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22 de mar. de 2019

Neurociência, ondas cerebrais


Tudo Sobre Neurociências Das Ondas Cerebrais

ISMAEL FONTOURA  PSICOLOGIA


As ondas cerebrais vêm sendo estudadas desde 1930, quando Hans Berger inventou o EEG com o objetivo de monitorar a variação elétrica na superfície do crânio humano (Waechter, 2002). Essa invenção permitiu que uma nova linha de pesquisa surgisse, a analise das ondas cerebrais, chamada de neurofeedback.



As pesquisas em neurofeedback com o auxilio do EEG nomearam as frequências básicas de funcionamento do cérebro: gamma (30-70Hz), beta (13-30Hz), alpha (8-13Hz), theta (4-8Hz) e delta (1-4Hz) (Rechtschaffen, 1968). Cada uma dessas ondas foi correlacionada com estados da consciência humana, como REM, acordado, relaxado, dormindo, entre outros (Siever, 2004).

As oscilações observadas com o uso dos EEG refletem a atividade do córtex, que é uma das partes mais desenvolvidas do cérebro por ser rico em neurônios. Diz-se que sem o córtex não existiriam a razão, emoções e até a memória. Por isso o córtex é responsável por todo o desenvolvimento criativo do cérebro e é como se fosse o processador, se comparado com um computador. A amplitude dessas atividades corticais é observada em intervalos que são por sua vez relacionados com estados de consciência, sendo a amplitude destes diretamente proporcionais ao número de neurônios em atividade no córtex. Para estruturar a teoria do presente trabalho, se faz necessário saber o que são cada uma das ondas cerebrais.

Ondas Gamma

A onda cerebral conhecida como gamma, definida por frequências entre 30Hz e 70Hz, é a de maior onda de frequência. Essa onda é correlacionada ao processamento de estímulos visuais, táteis e auditivos (Keil, 2001), sendo influenciada principalmente pela reação visual. Um desses estudos referencia o uso de luzes piscantes para a indução deste tipo de onda. As ondas gamma estão presentes o tempo todo na mente humana, mesmo quando estamos dormindo. A única ocasião em que não existem ondas gamma é em transe por anestesia. Esse intervalo de frequências tem relação com a velocidade com que podemos nos lembrar de momentos, geralmente lembranças visuais. Quanto maior a frequência gamma, mais rápido é possível lembrar-se de algo que foi esquecido e mais informações podem ser guardadas na memória de curto prazo.

As ondas gammas também tem sido objeto de estudos recentes, com relação a seus efeitos na meditação. Um desses estudos demonstrou que a sensação de amor e gentileza, atingida pelos praticantes de meditação Budista, não passa de um auto-indução de ondas gammas de alta amplitude com perfeita sincronização entre elas. Este estado alcançado pela meditação é expressado como um estado de amor profundo por todos os seres (Lutz, 2004). Na figura 4.1 podemos observar o formato da uma onda gamma.



Ondas Beta

Este estado de consciência, que varia entre as frequências de 13Hz à 30Hz, é conhecido como estado de vigília. Estas frequências, porém, não se apresentam sozinhas, elas geralmente coexistem com outras frequências, principalmente com as ondas gamma.



Geralmente o estado beta é associado a emoções fortes como medo, raiva, ansiedade, alerta, atenção seletiva, concentração e antecipação. Outros estudos mostram que estas ondas estão presentes em grande quantidade quando é necessário desenvolver soluções matemáticas para problemas (Lindsley, 1952). Este tipo de onda raramente se apresenta durante a meditação, porém ocorre geralmente em pessoas muito experientes e durante estados de êxtase. Na figura 4.2 podemos observar o formato da uma onda beta.

Ondas Alpha

Alpha é o estado de consciência mais afetado pela publicidade realizada durante as últimas décadas. Esta onda é definida pelas frequências entre 8 e 13 Hz e ocorre durante a atenção plena e a meditação. Durante este estado, a atividade cortical ocorre em áreas do cérebro que não estão focadas em um estímulo sensorial, ou seja, caso um estímulo visual esteja presente as regiões referentes aos estímulos táteis e sonoros vão sofrer um aumento da atividade alpha. Outro casos de aumento do nível alpha é enquanto ocorre a busca de informações no cérebro, como quando uma pessoa tenta memorizar uma lista de palavras (Ward, 2003). O estado de consciência alpha é geralmente associado a processos imaginativos (Cooper, 2003), estar relaxado e a criatividade, a qual ficaria livre de associações, sendo geralmente em momento no qual o indivíduo está relacionado com o fechamento dos olhos (Worden, 2004). Com certeza as ondas alphas foram as mais estudas, sempre sendo associadas a saúde mental de um indivíduo. Um desses estudos foi realizado com praticantes de Hatha Yoga, um tipo de yoga que alcança as ondas alpha através da concentração em uma única posição corporal por muito tempo. Este método de yoga é um dos tantos que consegue eliminar completamente os estímulos externos, deixando o indivíduo “internalizado” eliminando assim a poluição mental (Prem, 1958). Na figura 4.3 podemos observar o formato da uma onda alpha.

Ondas Theta

As ondas theta referem-se a um estado de baixa consciência. Essas ondas estão entre 4 e 8Hz e sua ocorrência está associada a estados hipnóticos, emoções, durante os sonhos e no sono REM. Estudos mostram que essas ondas estão relacionadas com a memória de curto-prazo. Estes mostram que tais ondas ficam presentes quando o indivíduo está guardando informações, mantendo a “atualização” do cérebro constante (Lisman e Idiart, 1995). Esta hipótese diz que as memórias de um indivíduo são atualizadas pelas ondas theta, porém são “armazenadas” curtamente pelas ondas gamma. É sugerido que um adulto normal consegue guardar por volta de 7 informações na memória de curto prazo, isso porque a cada ciclo gamma (40Hz), cabem aproximadamente 7 ciclos Theta (6Hz) (Miller, 1956). Portanto, durante este estado o desenvolvimento da memória é aumentado e há melhora da memória de longo prazo. Este estado é muito difícil de ser estudado, pois não é possível ter um controle por longo tempo dele sem que as pessoas adormeçam (Siever, 1999). Na figura 4.4 podemos observar o formato da uma onda tetha.

Ondas Delta

Este ritmo é encontrando durante o sono profundo sendo as ondas mais lentas com freqüências entre 1 e 4 Hz. Quando maior a porcentagem de ondas delta no cérebro, mais profundo é o sono. Em estados meditativos praticamente não há ondas delta, apenas em praticantes extremamente experientes, principalmente por ser incrivelmente difícil manter-se consciente estando em delta (Siever, 1999). Na figura 4.5 podemos observar o formato da uma onda delta.
Figura

Ondas Talfa

Este é um novo grupo de ondas alpha e que foi reconhecido apenas nos últimos anos. Este estado é conhecido como Mu ou Talfa estando associado a uma mente saudável quando induzido por vontade própria. Alguns estudos mostram que a atividade Talfa pode ajudar com o stress, raiva e ressentimento por traumas no passado (Siever, 2004). Quando este estado não é induzido propositadamente, é sinal de uma saúde mental pobre. A produção em longo prazo, descontrolada, não intencionalmente de Talfa é encontrada freqüentemente em pessoas que sofrem de desordens de ondas cerebrais lentas, como deficit de atenção, síndrome pré-menstrual, desordem afetiva sazonal, fibromialgia, depressão e síndrome de fadiga crônica (Siever, 1999). Foi observado que as ondas Talfas se apresentam em maior quantidade conforme os indivíduos vão atingindo a maturidade, enquanto a quantidade de ondas theta e delta diminuem. Resumidamente isto significa que conforme ocorre o envelhecimento, a capacidade de focar em coisas em particular aumentam e a distração diminui. Na figura 4.6 podemos observar o formato da uma onda talfa.



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]REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

KOLB. B. et al. Neurociência do Comportamento. Manole, 2002

KEIL, A..Functional correlates of macropic high frequency brain activity in the human visual system. Neuroscience Biobehav. Revista 25

HENRIQUE, L. Potencialização Cerebral, 2006, UFRJ

https://hipnosecomneurociencias.com/neurociencias-das-ondas-cerebrais/

Onda cerebral ou oscilação neuronal é atividade rítmica ou repetitiva no sistema nervoso central. O tecido neuronal pode gerar atividades oscilatórias de diferentes maneiras, cada uma delas é conduzida por mecanismos de neurônios individuais ou por meio da inteiração entre neurônios. Em neurônios individuais, oscilações podem aparecer também como oscilação na membrana potencial ou como padrões rítmicos, os quais produzem ativação oscilatória de neurônios pós-sinápticos. No nível do reagrupamento neuronal, a atividade de sincronização de um largo número de neurônios pode dar lugar a oscilações macroscópicas, que podem ser observadas por meio de eletroencefalograma. A atividade oscilatória em um grupo de neurônios geralmente surge a partir de um feedback de conexões entre os perônios que resultam na sincronização de padrões. Um exemplo conhecido de oscilação neuronal macroscópica é a atividade alpha. A oscilação neuronal foi observada pela primeira vez por pesquisadores em 1924 (por Hans Berger). Mais de 50 anos depois, o comportamento oscilatório intrínseco foi encontrando em neurônios de vertebrados, mas o seu papel funcional ainda não é completamente compreendido.[1]
Ondas cerebrais ocorrem no sistema nervoso central em todos os níveis. Em geral, essas ondas podem ser caracterizadas pela sua frequência, amplitude e fase. As propriedades desses sinais, podem ser obtidas usando Análise tempo-frequência. Em oscilações de larga escala, alterações de amplitude são consideradas resultado de alterações de sincronização nas células do sistema nervoso central, também conhecido como sincronização local. Além desta, atividades oscilatórias envolvendo estruturas neurais distantes (neurônios simples ou estruturas de neurônios), podem entrar em sincronia. Oscilações e sincronizações neurais foram associadas a várias funções cognitivas, tais como: transferência de informação, percepção, controle motor e memória


14 de mar. de 2011

A afetividade é inteligência cósmica. * Saúde!








Observe "sua saúde" e a de pessoas que ama!

 Perante às constantes mudanças pelas quais a saúde no mundo tem passado, é interessante perceber como é importante monitorar o tratamento de crônicos, a medicação, o cuidado com a dieta e a saúde do ser humano, pois  é o que orienta a evolução de nosso planeta.
 Encontramos  entidades, que passaram por diferentes cenários econômicos, políticos, sociais, marcando presença de geração para geração. Viver é um ato de amor, altruísmo e solidariedade. 
A superação das dissociações entre o saber e o viver com saúde, entre instrução e educação, entre o corpo e a alma. 
Vale a recíproca dos seres entre si, uma auto ética  para evoluir . É preciso uma educação emocional porque podemos perder nossa capacidade instintiva de reconhecer a afetividade e suas qualidades em nós. 
O amor  é o nosso principal alimento
A afetividade é a inteligência cósmica.






Este chamado é direcionado a pessoas que não descobrem quais as causas de dores, disfunções e problemas de saúde. Quando passam por tratamentos e não fica muito definido  A CAUSA.


E é sempre em causa própria que devemos ficar em alerta a sintomas que se repetem, fazendo um pequeno diário e buscando ajuda profissional adequada, entre especialidades e também agregadas a buscas de qualidade de vida.






"A saúde é conservada pelo conhecimento e observação do próprio corpo." (Cícero)





O comportamental tem infuenciado muito das chamadas "doenças do século", nelas  a camuflagem dos sintomas, a confusão dos diagnósticos e  ainda a possibilidade  de vários sintomas entre síndromes e transtornos, escondendo uma doença convencional  ou ainda multiplicando os estados de dor...seja aguda, crônica ou mascarada.

Um excelente profissional de saúde sabe diagnosticar em sua especialidade uma  fonte de mal estar, o problema é encontrar a identificação entre o que se reclama e o  que se encontra como resposta, fechando um quadro adequado a cada pessoa.

Isso pode ficar gravemente desencontrado entre informações que  LIMITAM as ações  de cada pessoa em seu estado de dor, muitas vezes migrando a mais sintomas, excluindo alguns ...e de repente já é outro quadro de sáude.

Parentes, amigos e pessoas que vc ama ...muitas vezes são mal compreendidos e chegam  a fazer tratamentos equivocados por não saberem explicar mais de si mesmos, não terem com quem conversar adequadamente sobre sua qualidade de vida.
É muito comum no eixo familiar, o ser ficar entre "reclamações", das quais apenas é recebido em sua constante forma de expressar descontentamento ou mesmo manias.

Mas pode estar escondido em comportamentos e em equívocos sobre o melhor tratamento  a cada caso. Isso persistindo, remédios constantes e uma manutenção dos quadros conhecidos pela pessoa, pode reforçar a solidão, o stress, o medo e a angústia de não  conseguir se comunicar com seus problemas reais.

Muitas doenças são raras mas são bem diagnosticadas na medicina convencional e já possuem protocolo de atendimento médico e hospitalar,  também documentário específico na ciência e  demais formas regulares em regulamentação pela lei, tanto a direitos em laboratórios como na área jurídica e afins.

Mas uma outra série de sintomas não são considerados doenças...
Sequer possuem seus direitos, regras, regulamentações por parte de autoridade, não reconhecendo os processos e   não havendo protocolo de atendimento adequado, viram um "mar revolto de sintomas aleatórios".

Neste caso, somente a pessoa acometida do fato pode quantificar e qualificar sua dor, mesmo que não tenha um nome preciso pra os sintomas. Graças a  net e a estudos em todo o mundo, atualmente é possível pesquisar dados que vão da área leiga ou médica, como também em alternativas e complementares, laboratórios e novas técnicas de procedimentos adotadas podem salvar vidas.

O chamado é para este ponto, onde o descaso dos outros fica evidente.
Cuide de vc mesmo, cuide de quem vc ama... observe mais a qualidade de sua vida e  acredite em seus direitos, bem como na sua responsabilidade por sua saúde, sua vida... sendo física, mental, espiritual e em afinidades com o que vc acredita ser melhor como um todo... seu ser Holístico e aprendiz de autoconhecimento, de esperanças e fé. A solidariedade pode salvar vidas, pode dar-lhes amor e vibração entre parcimónia e reflexão consciente.
A compaixão é um ato de dar importância a fatores que modificam para melhor  o viver,  ajudar com boa vontade e sensibilidade criativa, empreender em seus hábitos um espaço de meditação e elevação espiritual independente de religião ou dogmas. Acrescentar  a ciência e ao profissional de saúde informações em cronologias reais  pode evidenciar um rumo feliz a um tratamento, incluindo gastos adequados para libertar-se da dor. 


A tríade da ciência , fé e filosofia...conta com uma quarta pilastra de arte.
A arte é uma aliada a parte de conhecidas alternativas em qualidade de vida, assim como é uma criatividade e pesquisa em seu cotidiano a desejar melhoras pra si e para familiares e amigos.

Este é um pequeno guia de saúde, mesmo assim é muito amplo em pesquisas e neste espaço deixo a disposição de quem deseja procurar dados e comparar com mais outras pesquisas, a fim de rastrear evidências fundamentais de cura, de amparo, de métodos e melhores condições para conversar com o médico de sua preferência e confiança.

Estude seus sintomas e mantenha seu humor em equilíbrio para aprender consigo mesmo.A cura está dentro... a cura é o caminho que eleva a alma a melhores estágios...o corpo compreende esta busca e pode ter mais eficiência em ultrapassar obstáculos.

Se vc se identifica ou conhece alguém com situações assim, ajude e compreenda o processo de transformação do corpo e mente ...em nível de luz maior.

Entre pesquisas especiais e narrativas, exames, indicações, estudos de casos, e no que mais for possível identificar como seta indicadora de estágios de saúde, os posts e links  e todo material disponível ...faz o caminho de paz e bem querer a quem precisar.

SOLAR 8




"Não existe nada absoluto, tudo é relativo. Por isso devemos julgar de acordo com as circunstâncias." 
[ Dalai Lama ]

ALGUNS  LINKS DIRECIONADOS A PESQUISAS
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OPINIÕES DE PESSOAS COM PROPRIEDADE NO CASO.

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Exemplo 

neurofeedback  sounds  
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FIBROMIALGIA 

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SÍNDROMES

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PAZ E SEMPRE NA LUZ
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SOLAR  e 

INTEGRATIVAS.

                       

20 de out. de 2010

Neurofeedback Therapy * Fibromialgia * Sindrome da Fadiga Crônica

Em 1924, o psiquiatra alemão Hans Berger conetou dois elétrodos (pequenos e redondos discos de metal) ao couro cabeludo de um paciente e detetou uma pequena corrente elétrica, por usar umgalvanómetro balístico. Durante os anos 1929-1938 ele publicou 14 relatórios acerca dos seus estudos com EEGs, e muito do conhecimento atual sobre este assunto, deve-se à sua pesquisa.[7]
Berger analisou os EEGs qualitativamente, mas em 1932 G. Dietsch aplicou aanálise de Fourier em sete gravações de EEG e tornou-se o primeiro pesquisador do que mais tarde se chamou QEEG (EEG quantitativo).[7]
Mais tarde, Joe Kamiya tornou o neurofeedback conhecido, na década de 1960, quando um artigo[8] sobre as suas experiências com ondas cerebrais alpha, foi publicado em Psychology Today, em 1968. A experiência de Kamiya era dividida em duas partes. Na primeira parte, era solicitado ao paciente que mantivesse os olhos fechados e que, quando ouvisse um determinado som, dissesse aquilo que ele julgasse que o som era, em alpha. Mais tarde, o paciente era informado sobre se tinha acertado ou errado. Inicialmente, o paciente iria obter cerca de 50% de respostas corretas, mas algumas pessoas iram, com o tempo, desenvolvendo a capacidade de distinguir os diferentes estados e responder acertadamente uma grande maioria das vezes. Na segunda parte do estudo, os indivíduos eram convidados a entrar em alfa, quando uma campainha tocasse uma vez e a não entrar em alpha quando a campainha tocasse duas vezes. Novamente, alguns indivíduos foram capazes de entrar nesses estado quando solicitado. Outros, no entanto, não conseguiam ter controle sobre isso. Não obstante, os resultados foram significativos e muito atrativos. Os estados alpha foram relacionados com relaxamento, e o treino alpha trazia a possibilidade de aliviar condições relacionadas com o stress.
Apesar dessas alegações altamente dramáticas, a correlação universal da densidade alpha a uma experiência com indivíduos não pode ser provada. Os estados alpha não parecem ter o poder de alívio do stress como foi indicado por essas observações antigas.[9]
A certa altura, Martin Orne, e outros, contestaram a ideia de que o alphabiofeedback realmente envolvia treino que regulava voluntariamente a atividade cerebral.[10] James Hardt e Joe Kamiya, na época no Intituto Psiquiatrico Langley Porter da Universidade da California publicaram um jornal,[11] que visava comprovar a eficácia do treino por neurofeedback.
Em finais da década de 60 e inícios da década de 70Barbara Brown, uma das mais entusiastas adeptas do biofeedback, publicou diversos livros sobre esta temática, tornando o público muito mais consciente desta tecnologia. Esses livros incluíam New Mind New Body, com um prefácio de Hugh Downs, e Stress and the Art of Biofeedback.
A obra de Barry Sterman, Joel F. Lubar, e sua equipa, indicou a alta eficácia do treino beta, implicando o papel da atividade EEG por ritmo sensorio-motor.[12] Esta técnica de treino tem sido usada no tratamento da epilepsia,[13] [14] síndrome de défice de atenção e hiperatividade.[15] O ritmo sensorio-motor (SMR) refere-se à atividade rítmica, entre os 12 e 16 hertz, que pode ser gravada de uma área próxima do córtex sonsorio-motor. O SMR pode ser atingido no estado acordado e é muito idêntico, senão igual, aos fusos de sono que se verificam no segundo estado do sono. Por exemplo, estudos de Sterman demostraram que o treino por SMR está associado a um processo inibitório do sistema motor e por isso aumentado o SMR através de condicionamento operante, aumenta a capacidade de controlar convulsões.[14]
Durante anos, o neurofeedback foi considerado uma parte menos no campo do biofeedback [16] . Em Fevereiro de 1993, Rob Kall, presidente da Futurehealth, organizou o primeiro encontro anual de Estudos do Cérebro[17] , em Key West,Florida. O encontro juntou muitas das personagens pioneiras neste campo e criaram uma base para que os dirigente pudessem discutir e planear estratégias a fim de criar influências para o desenvolvimento do neurofeedback.
Em Abril de 1993, Ken Tachiki, Jim Smith e Bob Grove organizaram um encontro de líderes no campo do neurofeedback, em Catalina Island. Surgiu então a Sociedade Regulamentadora dos Estudos Neuronais (SSNR). Posteriormente a SSNR tornou-se a International Society for Neuronal Regulation (ISNR), que é mais tarde ficou conhecida como Sociedade Internacional de Pesquisa e Neurofeedback [18] .
Mas o neurofeedback ainda não era praticado em massa. Por muito tempo, o preço e a qualidade dos equipamentos necessários à prática do neurofeedback (entre 5 a 20 mil dólares) foram barreiras à disseminação desta prática. Somente no início dos anos 90, e devido à difusão da informática, apareceram dispositivos com preços mais acessíveis (1-5 mil dólares). Outro principal obstáculo para o desenvolvimento do neurofeedback foi falta de entendimento entre as classes profissionais envolvidas. Em 1999, devido ao lançamento da primeira monografia dedicada ao neurofeedback, pela Academic Press, houve mudanças. Desde então, as companhias de seguros dos EUA estão a cobrir os custos de tratamento de perturbações da atenção com este método. O número de publicações científicas a ele dedicadas está a crescer todos os anos. Desenvolvido inicialmente nos Estados Unidos, o neurofeedback é hoje objecto de divulgação nos mais diversos países. Há alguns anos, foram criadas a Biofeedback Foundation of Europe e a filial europeia da International Society for Neuronal Regulation.[19]

Treino por Neurofeedback


Antes do treino, o paciente preenche protocolos com informações pessoais e pertinentes ao tratamento. Após isso, o cérebro é mapeado, e, em geral, ocorrem novos mapeamentos periodicamente, ao longo do treinamento. O mapa do cérebro mostra uma imagem do cérebro, a cores em 2D, que reflete o progresso do treino e ajuda a determinar quais aspetos precisam de treino e quando este está concluído. [20]
A essência deste tipo de treino é aprender as relações entre o nosso comportamento físico, ou as atitudes internas, e a qualidade de funcionamento do cérebro, com o uso da realimentação de parâmetros de eletroencefalografia. Acredita-se que a experiência adquirida desta maneira possibilita uma orientação mais intencional do trabalho da mente e a disponibilização dos seus recursos de forma mais eficiente. Segundo especialistas, o objetivo do treino é utilizar melhor o potencial da mente, para agir com mais eficácia, obter mais resultados e tornar a vida mais feliz.[21]
O plano de treino abrange, em geral, de 5 a 60 sessões. Dependendo dos casos e dos terapeutas, os treinos são realizados, no mínimo, a cada três ou quatro dias ou duas sessões por semana. No treino, o paciente realiza tarefas que promoverão as mudanças pretendidas. O paciente é também convidado a participar em atividades com jogos, vídeos ou músicas, que são utilizados como informação/estímulo que permitirão obter o feedback. Isto é, na sequência da avaliação, plano de treino devidamente personalizado pode ser concebido, que otimiza o tempo de treino, centrando-se nas áreas de desvio. Os dados do EEG são enviados como dados digitais para um software, que torna possível ao paciente controlar um jogo de computador, uma música ou um vídeo com sua própria mente, fazendo com que, com uma série de sessões, a pessoa aprenda a usar a atividade elétrica do próprio cérebro para controlar o jogo, a música ou outra forma de reforço. O terapeuta lentamente ajusta os critérios apresentados para premiar o indivíduo e, assim, tornar o padrão elétrico do cérebro do paciente mais funcional.[22]
Com o feedback em tempo real o próprio paciente avalia se está a atingir o objetivo do treino e/ou quanto precisa melhorar. Assim, por meio de um processo comportamental denominado reforço condicionado o paciente começa a identificar e a alterar voluntariamente a frequência das ondas cerebrais nas áreas ligadas ao controle voluntário da atenção, planeamento e autocontrole. No fim do treino, os padrões treinados deverão estar estabilizados, com efeitos duradouros. No entanto, o grau maior ou menor do impacto varia de pessoa para pessoa



Alguns pesquisadores na área de TDH não ficaram positivamente convencidos, pelos recentes estudos sobre o neurofeedback, incluindo o neuropsicólogo, professor de psiquiatria, e autor de diversas obras sobre o TDH,Russell Barkley. Barkley e Loo [24] reviram toda a literatura, disponível em 2005, sobre a eficácia da neuroterapia nos tratamentos do TDH e concluíram que, na sua maioria, os estudos recentes eram baseados emestudos de caso não controlados, não usaram nenhum grupo de controlo, não usaram métodos discretos, a fim de garantir que pais, professores e pacientes não soubessem, de antemão, as tarefas que os pacientes fariam durante os treinos, e que, portanto, os resultados obtidos podem ter resultado em parte, senão inteiramente, do efeito placebo. Outros resultados foram obtidos por se usaram técnicas impróprias de análise estatística dos dados e a maioria não conseguiu demonstrar se realmente ocorreram mudanças no eletroencefalograma como consequência do treino - o que é crítico quando se pretende demonstrar que quaisquer melhoras do TDH ocorreram devido ao treino, por si mesmo. Algo que também é necessário demonstrar é se tais mudanças ocorridas no eletroencefalograma estariam relacionadas com as melhorias relatadas nos sintomas de TDH. Os autores concluíram que as evidências de eficácia do neurofeedback no tratamento do TDH estava longe de ser comprovada e que era necessárima uma pesquisa mais rigorosa. Estudos publicados posteriormente, que analisaram a eficácia deste tratamentos de TDH, não usaram amostras suficientemente grandes, mais propriamente, grupos de controlo a quem foram dadas alternativas ou atenção ao efeito placebo. Estes estudos mais recentes, juntamente com aqueles mais antigos, mas que foram efetuados usando métodos científicos apropriados e publicados ao longo de 2010, foram recentemente revistos por pelo médico Nicholas Lofthouse, e sua equipa[25] e discutidos em documentos separados,[26] que concluíram que o neurofeedback provavelmente seria eficaz, mas que as evidências não eram conclusivas. De dois estudos, publicados em 2010-2011, nos quais se usaram o efeito placebo e/ou simulações, um encontrou evidências específicas dos efeitos do tratamento para melhorar a falta de atenção dos pacientes, mas não na hiperatividade ou nos sintomas impulsivos, enquanto que um estudo menor encontrou principalmente 'efeitos placebo'. [27] [28] Uma análise independente, efetuada por Arns e sua equipa, em 2009, encontrou uma maior magnitude de eficácia nos tratamentos dos sintomas do TDH do que a análise efetuada por Lofthouse. [29] Pesquisa adicional sobre os benefícios do neurofeedback no tratamento dos sintomas do TDH acabou por trazer os mesmos resultados mistos. Assim como Lofthouse e sua equipa admoestaram nas suas suas revisões, futuras pesquisas sobre este tratamento precisam de aplicar simulações de neurofeedback apropriadas ou ter em atenção o efeito placebo e todos os cuidados necessários à não contaminação das amostras.
Também foram feitas pesquisas sobre os efeitos do neurofeedback no tratamento de outas problemáticas, incluindo o tratamento da toxicodependênciaansiedade,depressão clínica, epilepsiaTOCdificuldades de aprendizagem [30] [31] ,transtorno bipolardesvio de conduta, enxaquecas, dores de cabeça, dor crónica,autismo, sono desregulado, stress pós-traumático e contusões.[32] [33]
A duração do tratamento depende de paciente para paciente. Já se registaram casos de bons resultados após 5 a 10 sessões. Não se recomenda encerrar antes de 30 sessões, para garantir que os efeitos sejam duradouros ou permanentes. Num caso comum de TDH, o tratamento geralmente exige entre 30 a 45-60 sessões. Quando há urgência por resultados de curto prazo, o tratamento com neurofeedback pode ser associado a medicamentos (que tem ação mais rápida), embora nem todos os terapeutas recomendem esta opção. Com a associação ao tratamento com neurofeedback, a medicação poderá ser gradativamente retirada, sem que os ganhos sejam perdidos.
https://youtu.be/AUSKgZ3nkZ0



https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurofeedback#Treino_por_Neurofeedback

Neurofeedback Therapy For Fibromyalgia and Chronic Fatigue Syndrome.   https://youtu.be/SbQqG-7gpps