecarga dos afazeres de tudo aquilo que nos pedem e que não tivemos coragem de dizer não, corremos o risco também de nos frustrarmos ou deprimirmos diante da sensação de estarem se aproveitando de nós. Outras vezes não conseguimos dizer não por temermos que, se recusarmos um pedido de alguém, essa pessoa vai deixar de gostar da gente, ou por temermos que o outro tenha alguma atitude agressiva.
Na realidade esses temores de que pensem algo pejorativo a nosso respeito, só por recusamos alguma coisa, é um sentimento que nasce primeiro dentro de nós mesmos e, em seguida, acabamos projetando nos outros como se deles se originasse. Indiretamente é um indício de insegurança ou, pior, de alto-estima baixa.
Dizer sempre sim, por qualquer motivo que seja, pode trazer outros tipos de problemas. Concordar só para ter a imagem pessoal melhor aceitável e depois descobrir que não podemos cumprir o prometido costuma ser muito pior que dizer um não decidido e educado logo de início.

Concordar com tudo e perceber depois que estamos tendo de fazer alguma coisa completamente contrário à nossa vontade, pode gerar conflitos de conseqüências emocionais muito danosas. Ainda há o risco de fazermos alguma coisa contrariados e, portanto, muito mal feita. Sem dúvida, isso não vai melhorar nossa reputação e nem tampouco agradar os demais como pretendíamos.


Estando nossa auto-estima satisfatória, teremos consciência de que os outros, principalmente aqueles que convivem conosco, já têm razões de sobre para nos julgar positivamente, para reconhecerem nossa competência, capacidade e nossos valores independentemente de nossa pretensa servidão incondicional. Aliás, é bom que a opinião dos outros sobre nossa pessoa tenha outras razões de admiração além da simples servidão.
Todo mundo tem uma certa necessidade der ser amado e admirado, mas essa necessidade é tão mais presente quanto mais dúvidas temos de estarmos, de fato, sendo amados e admirados. Ora, essas dúvidas surgem em pessoas inseguras e com algum prejuízo da auto-estima.
Há várias maneiras de dizer não sem depreciarmos nossa imagem pessoal. Arranjando desculpas mentirosas é a pior delas e não costuma funcionar por muito tempo. Um não, firme, incisivo e ao mesmo tempo educado e gentil é a maneira que melhor funciona. Frases do tipo "... gostaria muito de fazer isso para você, entretanto, infelizmente, já havia marcado um compromisso anteriormente..." Ou então, "...gostaria muito de fazer isso para você, entretanto, infelizmente, tenho que terminar algumas coisas antes e não poderei fazer o que me pede da maneira como gostaria..." ou, por exemplo "... eu teria imenso prazer em emprestar-lhe esse dinheiro se não estivesse completamente duro no momento..."
Os reais motivos para o não devem ser disfarçados por aquele que nega, tendo em vista dois fatores: primeiro devido à própria natureza humana e, em segundo lugar, o modelo dos papéis sociais. Vamos explicar:
O que poderia acontecer se disséssemos, com sinceridade o real motivo para o não, tal como, por exemplo "... não me sentiria bem fazendo isso..." ou ainda "... preferia não fazer isso que me pede..." O outro, tal como nós mesmos, sempre se acha certo no direito de pedir, sempre acha que os demais poderiam ser colaborativos, sempre acha que não custa nada aos outros fazerem o que pedem, portanto, preservando o que achamos justos para nós, pareceremos ao outro estarmos sendo arrogantes, egoístas, com má vontade e coisas assim. Desista de achar que o outro entenderá e respeitará sua opinião sobre aquilo que nos daria melhor bem-estar, principalmente quando nosso bem-estar contraria o bem estar desse outro.
Em segundo lugar, o modelo dos papéis sociais implicam em desempenharmos socialmente atitudes já esperadas no contrato social. Dizer que não podemos fazer porque estamos sobrecarregados, que estamos desconfortáveis de alguma forma, que estamos em alguma desvantagem e por isso não podemos fazer o que nos pedem, embora até gostássemos de fazer, terá sempre um efeito muito mais justificável do que não fazer apenas porque não gostamos de fazer ou porque preferimos não fazer. A sinceridade absoluta não é uma postura socialmente bem compreendida, embora seja demagogicamente recomendada como mérito. A sinceridade só tem mérito quando não contraria expectativas.
À primeira vista essa orientação pode parecer um estímulo à mentira. Na realidade é mais um estímulo à convivência social. Alguns psicólogos que tratam do assunto recomendam que a pessoa seja assertiva, faça argumentações sinceras para não sofrer conflitos e não se achar mentiroso. Mas nós estamos estimulando a convivência social e incentivando a pessoa a dar-se bem com seu próximo.
Vejamos o caso de você dizer à outra pessoa "... seja franco e sincero; você poderia me emprestar algum dinheiro?". O que você sentiria se, apesar de ter pedido (demagogicamente) sinceridade, esse alguém lhe respondesse "...não, não empresto dinheiro à você porque não quero emprestar, apesar de tê-lo..." ou então, "...não empresto dinheiro à você porque tenho por princípio não emprestar dinheiro aos outros..."? No primeiro caso, além de arrogante e egoísta, a pessoa parecerá também sovina, insensível e desumana, apesar de responder com a pura verdade, no segundo caso, além de arrogante (no direito de ser cheia de princípios), foi pior ainda por considerar você, essa pessoa tão especial, simplesmente junto com todos "os outros".
A questão é aprender a dizer não, e não como dizer não. Como dizer não, todos já sabemos, mas aprender a dizer não de forma a preservar nossa convivência com o próximo e, conseqüentemente, conosco mesmo, precisa ser aprimorado. Na realidade, trata-se de uma maneira de não fazer tudo o que nos pedem, sem ter que dizer não ostensivamente. Pode não ser politicamente correto mas funciona.
Enquanto alguns psicólogos são à favor da verdade absoluta, atribuindo à pessoa o direito de dizer não sem se sentir culpada, citando sempre motivos francos e sinceros, estamos proporcionando meios de dizer não sem que os outros julguem você culpado.
Para dizer não, algumas regras simples devem ser observadas:
1. Não comece pedindo desculpas. Isso poderá sugerir um eventual sentimento de culpa.
2. Pergunte a si mesmo se o pedido parece-lhe razoável e se você quer mesmo aceitá-lo ou não. Sempre que tiver dificuldade em se de-cidir, provavelmente sua vontade sincera é pelo não.
3. Se precisar de mais detalhes, peça-os antes de decidir.
4. Se chegar à conclusão de que deseja dizer não, faça-o sem rodeios.
5. Seja breve, dê sempre uma explicação, mas que pareça mesmo uma explicação e não uma série de desculpas.
6. Muitas vezes não basta dizer não. Se desejar aju-dar o outro (ainda que não queira fazer o que lhe pediu), ouça com atenção o que ela tem a dizer, exponha o motivo de sua negativa e veja se pode ajudar a encontrar outra solução para o problema.
Causas da dificuldade em dizer não?Auto-Estima BaixaCom prejuízo da auto-estima, fato que pode ocorrer tanto nos estados depressivosquanto nas personalidades com traços mais introvertidos e sentimentais, geralmente a pessoa se percebe de maneira auto-depreciada. Normalmente essas pessoas acabam se escravizando pela opinião dos demais a seu respeito.
Como todos nós temos uma tendência a projetar nos outros nossas opiniões, ou seja, entendemos como se fosse deles opiniões que são nossas, as pessoas com auto-estima baixa acreditam que os outros também vêm-nas negativamente. Quando nos sentimos chatos, desinteressantes e pouco confiáveis, temos a nítida impressão de que os outros também nos vêm assim. Uma tentativa (errada) de melhorar nossa imagem é procurando atender nosso próximo em tudo o que ele quiser da gente. Isso gera uma dificuldade enorme em dizer não.
Podemos tentar melhorar a auto-estima de várias maneiras. As duas principais são a medicamentosa, quando a auto-estima baixa é conseqüência de algum estado depressivo, ou a maneira comportamental, quando se trata de um traço de personalidade.
Comportamentalmente podemos tentar melhorar nossa auto-estima fazendo uma lista das coisas das quais nos orgulhamos. Quais nossos valores, nossas habilidades, nossas coisas boas? Façamos uma lista de nossas transformações para melhor ao longo dos anos. Todos nós temos coisas boas a lembrar, seja nosso próprio crescimento pessoal, espiritual, material, seja termos simplesmente supera-do o medo de água e aprendido a nadar, seja o nascimento de nossos filhos, enfim, listemos aquilo de bom que faz parte de nós ou que nos rodeia.
Lembremos que temos o direito de sentir orgulho de nós mesmos, das coisas que conquistamos e da pessoa na qual nos tornamos. Vamos adquirir o hábito de lembrar dessas nossas conquistas e entender que se alguém tenta nos humilhar estará, na verdade, expondo os próprios sentimentos de inferioridade. Vamos procurar entender que, na maioria das vezes, nós é que estamos nos permitindo sentir humilhados e não sendo humilhados de fato.
Medicamentosamente podemos melhorar a auto-estima quando nossa auto-imagem negativa é conseqüência de alguma alteração humoral ou afetiva, como são os casos, por exemplo, da depressão, do estresse, da tensão ou do esgotamento.
InsegurançaMuitas vezes temos dificuldade em dizer não, supondo que isso poderá resultar num severo prejuízo, como por exemplo, a perda da amizade, do emprego, da admiração ou da simpatia. Quando é nossa insegurança a responsável pelas dificuldades em dizer não, devemos lembrar que se não confiamos em nós mesmos, nossa própria postura diante dos demais poderá demonstrar esse acanhamento de caráter.
E como deixamos transparecer aos outros nossos sentimentos tão íntimos? Isso se chama comunicação inter-pessoal. Uma pequena porcentagem de nossa comunicação com o próximo se deve ao discurso ou à palavra. A maior parte dessa comunicação se deve à maneira com a qual as palavras são ditas, se deve ao tom, timbre, freqüência e entonação da voz e, finalmente, à nossa mímica corporal. De um modo geral, acredita-se que apenas 7% de nossa comunicação se deve à compreensão das palavras, 13% dependem da voz (entonação, etc) e 80% da linguagem corporal. Seja pelas palavras, pelo tom de voz ou pela linguagem corporal, nossa falta de auto-confiança sempre será anunciada.
Outra questão importante é o fato das pessoas se sentirem muito ansiosas ao desconfiarem que os outros estão percebendo sua falta de segurança. Para esses casos, a sinceridade talvez seja a solução. Diferentemente do que foi dito acima, nestes casos alivia muito sermos francos o suficiente para confessar ao outro estarmos sentindo grande ansiedade neste momento. Isso demonstra, ao lado da confissão de nossa ansiedade, uma coragem compensatória ao termo liberdade em anunciar estarmos sim "nervosos". Esse aspecto de nossa personalidade pode nos fazer parecer altamente confiáveis aos demais.
Normalmente, o esforço para dissimular um "nervosismo" acaba por gerar grande tensão emocional, muitas vezes com repercussões físicas, tais como dores de cabeça, de estômago, na nuca, tontura, falta de ar, etc., e até sensação de desmaio nos casos mais sérios.
insegurança também deve ser abordada por duas medidas principais. Tal como a auto-estima baixa, a insegurança deve ser abordada de forma comportamental e medicamentosamente. Comportamentalmente devemos pensar no desempenho de nosso papel social. Parecer que estamos com fome pode resultar mais em comida que estarmos com fome sem parecer, parecer que somos honestos rende mais crédito que sermos honestos sem parecer.
Os papéis sociais têm muito a ver com nossa linguagem corporal. A maneira como sentamos, como ficamos de pé, como olhamos as pessoas nos olhos, como somos generosos com sorrisos e atitudes amigáveis, enfim, como cuidamos de nossa empatia pessoal é fator decisivo para transmitir uma imagem segura de si e, conseqüentemente, nos sentirmos realmente seguros.
Ainda na questão comportamental, nosso discurso não deve conter frases tais como, "...não posso..., nunca vou conseguir..., não adianta..." Negatividade atrai negatividade, assim como positividade atrai positividade. Frases mais positivas, tais como "...tenho certeza de ... farei o possível...sou muito bom em..." ajudam a melhorar a segurança transmitida e, conseqüentemente, a sensação de segurança pessoal.
De um modo geral as coisas boas não costumam cair do céu em nossa cabeça, precisamos conquistá-las com algum esforço pessoal. A questão do pessimismo e do otimismo é mais ou menos assim. Temos que dedicar um certo esforço para pensar otimistamente. A pessoa otimista sente-se muito mais relaxada mental e fisi-camente. Com otimismo confiamos mais em nossa própria capacidade. Mesmo que as coisas nem sempre dêem certo só porque somos otimistas, pelo menos estará preservada nossa auto-estima.
Já vimos como sentir-se (e conseqüentemente agir) de modo negativo leva os outros a considerá-lo carente de auto--estima. Bem, felizmente o oposto é verdadeiro. Se você passa a impressão de uma pessoa confiante e otimista, os outros vão tratá-lo como tal. Em vez de um círculo vicioso, você criará um círculo benéfico.
Além de trabalhar os pensamentos e sentimentos, cuide para que sua aparência transpire auto-confiança; e você começará a con-fiar em si próprio cada vez mais. A primeira medida a adotar é uma linguagem corporal assertiva. A seguir preste atenção na al-tura e na entonação da voz.
Sentimentos de Culpaculpa é um dos sentimentos mais incômodos e do qual a maioria de nós sofre em maior ou menor grau, seja por algo que fizemos, seja por algo que deixamos de fazer. A sensação de culpa é, inclusive, a maior responsável pelo receio que temos de dizer não. Em geral os sentimentos de culpa só aparecem nessa seqüência aqui colocada, ou seja, primeiro a pessoa tem que ter auto-estima baixa, depois tem que se sentir inseguro e, finalmente, experimenta sentimentos de culpa.
Claro que todos nós cometemos erros no passado, seja por coisas que fizemos e não deveríamos, coisas que fizemos mal feito ou coisas que deveríamos e não fizemos. De certa forma, todos nos sentimos culpados de alguma maneira (exceto os sociopatas). Entretanto, conforme recomenda a sabedoria popular, "quando nos sentir pessimistas em relação a situação atual, devemos nos sentir otimistas quanto as condições de agir".
Todas essas atitudes comportamentais para alívio do sentimento de culpa, também válido para a auto-estima e insegurança, só são eficientes quando não existe um transtorno afetivo ou do humor concomitante (tipo depressão, estresse, esgotamento ou afins).
Outra orientação que pode ajudar é procurar fazer sempre a distinção entre o ideal e o possível. O ideal seria se tivéssemos feito assim, mas infelizmente foi-nos possível fazer assado. O ideal seria que as coisas caminhassem assim, mas elas têm se encaminhado dentro do possível.
Dicas da melhor maneira de dizer nãoJá que chegamos nesse ponto, onde concluímos ser melhor dizer não às vezes do que viver angustiado por ceder em tudo e para todos, mesmo contra nossa vontade, vamos ver quais seriam as regras para um não bem dito e preservador de nosso bem estar.
1. Nunca comece a frase com a palavra NÃO. Embora seja esse o resultado final de sua fala, deixe o outro descobrir por si mesmo, durante seu discurso, que o resultado será NÃO, mesmo antes de você concluir sua argumentação.
2. Use uma argumentação simples, objetiva mas que, dentro do possível, faça o outro ter a mesma opinião caso estivesse em seu lugar.
3. Jamais demonstre desconforto exagerado ao dizer não; um certo constrangimento é sempre desejável mas, exagerar no constrangimento não melhora a sensação de quem recebe o não e pode transmitir a idéia de culpa.
4. Sempre que possível deixe a idéia de que concordaria com o pedido se fosse possível, mas diante desse ou daquele impedimento, INFELIZMENTE, você não poderá aquiescer. Neste quesito pode ser aventada a possibilidade do adiamento, do tipo "...talvez em outra ocasião..."
5. Mesmo depois da negativa, continue tratando o outro com a mesma (ou mais) gentileza com que vinha fazendo. Esse quesito é importante na medida em que algumas pessoas irritam-se profundamente com a ousadia dos pedidos dos outros.
Não se irrite.
Orientação Cognitiva para começar a dizer não
Sempre é bom começar sabendo dos maiores patrimônios de sua pessoa; o primeiro deles é a saúde, o segundo é a felicidade e o terceiro a liberdade. Geralmente nós só damos valor a qualquer um dos três quando os perdemos. De fato, é quase impossível pensar na existência de um deles sem os outros, entendendo a saúde como bem estar físico e mental.
Muito bem. Não sabendo dizer não, estamos sujeitos às frustrações de sermos obrigados a fazer o que não queremos, sujeitos ao esgotamento por sobrecarga, sujeitos à mágoa de nos sabermos explorados, enfim, aborrecidos por não estarmos exercendo nossa liberdade plenamente. Assim pensando, torna-se obvio a necessidade de privilegiarmos nossa saúde, bem estar, felicidade e liberdade, sabendo ainda que de nossa saúde pode depender a saúde de nossos entes queridos.
De modo geral, a despeito de termos liberdade de exercer a caridade como melhor nos aprouver, de sermos fraternos de acordo com nossa consciência, não podemos permitir que o anseio de outros, às vezes inesgotável, venha a comprometer substancialmente nosso valioso patrimônio que é a saúde. Portanto, saber dizer não é uma das medidas mais preventivas para preservação de nossa saúde e um legítimo direito de exercer nossa liberdade. Assim procedendo, estamos honestamente contribuindo para nossa felicidade.


para referir:
Ballone GJ -Convivência com o Próximo in. PsiqWeb, Internet - disponível emwww.psiqweb.med.br, revisto em 2005

2 de ago. de 2013

Imunologia

http://www.mundosemdor.com.br/alergia-alimentar-oculta-procedimentos-usados-no-diagnostico/#more-3132


Alergia alimentar oculta – procedimentos usados no diagnóstico

9 jun
Continuamos esta semana com a série sobre as alergias alimentares e a influência que podem ter nas doenças inflamatórias dolorosas crônicas. Nosso convidado, Dr. Gilberto de Paula, alergista, imunologista e nutrólogo.
DESCOBRINDO AS ALERGIAS ALIMENTARES OCULTAS
Muitos pacientes com enxaqueca clássica são portadores de alergias alimentares ocultas, que podem ser evidenciadas por meio da exclusão e do desafio de forma fácil e objetiva.
O aparelho digestivo, por ser intensamente inervado e por ter uma grande quantidade de gânglios linfáticos, tem uma atividade imunológica muito intensa, pois frequentemente é confrontado com uma grande quantidade de proteínas estranhas ao organismo, vírus, bactérias, fungos.
Os alimentos, ao serem ingeridos, precisam ser transformados em seus constituintes básicos pela digestão. Somente com uma digestão completa será evitada a apresentação de proteínas estranhas ao sangue do paciente, que irá produzir anticorpos ou irá reagir com um processo inflamatório não imunológico.
Dietas monótonas, distúrbios digestivos enzimáticos, desequilíbrios da flora intestinal, crescimento de fungos ou bactérias nocivas à saúde humana podem favorecer a sensibilização do tipo tardio ao alimento. Daí a necessidade de reordenar não somente a dieta, mas, eliminar parasitas intestinais, remover fungos e recompor a flora intestinal nos pacientes com alergia alimentar oculta.
IMUNOTERAPIA NA DESSENSIBILIZAÇÃO A SUBSTÂNCIAS OFENSIVAS AO ORGANISMO
Esta é uma forma de tratamento médico, descoberta há cem anos, que consiste na utilização da substância ofensiva ao organismo em diluições bem pequenas, tal como um remédio homeopático e que, administrada dessa forma, tem o potencial de dessensibilizar o organismo desta substância. A imunoterapia é uma forma de dessensibilização no que diz respeito a alergias inalatórias alimentares.
Existem dois tipo de imunoterapia: a incremental e a ativada. A incremental usa doses altas dos alérgenos; a ativada usa doses bem diluídas, quase homeopáticas. Os médicos ambientalistas preferem a ativada e utilizam este método para favorecer a dessenssibilização, aliada a uma dieta rotatória.
COMO ESTABELECER SE UM PACIENTE TEM UMA ALERGIA ALIMENTAR TARDIA?
Solicitamos ao paciente que realize dois procedimentos básicos.
1) Um relato de sua dieta das 24 horas por cinco dias, sem omitir nada do que foi ingerido e sempre anotando no ato da ingestão. Não é recordatório; é relato do dieta durante as 24 horas.
2) O preenchimento de um questionário de alergia alimentar. Caso ele responda a mais de três perguntas de forma afirmativa, é um provável candidato a ser portador de uma alergia alimentar oculta
Além desses dois, nos pacientes com dores generalizadas no corpo utilizamos a termografia de corpo total para verificar se existem processos inflamatórios na região do abdômen, sugestivas de uma origem inflamatória do aparelho digestivo.
A termografia é um método não radiológico, não invasivo, e indolor, que capta a radiação infravermelha emitida pelo corpo, permitindo ao médico visualizar imagens (sinais térmicos) que lhe informam a origem e localização de uma inflamação ou dor no corpo humano. Por sinal, é um exame de grande utilidade na prevenção do câncer de mama.

Criança com sensibilidade a glúten, 6 anos.Há 3 anos com dores abdominais recorrentes que a levavam a vários serviços médicos e PS.Com a retirada do glúten remissão completa da dor.Teste imunológico para glúten positivo.Anti gliadina elevado.

Adolescente com problema de comportamento e tremores essenciais,intoxicada por cobre.Alergia e adicção a açúcar.O bebedouro do colégio é velho e libera cobre.











Mulher,34 anos,dor pélvica há 5 anos durante relação sexual e ao deitar sobre o abdôme.Rx,US,RM,TC,histerosalpingografia negativos.Alergia a café,trigo e leveduras.
TERMOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DE ALERGIAS ALIMENTARES TARDIAS
Há um ano incluímos a termografia de corpo total como uma evidência da participação da alergia alimentar tardia no quadro clínico do paciente. Sinais de refluxo, gastropatia e colonopatia, assim como sobrecarga hepática, sugerem uma origem digestiva para a doença inflamatória dolorosa.
Esses três recursos reduzem muito a indicação inadequada de uma investigação para alergia alimentar. Dietas monótonas, positividade superior a três respostas no questionário e sinais de hiperradiação de regiões gástricas hepáticas e colônicas são sugestivos de uma origem digestiva ou correlata com processos inflamatórios crônicos e/ou dolorosos.
Vale ressaltar que a grande maioria dos pacientes suporta bem as dietas de exclusão, inclusive aqueles que são muito viciados. Menciono isto porque muitos pacientes portadores dessas alergias têm grande desejo dos alimentos que lhes fazem mal, pois têm a ilusão de que lhes faz bem.
O corpo, paradoxalmente, pode produzir moléculas antiinflamatórias em resposta à ingesta de alimentos inflamatórios, causando esse efeito ilusório e gerando a adicção ou vício alimentar. Esses pacientes, quando são convidados a fazer a dieta de exclusão, reagem com expressões, como, “E agora, o que eu vou comer?” Ou então: O quê o senhor disse? E outros muito poucos se recusam a fazer a exclusão, por várias razões: falta de tempo, falta de disciplina, por comer em locais nos quais não podem controlar sua dieta. Nesses casos os testes IGG alimentos podem ser de grande ajuda.
Descobrindo o que está lhe fazendo mal
Uma vez estabelecido que uma pessoa com uma doença inflamatória dolorosa pode ser portadora de uma alergia, sensibilidade ou intolerância alimentar, procuramos definir quais os alimentos que são ingeridos todos os dias. Leite e seus derivados, trigo e seus derivados, café, açúcar, carne de gado, carne de frango, soja, arroz, feijão e tapioca são os mais frequentemente implicados nas alergias alimentares agudas.
Testes de imagens
Na alergia alimentar pura, exames como a radiografia, tomografia e ressonância magnética nada revelam sobre a causa da doença inflamatória. A endoscopia pode revelar padrões inflamatórios do esôfago, estômago e intestino.
Já tive paciente com dor mesogástrica tipo cólica, investigada por ultrassonografia total de abdômen, radiografia de tórax abdômen e tomografia, cuja causa era um mamão ingerido todos os dias pela manhã. Após o período de exclusão, cumprido rigorosamente, os pacientes relatam bem-estar, redução ou eliminação dos sintomas, sensação dos sintomas digestivos que, em geral, acompanham os outros sintomas.
Um dos sinais mais interessantes é a perda de 1 kg a 1,5 kg que ocorre após os quatro dias de abstenção dos alimentos supostamente ofensivos. Essa perda resulta da redução do processo inflamatório do aparelho digestivo por redução do edema e inchaço que são queixas muito frequentes em mulheres portadoras de alergias alimentares ocultas.
Os alimentos causadores são aqueles usados em todos os dias, os mais usuais. Como as reações ocorrem em intervalos de tempo que variam de 3, 6, 12, 24, 36, 48 horas, existem relatos na literatura de até 72 horas – em minha prática clínica já testemunhei reações de até 36 horas. É quase impossível para o paciente e para o médico estabelecerem a relação de causa e efeito entre a ingesta do alimento e sua relação com os processos inflamatórios tardios locais ou sistêmicos sem a exclusão e o desafio.
Interessou pelo tema? Dentro das próximas semanas traremos mais informações sobre os testes e como são realizados. Enfim, se for portador/a de uma doença inflamatória dolorosa crônica, valeria a pena investigar se tem alguma alergia alimentar tardia.
Tenham todos um ótimo fim de semana!!
- See more at: http://www.mundosemdor.com.br/alergia-alimentar-oculta-procedimentos-usados-no-diagnostico/#more-3132

29 de jul. de 2013

Descobertas científicas - Médicos energia das mãos!





Sem cor específica.
Este chakra tem um papel à parte.
Tem a mesma característica do cristal branco: aciona ou desativa energia.
O chakra das mãos é um veículo direto através do qual as forças cósmicas operam. Interferimos apenas para intuir e acionar a ordem que deve ser dada em cada caso.
Para carregar este chakra com a energia cósmica, basta esfregar as palmas das mãos uma na outra. Este é o gesto básico, primeiro, de qualquer trabalho de energização.
No momento em que fazemos isto, sentimos um calor ou um formigamento no lugar onde esfregamos. Isso significa que captamos as partículas de energia do ar, aglutinando-as e transformando-as numa onda, como um raio laser.
Uma vez carregadas as mãos (durante uma energização devemos carregá-las quantas vezes acharmos necessário), vamos usá-las de inúmeras maneiras, conforme a necessidade do momento.
O passe magnético ou massagem energética pode ser aplicado nas mais variadas situações: podemos passar as mãos ao longo e acima do corpo de uma pessoa, para captar seus circuitos bloqueados e desbloqueá-los.
Podemos carregar as mãos e jogar uma energia de ativação ou desativação, pedindo, por exemplo, a cor verde sobre alguém que esteja com febre.
Tanto podemos usar este gesto de uma maneira generalizada, buscando o bem-estar do outro, ou o nosso próprio, como podemos especificar o uso.
Por exemplo: para tirar uma dor, aliviar uma angústia, fazer um pedido.
Nesse caso, basta acoplar ao gesto de energização uma ordem mental, a que ocorrer, a que parecer mais indicada. Virá intuitivamente.
Podemos jogar energia positiva no ambiente.
Podemos utilizar esse gesto simples de esfregar as mãos para captar energia para nosso próprio alimento ou para alimentar outra pessoa.

Exemplo de exercício com o chakra das mãos

Energização da água:

Encha um copo com água.
Esfregue as palmas das mãos.
Conecte-se à fonte una pai/mãe.
Coloque a mão direita, com a palma para baixo, acima do copo.
Posicione a mão esquerda com a palma para cima.
A mão esquerda “puxa” a energia e a direita a transmite à água.
Mentalize que você deseja energizar a água.
Exemplo: “energizo esta água para que me proteja de todas as energias mal qualificadas” ou “energizo esta água para que me dê energia, saúde, bem-estar”, etc.
Permaneça mentalizando e com as mãos posicionadas o tempo que julgar necessário. Você deve procurar “sentir” quando o exercício terminou. Beba a água.
Usando o mesmo processo, podemos energizar o que quisermos: comida, roupa, perfume, etc.
Não esqueça: quando for energizar alguma coisa para outra pessoa, peça licença à lei universal e à divina presença eu sou dessa pessoa, evitando fazer pedidos muito específicos, a não ser que se trate de curar uma dor, um sentimento de angústia, etc., pois você não sabe as reais necessidades dela.


Nota: sempre que trabalhar com as mãos para outra pessoa, lave-as muito bem com água e sabão, após o exercício. Isso libera você da energia que não é sua.






Os ítens diferenciados e importantes

* A pesquisa em si  - dando margens a outras possibilidades de tratamentos

* Em paralelo com energias, quando são usadas as mãos para  direcionar terapias alternativas e
   isso pode causar certo benefício.   Assim como liberar o excesso de frio do corpo ( sensibilidade)
   Neste caso seria a sensibilidade que é diferente e também como citado nas pesquisas  pelo site
   Psiqweb, falta de oxigênio nas células produzem mais frio.

* Em comparação com  a  descoberta de que as Síndromes possuem uma ligação forte com a
   energia Kundalini e que a arte libera muitas energias em sublimação ou em trabalho favorável por
   esta energia.http://solar8.blogspot.com.br/2013/07/k-u-n-d-l-i-n-i-sintomas-x-sindromes.html

Os importantes fatores estão todos em abertura, porém os milhões de seres com Síndromes continuam
sem conhecer quais os métodos mais adequados para atenuar os sofrimentos, diferentes a cada processo.


http://www.youtube.com/playlist?list=PLAF99DAA939974298

Pela Fibromialgia ... declara-se
Os médicos têm sido capazes de determinar a fonte da dor na pele de pacientes que sofrem de fibromialgia.
http://www.redorbit.com/news/health/1112877149/fibromyalgia-tissue-pain-hands-feet-fatigue-061813





Lee Rannals para redOrbit.com - Sua Universe Online     ( TRADUTOR GOOGLE - ver  link )

A fibromialgia , uma dor generalizada dos tecidos profundos, afeta cerca de dez milhões de pessoas em os EUA. A condição faz com ternura nas mãos e nos pés, fadiga, distúrbios do sono e declínio cognitivo. Durante anos, a doença se acreditava ser imaginário e muitas vezes até mesmo atribuída aos pacientes que compõem a doença. A última pesquisa não só prova a sua existência, mas também identificou a fonte.
"Em vez de estar no cérebro, a patologia seja constituído por fibras nervosas sensoriais excessivas em torno das estruturas dos vasos sanguíneos especializados, localizados nas palmas das mãos", disse Rice, presidente da Intidyn eo pesquisador sênior do estudo publicado na revista americana Academy of Pain Medicine . "Esta descoberta fornece provas concretas de uma patologia específica de fibromialgia, que pode agora ser usado para o diagnóstico da doença, e como um novo ponto de partida para o desenvolvimento de terapias mais eficazes."
A equipe analisou a pele de um paciente que não tinha todas as inúmeras variedades de terminações nervosas sensoriais na pele, que supostamente representavam altamente sensível e um senso ricamente matizada do toque. Este paciente tinha a função normal em tarefas do dia-a-dia, mas as únicas terminações sensoriais da equipe detectadas foram aqueles em torno dos vasos sanguíneos.
"Nós já pensou que essas terminações nervosas só foram envolvidos na regulação do fluxo de sangue em um nível subconsciente, mas aqui tivemos evidências de que as terminações dos vasos sanguíneos também pode contribuir para o nosso sentido consciente de toque" | e também a dor ", disse Rice.
A equipe usou uma tecnologia microscópica única de estudar pequenas biópsias de pele coletados das palmas das pacientes com fibromialgia que estavam sendo diagnosticados e tratados. Eles encontraram um enorme aumento nas fibras nervosas sensoriais em locais específicos dentro dos vasos sanguíneos da pele.Estes locais críticos são pequenas válvulas musculares conhecidos como arteríola-vénula (AV) derivações.
"As derivações AV na mão são os únicos que criam um desvio do leito capilar para o principal objetivo de regular a temperatura do corpo", explicou Rice.
Estes desvios são exclusivos para as palmas das mãos e solas dos pés, funcionando como um radiador de um carro. Sob condições quentes, os desvios fechar a forçar o sangue nos capilares na superfície da pele de forma a irradiar calor do corpo, ao passo que em condições frias dos shunts abertos para permitir que o sangue para contornar os capilares, a fim de conservar o calor.
Dr. Phillip J. Albrecht, outro pesquisador do projeto, disse que o excesso de inervação sensitiva pode explicar por que pacientes com fibromialgia têm mãos especialmente sensíveis e dolorosas.
"Mas, além disso, uma vez que as fibras sensoriais são responsáveis ​​por abrir as derivações, eles tornam-se particularmente activa em condições frias, que são geralmente muito incômodo para os pacientes com fibromialgia", disse Albrecht.
Arroz acrescentado que as mãos e os pés actuar como um reservatório a partir do qual o fluxo sanguíneo pode ser desviado para outros tecidos do corpo, tais como os músculos, quando começar a exercer.
"Por isso, a patologia descoberto entre esses desvios nas mãos pode estar interferindo com o fluxo sanguíneo para os músculos em todo o corpo", disse o pesquisador.
Esta descoberta de uma patologia do tecido distinta demonstra que a fibromialgia não é imaginário, que ajuda a modificar a opinião clínico da doença eo guia de futuras abordagens de melhores tratamentos.
"Ponto Wow como louco em que estavam ele me afetou cognitivamente, bem como problemas de sono! Mina é causada por temperaturas especialmente frios ", Amy P, que sofre de fibromialgia, disse redOrbit. "Além disso, minha letra é muito sofrido. Mas eu acredito que é porque eu tenho tendinite de algum tipo. "
Pesquisadores holandeses relataram um estudo no início deste mês contradizendo estas conclusões, dizendo que as condições climáticas não afetam a dor da fibromialgia ou fadiga.
"Nossas análises fornecem mais provas contra, do que de apoio, a influência diária de tempo em dor da fibromialgia e fadiga", disse Ercolie Bossema, Ph.D. da Universidade de Utrecht, na Holanda. "Este estudo é o primeiro a investigar o impacto do clima sobre os sintomas da fibromialgia em uma grande coorte, e nossos resultados mostram nenhuma associação entre as características específicas dos pacientes com fibromialgia e sensibilidade tempo."
No entanto, os pesquisadores do ponto estudo recente para o fluxo de sangue como prova o tempo tem realmente um efeito em pacientes com fibromialgia.
"Esse fluxo de sangue mal administrado pode ser a fonte de dor muscular e dores, ea sensação de fadiga, que são pensados ​​para ser devido a um acúmulo de ácido láctico e baixos níveis de pacientes com fibromialgia inflamação. Este, por sua vez, pode contribuir para a hiperatividade no cérebro ", disse Rice.

Doentes podem sentir alguma sensibilidade tempo
Pesquisadores holandeses relatam que as condições meteorológicas, incluindo temperatura, sol e chuva não têm impacto sobre os sintomas da fibromialgia em pacientes do sexo feminino. Resultados publicados no Arthritis Care & Research, uma revista da American College of Rheumatology (ACR), sugerem que os pacientes individuais podem ser sensíveis a algumas mudanças no clima.
Evidências médicas mostram que a fibromialgia afeta 2% da população mundial, com maior prevalência entre as mulheres. Em os EUA, a ACR estima que cinco milhões de pessoas experimentam a dor generalizada, fadiga inexplicável, dores de cabeça e distúrbios do sono a partir desta síndrome de dor crônica. Embora a causa da fibromialgia permanece um mistério, estudos sugerem que os pacientes tenham um aumento da sensibilidade para uma gama de estímulos e de até 92% citar as condições meteorológicas exacerbar os sintomas.
"Muitos pacientes com fibromialgia relatam que determinadas condições meteorológicas parecem agravar os seus sintomas", explica o primeiro autor, Ercolie Bossema, Ph.D. da Universidade de Utrecht, na Holanda."Pesquisas anteriores já haviam investigado as condições meteorológicas e as mudanças nos sintomas da fibromialgia, mas uma associação ainda não está claro."
Para explorar ainda mais o impacto do clima sobre a dor e fadiga na fibromialgia, a equipe matriculados 333 pacientes do sexo feminino com essa síndrome de dor no estudo. Os participantes tinham idade média de 47 anos e teve um diagnóstico de fibromialgia há quase 2 anos. As pacientes responderam a perguntas sobre sua dor e sintomas de fadiga ao longo de um período de 28 dias. Pesquisadores obtiveram temperatura do ar, insolação, precipitação, pressão atmosférica e umidade relativa do Real Instituto Meteorológico da Holanda.
Os resultados indicam que em 10% das análises, as variáveis ​​meteorológicas apresentaram um efeito significativo, mas pequeno em dor ou sintomas de fadiga. Em 20% das análises, os pesquisadores descobriram pequenas diferenças significativas entre as respostas dos pacientes a tempo, sugerindo dor e fadiga sintomas foram diferencialmente afetadas por algumas condições de tempo, ou seja, com maior dor ou pressão atmosférica baixa ou alta. As diferenças na resposta dos sintomas indivíduo às condições meteorológicas não parecem estar associados com o caso, o estado de saúde funcional ou mental demográfica, nem variações sazonais ou relacionadas com o clima.
"Nossas análises fornecem mais provas contra, do que de apoio, a influência diária de tempo em dor da fibromialgia e fadiga", conclui Dr. Bossema. "Este estudo é o primeiro a investigar o impacto do clima sobre os sintomas da fibromialgia em uma grande coorte, e nossos resultados mostram nenhuma associação entre as características específicas dos pacientes com fibromialgia e sensibilidade tempo." Os autores sugerem que futuras pesquisas incluem características mais paciente, tais como a personalidade características, crenças sobre dor crônica, ea atitude em relação à influência do clima sobre os sintomas, para ajudar a explicar as diferenças individuais na sensibilidade do clima e seu impacto sobre a dor da fibromialgia e fadiga.

 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ México -----------------

Manuel Martínez Lavín 
http://www.martinez-lavin.com/FibromyalgiaEs.htm#ligas
http://www.martinez-lavin.com/
https://www.youtube.com/watch?v=6JD5nmVQQuU

http://www.gruposummus.com.br/indice/50108.pdf


Usando esta tecnologia, o Instituto Nacional de Cardiologia Ignacio Chavez estudamos um grupo de pacientes com FM e compará-lo com um grupo de indivíduos saudáveis. Por meio de uma caixa registadora portátil todos os batimentos cardíacos foram gravados enquanto os sujeitos realizado suas atividades normais durante 24 horas. Nós achamos que os pacientes com FM tinham uma implacável hiperatividade do sistema nervoso simpático, essa anomalia foi especialmente evidente durante as horas de sono. Em outro estudo diferente, estamos sujeitos pessoas com FM para simples stress quanto à pé, observando uma paradoxal redução do tônus simpático. Essas anormalidades têm sido corroboradas por investigadores de outras latitudes e representam talvez a alteração mais bem documentada no caso de FM.


Estes resultados sugerem que uma alteração fundamental dos MF é uma incompatibilidade no funcionamento do sistema nervoso autônomo, com uma hiperatividade simpática implacável, que poderia induzir distúrbios do sono, mas ao mesmo tempo há um hipo-reactividad salientar que explica a fadiga profunda e outros sintomas relacionadas à pressão arterial baixa. Tais alterações do sistema nervoso autônomo também explicam outros desconfortos frequentes de FM como cólicas abdominais, urgência urinária, a dormência de extremidades, ansiedade e constante secura dos olhos e boca.

Profunda dor e hipersensibilidade à palpação podem ser causados pelo mecanismo chamado dor mantida pelo sistema simpático. É sabido que depois de um evento de disparador (físico ou emocional trauma, infecção), pode desencadear, em alguns indivíduos suscetíveis, uma hiperatividade simpática implacável. Tal hiperatividade induzida por uma produção excessiva de noradrenalina (também conhecida como noradrenalina). Esta substância é capaz de receber primária sensibilização central e periférica da dor e, assim, induzir a dor generalizada e generalizada de hipersensibilidade. Hipersensibilidade à palpação (cujo termo médico é alodinia) é um sinal típico de dor mediada pelo sistema simpático. Nossa conclusão de que os pacientes FM têm dor induzida por injeções de pequenas quantidades de noradrenalina suporta este modo de pensar.


Propusemos que dor da fibromialgia é a dor neuropática, quer dizer que o problema fundamental reside nos nervos responsáveis pela transmissão de dor. De modo típico, esta dor é acompanhada de anormal como ardor, desconforto, formigamento, sensações de choque elétrico para vestir roupas apertadas. A maioria dos pacientes com FM lida tais sensações anormais. São exemplos de dor neuropática, neuralgia pós-herpética e neuropatia diabética, distrofia simpático-reflexa. Há semelhanças importantes entre o FM e a chamada síndrome dolorosa localizada 
Na verdade, propomos que a FM é uma forma generalizada da síndrome. Nossa proposta de que a FM é mantido por hiperatividade simpática neuropática síndrome da dor foi reforçada pela alemã de pesquisa mostrando que pessoas com FM freqüentemente chamam este tipo de alteração, neuropatia de fibras finas é precisamente caracterizada por produzir uma dor neuropática, bem como importantes alterações do sistema nervoso simpático.


Pacientes com fibromialgia têm mais frequentemente uma variação genética associada a uma enzima que não depuração adrenalina eficazmente.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

https://www.youtube.com/results?search_query=fibromyalgia+trigger+points&page=2




Pesquisa revela poder da energia liberada pelas mãos


Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”. 

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp. 

Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou. 

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou. 

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.” 

Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress. 
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.

http://portal.rac.com.br/noticias/index_teste.php?tp=correio-escola&id=/107097&ano=/2011&mes=/11&dia=/25&titulo=/pesquisa-revela-poder-da-energia-liberada-pelas-maos