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3 de out. de 2011

DIRIGINDO-SE À FONTE



Quando surge um sentimento de ódio contra uma pessoa, ou um sentimento de amor por alguém, que fazemos? Nós o projetamos sobre a pessoa. Se você sente raiva de mim, esquece completamente de si mesmo nessa raiva, apenas eu me torno o seu objeto. Se sente amor por mim, você esquece completamente de si mesmo; só eu me torno o objeto. Você projeta seu amor, seu ódio ou outra coisa qualquer sobre mim. 

Você se esquece completamente do centro interior do seu ser; o outro torna-se o centro. Este sutra diz que, quando o ódio, o amor ou outro sentimento qualquer a favor ou contra alguém surgir, "Não o projete na pessoa em questão". Lembre-se, você é a fonte.

Eu o amo. O sentimento mais comum é de que você é a fonte do meu amor. Mas, na verdade, não é assim. Eu sou a fonte. Você é apenas a tela onde projeto meu amor. Você é só uma tela; eu projeto meu amor em você e digo que você é a fonte do meu amor. Não é o que acontece. 
Isso é ficção. Eu lanço a minha energia de amor e a projeto em você. Nessa energia amorosa projetada em você, você se torna encantador. 

Talvez não o seja para outra pessoa. Talvez seja absolutamente repulsivo para outro. Por quê? Se você fosse a fonte do amor, então todos deveriam sentir amor por você. Mas você não é a fonte. Eu projeto amor e então você se torna encantador; outro projeta ódio e você se torna repulsivo. E outra pessoa não projeta nada - é indiferente, talvez nem mesmo olhe para você. O que está acontecendo? Estamos projetando nossos próprios estados para os outros.

É por isso que, se você está em lua de mel, a lua parece tão linda, milagrosa, maravilhosa. Parece que o mundo inteiro é diferente. E, na mesma noite, para o seu vizinho, esta noite milagrosa pode não estar existindo. O filho dele morreu, então a mesma lua é triste, intolerável. 

Mas, para você, é encantadora,fascinante. Por quê? A lua é a fonte ou é apenas uma tela na qual você está-se projetando?

Este sutra diz: "Quando um sentimento contra ou a favor de alguma pessoa surgir, não o coloque na pessoa em questão" (ou no objeto em questão). Permaneça centralizado. Lembre-se de que você é a fonte, por isso não se dirija para o outro: dirija-se à fonte. Quando sentir raiva, não se dirija ao objeto. Vá para o ponto de onde provém a raiva. Não vá à pessoa a quem ela está sendo dirigida, mas sim para o centro de onde ela vem. Dirija-se para o centro; vá para dentro; use a sua raiva, o seu amor, ou qualquer outra coisa como uma jornada em direção ao centro interior até a fonte. Dirija-se à fonte e permaneça centralizado aí.
Tente! Esta é uma técnica psicológica muito científica, alguém o insultou; a raiva de repente explode; você está fervendo. A raiva está fluindo em direção à pessoa que o insultou. Agora você projetará toda essa raiva sobre ela. E ela não fez nada. Se o insultou, o que fez ela? Apenas o provocou, ajudou para que sua raiva surgisse, mas a raiva é sua. Se alguém chegar a um Buda e o insultar, não será capaz de criar nele nenhuma raiva. Ou, se chegar a Jesus, Jesus lhe dará a outra face. Ou, se chegar a Bodhidarma, ele vai morrer de rir. Isso depende.

O outro não é a fonte. A fonte sempre está dentro de você. O outro está penas atingindo a fonte, mas, se não existir raiva dentro de você. Ela não surgirá. Se você bater num Buda, só sairá compaixão, porque nele só a compaixão existe. A raiva não virá à tona porque ela não existe. 

Se você jogar um balde num poço seco, não sairá nada. Num poço cheio você joga o balde e a água vem, mas a água é do poço. O balde só ajuda a trazê-la para fora. Assim, a pessoa que o insulta está apenas jogando um balde em você e o balde sai cheio da raiva, do ódio, do fogo que há dentro de você. Você é a fonte, lembre-se.

Para essa técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que está projetando nos outros: lembre-se sempre disso. E, sempre que houver um sentimento contra ou a favor, volte imediatamente para dentro e vá à fonte de onde provém o ódio. Fique centralizado aí; não se dirija para o objeto. Alguém lhe deu a oportunidade de ter a consciência de sua própria raiva: agradeça-lhe imediatamente e esqueça-se dele. Feche os olhos, volte-se para dentro e olhe para a fonte de onde vem esse amor ou essa raiva. De onde vem? Vá para dentro; entre: aí você encontrará a fonte, porque a raiva vem da sua fonte.

O ódio, o amor, tudo vem da sua fonte. E é fácil chegar à fonte no momento em que se está sentindo raiva, amando ou odiando, porque então você está quente. É fácil entrar nessa hora. O fio está quente e você pode usá-lo. pode ir para dentro com esse calor. E quando você atingir lá dentro, um ponto frio, de repente, Realizará uma dimensão diferente, um mundo diferente se abrindo à sua frente. Use a raiva. Use o ódio, use o amor para entrar.

Sempre os usamos para nos dirigirmos aos outros, e sentimo-nos muito frustrados quando não há ninguém em quem projetar. Vamos então projetando até sobre objetos inanimados. Tenho visto pessoas furiosas com seus sapatos, arremessando-os com raiva. O que estão fazendo? 

Tenho visto pessoas enraivecidas batendo portas, jogando toda a raiva sobre a porta, xingando-a, usando até palavrões contra ela. O que estão fazendo?

Vou terminar com um enfoque Zen sobre isso. Um dos maiores mestres Zen, Lin-Chi, costumava dizer: "Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Tinha um pequeno barco e ia para o lago sozinho. Era capaz de ficar ali durante horas.


Um dia, aconteceu que, de olhos fechados, eu estava meditando no meu barco sobre a noite tão maravilhosa. Um barco vazio veio flutuando com a correnteza e aproximou-se e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados e então eu pensei: ‘alguém está batendo seu barco contra o meu’. Senti raiva. Abri meus olhos e já ia dizer alguma coisa com raiva para aquela pessoa. Então percebi que o barco estava vazio. Não havia jeito de me extravasar. A quem eu poderia expressar minha raiva? O barco estava vazio. Estava apenas flutuando na correnteza, chegou e bateu no meu barco".
Assim, não havia nada a fazer. Não havia possibilidade de projetar minha raiva num barco vazio.

Então Lin-Chi falou: "Fechei os olhos. A raiva estava ali presente, mas não achando um jeito de sair. Fechei os olhos e simplesmente comecei a navegar naquela raiva. E o barco vazio tornou-se a minha Realização. Naquela noite silenciosa cheguei a um ponto dentro de mim. Aquele barco vazio foi meu guru. E agora, se alguém vem num barco e me insulta, dou risada e digo que esse barco também está vazio. Fecho os olhos e vou para dentro".

Mas quando experimentamos esta técnica com nossa raiva, nosso ódio, etc..., sentimos que estamos reprimindo nossas emoções e isso se torna um complexo reprimido. Como ficar livre desses complexos reprimidos enquanto praticamos a técnica mencionada?

A expressão e a repressão são dois lados da mesma moeda. São contraditórios, mas basicamente, não são diferentes. Na expressão e na repressão, em ambos, o outro é o centro.

Eu estou com raiva: reprimo a raiva. Eu ia expressar a raiva contra você. Mas a raiva continua sendo projetada em você, seja ela expressa ou reprimida.

Esta técnica não é de repressão. Esta técnica transforma a própria base tanto da expressão quanto da repressão. Esta técnica diz para não projetar no outro; você é a fonte. Expressando ou reprimindo você é a fonte. A ênfase não está nem na expressão, nem na repressão. A ênfase está em saber de onde vem essa raiva. Você tem de ir para o centro, para a fonte, onde surgem a raiva, o ódio, e o amor. Quando você reprime, não está indo para o centro. Está lutando contra a expressão.

A raiva surgiu em mim. Normalmente, posso fazer duas coisas, expressá-la em alguém ou reprimi-la. Mas, em ambos os casos estou preocupado com o outro e com a energia da raiva que veio à superfície, não com a fonte.

Esta técnica é para esquecer o outro completamente. Olhe apenas para a sua energia de raiva surgindo e vá bem no fundo para encontrar a fonte dentro de si mesmo, de onde ela está vindo. E, no momento em que você encontrar a fonte, permaneça centralizado nela. Não faça nada com raiva, lembre-se. Expressando, você está fazendo algo com a raiva; reprimindo, também está fazendo algo com ela. Não faça nada com raiva; não toque nela. Use-a apenas como um caminho. Vá bem fundo dentro dela para saber onde surgiu. E, no momento em que encontrar a fonte será muito fácil ficar centralizado nela. A raiva tem de ser usada, na verdade, como um caminho para encontrar a fonte. Qualquer emoção pode ser usada.

Quando você reprime, não encontra a fonte: está só lutando com a energia que surgiu e que quer ser expressa. Você pode reprimi-la, mas ela será expressa mais cedo ou mais tarde, porque você não pode lutar contra a energia que surgiu. Ela tem de ser expressa. Assim, você não pode expressá-la sobre "A", mas expressa-a sobre "B" ou "C". Sempre que encontrar alguém mais fraco do que você, expressará a energia. 

E, a menos que o faça, sentir-se-á carregado, tenso, pesado e até doente. Portanto, ela será expressa. Você pode reprimi-la constantemente. 

Por algum lugar ela escapa, porque se não escoar, você estará constantemente preocupado com ela. Assim, a repressão nada mais é do que uma expressão adiada. Você simplesmente adiará.

Você sente raiva de seu chefe, e não pode expressar isso. Não é "bom negócio". Você vai ter que engolir e, assim, vai esperar apenas até que 
possa expressá-la em sua mulher, em seus filhos, ou em qualquer outra pessoa - em seu empregado. E, no momento em que chegar em casa, você a expressará. Encontrará motivos, é claro, porque o homem é um animal racional. Ele raciocinará, encontrará alguma coisa, algo trivial. 

Mas que agora se tornará muito importante, porque ele tem alguma coisa para expressar.A repressão não é outra coisa senão um adiamento. Você pode adiar por meses, ou anos, mas ela terá de ser expressa. Esta técnica não está nem um pouco interessada na repressão ou na expressão - não! Esta técnica usa a sua emoção, a sua energia, como um caminho para você ir fundo dentro de si mesmo.

Crie uma emoção qualquer, mas não há necessidade, porque as emoções estão presentes o dia todo. Use qualquer uma para meditar. Então, você se esquece completamente do outro e não está reprimindo nada. Está apenas mergulhando com uma energia que surgiu. Toda energia vem da fonte, por isso, nesse exato momento, o caminho está quente e você pode usá-lo para voltar. E, no momento em que você alcança a fonte original, a energia se dilui na fonte original. Isso não é repressão: a energia voltou a fonte original. E, quando você for capaz de reunir sua 

energia à fonte original, se tornará o mestre de seu corpo, da mente e da sua energia. Você se tornará o mestre! Agora não dissipará sua energia.

Uma vez que saiba como sua energia volta com você para o centro, não há necessidade de qualquer repressão. Nem de qualquer expressão. 

Neste momento você não está zangado. Eu digo uma coisa você fica zangado. De onde essa energia está vindo? Um minuto antes você não 

estava zangado, mas a energia estava dentro de você. Se ela puder voltar de novo para a fonte, você será o mesmo que há um minuto.

Lembre-se disto: energia não é raiva, amor, nem ódio. Energia é simplesmente energia - neutra. A mesma energia se torna raiva; a mesma 
energia se torna sexo, a mesma energia se torna amor; a mesma energia se torna ódio. Tudo isso são formas da mesma energia. Você dá a forma, sua mente dá a forma e a energia se move dentro dela.

"Portanto, lembre-se, se você amar profundamente, não terá muita energia para ficar zangado. Se não amar, então terá muita energia para se irritar e continuará encontrando muitas situações para ficar zangado".

O que significa isso? Cientificamente, significa que sua energia inteira voltou para a fonte. Se você a expressa, ela vai para fora. E, expressando-a, você está criando hábito para a energia sair, para ela ser liberada. Se você a reprime, então a energia não se moveu nem para dentro nem para fora: fica suspensa. E uma energia suspensa é uma carga.

É por isso que, se você realmente exprime a raiva, sente-se aliviado. Se destrói alguma coisa, seu ódio é liberado e você se sente aliviado. 

Por que é sentido esse alívio? Porque a energia suspensa é uma carga pesada. Sua mente fica anuviada por ela. Você tem de jogá-la fora ou permitir que ela volte à sua fonte original: só existem essas duas possibilidades.

Se ela volta à fonte, torna-se amorfa. Na fonte, a energia não tem forma. Por exemplo, a eletricidade é amorfa. Quando ela existe em um ventilador, toma um tipo de forma. Quando está em uma lâmpada, toma uma forma diferente. Você pode usá-la de mil maneiras. A energia é a mesma. A forma é dada pelo mecanismo na qual ela se move.

A raiva é um mecanismo; o sexo é um mecanismo; o amor é um mecanismo; o ódio também. Quando a energia se move pelo canal do ódio, torna-se ódio. Se a mesma energia se mover pelo canal do amor, se tornará amor. Mas, quando ela se move para fonte, é uma energia sem forma, energia pura. Não é ódio nem amor, nem raiva, nem sexo: simplesmente energia. Então é inocente, porque a não forma é inocência absoluta. Por isso é que: Jesus, Buda parecem tão inocentes, como uma criança. A energia se moveu para a fonte.

Não exprima, porque estará desperdiçando sua energia e ajudando a outro a desperdiçá-la também. Não a reprima, porque então estará criando um fenômeno suspenso que terá de ser aliviado. Então o que fazer?

Não faça nada com o sentimento em si. Volte para a fonte de onde ela vem. E quando a sensação ainda está quente, o caminho é claro, internamente visível. Você pode se dirigir para ele. Use os sentimentos para meditar. O resultado é milagroso, inacreditável. E, uma vez que você encontra a chave que mostra como canalizar a energia de volta para fonte, você tem uma qualidade diferente e personalidade. Não está mais desperdiçando coisa alguma.


MEDITAÇÃO PARA TRANSCENDER AS EMOÇÕES

Acomode-se confortavelmente. Feche os olhos, e concentre-se em sua respiração. Respire lenta e profundamente, deixando-se ir mais fundo a cada respiração. Enquanto respira deixe que todas imagens, pensamentos e impressões que lhe acompanharam durante o dia venham à sua consciência. Deixe que passem, como nuvens em dia de tempestade, como um forte vento que passa sem deixar marcas, simplesmente passam. Libertando-se de toda ansiedade e aspiração. Imagine agora uma luz azul preenchendo todo o ambiente, essa luz azul é relaxante e irá
relaxá-lo em níveis físico, emocional, mental e espiritual. Relaxando sua pele, músculos, nervos e ossos. Imagine a luz envolvendo todo o seu ser enquanto você relaxa concentrando-se em cada parte de seu corpo.

Dirija toda a sua atenção para seus pés, esqueça-se do restante de seu corpo, concentre-se apenas em seus pés. Nos dedos dos pés, sola, 
calcanhares, dorso e tornozelos. Sinta seus pés inteiramente relaxados. 

Então, dirija-se para suas pernas, dos tornozelos até os joelhos, relaxe todos os músculos de suas pernas, sinta suas pernas relaxadas.

Proceda da mesma forma para o restante do corpo: suas coxas, dos joelhos até os  quadris; toda a área de seus quadris, nádegas e órgãos genitais; área do abdômen, músculos do abdômen e órgãos internos; toda a área do tórax; costas da base da coluna até o pescoço, músculos das costas e vértebras da coluna; braços dos dedos das mãos aos ombros, dedos das mãos, mãos, pulsos, antebraços, cotovelos, braços, ombros; pescoço, músculos do pescoço, garganta e cordas vocais; cabeça, queixo, maxilares, boca (a língua deve ficar solta repousando suavemente), nariz, faces, orelhas, olhos, pálpebras, testa, nuca, topo da cabeça.

Agora, mentalize a raiva que você está sentindo (ou outra emoção qualquer), esqueça-se de todo o resto, concentre-se unicamente nessa emoção. Então tome consciência de que você é a fonte dessa emoção, que a outra pessoa é a ferramenta que o auxiliou a reconhecê-la a perceber sua presença. Entre fundo nessa emoção, comece a retroceder, busque outras emoções que acompanham essa emoção. Em que situações ela torna-se mais evidente? Que sentimentos você tem reprimido e fortalecem essa emoção? O que você tem   buscado negar, porém o persegue incessantemente? Entre profundamente nessa emoção, vá até o seu centro, até a origem. Então, quando  você encontrar a origem, ela se dissolverá. Tornar-se-á apenas energia, energia pura, que você poderá tornar amor, amor por você mesmo,  
amor por outras pessoas ou amor incondicional pelo Universo.
Imagine a energia tornando-se amor, imagine o amor sendo representado por uma luz dourada, e essa luz dourada impregnando-o 

inteiramente, harmonizando-o. Imagine agora que essa luz que o envolveu expande-se envolvendo o seu corpo, e que você irradia essa luz,  afetando a todos os que se aproximarem de você com essa energia amorosa.

Quando você sentir que está completamente harmonizado, e houver transcendido a emoção, retorne a sua consciência objetiva.  

Agora você possui uma ferramenta para transcender a emoção, sem necessitar reprimi-la ou expressa-la. Depende de você utilizá-la ou não.

"Quando um sentimento contra ou a favor de uma pessoa surgir, não o coloque na pessoa em questão, mas permaneça centrado".


"Não somos ondas, somos parte do Oceano. Embora indivíduos, afetamos o Universo à nossa volta. Elevemos nosso padrão vibratório para  afetá-lo positivamente".



Osho




Como Suas Emoções Afetam Seu Corpo



Você já observou o efeito do medo sobre seu rosto, seus olhos, seu coração e outros órgãos? Você conhece o efeito que as más notícias ou o pesar têm sobre seu tubo digestivo. Repare as mudanças que ocorrem quando se sabe que as más notícias são infundadas.

Todas as emoções negativas são destrutivas e deprimem as forças vitais do corpo. O ansioso crônico em geral tem problemas com sua digestão. Se algo de agradável acontece na vida dele, sua digestão toma-se normal, pois se restaura a circulação normal e as imprescindíveis secreções gástricas não mais são perturbadas.

A maneira de superar e disciplinar suas emoções não é reprimi-Ias ou suprimi-Ias. Quando se reprime uma emoção, a energia se acumula no subconsciente e permanece aninhada ali. Acontece o mesmo que aconteceria com uma caldeira cujo fogo foi aumentado, permanecendo fechadas todas as válvulas; acaba ocorrendo uma explosão.

Hoje, no campo da psicossomática, se está descobrindo que muitas doenças mentais como a artrite, a asma, as perturbações cardíacas e até mesmo os fracassos na vida são devidos à repressão de emoções que ocorreram no início da vida ou na infância. Essas emoções reprimidas ou suprimidas erguem-se como fantasmas para o assombrarem mais tarde, e nos próximos parágrafos você aprenderá como se livrar deles para o resto de sua vida.

Existe um meio espiritual e psicológico que deve ser seguido para banir as emoções reprimidas e suprimidas que habitam a sombria galeria de sua mente. O método ideal para você se livrar dessas emoções é praticar a lei da substituição. Através da lei mental da substituição, você troca um pensa- mento negativo por um positivo, construtivo. Quando os pensamentos negativos penetram em sua mente, não os combata; diga apenas para si mesmo: "Tenho fé em Deus e em tudo o que é bom. Seu amor me guarda a todo instante", e você verá que os pensamentos negativos desaparecem, do mesmo modo que a luz dissipa a escuridão.

Do livro: O Poder Cósmico da mente, de Joseph Murphy

24 de ago. de 2011

Doenças da emoção

A medicina psicossomática deixou de ser um ramo de segunda classe. A influência dos sentimentos sobre a saúde física nunca foi tão pesquisada e o controle das perturbações psíquicas entrou para os receituários clínicos.

Revista Veja - por Anna Paula Buchalla

  • Perfil dos Somatizadores

    - 20% da população mundial é afetada pelos transtornos de somatização;
    - o distúrbio é mais comum em mulheres e entre elas os sintomas constumam ser mais severos;
    - 42,6 anos é a idade média dos somatizadores;
    - 40% deles têm depressão;
    - 20% apresentam transtorno do pânico ou ansiedade;
    - os somatizadores estão entre os principais usuários do sistema de saúde: 60% das consultas médicas referem-se a pacientes com queixas sem nenhuma causa orgânica.

    As principais reclamações são: dor no peito, fadiga, tontura, dor de cabeça, dor nas costas, falta de ar, insônia e dor abdominal.

    É quase certo que, ao demonstrar um desconforto físico, você já tenha ouvido que está "somatizando". Mas o que é exatamente somatização? Trata-se de um processo pelo qual distúrbios de origem psíquica, emocional. traduzem-se em mal-estar, com ou sem causa orgânica definida. Os dez problemas mais relatados pelos somatizadores são dor no peito, fadiga. tontura, dor de cabeça, inchaço, dor nas costas, falta de ar, insônia, dor abdominal e torpor. Não faz tanto tempo assim, a esmagadora maioria dos médicos ocidentais relegava tais pacientes ao limbo de um ramo até então pouco prestigiado da psiquiatria - o da medicina psicossomática. Mas esse quadro coomeça a mudar.

    Muitos clínicos estão dando mais atenção aos quadros de somatização. Eles, agora, procuram escutar os somatizadores da forma preconizada por Maimônides, um médico mouro do século XII: "Uma consulta deve durar uma hora. Durante dez minutos. ausculte os órgãos do paciente. Nos cinnqüenta minutos restantes, sonde-lhe a alma". Com isso, passaram a oferecer meios de tratar o seu padecimento atual e evitar os futuros, em vez de se apresssarem em livrar-se dos "neuróticos". Além disso, equipes de pesquisadores dedicam-se a tentar desvendar os mecanismos pelos quais as emoções podem resultar em afecções. Vários deles, inclusive, já foram descobertos (veja o texto abaixo - O preço da pressão... e a sua repercussão no organismo). Pode-se dizer que a medicina ocidental está revendo o dogma de que sintomas só são passíveis de tratamento se originados em problemas físicos descritos cientificamente. Nesse caminho, segue a trilha da antiga medicina oriental, segundo a qual um sintoma, mesmo sem causa orgânica suficientemente identificada, é, em si, um desequilíbrio a ser curado.

    Embora desde o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, haja registros de processos de somatização, o fenômeno só ganhou um nome no início do século XX. O médico austríaco Wilhelm Stekel, um dos pioneiros da psicanálise, lançou a expressão alemã organsprache("fala dos órgãos") para denominar sintomas físicos associados precipuamente ao lado psíquico. Na versão para o inglês, o termo foi traduzido como somatizatíon, palavra criada a partir do radical grego "soma", corpo. Atualmente, os médicos fazem uma distinção entre transtorno somatoforme e somatização. O primeiro caracteriza-se por queixas físicas recorrentes, mas sem causas detectáveis por exames clínicos ou de imagem. É o caso, por exemplo, de um paciente que reclama de dores de estômago, mas, submetido a uma endoscopia, não apresenta nenhuma lesão nesse órgão. Para que a doença seja diagnosticada como um transtorno somatoforme, é preciso que a pessoa exiba um ou mais sintomas por um período mínimo de seis meses. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 20% da população do planeta manifesta quadros da doença. "Os sintomas são reais. O sofrimento desses pacienntes não é menor do que o daqueles que apresentam problemas com causas orgânicas bem definidas", disse a VEJA a psiquiatra americana Lesley Allen, especialista no assunto.

    A palavra somatização, por sua vez, hoje é usada especificamente para as doenças identíficáveis por meio de exames, desencadeadas por sobrecarga emocional. Certas doenças têm um componente fortemente somático. E o caso de asma, úlceras, fibromialgia, gastrite, alergias e herpes, principalmente. As situações que mais deflagram respostas somáticas são as de stress decorrente de um luto ou de uma separação conjugal. Para não falar da onipresente depresssão, é claro. "Na verdade, não existe um só sentimento que não tenha uma repercussão física. O que varia é a intensidade da emoção e a vulnerabilidade do corpo", afirma o psiquiatra Geraldo Banone, de Campinas.

    É freqüente confundir somatização com hipocondria. São coisas completamente diferentes, O hipocondríaco é alguém preocupado em excesso com a própria morte. Seu medo é tanto que ele freqüentemente interpreta um mal-estar passageiro como um sinal de doença grave. O exemplo perfeito é o do persoonagem de Woody AIlen no filme Hannnah e Suas Irmãs, que tinha certeza de que suas dores de cabeça eram um sintoma de um tumor no cérebro e, por issso, submetia-se a tomografias da cabeça como quem tira pressão arterial. O que somatizadores e hipocondríacos têm em comum são as idas freqüentes ao médico. "As somatizações são responsáveis por um número muito alto de consultas", diz o psiquiatra José Atilio Bombana, da Universidade Federal de São Paulo. Calcula-se que até a metade de todos os gastos do sistema público de saúde deva-se a somatizações.

    Do ponto de vista fisiológico, já se sabe que o processo de somatização ocorre no eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal . Com o auxílio da medicina molecular e exames de imagem de altíssima precisão, está-se conseguindo mapear em detalhes os canais de comunicação entre o cérebro e os sistemas imunológico e endócrino. A interação entre corpo e mente se dá por meio de uma intrincada rede de horrmônios, proteínas e neurotransmissores que não cessam de interagir. Os cientistas querem definir o que ocorrre ao certo quando há um descompassso entre o cérebro e esses sistemas. especialmente nos momentos emocionais mais críticos. Apesar de haver uma longa estrada a ser percorrida, ao entender em parte como os sentimentos afetam o organismo, a medicina deu um passo adiante rumo à prevenção e à cura de doenças típicas da somatização.

    No plano estatístico, as evidências da relação entre o psicológico e o físico sempre foram elusivas. Não são mais. Dois estudos publicados neste ano, um no Jornal da Associação Médica Americana(Jama) e outro no Archives of Internal Medicine, atestam a conexão. No primeiro deles, realizado com quase 1 000 pacientes, entre 35 e 59 anos. vítimas de infarto que exerciam funções com grande demanda emocional mostraram-se duas vezes mais predispostas a sofrer um novo evento cardíaco. No segundo estudo, o professor de psicologia Sheldon Cohen, da Universidade Carnegie Mellon, analisou 319 artigos médicos que relacionavam emoções intensas com falhas do sistema imunológico.

    Ele concluiu que tais emoções podem acelerar a progressão até mesmo de males associados à aids. Há também uma pesquisa notável, levada a cabo por médicos ingleses do London College. Depois de acompanharem 9 000 pessoas durante doze anos, eles descobriram que os que tinham relacionamentos íntimos marcados por brigas e conflitos sofriam 34% mais risco de apresentar um distúrbio cardiovascular.

    Não se pode incorrer no simplismo de afirmar, como fazem alguns psicólogos, que toda e qualquer doença tem origem nos sentimentos. "Mas é provável que, por determinação genética, haja pessoas mais propensas a ficar doentes por causa de emoções excessivas", diz o psiquiatra Mario Alfredo De Marco, da Universidade Federal de São Paulo. A mesma situação pode ser mais desgastante para uma pessoa e menos para outra, não apenas pelo perfil psicológico de cada uma, mas por efeito de uma tendência genética para reações hormonais mais ou menos fortes. Fatores culturais também são relevantes. Um levantamento aponta que os brasileiros estão entre os campeões de somatização (Leia no texto abaixo - Mapa da Somatização). "Comportamentos histriônicos ou contidos demais podem resultar no aparecimento de afecções", diz o psiquiatra Bombana.

    Estudos mostram que um bom suuporte afetivo e determinados tipos de terapia psicológica são capazes de melhorar a resposta imunológica até mesmo em pacientes de câncer. Uma das linhas de pesquisa mais avançadas nessa área é a da professora americana Les1ey Allen. Ela defende a terapia cognitivo-comportamental, associada a técnicas de relaxamento, exercícios moderados e uso de antídepressivos, para diminuir a severidade dos sintomas entre os somatizadores. Os antidepressivos, aliás, têm fornecido resultados surpreendentes. Pacientes tratados com esses remédios apresentaram uma redução considerável nas idas ao médico, especialmente aqueles que sofriam da síndrome da fadiga crônica, distúrbio recorrente entre os somatízadores. Outra linha de pesquisa também começa a esboçar-se. No início de novembro passado, a equipe do pesquisador Hiitoshi Sakano, da Universidade de Tóquio, criou em laboratório ratos que não têm medo de gatos.


     Por meio de alterações genéticas, os cientistas conseguiram remover determinadas células do sistema olfativo dos roedores, responsáveis por detectar a presença de ameaças. Ao terem esse grupo de células desligado, as cobaias aproximaram-se de um gato sem manifessar pavor. Essa xperiêncía representa um avanço na direção de remédios próprios para o controle de emoções que podem causar problemas físicos.

    Não se trata, é claro, de demonizar o lado sentimental. De sugerir que todos sejamos robôs gélidos. Tanto os sentimentos bons quanto os ruins foram - e são - fundamentais para a preservação da espécie, como demonstrou o naturalista inglês Charles Darwin. o primeiro a estudar de forma abrangente a influência das emoções instintivas no proceso evolutivo. Se elas nos trouxeram até aqui, compreendê-las pode nos levar ainda mais longe do ponto de vista da saúde física. Na falta da pílula mágica que tudo amenize ou controle(e com a qual sonhava até mesmo Sigmund Freud, o pai da psicanálise), cabe a todos nós tentar evitar que sejamos possuídos por sentimentos que redundem em sofrimento físico. Expressá-los sem medo é uma boa medida. Dito assim, parece simples. Não é. Até mesmo os pacientes mais articulados encontram dificuldades ao traduzir seus sentimentos em palavras. O escritor americano William Styron, um dos que melhor expressaram a tristeza e a melancolia, descreveu sua dor psíquica constante como "algo tão misteriosamente doloroso que não é possível nem por meio da mediação intelectual chegar perto de uma descrição". Sim, as palavras nem sempre alcança a alma.

  • O preço da pressão ... e a sua repercussão no organismo

    As emoções podem traduzir-se em respostas somáticas no eixo hipotálano-hipófise-supra-renal. Quando isso acontece, altera-se a sintonia entre o cérebro e os sistemas encdócrino e imunológico, o que leva ao desencadeamento de uma série de problemas.

    Hipotálamo: estrutura do sistema líbico, a sede cerebral das emoções, o hipotálamo deflagra as reações físicas aos desgastes emocionais.
    Hipófise: controlada pelo hipotálamo, a hipófise é uma glândula localizada na base do cérebro. Ela comanda o trabalho da maioria das outras glândulas endócrinas.
    Supra-renais: situadas acima dos rins, essas glândulas são encarregadas de fabricar os hormônios relacionados aos stress - adrenalina, noradrenalina e cortisol.

    . distúrbios cardiovasculares: infarto, derrame, hipertensão, arritmias. Explicação: situações de pressão emocional estimulam a liberação dos hormônios adrenalina, noradrenalina e cortisol, entre outros. Com isso, o coração bate mais rápido, a pressão arterial sobe e as taxas de colesterol aumentam. Um estudo com pacientes de hipertensão mostrou que 80% deles associaram a crise de pressão alta a um evento de desgaste emocional.

    . dores crônicas: dor nas costas, cefaléias, dor pré-mestrual, fibromialgia, síndrome da fadiga crônica. Explicação: a descarga de adrenalina e cortisol na corente sanguínea reduz a produção de endorfina e serotonina, substâncias associadas ao alívio da dor e à sensação de bem-estar, respectivamente. Vários estudos já mostraram que um evento emocionalmente desgastante pode aumentar a sensação dolorosa em até 20%.

    . afecções dermatológicas: hiperidrose, prurido, dermatite, queda de cabelo, psoríase, herpes, vitiligo. Explicação: é bastante comum sentir na pele as aflições psíquicas. Isso porque a pele é um órgão repleto de terminações nervosas, o que a torna muito sensível às alterações da química cerebral. Pessoas ansiosas, depressivas e estressadas tendem a desenvolver ou piorar problemas como dermatite, acne, psoríase e queda de cabelo.

    . doenças endócrinas: diabetes tipo 2, hiper ou hipotireoidismo e hipoglicemia. Explicação: como o hipotálamo modula também as defesas do organismo, um problema de ordem emocional pode desencadear um ataque do sistema imunológico à tireóide e ao pâncreas, o órgão produtor de insulina. A descarga hormonal desregula a liberação de glicose na corrente sanguínea, o que leva ao diabetes ou à hipoglicemia.

    . problemas gastrointestinais: distúrbios esofágicos, dispepsia, diverticulite, diarréia, constipação, gastrite, úlcera gástrica, síndrome do intestino irritável, retocolite ulcertativa. Explicação: Em resposta à pressão emocional, o organismo aumenta a produção de substâncias tóxicas ao estômago e aos intestinos. Em 75% dos casos, a colite ulcerativa é psicossomática. O desequilíbrio na produção de noradrenalina e cortisol aumenta ou reduz, ainda, os movimentos intestinais, agravando alguns distúrbios, como a diverticulose.

    . asma, hiperventilação, rinite alérgica: Explicação: problemas de ordem emocional podem desequilibrar a produçâo das substâncias envolvidas na dilatação dos bronquios, agravando os sintomas da asma. Pode ocorrer ainda uma resposta desmedida do sistema imunológico a determinados alérgenos, como a poeira, deflagrando uma crise alérgica.

    . distúrbios imunológicos: lúpus, artrite reumatóide, depressão imune inespecífica. Explicação: a atividade integrada entre o hipotálamo, a hipófise e a glândula supra-renal repercute diretamente no sistema imunológico. Com a falta de sintonia entre esses sistemas, as células de defesa passam a atacar outras células do organismo. (fonte: Geraldo Ballone, psiquiatra).

  • O mapa da somatização

    Um estudo da Oranização Mundial de Saúde(OMS) com quase 26.000 pessoas identificou a prealência do mal em direrentes sociedades. Eis o ranking dos povos que mais somatizam seus problemas: Chile 37%, Brasil 32%, Alemanhã 26%, França 23%, Inglaterra 21%, Holanda 18%, China 18%, EUA 10%, Japão 10%.

    Os latinos costumam manifestar suas aflições emocionais sob a forma de sintomas gastrointestinais - náusea, vômitos, diarréia, intolerância alimentar, gastríte e úlcera.

    Os anglo-saxões resistem a procurar ajuda para suas aflições emocionais. Os americanos, por exemplo, só costumam dar atenção aos sintomas psicossomáticos quando há comprometimento de alguma função orgânica.

    As culturas orientais incentivam o equilíbrio entre o corpo e o meio ambiente. Japoneses e chineses são estimulados, desde crianças, a reconhecer as respostas do orgianísmo a um desequilíbrio de origem externa.

  • Avalie se você tem um perfil psicossomático

    O questionário abaixo foi elaborado a pedido de VEJA pela psicóloga Marilda Lipp, do Centro Psicológico de Controle do Stress. Responda às perguntas e verifique se o seu modo de sentir e agir é o de uma pessoa suscetível à somatização. Lembre-se de que o diagnóstico preciso só pode ser feito por um especialista.

    Responda Sim ou Não.
    1 . Às vezes choro sem conseguir entender exatamente o porquê
    2 . Consigo disfarçar muito bem quando estou com raiva
    3 . É fácíl para os outros perceberem estou feliz
    4 . Ás vezes me pego sonhando acordado(a)
    5 . Não tenho dificuldade para nomear aquilo que sinto
    6 . É bom "fantasiar" um pouco sobre as coisas
    7 . Gosto de conversas objetivas e diretas
    8 . Freqüentemente, fico confuso(a) sobre qual emoção estou sentindo
    9 . As pessoas mais próximas de mim têm dificuldade de entender como me sinto
    10 . A raiva é o sentimento mais freqüente em minha vida
    11 . Acho que é uma perda de tempo ficar me perguntando sobre o porquê das coisas
    12 . Quase não sonho quando durmo

    A) Se você respondeu "sim" às perguntas 1,2,7,8,9, 10,11 e 12, some 1 ponto para cada questão.
    B) Se você respondeu "sim" às perguntas 3, 4,5 e 6, some 1 ponto para cada questão.
    Em seguida, faça a subtração A - B

    Se o resultado dessa subtração for:
    Até 3: seu perfil não se parece com o de pessoas que sofrem de doenças psicossomáticas. Você provavelmente é o tipo de pessoa que está em sintonia com suas emoções.
    De 4 a 5: você tem alguma dificuldade de identificar ou nomear as suas emoções. Isso pode resultar em algumas manifestações físicas. Aprender a identificar e dar vazão ao que sente o ajudará a não sofrer desconforto físico diante de problemas que são, na verdade, mais de origem psicológica do que biológica.
    6 ou mais: ao que tudo indica, você tem muita dificuldade para entender o que se passa em seu íntimo, de nomear suas emoções e de admitir o que sente. Seu corpo provavelmente mostra sinais de desgaste diante de tanta emoção reprimida. Recomenda-se procurar ajuda especializada.

  • Por uma vida mais serena

    As alternativas que comprovadamente ajudam a amenizar os sintomas da somatização, ao aliviar o sofrimento emocional.

    Meditação: acredita-se que a meditação modula a resposta do sistema nervoso ao stress. Consegue-se isso por meio do controle da ansiedade. O estudo mais recente nesse campo submeteu pacientes cardíacos à meditação e comprovou que eles tiveram uma redução da pressão arterial.

    Terapias Cognitivo-Comportamentais: o objetivo do método é fazer o paciente aprender a controlar os sintomas. Ou seja, ensiná-lo a evitar a cadeia de reações emocionais que leva o corpo a responder com sinais físicos. Também chamado de terapia breve, é especialmente eficaz para aplacar sintomas clássicos, como taquicardia, tontura e falta de ar.

    Psicanálise: ainda que nunca tenha criado uma teoria psicossomática, Sigund Freud, o pai da psicanálise, foi um dos seus mais importantes precursores. Ao iniciar a prática clínica, Freud percebeu que as manifestações da histeria correspondiam a uma anatomia imaginária. Ao contrário das outras duas técnicas, a psicanálise age na raiz do problema. Nesse caso, faz toda a diferença saber se os sintomas de uma somatização são fruto da história pessoal do paciente. É uma abordagem profunda e complexa, que demanda tempo e disposição para que o paciente se aventure no autoconhecimento. Os resultados desse tipo de terapia para a melhora da saúde, embora mais demorados, já foram provados cientificamente.

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