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Atualmente vivemos uma corrente cientifica que busca a compreensão da natureza fundamental da matéria, estudada a partir do ponto de vista das substancias (partícula, átomo e quantum). Por outro lado, uma outra corrente que busca esta compreensão através do estudo da organização de suas formas ou ondas. O mundo dos fenômenos o que percebemos, são formados por estruturas geométricas de formas e proporções, daí fazer sentido as antigas civilizações utilizarem metáforas geométricas e musicais para demonstrar aos conhecedores desta linguagem universal, hoje utilizada por nossa ciência, a transmissão de seus conhecimentos universais, que são a mesma base utilizada hoje por todos nós.
“ As ondas entrelaçadas da matéria estão separadas por intervalos como ocorre na ciência da harmonia musical, segundo estes termos, praticamente idêntica à ciência da simetria dos cristais “ (Amstutz)
Nossa ciência moderna referente a campos de força e da mecânica das ondas, seria a antiga visão geométrica-hamônica da ordem universal com esquemas de ondas entrelaçadas. Bertrand Russel utilizava a musica e a geometria para realizar o que chamamos hoje de matemática pitagórica e teoria numérica, para explicar que as diferentes qualidades da matéria, são na realidade diferenças na sua freqüência, o que ele chamava de periodicidade. Na biologia fica evidente dentro das formas e proporções, a cada minuto, ano após ano, eon depois de eon, cada átomo, cada molécula serão substituídos entre 5 à 7 anos, constituindo um novo corpo. Perante tal mudança realiza a nova verdade de Constancia e estabilidade.
O DNA em referência ao nosso código genético, nosso veiculo de continuidade, não possui simplesmente em seus átomos seus segredos (Carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio) mais sim dentro de sua forma continua helicoidal, que é a responsável pelo poder reprodutor do DNA, a hélice que é um grupo de espirais regulares, através de uma serie de proporções geométricas fixas, são formados. Tais proporções não necessitam da existência de nenhum equivalente material, como relações geométricas abstratas. A arquitetura corporal, é realizada por um mundo invisível e imaterial de formas puras e geométricas. A biologia reconhecendo a importância da forma e da concatenação entre as poucas substancias que compõem um corpo físico, em relação a suas moléculas, como podemos verificar através do processo de fotossíntese, a clorofila enquanto molécula, (carbono, hidrogênio, nitrogênio, magnésio) em sua disposição encontrasse com 12 arestas, em 12 partes, simétricas em sua estrutura, com esta formação em particular e possível transformar a energia das radiações de luz em substancias vivas.
O pensamento mitológico em referencia ao 12 e bastante extensa e se diferenciando com a época e cultura predominante, porém uma das representações seria a mãe universal da vida, tal simbolismo manifestado a nível molecular, a doação da vida, simbolicamente na geometria abstrata conhecida como rosácea, que transforma a luz num espectro de cores. A Geometria inata da vida se encontra dentro das proporções, posições, de cada molécula, em relação as outras e suas respectivas zonas, criando assim uma imagem final complexa, simétrica e em harmonia com o todo, tornando parte deste mesmo todo que se realiza, sendo suas ações parte desta dinâmica universal. Nossos sentidos funcionam em resposta as diferentes geometrias ou proporções que recebem, quando pegamos uma gota de mel e tocamos com a língua, sentido o seu sabor, respondemos a sua geometria de construção molecular, e não a suas substancias químicas, assim qualquer substancia química combinada com a mesma estrutura geométrica do mel, terá o mesmo sabor e atributos que o mesmo. Assim em referência ao som, podemos “ouvir” , as diferentes freqüências de ondas, proporções e logarítmicas entre as freqüências, que são a base dos espirais geométricos, que constituem a expansão de ondas. Desta forma nossos sentidos são o resultado de diferentes reduções de proporções, de um vasto espectro de freqüências vibratórias, sendo assim um tipo de geometria da percepção sensorial.
A aparente não relação entre os espaços da geometria da percepção, ou mesmo a relação de espaços fisiológicos (audição, olfato), com a métrica pura e abstrata do espaço geométrico, ou mesmo ou diferentes níveis de consciência do espaço psicológico, se mostram como a relação de Mente/Corpo. Nossa consciência consegue perceber tais relações absolutas e permanentes, contidas nas formas geométricas, como também as formas transitórias e mutáveis de nosso mundo “real”. Nossas experiência procede de uma arquitetura geométrica imaterial e abstrata que é composta de ondas harmônicas de energia.
Do ponto de vista da antropologia, matemática e psicologia, o círculo define e conceitua para toda a humanidade idéias temporais e territoriais, e os círculos sobrepostos definem "liberação" de um local fixo e o continuum básico da vida dentro da vida maior. Desde os círculos de pedra até a roda, este símbolo religioso sagrado para muitas culturas antigas, especialmente no Oriente, reflete a natureza contínua da nossa existência. Em 1998, os russos encontraram uma das formas mais antigas de roda, inteiramente móvel, sob um antigo túmulo abobadado ao norte do Cáucaso, considerado por alguns como sendo o do profeta persa Zoroastro, um dos penúltimos ancestrais das tradições do Ocidente.
Esta descoberta vem a tempo para que os engenheiros e representantes de todo o mundo que participarão dos pavilhões da "Expo" de tecnologia de Hanover no ano 2000 celebrem a contribuição da roda para a evolução da civilização ao longo dos séculos. A roda continua a ser um exemplo de um dom a priori extraordinário para gerações ainda por vir, que utilizarão o movimento da roda para avançar mundos futuros na Terra e no espaço. Resquícios de círculos como local de ensinamento, iniciação e contato com mundos superiores podem ser encontrados no legado dos povos primitivos de todas as regiões do mundo, e nas formas mais desenvolvidas eles se encontram nas maiores religiões como uma mandala cósmica. Seja pelo círculo, pelo triângulo ou pelo quadrado, o mistério da geometria sagrada conduz todas as peças e elementos da sociedade a uma herança comum, uma unidade conjunta de criatividade evolutiva presente em todas as filosofias e cosmologias precedentes e subseqüentes.
Noções de geometria sagrada já eram escritas há mais de vinte e cinco séculos, e desde então este tema inesgotável tem sido tratado pelas tradições religiosas de todas as principais culturas da Ásia, Europa, Oriente Médio, África, Américas e Pacífico. No uso hábil da geometria, encontramos sentido não apenas para os números irracionais p, f e e, mas para todas as formas psicológicas que transcendem a estrutura social, como o sinal de uma cruz dentro de um círculo, um símbolo espiritual profundo de irmandade reconhecido pelos coptas cristãos e também pelos sacerdotes zulus. Cristo falou deste mistério quando disse: "A Casa do meu Pai é uma Casa de Muitas Moradas". Na geometria sagrada a vitória superior da consciência é encontrada através do poder do Espírito Divino. O Terceiro Milênio nos dá literalmente "três rodas" para começarmos a promessa de liberdade do dualismo das duas anteriores.
* Rascunho do Pequeno Tratado de Geometria Sagrada Por MP Nuno MNH 2007