BRASÃO DO PRÍNCIPE DA ESPADA
Neste Brasão vemos, inicialmente, o TRIÂNGULO EQUILÁTERO (Veja Abaixo) em forma de chama. O triângulo expressa a Grande Fraternidade Branca e a Mônada Divina. O triângulo em forma de chama expressa Os Senhores da Chama, os (Sete) Kumaras, dos Quais o Príncipe da Espada é o Sexto.
No centro vemos o círculo, que expressa, ao mesmo tempo, o OROBOROS (Veja Abaixo) e o símbolo do planeta Mercúrio (quando observado conjugado à empunhadeira da espada).
Ladeando Mercúrio, vemos os símbolos de Marte e Vênus. Estes três planetas estão representados na Terra, através de Suas respectivas Hierarquias, as Quais são responsáveis pela evolução da vida-consciência deste Orbe.
Na parte superior do triângulo vêem-se os signos de Áries e Gêmeos, respectivos aos signos natalícios do Príncipe da Espada e da Sua Contraparte Adriana, sendo que Áries é regido por Marte e Mercúrio; Gêmeos regido por Mercúrio e Vênus. A união de Áries e Gêmeos, na Direção de uma Grande Obra Divina, produz profundos resultados esotéricos evolutivos, para toda a Humanidade.
Circunscrito pelo OROBOROS (Veja Abaixo), vemos outro TRIÂNGULO EQUILÁTERO, contendo o HEXAGRAMA (Veja Abaixo - símbolo do Sexto Senhor) e o PENTAGRAMA (Veja Abaixo - símbolo do Quinto Senhor), coligados, em seu ápice, pela base de um terceiro TRIÂNGULO EQUILÁTERO, o qual, por sua vez, contém em seu interior, o símbolo da Palavra Sagrada (O Verbo Creador), encimado pelo Olho Sem Pálpebras (símbolo do Supremo Arquiteto, a Divindade). A coligação entre o HEXAGRAMA (Veja Abaixo) e o PENTAGRAMA (Veja Abaixo), feita pela base do triângulo, significa a Perfeita União das Coortes do Sexto e Quinto Senhores na Obra do "Grande Triângulo" (Grande Fraternidade Branca), O Qual é a Expressão da Manifestação (Verbo Creador = OM – Veja Abaixo) da Vontade do Logos Universal (Supremo Arquiteto = Olho Sem Pálpebras).
Ainda podemos ver, ladeando o segundo triângulo (circunscrito pelo OROBOROS), as quatro letras do idioma Devanagari, que simbolizam o acróstico IBEZ (Grande Loja da Grande Fraternidade Branca), que está Representando a União das Coortes do Sexto e Quinto Senhores na face da Terra e Que está propiciando, à Humanidade, a Manifestação Física destes Dois Excelsos Senhores (O Príncipe da Espada, Sexto Senhor e o Avatara Maitreya, Quinto Senhor). A Espada verticalizada expressa o Poder do Primeiro Raio, a Lei Cósmica manifestada na Terra, através do Grande Juiz da Espada e da Balança, o Senhor Melki-Tsedek. A cor do Brasão (vermelho-rubi) representa o Raio de Marte (Sexto Raio), do qual o Senhor Melki-Tsedek É a Expressão.
O OUROBOROS tem um significado mais profundo. "Essa serpente, algumas vezes chamada Ouroboros, é um símbolo do Tempo, do qual só a Sabedoria emerge. A serpente envolve os dois símbolos dos extremos da vida criada - a criança e o símbolo da morte da caveira. Entre eles, a criança e a caveira simbolizam o 'início e depois o fim'. Como um todo, o emblema pode ser interpretado como se significasse, 'No final, é meu início', ou 'O Fim é encontrado no Início', o que é aproximadamente o significado da frase em latim que aparece em volta do círculo." [Magic Symbols, ibidem]. Essas duas frases estão falando sobre a crença pagã na Reencarnação.
HEXAGRAMA
ou
ou
|
Este hexagrama de dois triângulos entrelaçados simboliza a alma humana, sendo utilizado por magos cerimoniais para encantamentos, conjurações de espíritos, sabedoria, purificação e reforço dos poderes psíquicos.
Simboliza os processos de involução e evolução. Com efeito; o triângulo que aponta para baixo, apresenta a involução da energia divina que desce às formas mais boçais, ao passo que o triângulo voltado para cima indica a ascensão dos seres quer entendem a se divinizar cada vez mais.
É símbolo usado como amuleto para dar sorte; representa o casamento perfeito entre masculino e feminino, compreensão entre sexos.
Desde que o Povo de o ETERNO foi comandado por Davi, a estrela passou a ser usada como representante destes... A origem vem das letras do Aramaico que eram usadas para escrever Davi e sobrepostas tem o aspecto de uma estrela... No entanto, deve ser formada por dois triângulos SOBREPOSTOS e jamais ENTRELAÇADOS!
BRASÃO DO QUINTO SENHOR
O Símbolo, representado por um círculo, tendo em seu interior um triângulo equilátero e, no interior deste, uma cruz grega com uma safira ao centro, é o Brasão do Excelso Quinto Senhor ou Senhor SALO, o atual Senhor do Mundo e Hierofante Perpétuo do Templo de IBEZ, em Letha, Roncador.
O círculo com a safira ao centro, expressa o 1º Raio, a Vontade e Poder.
O TRIÂNGULO EQÜILÁTERO –
- expressa o 3º Raio, a Inteligência Luminosa.
A cruz grega expressa o 2º Raio, o Amor/Sabedoria.
A safira é a mais sagrada de todas as gemas, pois expressa a Hierarquia dos Kumaras na Terra, sendo a sua coloração azul-índigo, a cor expressiva do Segundo-Raio, o Amor/Sabedoria. Esta pedra está relacionada a Vênus e Mercúrio. O trono do Senhor do Mundo é todo de safira, expressando as Duas Grandes Hierarquias, de Vênus e de Mercúrio, que atuam na Terra, em prol de sua evolução.
Este Brasão do Excelso Senhor SALO, é adotado como o Brasão da LOJA SOLAR DE IBEZ, de Letha, no Roncador, e, também, pela LOJA SOLAR DE IBEZ - Núcleo de Teurgia Roncador de Belo Horizonte, Sua Representação Oficial na face da Terra.
sIMBOLOGIA DA BANDEIRA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
A bandeira surgiu numa época em que a MAÇONARIA estava atuando fortemente em Minas Gerais.
TRIÂNGULO: Símbolo Maçônico, significa a trindade ou os três Aspectos do Logos (a Palavra).
A COR VERMELHA: Simboliza a Energia de Marte (Sexto Senhor, Senhor de Marte ou Melki-Tsedek).
7 G
Netsah - Glaudius
O setenário é o número sagrado em todas as teogonias e em todos os símbolos, porque é composto do ternário e do quaternário. O número sete representa o poder mágico em toda a sua força; é o espírito protegido por tidas as potências elementares; é a alma servida pela natureza; é o sanctum regnum de que falam as Clavículas de Salomão, e que é representado, no Tarô, por um guerreiro coroado, trazendo um triângulo na sua couraça, e de pé, em cima de um cubo, ao qual estão atreladas duas esfinges, uma branca e outra preta, que puxam em sentido contrário e voltam a cabeça, olhando uma à outra. Este guerreiro está armado com uma espada flamejante, e tem, na outra mão, um cetro rematado por um triângulo e uma bola.
O cubo é a pedra filosofal. As esfinges são as duas forças do grande agente, correspondentes a Jakin e Bohas, que são as duas colunas do templo; a couraça é a ciência das coisas divinas, que faz o sábio invulnerável aos golpes humanos; o cetro é a baqueta mágica; a espada flamejante é o sinal da vitória sobre os vícios, que são em número de sete, como as virtudes; as idéias dessas virtudes e desses vícios eram figuradas, pelos antigos, pelos símbolos dos sete planetas então conhecidos.
Assim, a fé, esta aspiração ao infinito, esta nobre confiança em si mesmo, sustentada pela crença em todas as virtudes, a fé, que, nas naturezas fracas, pode degenerar em orgulho, era representada pelo Sol; a esperança, inimiga da avareza, pela Lua; caridade, oposta à luxúria, por Vênus, a brilhante estrela da manhã e da tarde; a força, superior à cólera, por Marte; a prudência, oposta à preguiça, por Mercúrio; a temperança, oposta à gula, por Saturno, a quem se dá uma pedra para comer ao invés de seus filhos; e a justiça, enfim, oposta à inveja, por Júpiter, vencedor dos Titãs. Tais são os símbolos que a astrologia tira do culto helênico. Na Cabala dos Hebreus, o Sol representa o anjo de luz; a Lua, o anjo das aspirações e dos sonhos; Marte, o anjo exterminador; Vênus, o anjo dos amores; Mercúrio, o anjo civilizador; Júpiter, o anjo do poder; Saturno, o anjo das solidões. Chamam -nos também: Mikael, Gabriel, Samael, Anael, Rafael, Zacariel e Orifiel. Estas potências dominadoras das almas partilham a vida humana por períodos, que os astrólogos mediam sobre as revoluções dos planetas correspondentes.
Porém, não se deve confundir a astrologia cabalística com a astrologia judiciária. Explicaremos esta distinção. A infância é votada ao Sol, a adolescência à Lua, a juventude a Marte e Vênus, a virilidade a Mercúrio, a idade madura a Júpiter e a velhice a Saturno. Ora, a humanidade inteira vive sob leis de desenvolvimento análogas às da vida individual. É sobre esta base que Trithemo estabelece a sua clavícula profética dos sete espíritos de que falamos alhures, e por meio da qual se pode, seguindo as proporções analógicas dos acontecimentos sucessivos, predizer com certeza os grandes acontecimentos futuros, e fixar adiantadamente, de período em período, os destinos dos povos e do mundo.
São João, depositário da doutrina secreta do Cristo, consignou esta doutrina no livro cabalístico do Apocalipse, que ele representa fechado com sete selos. Acham - se aí os sete gênios das mitologias antigas, com as copas e espadas do Tarô. O dogma escondido sob estes emblemas é a pura Cabala, já perdida pelos fariseus, na época da volta do Salvador; os quadros que se sucedem nesta maravilhosa epopéia profética são tantos pantáculos que o ternário, o quaternário, o setenário e o duodenário são as chaves. As suas figuras hieroglíficas são análogas às do livro de Hermes ou da Gênese de Enoque, para nos servir de arriscado título que exprime somente a opinião pessoal do sábio Guilherme Postello.
Netsah - Glaudius
O setenário é o número sagrado em todas as teogonias e em todos os símbolos, porque é composto do ternário e do quaternário. O número sete representa o poder mágico em toda a sua força; é o espírito protegido por tidas as potências elementares; é a alma servida pela natureza; é o sanctum regnum de que falam as Clavículas de Salomão, e que é representado, no Tarô, por um guerreiro coroado, trazendo um triângulo na sua couraça, e de pé, em cima de um cubo, ao qual estão atreladas duas esfinges, uma branca e outra preta, que puxam em sentido contrário e voltam a cabeça, olhando uma à outra. Este guerreiro está armado com uma espada flamejante, e tem, na outra mão, um cetro rematado por um triângulo e uma bola.
O cubo é a pedra filosofal. As esfinges são as duas forças do grande agente, correspondentes a Jakin e Bohas, que são as duas colunas do templo; a couraça é a ciência das coisas divinas, que faz o sábio invulnerável aos golpes humanos; o cetro é a baqueta mágica; a espada flamejante é o sinal da vitória sobre os vícios, que são em número de sete, como as virtudes; as idéias dessas virtudes e desses vícios eram figuradas, pelos antigos, pelos símbolos dos sete planetas então conhecidos.
Assim, a fé, esta aspiração ao infinito, esta nobre confiança em si mesmo, sustentada pela crença em todas as virtudes, a fé, que, nas naturezas fracas, pode degenerar em orgulho, era representada pelo Sol; a esperança, inimiga da avareza, pela Lua; caridade, oposta à luxúria, por Vênus, a brilhante estrela da manhã e da tarde; a força, superior à cólera, por Marte; a prudência, oposta à preguiça, por Mercúrio; a temperança, oposta à gula, por Saturno, a quem se dá uma pedra para comer ao invés de seus filhos; e a justiça, enfim, oposta à inveja, por Júpiter, vencedor dos Titãs. Tais são os símbolos que a astrologia tira do culto helênico. Na Cabala dos Hebreus, o Sol representa o anjo de luz; a Lua, o anjo das aspirações e dos sonhos; Marte, o anjo exterminador; Vênus, o anjo dos amores; Mercúrio, o anjo civilizador; Júpiter, o anjo do poder; Saturno, o anjo das solidões. Chamam -nos também: Mikael, Gabriel, Samael, Anael, Rafael, Zacariel e Orifiel. Estas potências dominadoras das almas partilham a vida humana por períodos, que os astrólogos mediam sobre as revoluções dos planetas correspondentes.
Porém, não se deve confundir a astrologia cabalística com a astrologia judiciária. Explicaremos esta distinção. A infância é votada ao Sol, a adolescência à Lua, a juventude a Marte e Vênus, a virilidade a Mercúrio, a idade madura a Júpiter e a velhice a Saturno. Ora, a humanidade inteira vive sob leis de desenvolvimento análogas às da vida individual. É sobre esta base que Trithemo estabelece a sua clavícula profética dos sete espíritos de que falamos alhures, e por meio da qual se pode, seguindo as proporções analógicas dos acontecimentos sucessivos, predizer com certeza os grandes acontecimentos futuros, e fixar adiantadamente, de período em período, os destinos dos povos e do mundo.
São João, depositário da doutrina secreta do Cristo, consignou esta doutrina no livro cabalístico do Apocalipse, que ele representa fechado com sete selos. Acham - se aí os sete gênios das mitologias antigas, com as copas e espadas do Tarô. O dogma escondido sob estes emblemas é a pura Cabala, já perdida pelos fariseus, na época da volta do Salvador; os quadros que se sucedem nesta maravilhosa epopéia profética são tantos pantáculos que o ternário, o quaternário, o setenário e o duodenário são as chaves. As suas figuras hieroglíficas são análogas às do livro de Hermes ou da Gênese de Enoque, para nos servir de arriscado título que exprime somente a opinião pessoal do sábio Guilherme Postello.
O querubim ou touro simbólico que Moisés coloca à porta do mundo edênico, e que tem na mão uma espada flamejante, é uma esfinge, tendo um corpo de touro e uma cabeça humana; é a antiga esfinge assíria, de que o combate e a vitória de Mitra eram a análise hieroglífica. Esta esfinge armada representa a lei do mistério que vigia à porta da iniciação para desviar dela os profanos. Voltaire, que nada sabia de tudo isso, riu muito de ver um boi armado de espada. Que teria ele dito se tivesse visitado as ruínas de Mênfis e Tebas, e que teria a responder aos seus insignificantes sarcasmos, tão apreciados em França, este eco dos séculos, que dorme nos sepulcros de Psammético e Ramsés?
O querubim de Moisés representa também o grande mistério mágico, de que o setenário exprime todos os elementos, sem, todavia, dar a sua última palavra. Este verbum inenarrabile dos sábios da escola de Alexandria, esta palavra que os cabalistas hebreus escrevem traduzem por , exprimindo, assim, a triplicidade do princípio secundário, o dualismo dos meios e a unidade tanto do primeiro princípio como do fim, depois também a aliança do ternário com o quaternário numa palavra composta de quatro letras, que formam sete, por meio de uma tríplice e uma dupla repetição; esta palavra se pronuncia Ararita.
A virtude do setenário é absoluta em magia, porque o número é decisivo em todas as coisas; por isso, as religiões o consagraram nos seus ritos. O sétimo ano, entre os Judeus, era jubilar; o sétimo dia é consagrado ao repouso e à prece, há sete sacramentos, etc.
As sete cores do prisma, as sete notas da música, correspondem também aos sete planetas dos antigos, isto é, às sete cordas da lira humana. O céu espiritual nunca mudou, e a astrologia ficou mais invariável que a astronomia. Os sete planetas, com efeito, não são mais do que símbolos hieroglíficos dos laços de nossas afeições. Fazer talismãs do Sol, da Lua ou de Saturno, é prender magneticamente a vontade a signos que correspondem aos principais poderes da alma; consagrar alguma coisa a Vênus ou a Mercúrio é magnetizar esta coisa numa intenção direta, quer de prazer, quer de ciência ou proveito. Os metais, animais, plantas ou perfumes análogos são, nisso, nossos auxiliares. Os animais mágicos são: entre os pássaros, correspondentes ao mundo divino, o cisne, a coruja, o gavião, a pomba, a cegonha, a águia e a poupa; entre os peixes, correspondentes ao mundo espiritual ou científico, a foca, o celerus, o lúcio, o timalo, o mugem, o delfim, e a siba; entre os quadrúpedes, correspondentes ao mundo natural, o leão, o gato, o lobo, o bode, o macaco, o veado e a toupeira. O sangue, a gordura, o fígado e o fel destes animais servem para os encantamentos; o seu cérebro se combina com os perfumes dos planetas, e é reconhecido, pela prática dos antigos, que possuem virtudes magnéticas correspondentes às sete influências planetárias.
Os talismãs dos sete espíritos se fazem, quer em pedras preciosas, tais como o carbúnculo, o cristal, o diamante, a esmeralda, a ágata, a safira e o ônix, quer nos metais, como o ouro, a prata, o ferro, o cobre, o mercúrio fixo, o estanho e o chumbo. Os símbolos cabalísticos dos sete espíritos são: para o Sol, uma serpente, com cabeça do leão; para a Lua, um globo ocupado por dois crescentes; para Marte, um dragão mordendo o cabo de uma espada; para Vênus, um lingam; para Mercúrio, o caduceu hermético e o cinocéfalo; para Júpiter, o pentagrama flamejante nas garras ou no bico de uma águia; para Saturno, um velho coxo uma serpente enlaçada ao redor da pedra helíaca. Todos estes signos se acham nas pedras gravadas dos antigos, e particularmente nos talismãs das épocas gnósticas, conhecidos sob o nome de Abraxas. Na coleção dos talismãs de Paracelso, Júpiter é representado por um padre com hábito eclesiástico, e no Tarô é figurado por um grande hierofante vestido com a tiara de três diamantes, tendo na mão a cruz de três braços, formando o triângulo mágico e representando, ao mesmo tempo, o cetro e a chave dos três mundos.
Resumindo tudo o que dissemos da união do ternário e do quaternário, teremos tudo o que nos restaria a dizer do setenário, esta grande e completa unidade mágica, composta de 4 e 3.
O querubim de Moisés representa também o grande mistério mágico, de que o setenário exprime todos os elementos, sem, todavia, dar a sua última palavra. Este verbum inenarrabile dos sábios da escola de Alexandria, esta palavra que os cabalistas hebreus escrevem traduzem por , exprimindo, assim, a triplicidade do princípio secundário, o dualismo dos meios e a unidade tanto do primeiro princípio como do fim, depois também a aliança do ternário com o quaternário numa palavra composta de quatro letras, que formam sete, por meio de uma tríplice e uma dupla repetição; esta palavra se pronuncia Ararita.
A virtude do setenário é absoluta em magia, porque o número é decisivo em todas as coisas; por isso, as religiões o consagraram nos seus ritos. O sétimo ano, entre os Judeus, era jubilar; o sétimo dia é consagrado ao repouso e à prece, há sete sacramentos, etc.
As sete cores do prisma, as sete notas da música, correspondem também aos sete planetas dos antigos, isto é, às sete cordas da lira humana. O céu espiritual nunca mudou, e a astrologia ficou mais invariável que a astronomia. Os sete planetas, com efeito, não são mais do que símbolos hieroglíficos dos laços de nossas afeições. Fazer talismãs do Sol, da Lua ou de Saturno, é prender magneticamente a vontade a signos que correspondem aos principais poderes da alma; consagrar alguma coisa a Vênus ou a Mercúrio é magnetizar esta coisa numa intenção direta, quer de prazer, quer de ciência ou proveito. Os metais, animais, plantas ou perfumes análogos são, nisso, nossos auxiliares. Os animais mágicos são: entre os pássaros, correspondentes ao mundo divino, o cisne, a coruja, o gavião, a pomba, a cegonha, a águia e a poupa; entre os peixes, correspondentes ao mundo espiritual ou científico, a foca, o celerus, o lúcio, o timalo, o mugem, o delfim, e a siba; entre os quadrúpedes, correspondentes ao mundo natural, o leão, o gato, o lobo, o bode, o macaco, o veado e a toupeira. O sangue, a gordura, o fígado e o fel destes animais servem para os encantamentos; o seu cérebro se combina com os perfumes dos planetas, e é reconhecido, pela prática dos antigos, que possuem virtudes magnéticas correspondentes às sete influências planetárias.
Os talismãs dos sete espíritos se fazem, quer em pedras preciosas, tais como o carbúnculo, o cristal, o diamante, a esmeralda, a ágata, a safira e o ônix, quer nos metais, como o ouro, a prata, o ferro, o cobre, o mercúrio fixo, o estanho e o chumbo. Os símbolos cabalísticos dos sete espíritos são: para o Sol, uma serpente, com cabeça do leão; para a Lua, um globo ocupado por dois crescentes; para Marte, um dragão mordendo o cabo de uma espada; para Vênus, um lingam; para Mercúrio, o caduceu hermético e o cinocéfalo; para Júpiter, o pentagrama flamejante nas garras ou no bico de uma águia; para Saturno, um velho coxo uma serpente enlaçada ao redor da pedra helíaca. Todos estes signos se acham nas pedras gravadas dos antigos, e particularmente nos talismãs das épocas gnósticas, conhecidos sob o nome de Abraxas. Na coleção dos talismãs de Paracelso, Júpiter é representado por um padre com hábito eclesiástico, e no Tarô é figurado por um grande hierofante vestido com a tiara de três diamantes, tendo na mão a cruz de três braços, formando o triângulo mágico e representando, ao mesmo tempo, o cetro e a chave dos três mundos.
Resumindo tudo o que dissemos da união do ternário e do quaternário, teremos tudo o que nos restaria a dizer do setenário, esta grande e completa unidade mágica, composta de 4 e 3.