29 de jun. de 2013

CLOUD ATLAS (A VIAGEM)

http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2013/03/cloudatlas.html
ANALISANDO CLOUD ATLAS (A VIAGEM)

Cloud Atlas ("A Viagem" no Brasil) é o mais novo filme dos irmãos Wachowski (os mesmos que fizeram a trilogia "Matrix") e, ao contrário dos seus últimos filmes, não decepciona. Não é nenhum espetáculo visual com câmeras rodando, ou uma experiência em que você vai sair do cinema vendo códigos da Matrix no ar, mas vai mexer de alguma forma em você. Talvez não no nível mental consciente, mas em alguma parte indefinível da sua alma.
O slogan do pôster promocional de Cloud Atlas ("Tudo Está Conectado") parece um marketing nova era, mas é na verdade a alma do filme, a chave para melhor apreciá-lo. Não à toa os irmãos Wachowski procuraram o diretor Tom Tykwer pra co-dirigir o filme com eles. O trabalho mais famoso desse cara é "Corra, Lola, Corra", que trata de ESCOLHAS.
Para embasar meu comentário vou falar brevemente de uma pesquisa recente onde cientistas conseguiram provocar um entrelaçamento ("entanglement") de três partículas, que é quando elas passam a compartilhar as mesmas propriedades quânticas (ou seja, quando a propriedade de uma partícula é alterada, a outra reage instantaneamente e tem seu estado quântico alterado também). E essa ligação independe de espaço (distância) ou tempo, pois a informação viaja mais rápido que a luz! A novidade é que conseguiram emparelhar 3 partículas de fóton (luz) a partir de UMA, quando antes só conseguiam emparelhar duas. No futuro espera-se conseguir fazer isso com centenas (milhares?) de partículas, e aí poderemos ter (um dia, quem sabe) dois "computadores quânticos" servidores de internet cujas partículas são "irmãs" e se comunicam sem cabos, wi-fi, ondas, etc (não seria isso a base da comunicação pelo pensamento?). Mas o que isso tem a ver com o filme? Bem, se o ser humano já consegue antever o conceito de "ação fantasmagórica à distância" (frase de Einstein se referindo ao entrelaçamento) como algo utilizável, por que não considerarmos que, na metafísica, tal comunicação também ocorra entre almas? Casos não faltam, como o de mães que sentem o desespero (ou morte) dos filhos, e até mesmo animais que sabem quando o dono vai chegar. E mais ainda: será que nossas almas "emparelhadas" provém de uma "alma mãe"? O filme Cloud Atlas trata de um conjunto de almas ao longo do tempo cuja história e sentimentos parecem entrelaçados, e a forma como isso é contado (os acontecimentos ocorrem simultaneamente em cada época, graças à brilhante montagem do filme) sugere "ondas de desafio", momentos-chave que vão refletir não só no futuro de cada um (se considerarmos a reencarnação como uma evolução puramente pessoal) mas no passado - sim! - e futuro de outras pessoas que, de alguma forma, estão nessa "rede" (e aí entra o conceito de entrelaçamento, que metafisicamente falando poderia englobar a idéia já exposta aqui no modelo de evolução da consciência e na evolução como espiral).

    O "mapa" das reencarnações em Cloud Atlas (clique na imagem para ampliá-la)
Logo no começo do filme o personagem Timothy Cavendishfala: "Minha vasta experiência como editor permitiu-me desprezar as analepses das leituras e todos os seus truques estranhos. Acredito, caro leitor, que se puder ser um pouco mais paciente, encontrará o metódo desta história de loucura". É como um conselho dos realizadores pra platéia: se sentir-se confuso (e todo mundo fica nos primeiros 30 minutos) ignore os truques de edição, os vários personagens e concentre-se no "grande quadro", na história como um todo. E essa é uma história de rebelião, de lutar contra o sistema, como em "V de vingança". Por exemplo, a questão do escravagismo e do papel da mulher na sociedade é colocada pelo personagem Adam Ewing (o advogado do navio) da seguinte forma: "Se Deus criou o mundo, como saberemos que coisas devem mudar e o que deve permanecer sagrado e inviolável?"
Mas como estamos aqui para destrinchar o filme, vamos analisar cada história e suas nuances:

PACÍFICO SUL, 1849
A primeira história é sobre Adam Ewing, um advogado americano que, em uma viagem de navio, ajuda um escravo clandestino. Mas sem ele saber, está sendo lentamente envenenado por um sinistro médico, interpretado por Tom Hanks, que quer roubar a chave do baú de Adam atrás de coisas de valor. Ele sobrevive graças ao escravo e por fim se torna abolicionista.
Os personagens de Tom Hanks são os casos mais representativos do filme. Em 1849 ele diz "Um tigre não pode mudar suas listras", e de fato ele permanece com uma personalidade para o mal e à ambição desmedida pela maioria das vidas, ao ponto de se ater à mesma pedrinha azul em duas delas. Essa pedra representa seu demônio (o "Georgie", interpretado por Hugo Weaving). É interessante rever o filme e notar como o Tom Hanks de 2321 diz do demônio: "E contarei a história da primeira vez que nos conhecemos cara a cara" e corta para o Tom Hanks de 1849 olhando pela primeira vez para o advogado (que, como veremos à frente, usa as tais pedrinhas azuis como botões do colete).
Os personagens de Hugh Grant são uma figura de autoridade (detentor de poder) e de negócios em todas as vidas. Isso acarreta que, por causa desse modelo de vida, ele não evolui espiritualmente em nada. Em 1949 é clérigo e dono de terras, se beneficiando do trabalho escravo. Gerente de hotel de luxo em 36. Dono de usina nuclear em 73. Ricaço dono de asilo em 2012. Dono do restaurante e explorador de clones em 2144. E finalmente líder de um grupo de canibais em 2321.
Se Hugh Grant é a mente e o beneficiário por trás das maldades, os personagens de Hugo Weaving (o agente Smith de Matrix) são a mão que executa o mal. Traficante de escravos em 1849, Nazista em 36, assassino em 73, uma enfermeira sádica em 2012 e um interrogador da "Unanimidade" em 2144. Já em 2321 ele se torna a própria projeção do mal, na mente de Tom Hanks.

ESCÓCIA, 1936
O consagrado músico Vyvyan Ayrs andava meio sem imaginação e acaba se beneficiando (e muito) da ajuda de um talentoso jovem chamado Robert Frobisher que, vitimado pelo drama da sua bissexualidade, é forçado a deixar seu amante, Rufus Sixsmith. Robert quis ajudar Ayrs a compor para estabelecer seu nome na música como parceiro de Ayrs. Só que Ayrs resolve tomar para si todo o crédito da sinfonia de Robert, o sexteto Cloud Atlas (que dá nome ao filme), e aprisiona Robert em sua casa - através de coação e chantagem moral - para que trabalhe pra ele. Ayrs diz "às vezes você derrota o dragão e às vezes é derrotado por ele". A frase é emblemática quando percebemos que, nesta encarnação ele sucumbe ao "dragão" interior da ganância mas, na sua próxima, ele sofre as consequências.

SAN FRANCISCO, 1973
A história de uma jornalista chamada Luisa Rey que tenta desmascarar os planos que os líderes petrolíferos têm de destruir a credibilidade da energia nuclear, pondo em risco até mesmo a segurança da população.

LONDRES, 2012
A vida de Timothy Cavendish, um velho editor de livros que vê a sua vida complicar-se depois do ser chantageado pelo seu principal cliente e após o seu próprio irmão o trancafiar num lar para idosos na Escócia que mais parece uma prisão. Interessante notar que esse asilo é a mesma casa dele na vida de 1936, como Vyvyan Ayrs. E, como ele chantageou e prendeu em sua casa Robert Frobisher em 36, nessa encarnação ele sofreu chantagem e foi preso, no mesmo lugar. E tudo porque o irmão resolveu se vingar de um chifre que levou de Timothy, que dormiu com sua mulher, que é a reencarnação de... Robert Frobisher.
Mesmo com tudo isso, desta vez Vyvyan Ayrs (como Timothy Cavendish) consegue derrotar o dragão, e aprende a ter humildade e dignidade.
Interessante notar que a personagem de Hale Berry em 73 diz pra seu namorado "Durante a última hora, tudo o que eu pensei foi em atirá-lo do terraço" e em 2012, logo após seu olhar se cruzar com o personagem de Tom Hanks, ele resolve atirar um crítico literário de um terraço. Pensamentos que reverberam no éter pelo tempo, até encontrar um receptor adequado.

NEO SEUL, 2114
Este segmento é o que mais lembra Matrix. Não só pelo visual, como pela idéia. O galã chega pra "fabricada" (clone?) garçonete Sonmi e diz: "Pode continuar aqui e correr o risco de ser descoberta, ou pode vir comigo". Praticamente a mesma frase de Morpheus pra Neo. Seres que se alimentam do cadáver deles mesmos é outra coisa de Matrix que os irmãos Wachowski repetem aqui, talvez pra nos lembrar que nosso sistema "capitalista" (na verdade "consumista" seria mais correto) de sobrevivência está alicerçado na exploração (e morte) de outros de nós (crianças e adultos de países mais pobres, sem falar dos abismos sociais que cultivamos aqui mesmo no Brasil). De uma forma quase literal nós nos alimentamos da desgraça alheia, e vemos isso durante todo o filme, seja na exploração do escravo negro, dos tralhadores mexicanos, dos clones, chegando à literalidade no canibalismo do futuro pós-apocalíptico.
Sonmi aprende com o "Neo Coreano" política e filosofia, e cita o escritor russo Alexander Solzhenitsyn: "Vocês detêm poder sobre as pessoas desde que lhes dê algo em troca. Tire tudo o que essa pessoa tem, e ela não mais estará em seu poder". Fica clara a crítica dos Wachowski contra as ditaduras, sejam elas de direita (filmeV de Vingança) ou de esquerda (Solzhenitsyn foi preso e escravizado por fazer críticas a Stalin). No filme é dito que Solzhenitsyn "foi banido da unanimidade". É uma característica das ditaduras ditar unanimidades, impor suas verdades, e tanto neste filme como em V de Vingança as pessoas são perseguidas apenas por deter conhecimento: "Conhecimento é um espelho, e pela primeira vez na minha vida fui permitida a ver quem eu era e quem eu poderia me tornar" - diz Sonmi. O conhecimento transforma, liberta, e se um governo deliberadamente não investe em educação de qualidade, pode ter certeza de que é pra manter um rebanho dócil e alienado, a fim de estabelecer um controle social.
"Nossas vidas não são propriamente nossas. Do útero ao túmulo, estamos ligados à outros. Passado e presente. E por cada crime, e cada bondade, renasce nosso futuro." Isso é algo que Chico Xavier poderia ter dito, mas vem de Sonmi, a clone do filme que, por algum motivo não explicado, se torna a líder espiritual de um grupo de revoltosos de Neo Seul, e depois praticamente uma deusa no futuro pós-queda.

HAWAII, 2321
Os mares subiram e engoliram todas as cidades do mundo. Nesta ilha o que restou da civilização humana regrediu a um estado pré-medieval. Boa parte da humanidade fugiu para outros planetas, e restou um pequeno grupo detentor da tecnologia de outrora, os "Prescientes", que estão tentando restabelecer a comunicação com o pessoal que foi embora, na esperança de serem resgatados antes que a radiação os mate. Esses Prescientes são vistos como semi-deuses pelos primitivos, que baseiam sua religião em torno de Sonmi e seus ensinamentos.
No filme é usada a palavra "queda" para designar o período entre Neo Seul e agora, ou seja, a involução tecnológica do homem. A Queda é um termo usado no gnosticismo, na Bíblia e na Cabala para designar o afastamento do homem de seu real potencial espiritual. Ou, em outras palavras, de Deus. Na Grande Fraternidade Branca diz-se que "Antes da queda do homem, os filhos de Deus estavam nas Escolas de Mistérios, caminhavam lado a lado com os Mestres, arcanjos e anjos. E, lá do alto da montanha, eles ouviram a música dos caídos, perceberam seu charme e glamour, quiseram conhecer e desceram, misturando-se a eles. Quando viram o engano cometido, desejaram voltar, porém encontraram fechados os portões da Escola de Mistérios. Eles haviam criado o 'carma negativo' e teriam de purificar-se, consumindo toda a energia mal qualificada e em todas as doze qualidades da mente (raios) de nosso Pai. Para realizar isto, é necessário dar toda uma volta na roda de encarnações até elevar novamente sua consciência aos níveis de Deus."
Os diretores de Matrix obviamente não ignoram toda essa tradição esotérica, e inserem símbolos para ilustrar isso. Os tecnologicamente avançados e puros (roupa branca), os Prescientes precisam subir uma montanha íngreme (em outras palavras, ascender) para poder comunicar-se com as pessoas de outros planetas (seres do alto) através de um radiotelescópio (em forma de flor de Lótus, que é o formato do chakra do topo da cabeça), mas para chegar lá precisam do conhecimento do terreno, experiência e força do nativo "ignorante" que, por sua vez, precisa vencer seus medos (a montanha pra eles é amaldiçoada) e seu demônio interno (o Georgie). Chegando lá, abre-se e a mensagem é enviada.
O parágrafo acima resume o filme todo, pois cada personagem em cada época passa por um desafio simbolicamente semelhante. O advogado do navio precisa da ajuda de um escravo, o "Neo" puro-sangue de Seul precisa da "fabricada" Sonmi, o arrogante compositor Ayrs precisa da ajuda de um homossexual, a repórter é ajudada por uma mexicana, e assim por diante. A marca de nascimento que aparece em um personagem por período de tempo parece indicar que, naquela encarnação, aquela pessoa irá dar um salto na sua evolução, irá quebrar um paradigma e ir contra a corrente (seja isso corporações, ditaduras ou os próprios medos), tudo isso influenciada (direta ou indiretamente) pela pessoa com a marca que veio antes.
"Ser é ser percebido. E assim, conhecer a si mesmo só é possível através dos olhos do outro. A natureza de nossa vida imortal depende das consequências de nossas palavras e atos, e isso vai nos empurrando por toda parte o tempo todo."
(Sonmi)


http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2013/03/cloudatlas.html

Um novo marco no Saindo da Matrix. Um blog que iniciou em 2002 pra falar despretensiosamente sobre filosofia, metafísica, filmes e ciência, inspirado pela vibe que foi criada na sociedade pelo filme "The Matrix". Em 2003 saiu o filme "Matrix Reloaded" e o blog ganhou o nome Saindo da Matrix. Em 2004 ganhou domínio próprio e virou um "site". Em 2010 ganhou 3º lugar no Top Blog. Agora, 10 anos após o batismo do blog, inicia-se uma nova fase que é o uso de vídeo pra analisar justamente um filme dos Irmãos Wachowski, os mesmos que começaram tudo isso lá atrás, com o filme "The Matrix".
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3YV1NcjRplo

28 de jun. de 2013

A Constante de Boltzman



A Constante de Boltzman, Chakras e a Física Quântica

Aprendemos que matéria é energia e que o que chamamos de “realidade” na verdade é apenas o que conseguimos compreender em um universo de 3 dimensões físicas e 1 temporal da projeção de vibrações de múltiplas dimensões, cuja maioria nossos cientistas ainda não conseguem mesurar.
Neste texto, vamos tentar explicar alguns destes planos. Para isto, temos de recorrer à sabedoria dos antigos hindus, que já conheciam estes planos de consciência em 5.000 AC.

O ser humano, os demais seres e tudo quanto existe são constituídos de uma infinidade de combinações de matéria-energia, de todos os graus de densidade e complexidade. Cada uma dessas combinações ou graus de matéria-energia representam um nível particular da “Consciência-Energia” em escala cósmica, presente em toda manifestação universal.

A tradição oriental fornece uma visão ordenada e simplificada deste fato, apresentando os diversos níveis de consciência estratificados em camadas. Dessa forma, situa-se o plano mais denso (o físico-material-sólido) em um extremo da escala, caracterizado pela máxima diferenciação de formas, densidade e Ignorância (imersão da Consciência na Matéria) e, no outro extremo, o plano divino, o plano da unidade, caracterizado pela máxima sutilização da matéria-energia, indistinção de formas e máxima plenitude de Ser (emersão da Consciência na Matéria).

Do nível mais denso, diferenciado, para o mais sutil, temos:


- plano físico (sólido, líquido, gasoso, 1o. a 4o. etérico) – este é o plano mais palpável, onde vive a “ciência ortodoxa”.
- plano astral (vital ou emocional, das energias nervosas e emocionais)
- plano mental ou Manásico (das energias de pensamento ou mentais)
- plano intuicional ou Búdico (das energias psíquicas ou de alma)
- plano espiritual ou Átmico (onde se manifestam as essências espirituais)
- plano monádico ou Anupadaka (onde se manifestam as mônadas, redutos últimos das individualidades espirituais)
- plano divino ou Adi

Embora todos os fenômenos envolvam processos simultâneos nos diversos planos ou níveis de matéria-energia, cada plano pode ser visto como possuidor de um determinado conjunto de leis ou princípios de operação envolvendo em “seu espaço” todas as realidades energéticas desse plano.
Ok… ok… eu sei que compliquei agora. Estou pensando em como explicar isto sem simplificar demais (para não parecer que estou tirando da cartola estas informações) e ao mesmo tempo sem falar grego (ou hindu).
Tentando em uma linguagem mais simples… é a mesma coisa que dizer que existem 7 planos físicos dimensionais sobrepostos, como “layers” em uma imagem de photoshop, cada um mais sutil que o anterior. E quando se mexe em uma delas acaba afetando a imagem nas outras camadas.

E o homem está imerso nestas sete dimensões. Diz-se, portanto, que o homem possui 7 corpos correspondentes aos respectivos planos de consciência/energia. A Personalidade do homem (“eu inferior” ou EGO) é constituída pelas energias dos planos físico, duplo-etérico (onde ficam os chakras, que fazem a ligação entre o físico e o astral), o vital (ou astral) e mental inferior. Em contrapartida, os planos mental superior, intuicional (ou búdico) e espiritual (ou átmico) fornecem as energias e materiais constitutivos da Tríade Espiritual (que chamaremos “eu superior” ).
As bonecas russas chamadas MATRIOSKA possuíam tradicionalmente 7 “corpos” e eram originalmente utilizadas para explicar este conceito nas Escolas de ocultismo, antes de se tornar um brinquedo popular na Rússia.



Esta parte é mais complicada, porque cada tradição dá nomes diferentes e divide estes corpos agrupando-os de maneira ligeiramente diferente. Para facilitar a compreensão pelos espíritas que acompanham a coluna, o “corpo físico” engloba o físico e o mental inferior (o mental objetivo); entre o físico e o astral temos os chakras fazendo a conexão entre eles e em seguida o “perispírito” (que inclui o astral, conectado ao físico pelo “cordão de prata”) e finalmente o “espírito” (que inclui o mental superior, intuicional e átmico).

Para não me alongar demais, deixo este LINK da teosofia que é bem completo (e complexo) para quem quiser se aprofundar mais no
conceito dos sete corpos

Ok. Até aqui eu entendi… São sete corpos sobrepostos. E daí?
De cara, isto explica facilmente algo “inexplicável” que o Mori mencionou na coluna dele desta semana: Quando alguém decide realizar algum movimento, o seu EU (Atmã) toma uma decisão, esta decisão é passada para seus sentidos subjetivos, depois para seus sentidos objetivos e em seguida para o corpo físico que você está pilotando. E, pelas medidas, a passagem da consciência objetiva (detectada pelos instrumentos) para o corpo físico demora entre 200 a 350 ms. É o caso de uma experiência científica comprovando algo ocultista que ainda não pode ser detectado pelos instrumentos atuais. Claro… isso não prova o que estou dizendo, mas demonstra que EXISTE algo que causa este atraso. E como eu disse anteriormente, é uma questão de tempo até os cientistas ortodoxos descobrirem o que os ocultistas conhecem há séculos.

Projetando seus pensamentos


Da mesma maneira que podemos interagir com o mundo físico através dos nossos sentidos objetivos (segurando uma caneta com nossas mãos), todos nós somos capazes de interagir e realizar ações nos outros planos (astral, mental, etc… ).
Vamos fazer um exercício simples de visualização: Imagine uma maçã repousando ao lado do teclado. Mas não “pense” na maçã… “visualize” uma maçã… relaxe… respire calmamente, concentre sua mente e veja todos os detalhes da textura dela, a cor, o brilho, se ela está lustrosa, vívida, imagine o cheiro dela… afaste todos os outros pensamentos e concentre-se apenas nessa maçã. Dê uma mordida imaginária nela e sinta o gosto dela na sua boca, a textura esfarelando enquanto o suco preenche sua boca e o cheiro invade suas narinas… se você fez direitinho, pode até mesmo estar com água na boca neste momento. E, durante um curto espaço de tempo, você acaba de criar uma forma-pensamento.
Esta maçã que você acaba de criar é tão sólida quanto qualquer objeto real, apenas existe em outra dimensão e, portanto, a princípio, não interage com o plano físico.

Da mesma forma que se você soltar uma caneta ela cai no chão, se você parar de pensar nesta maçã, ela deixa de receber seus estímulos e, com o tempo, esta forma-pensamento se dissolverá sozinha no plano mental. Se você colocar emoção neste exercício, a maçã permanecerá por mais tempo e com maior intensidade. Fazendo uma junção do mental com o emocional, conseguiremos trazer esta projeção do plano mental para o plano astral sem grandes dificuldades. Basta colocar “sentimento” na sua visualização. Ok, o exemplo da maçã é simples, mas entender a relação entre emoção e visualização será necessário quando explicarmos qual a razão dos famosos “sacrifícios” na magia negra ou do “ectoplasma” que faz com que entidades do astral possam ser vistas no físico, poltergeists, de “círculos de proteção”, da THELEMA (vontade) e todas as coisas que envolvem passagens de matéria-energia de um plano vibratório para o outro.
O grande mago Aleister Crowley dizia que “a magia é a soma da imaginação com a vontade”. Mais para a frente veremos como ele estava certo.


O ruído mental e a concentração

Pois bem… quando você “pensa que está pensando”, a voz que ecoa na sua mente nada mais é do que uma projeção dos seus pensamentos reais (do seu EU superior) entrando em ressonância com o seu corpo físico (seu cérebro de carne, cheio de SINAPSES que fazem esta conexão entre o plano mental e o físico). Apesar do seu corpo mental subjetivo e do seu Atmã possuírem todo o conhecimento acumulado de todas as suas vidas passadas, a conexão entre o seu corpo superior e o EGO (corpo inferior) é falha e está rompida desde a “queda”.

[não vou falar sobre isto agora, mas para vocês meditarem um pouco... nosso corpo inferior e nosso corpo superior estão atualmente separados. A origem da palavra “religião” vem do latim “Religare”, que é o ato de reconectar o nosso “eu inferior” ou mundano com o nosso “eu superior”, devolvendo ao ser humano a essência divina que todos possuímos e que perdemos um dia – como vocês podem deduzir, religiosidade não tem NADA a ver com ficar rezando e obedecendo o que o pastor/padre diz, muito pelo contrário...tem a ver com a descoberta do deus dentro de cada um de nós – “conhece a ti mesmo”].


Algumas pessoas possuem esta conexão mais entrosada. São os tais “GÊNIOS” que compõem sinfonias com 5 anos de idade, falam 50 línguas, pintam ou tocam maravilhosamente bem. Na verdade, não há nenhum segredo “inexplicável” da ciência nisso: eles conseguem recuperar as informações que seus Atmãs já possuíam de vidas passadas. O mesmo ocorre com alguns autistas.
Nossa intuição, palpites ou o tal do “sexto sentido” são fagulhas desta conexão entre o superior e o mundano atuando. Oráculos como o Tarot ou Runas também fazem a “ponte” entre estes dois estados de consciência. O Beethoven também é um ótimo exemplo disso (e, para não perder o costume, Beethoven era maçom, já que teve um sujeito que afirmou que eu “dou autoridade para as pessoas que cito no meu texto só porque elas eram maçons ou rosacruzes mas isso não significa que elas sejam boas no que faziam”)

Ao contrário da mente subjetiva, que é direta e inspirada pelo seu “eu superior”, a mente objetiva gosta de divagar e flutuar entre diversos pensamentos fúteis e egóicos… vamos fazer outro exercício: experimente relaxar e “não pensar em nada” e verá como isso é difícil: tente “esvaziar a sua mente” e não pensar em nada… em segundos, sua cabeça estará cheia de pensamentos caóticos e desordenados, misturando-se lembranças, imagens, sons, frases repetidas várias vezes… tudo se torna rapidamente um caos. Ainda mais se você estiver com algum problema ou algo que envolva seu emocional (como dissemos, as emoções intensificam as formas-pensamento).

Se você pudesse visualizar o plano Mental, nesta situação veria que, ao redor do seu ser está se formando um verdadeiro “depósito de lixo” mental. Estas imagens vão se desfazendo com o tempo, claro, mas dependendo da situação, permanecem (é de onde vem a expressão “ambiente carregado”) e, dependendo de que tipo de emoções estão associadas a estes pensamentos, estas formas começam a atrair certos seres no plano astral… falaremos mais sobre isso em outros posts.

O Plano Astral

O plano astral é um pouco mais denso do que o plano mental. Nesta faixa de vibração sutil estão todos os chamados “fantasmas”, as projeções astrais, os succubi e Incubi (ou Anima e Animus), os corpos projetado das pessoas que estão dormindo, os Cascões Astrais, etc. Absolutamente todas as pessoas possuem a habilidade de se projetar no astral e o faz durante a noite, enquanto o corpo físico dorme. Infelizmente, a maior parte da população atual (que eu chamo carinhosamente de “gado” quando não estou perto dos ouvidos sensíveis dos politicamente corretos) está tão adormecida que geralmente mantém seus corpos astrais “repousando” ao lado do corpo físico, inertes.
O maior problema é justamente fazer a conexão entre o nosso plano astral e a lembrança no cérebro. Estima-se que 89% das pessoas está com a mente tão pobre e sem treinamento que não consegue sequer lembrar de suas projeções (são os que “não sonham”), cerca de 8% retém alguma lembrança (projeção sem lucidez, chamada de sonho) e finalmente 2% conseguem manter uma projeção completamente lúcida. O REM e os ciclos nada mais são do que meros reflexos no plano físico do que está acontecendo no plano astral/mental.


Quando as pessoas se projetam, as ligações do duplo-etérico entre o corpo físico e astral formam o que se convencionou chamar de “cordão de prata”. Este cordão conecta o seu corpo astral ao físico e só existe em pessoas que estejam vivas/encarnadas (“fantasmas” não possuem cordões de prata, pois não estão ligados a nenhum corpo físico).
Conhecendo os mecanismos que regem o plano astral, fica simples de explicar todo tipo de fenômeno envolvendo “fantasmas”. Eles são consciências que trafegam nestas faixas vibratórias que não detectamos.

Como os “fantasmas dos mortos” e os vivos (durante o sono) convivem no mesmo plano, podemos explicar toda a cultura dos povos antigos (orientais, celtas, astecas, maias, incas, hindus, índios… ) em relação aos “Espíritos Ancestrais” pois é literalmente isso que acontece: os ancestrais de um clã se mantém por perto no “outro mundo” auxiliando aquele grupo. Isto também explica os incontáveis relatos de pessoas que sonham com entes queridos que acabaram de falecer e dezenas de milhares de outros casos de encontros entre os vivos e os mortos.

Existe uma documentação gigantesca sobre estes fenômenos mediúnicos. E também uma quantidade astronômica de charlatões e uma igual quantidade de mentiras forjadas de má-fé (como por exemplo, a farsa que DAVID NASSER montou no jornal “O Cruzeiro” contra Chico Xavier, que até hoje alguns céticos-ignorantes tomam por verdadeira). Isso é muito triste, pois além de ter de lidar com a ignorância cética e religiosa generalizada, os médiuns ainda precisam agüentar os embusteiros (sejam por dinheiro ou por má fé das próprias Igrejas caça-níqueis que fabricam ex-pais-de-encosto, ex-bruxos e ex-macumbeiros a torto e a direito para propositadamente minar a credibilidade dos sérios).




Influências do material no astral

Sons (música, mantras), odores, cores e alguns materiais conseguem afetar diretamente estas construções astrais. Como eu expliquei na coluna PASSADA, quando se coloca uma determinada música em um ambiente, as ondas sonoras que varrem o plano físico também possuem uma contraparte que se espalha pelo astral e mental, higienizando o ambiente em uma vibração que se deseja. Os MANTRAS e cantos gregorianos ou o atabaque da umbanda/candomblé possuem freqüências específicas para ativar certos chakras para certas atividades. Vou detalhar isso na parte III deste post semana que vem.
O elemento Ar também afeta o astral. Incensos espalham suas fragrâncias pelo plano físico e possuem sua contraparte mental e astral. Claro que existem incensos e incensos… que variam desde varetas inócuas que ajudam apenas a tornar o ambiente mais agradável até os incensos preparados pelos alquimistas para seus rituais.
Certas drogas também atuam no desligamento do corpo astral/mental do físico, especialmente o LSD e outros ácidos relacionados, muito comuns na década de 70 nos movimentos de contra-cultura. O chá do Santo Daime também funciona, assim como o peyote e outras ervas fumadas no “cachimbo da paz” dos índios. O bafo do dragão (ópio), chá de cogumelo e o haxixe também funcionam bem. De todas as drogas, apenas a cocaína (não o chá de folhas de coca, a droga industrializada) e as anfetaminas (E, balas, doces, speed, etc.) fazem o caminho oposto (travam a conexão com o “eu superior”).
Cores afetam diretamente o plano mental/emocional/astral. Existem diversos estudos psicológicos e de semiótica a respeito de como as cores nos influenciam. Vocês já devem ter visto aquelas imagens onde se coloca um prato de comida sobre um fundo (azul, vermelho, amarelo, etc) e a cada fundo nossa impressão a respeito do prato muda. Fica a sugestão para o Mori fazer uma matéria sobre como as cores influenciam nosso psicológico. Há um campo muito vasto e legal para discutir.
E, finalmente, alguns Materiais como a prata, sal, água e a pólvora afetam diretamente o astral, de onde, por exemplo, surgiram as lendas sobre “matar lobisomens” com prata… lobisomens nada mais são do que projeções astrais zoomórficas, que podem ser rompidas com contato com a prata – nos campos, ou sob influência de linhas de Ley estas criaturas astrais podem ser avistadas no plano físico, o que deu origem a estas histórias. Bruxas voando em vassouras, bichos-papões, elementais (fadas, gnomos, ondinas e salamandras), vampiros, fantasmas, monstros do lago Ness (talvez até OVNIs) surgiram destas faíscas de contato do mundo invisível com o visível.

Os Egípcios
Apenas para retomarmos ao tema principal da coluna, que é a História das Sociedades secretas, vamos falar um pouco da relação disto tudo com os egípcios.
Nas iniciações Egípcias, uma das primeiras etapas consistia em colocar o candidato a iniciação dentro de um sarcófago e deixá-lo “morto” durante três dias.
Neste tempo, os Mestres se reuniriam ao redor do sarcófago e, utilizando-se de mantras e rituais que, em conjunto com as estruturas geométricas das pirâmides, providenciavam uma projeção astral consciente do iniciado, de modo que ele pudesse ver seu próprio corpo deitado no sarcófago e entender que, na realidade, ele não era um “corpo vivendo uma experiência espiritual”, mas seu verdadeiro EU é um “espírito que usa as vestes de carne”.
O nome desta parte do ritual de iniciação ficou conhecido como “Barca de Ísis” porque a sensação que você tem quando se é projetado para o astral desta forma é a de o deslizar de um barco, e os sacerdotes no astral revestiam seus corpos astrais com formas dos deuses conhecidos e os instruíam nas etapas finais do mistério, antes do batismo e renascimento pelas águas.



Mais tarde, nos mistérios Eleusis (Gregos), a barca de Ísis foi substituída pelo “Barqueiro Caronte” e nos ritos judaicos foi substituído pela “Arca da Aliança” e pela “Escada de Jacob”. O ritual de ser enterrado ou morto simbolicamente para renascer (notem a beleza da lenda da FÊNIX – origem grega, certo? hummmmm ) existe até hoje em praticamente todas as tradições ocultistas, às vezes disfarçado de “câmara das reflexões”.


Após este período, o Iniciado “renascia” quando um dos Mestres chegava até o sarcófago onde ele estava “morto” e dizia “Levanta-te e saia”. Na bíblia, existe até uma passagem onde um grande Mestre faz esta iniciação com o irmão de sua esposa.

Ok… acabamos nos empolgando de novo e não falamos nem de chakras nem da Arca da Aliança (na verdade falamos sim, para quem conseguiu ler nas entrelinhas)… Ainda bem que esta é uma matéria em três (ou quatro) partes. Semana que vem: Chakras, Mantras e como colocar abaixo as muralhas de Jericó tocando trombetas.


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No vocabulário esotérico, a “anatomia oculta” se refere à constituição psíquica e à constituição astral, como elas interagem, e como cada uma delas interage com o corpo material. É importante para a espiritualidade do estudante, se ele quiser ser bem-sucedido, entender o que acontece dentro dele. Em particular, ele deveria saber como essas coisas influenciam a evolução espiritual, ou qual papel elas têm. Ao mago essas coisas são de singular importância, porque a tradição mágica tem práticas que fortalecem as partes básicas dos veículos espirituais. O que é dado aqui é a primeira de três lições sobre a anatomia oculta que são dadas a tempos diferentes, na medida em que se avança a níveis posteriores do sistema de treinamento. Esta é a mais simples delas.
Os Três Corpos
A alma é inserida envolvida por três “capas” ou corpos. Eles são os corpos mental, astral e físico. Destes, o corpo mental é o mais sutil e o mais refinado. É o corpo mais evoluído da alma, e o que possui menos restrições. É, porém, ainda ahamkara [ego – N.T.]; é ainda maya [ilusão – N.T.], porque até o corpo mental ainda precisa de uma ideia de separação de Deus, tal ideia que na realidade é incorreta.
O corpo mental é composto de chitta, substância mental. A substância do corpo mental fica em constante atividade, constantemente sendo movimentada e formando redemoinhos por causa dos vrittis [perturbações – N.T.] da mente. É no corpo mental que a nossa mente e nosso senso de consciência são enraizados, embora esse senso de consciência ainda seja influenciado pelos corpos astral e físico. Contudo, não cometa o erro comum de que a mente é o corpo mental. A palavra “mental” como terminologia esotérica não se refere necessariamente à mente, mas em vez disso se refere à natureza da substância sendo discutida. A mente é, na verdade, inserida no aspecto do Akasha que se move sem esforço através de todos os corpos, e de fato é todos os corpos. Os ornamentos da mente e a ilusão do corpo mental mantêm a consciência contida num “local” em particular do Akasha, ancorado ao seu veículo atual. Em Samadhi, a mente é destruída, e portanto a consciência é permitida a se tornar o Akasha. Então, na medida em que a Samadhi se aprofunda, a mente vai até além do Akasha, porque o Akasha ainda é uma sustância e portanto não é totalmente consciência.
O corpo mental se prende aos corpos físico e astral via do que é chamada a matriz mental. A matriz mental é um “denominador comum” onde as emoções interagem com os pensamentos. Isso permite que os pensamentos emirjam de emoções, e que a mente seja capaz de identificar a fonte da emoção. Se não fosse pelas funções da matriz mental, experimentaríamos a emoção sem nenhum tipo de supressão de raciocínio lógico. Assim, nunca saberíamos a origem da emoção, porque não haveria pensamentos arraigados a ela. Nós poderíamos ficar zangados, por exemplo, mas seríamos incapazes de associar essa emoção a qualquer tipo de ação que possa ter feito com que ficássemos zangados. Por causa disso, a emoção seria instintiva. Dessa forma, a matriz mental é muito importante em proteger a parte bruta do homem e a parte humana do homem. Ela protege nosso raciocínio superior, e garante que, pelo menos na maioria dos casos, nosso raciocínio seja capaz de acalmar a besta que são nossas emoções.
Na medida em que se treina a mente e se ganha controle sobre as emoções, a matriz mental se fortalece. Do mesmo modo, fazer exercícios que fortalecem a matriz mental faz com que se tenha controle maior sobre as emoções. Portanto, é um relacionamento duplo. Japa é um bom exercício para o fortalecimento da matriz mental. A respiração consciente também é muito boa para isso.
O corpo astral é chamado, em alguns círculos esotéricos, de “o   corpo do desejo”. É assim porque o corpo astral é o assento das emoções no corpo humano, e as emoções normalmente geram e são geradas por desejos. Esse corpo é mais famoso nos círculos modernos por causa da projeção astral, infelizmente. A projeção astral, por causa de os sentidos serem mais próximos aos sentidos físicos em como eles operam (através de várias formas de eletricidade), uma experiência no corpo astral é similar a uma experiência no corpo físico. Portanto, por exemplo, se eu estivesse em pé na sua sala no meu corpo astral, seria quase como se eu estivesse fisicamente lá. Eu veria tudo muito claramente, ouviria tudo que estivesse acontecendo, sentiria coisas, poderia até ser capaz de sentir cheiro ou gosto. Sem treinamento formal, contudo, até esses sentidos seriam obscurecidos. Uma porta poderia aparecer em um lugar que não estava, algumas coisas poderiam ficar de cabeça para baixo ou em cores diferentes, cheiros poderiam não ser exatamente eles mesmos, e as sensações poderiam ser falsas. Na medida em que o corpo astral se treina através do trabalho das faculdades astrais de percepção, a inteira experiência de projeção astral se torna muito mais organizada. Até assim, contudo, não é o modo preferido do mago para viajar. Se o corpo físico for tocado durante uma projeção astral, irá puxar o corpo astral de volta. Essa é uma experiência muito desagradável, e, em ocasiões muito raras, pode danificar a ligação entre o corpo astral e o corpo físico, efetivamente matando a pessoa. Do mesmo modo, enquanto no corpo astral, fica-se sujeito a obstáculos energéticos, massas de energia, e, em particular, energias negativas. Mais ainda, o corpo astral não pode viajar para muitos dos reinos superiores, e é enormemente limitado.
O corpo astral tem uma qualidade chamada elasticidade. A elasticidade é a habilidade de se agüentar diferentes energias que “alongarão” o corpo astral em várias direções. Você pode imaginar essa elasticidade como um balão. Se o balão for muito elástico, então pode ser preenchido por muito ar antes de sua pressão aumentar. Se não for elástico, então você ou não será capaz de enchê-lo com muito ar, ou ao tentar fazê-lo ele estourará. Agora, o corpo astral nunca “estourará”, mas ele se desgastará, justo como o corpo físico. Quando isso acontece, a grande parte do trabalho baseado em energia é fútil por algumas horas depois. O processo inteiro é similar ao corpo físico. Se você malhar demais, você chegará a um ponto no qual é muito difícil levantar até pequenos pesos, e será quase impossível levantar o peso aos quais você está acostumado. Uma vez que você tenha alcançado esse desgaste, o corpo precisará de algum tempo para se restaurar e se reparar, e aumentar a porção de estresse que os músculos podem agüentar. Se você se exercitar demais muito frequentemente, você estará estirando os músculos e não permitirá que eles cresçam ou se fortaleçam, e pode fazê-los até se tornarem mais fracos, em vez de mais fortes. É parecido com o corpo astral. Os exercícios, as “malhações” astrais são as acumulações de energia, como o trabalho com a força vital, ou com as forças dos quatro elementos. O “peso” são quantas acumulações você faz. Se o seu corpo astral pode apenas agüentar quatro ou cinco acumulações (o que é comum para a maioria das pessoas quando elas começam esse treinamento), então até se você fizer vinte acumulações, seu corpo astral terá feito na verdade apenas cinco, e portanto você alcançou os benefícios de apenas cinco acumulações. Muitas vezes, o corpo astral do iniciante é “rígido” demais para agüentar até mesmo somente uma acumulação de energia, e portanto o estudante gradualmente o suaviza na primeira semana ou na segunda de prática, até que comece a poder conter energia.
A pureza do corpo mental é determinada pelo estado mental, e sua força é determinada pela disciplina da mente. A pureza do corpo astral é determinada pelo equilíbrio dos elementos, significando o estado de equilíbrio entre os quatro elementos no corpo astral, e quão puros cada atividade desses elementos são. Por causa da natureza da matriz mental, um corpo astral equilibrado permitirá uma mente em paz, e uma mente em paz fará com que a realização de um corpo astral balanceado seja muito mais fácil.
A matriz astral conecta o corpo astral ao corpo físico, e se liga ao corpo físico em dois lugares: o coração e o fígado. Se a ligação, em qualquer dos dois locais, for destruída, não filtrará energia suficiente no corpo humano para mantê-lo vivo. Essa matriz é chamada de “corpo vital” em alguns círculos. É o local mais denso dos chakras como orbes individuais de energia dentro do ser, bem como é a localização inicial da Kundalini. Ela segura essas forças em sua potência mais condensada, antes de ser ancorada em diferentes pontos do corpo. A conexão imediata da matriz astral ao corpo astral, que é emocional em sua natureza, é a explicação para a grande onda de emoções que surge com o primeiro despertar da Kundalini. Então, na medida em que o despertar se torna mais controlado, seus impactos sobre a mente são mais grandemente enfatizados. É também no corpo vital que todas as nossas nadis se localizam, embora elas possuam paralelos físicos nos nervos do corpo físico. Assim, Nadi Shodhan pode ser vista como um tipo de limpeza dos canais energéticos do corpo vital, permitindo que a energia seja mais perfeitamente transmitida entre o corpo astral e o corpo vital. Quando não existem tais impedimentos, o corpo físico só adoecerá quando existir um desequilíbrio astral. Se o equilíbrio mágico foi alcançado no corpo astral, então este só se tornará doente quando existir uma implicação kármica do corpo mental. Se o corpo mental se tornou limpo de todos os karmas durante o ato de profunda Samadhi, então a doença é impossível, a não ser se for conscientemente tomada pelo mago para ajudar alguém.
É por isso que alguns mestres ficam muito doentes quando eles morrem. Eles já escolheram o exato segundo de sua morte há muito tempo, mas quando o momento de deixar os seus corpos se aproxima, eles se desfazem de uma grande quantidade de karma presente nesses corpos, de modo que, quando entrarem na Samadhi final daquele corpo, todo o karma seja destruído. Eles fazem isso por seus estudantes. Alguns mestres, que estão contentes com seu nível atual de evolução naquela encarnação, se carregam com muito do karma de seus estudantes, e, portanto, eles aparecem estar doentes muito frequentemente. Eles fazem isso porque eles praticamente não ligam para seus corpos físicos. Outros mestres podem ainda desejar evoluir até a um nível superior em uma encarnação, e portanto só podem se carregar até um certo grau com os karmas de seus estudantes. Nesse caso, eles só tomarão o karma de outra pessoa quando é de grande importância ou quando ele causa uma conseqüência terrível.
O corpo físico deveria também ser considerado, porque seus detalhes são de grande importância também. Muitos estudantes dos caminhos espirituais cometem um grande erro ao ignorar a informação relevante sobre este corpo, desmerecendo-o como ilusão, e focando apenas em sua consciência. Eles não compreendem que o quão distante a sua consciência é permitida a decolar pode depender diretamente de coisas físicas, ou que, se eles soubessem a, energeticamente, ajudar seus corpos físicos, então o voo da consciência seria grandemente acelerado e mais totalmente expressado. Para um mago, tal conhecimento é imperativo. Agora, isso que falarei é algo um pouco avançado, mas como eu não os verei por alguns anos, eu quero me assegurar de que vocês saibam essas coisas.
Cada um dos cinco chakras inferiores tem seu paralelo físico em um dos cinco plexos nervosos do corpo físico. Quando um chakra fica carregado e vibrante, existe uma grande quantidade de atividade neuroelétrica positiva resultante no plexo correspondente. Isso ajuda na saúde física do corpo inteiro. A prática de várias asanas físicas, chamadas gratashta yoga, utiliza certas posturas de modo a alongar os tendões que sustentam esses centros nervosos, a massagear os músculos que os cercam, e a redirecionar o fluxo sanguíneo aos centros nervosos para oxigená-los e, portanto, permite que a energia nervosa viaje melhor através deles. Para esse fim, a adoção da prática das yogasanas físicas pode ser muito benéfica e produtiva à meditação. Estudantes que começam sua sadhana com quinze minutos ou mais de yogasanas verão resultados agradáveis em suas meditações seguintes. Por haver energia astral carregada nos músculos, oxigênio e sangue, o efeito das yogasanas sobre os chakras astrais é positivo, e ajuda a abri-los aos fluxos de energia astral criados durante pranayama.
Os cinco plexos nervosos e seus cinco chakras correspondentes seguem:
Plexo Coccígeo – Muladhara
Plexo Sacro – Swadisthana
Plexo Lombar – Manipura
Plexo Solar – Anahata
Plexo Cervical – Visudha
O Agya Chakra não é ancorado ao corpo físico por um dos plexos nervosos, por ser localizado no cérebro. Em vez disso, o agya chakra tem seu centro na glândula pineal no centro do cérebro. Se você colocar um dedo de cada mão no ponto onde o topo da orelha se conecta ao resto da face, então entre esses dois dedos no centro do cérebro é aproximadamente onde o chakra agya deveria ser visualizado. O agya chakra possui dois pólos, dois lados diferentes que criam uma tensão eletromagnética no cérebro. A parte frontal do agya chakra, o pólo positivo, fica no lobo temporal no raiz do nariz entre as sobrancelhas. O pólo negativo fica atrás da cabeça, no bulbo raquidiano, logo abaixo do cerebelo. O cerebelo, assim, pode ser visto como o assento do ser inferior e das emoções animais, e a glândula pineal é o portal entre a sua consciência e o ser superior. O bulbo raquidiano é um importante centro de energia para trabalhos energéticos mais avançados, mas é suficiente dizer que ele serve como um ponto significante no corpo, onde a energia pode ser movida. Você não deveria tentar tal trabalho energético como iniciante, contudo. No vocabulário esotérico tradicional, é o Brahma Guha, a “Caverna de Brahma”. É chamada de “caverna” porque é escondida logo abaixo do cerebelo numa depressão do crânio que pode ser sentida atrás da cabeça onde o crânio se conecta novamente à medula espinhal.
Quando uma pessoa entra em Samadhi, a Kundalini ascende através da caverna de Brahma e arqueia adiante à glândula pineal, radiando ao pólo positivo no lobo temporal. Isso carrega energia através do terceiro ventrículo do cérebro, o qual se ilumina quando isso ocorre. O terceiro ventrículo é da forma do hamsa, do cisne, com sua cabeça apontando para trás à medua e suas asas estendidas à esquerda e à direita sobre o cérebro. É por isso que o cisne é associado ao moksha, liberação, na Índia. A impressão de luz que ocorre quando a energia elétrica passa através do terceiro ventrículo é refletida no fundo dos olhos como um cisne. Nos níveis posteriores e mais elevados de Samadhi, a Kundalini ascende até as suturas occipital e parietal do crânio no topo da cabeça, o brahmarandra. Quando isso acontece, toda a respiração no corpo cessa, o corpo se torna pálido e frio, e fica essencialmente morto. O topo da cabeça se torna muito quente ao toque. É através dessas duas suturas que a alma entra no cérebro e descende para a espinha. Quando uma pessoa comum morre, ela se “derrama” através de seus poros e, em particular, através de seu plexo solar. Quando uma pessoa iluminada morre, seus espíritos levantam voo através dessas suturas no Sahaswara Chakra no topo da cabeça, onde eles se expandem em consciência, ou vão para onde quiserem.
Os Sete Chakras
Os chakras são tradicionalmente representados como várias formas simbólicas dentro de esferas localizadas ao longo da medula espinhal. Eles existem no Sushumna, a sutil nadi correndo através da parte posterior da medulha espinha, dentro da coluna vertebral da espinha. No corpo, eles correspondem a vários plexos, como enfatizado acima, mas os chakras verdadeiros são astrais e mentais em sua natureza. Quando eles são trabalhados, você trabalha nos corpos astral e mental ao mesmo tempo. Isso é algo que eu ainda não li num livro, mas todo mundo deveria saber disso. Até o prana e a Kundalini existem no corpo mental, além de estarem presentes no corpo astral. À medida que a mente entra em níveis mais profundos de consciência, todo o fluxo de prana no corpo para e passa a acontecer no nível astral, e então o prana no corpo astral para e o movimento ocorre apenas no corpo mental. Quando tudo para, você experimenta um elevado nível de Samadhi.
Cada Chakra tem um número associado de nadis conectando-se a ele. Essas nadis são representadas nas imagens tradicionais como as pétalas que dobram o lótus que representa o chakra. Em cada pétala, está representada um único “bija”, um som-raiz no sânscrito. Esses sons bija são as vibrações que se encontram nessas nadis em particular. Existem práticas complexas associadas à meditação em cada um dos chakras e os mantras bija associados a eles. Algumas pessoas se prendem a somente essas práticas para sua evolução espiritual, mas essa é uma abordagem muito lenta e enfadonha. Os mantras bija mais complexos deveriam apenas ser usados para circunstâncias particulares onde existam problemas com um único chakra e o modo com que funciona, e mesmo assim isso deveria ser feito por um guru.
Outras imagens dentro das representações dos chakras representam os deuses ou deusas que inspecionam as funções desses chakras, as associações elementais e quais raios de atividade cósmica estão ativos através deles. Estes não são importantes num senso prático, mas qualquer um que desejar pode investigá-los mais profundamente.
Sistemas diferentes têm números diferentes de chakras. Existem 144 chakras no total no corpo, mas existem sete chakras primários. A tradição Nath, da qual eu venho, presta atenção aos nove chakras em vez dos sete tradicionais. Os dois extras são localizados sob o Anahata Chakra e no topo da boca. Eles são importantes para práticas Nath em particular, mas não diretamente envolvidos na passagem da Kundalini.

AS 21 LEIS DO UNIVERSO

AS 21 LEIS DO UNIVERSO QUE REGEM A VIDA MATERIAL E ESPIRITUAL.



• (Bhakta Mahadeva Arjuna) -( Clazildo Mello)

Este texto foi elaborado sob o ponto de vista das análises mais recentes e criteriosas da física quântica, pelas ciências da metafísica e pelas ciências védicas. Algumas das Leis mais importantes do Universo possuem uma direta inter-relação entre Deus, os seres vivos e o meio onde habitam.

OS AUTORES:

- Amit Goswami – (Professor titular da Universidade de Física de Oregon, Ph.D em física quântica, físico residente no Institute of Noetic Sciences, suas idéias aparecem no filme Quem somos nós? e em obras como A Física da Alma, O Médico Quântico, entre outras).
- Fritjof Capra- (Ph.D., físico e teórico de sistemas e o autor de várias obras, como: O TAO da Física, O Ponto de Mutação,Teia da Vida… .)
- Mestre Espiritual Srila Prabhupada – (fundador-acharya da ISKCON – (Sociedade Internacional para Consciência de Krsna) e é também autor de diversas obras sagradas da literatura védica, como o Bhagavad Gita Como Ele É, A coleção do Srimad Bhagavatam (19 volumes), Introdução a Filosofia Védica, Jóia do Universo, Krsna, A Suprema Personalidade de Deus (2 volumes) entre outros.
- Hridayananda dasa Goswami (Dr. Howard J. Resnick), mais conhecido como Srila Acharyadeva, – é um dos mais destacados líderes espirituais da Sociedade Internacional para Consciência de Krishna – ISKCON. Doutor em Sânscrito e estudos Indianos pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, nos últimos vinte anos tem se dedicado a traduzir e divulgar as escrituras védicas da Índia milenar para o Ocidente. Autor de diversos livros, entre suas obras literárias destacam-se as traduções do Mahabharata, o maior épico da Índia antiga, e a conclusão do Srimad-Bhagavatam, o mais importante dos Puranas.

Introdução:

Segundo os recentes estudos dos grandes físicos e do mestre espiritual, citados acima, eis as 21 Leis Universais que regem o Universo, a Natureza material e espiritual dos seres vivos e em especial as nossas boas ou más condutas neste planeta terra, regem o Universo, as Naturezas Material e Espiritual, os Seres Vivos e nossas boas ou más condutas neste planeta terra. Assim, parece-me lógico e razoável por meio da inteligência, que queiramos conhecer a nós mesmos, nossos objetivos nesta vida e o nosso destino próximo destino.

Reflexão:

“Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses.”
A mensagem acima foi escrita há muito tempo em um Templo consagrado ao deus Apolo, em Delfos, na Grécia. É atribuída ao sábio filósofo Sócrates.

As 21 Leis Universais.

1- Lei da Atração:

Aquilo que focas a tua primordial atenção, certamente atrairá. Sejam aspirações ou desejos por coisas positivas ou negativas. Exemplo: se fores ganancioso e extremamente materialista, por certo, acumularás muitos tesouros. Contudo deverias te lembrar sempre que todos os bens materiais são temporários e passageiros, até mesmo o teu próprio corpo físico. Por outro lado se fores amoroso, se cultivares valores espirituais atrairás o amor do próximo e as experiências diretas do amor de Deus.

2- Lei da Resistência:

Aquilo que resistes por desconhecer a verdade chama-se ignorância e se receias em obter o conhecimento superior espiritual, serás atraído cada uma vez mais aos medos, as angústias e as desavenças. Assim se assegura que a pessoa se livre dos seus medos, suas angústias, depressões e ansiedades lidando com eles diretamente como o conhecimento espiritual superior e sempre como o guia do mestre espiritual, aquele que através do conhecimento superior enfrentou as resistências e as venceu.

3- Lei da Reflexão:

Aquilo que aprecias, receias ou desgostas nos outros tens em ti mesmo, e vice-versa, somos em verdade o reflexo do outro. A pessoa imatura apenas projeta no outro a parte de si que não torna consciente. Aquilo que resistes em ti, e receias nos outros, são a causa da nossa principal ignorância, ou seja : Quem Sou! De Onde Vim? Para Onde Vou?, Verdadeiramente somos assim, inconscientes. Alguns ramos da Psiquiatria, Neurociências, Psicologia e Psicanálise modernas lidam com esta lei, mais infelizmente só percebem e tratam os sinais e sintomas superficiais, contudo a causa verdadeira está na raiz, no transfundo da inconsciência, portanto somente o autoconhecimento e a auto realização do homem, tanto material como espiritual, poderia nos colocar em verdadeira reflexão de: Quem Sou eu?

4- Lei da Manifestação:

Tudo se inicia com o verbo, um mantra, um pensamento, uma idéia. Quanto mais forte, mais repetitivo é este, mais depressa e imediatamente se manifesta, pela mecânica material ou espiritual da imantação. O pode criativo da mente e da inteligência, são esses dons inatos ou adquiridos que podem ser trabalhados pelas práticas de diversas yoga e a meditação, e assim a pessoa poderá subir para uma plataforma mais elevada e compreenderá as limitações e imperfeições dos seus sentidos físicos materiais.
O método filosófico e científico para realização de DEUS (AUTO-REALIZAÇÃO) é o método pelo qual purificamos nossa consciência, impedimos mais poluição, e chegamos ao estado de Perfeição, e esse sistema chama-se Bhakti Yoga. Apesar de Deus ser um só, Ele tem formas, aspectos e nomes ilimitados, de acordo com Suas infinitas manifestações. O Reino de Deus também é eterno, pleno de conhecimento e bem-aventurança ilimitadamente.

5- Lei do Livre Arbítrio:

Em última análise, não somos os controladores definitivos dos nossos destinos somos apenas responsáveis pelo que criamos totalmente por nossas atitudes, e a isso chamamos de livre arbítrio. Apesar de haver livre arbítrio, é dado à liberdade a pessoa de agir perante os eventos e circunstâncias como quiser de acordo ao seu nível de conhecimento e consciência. Assim, desenvolvendo consciência espiritual, haverá gradualmente o desapego às coisas e aos seus resultados fruitivos e às suas expectativas quase sempre frustrantes e aprenderemos a cultivar ações materiais e espirituais positivas, desta maneira eliminam-se conseqüências desfavoráveis do mau karma e criam-se perspectivas mais positivas para a vida material e espiritual no modo da bondade.

6- Lei da Conseqüência – Causa e Efeito.

Tudo surge de algo original anterior, cada evento, cada pensamento causa uma conseqüência (positiva ou negativa ao nosso julgamento e dos demais). Assim se executamos atos negativos atrairemos atos negativos e atos positivos atrairão de futuro atos positivos. Exemplo: se roubares acabará por ser roubado em algo porque causaste uma desestabilização da harmonia do sistema universal.
E enquanto permanecermos agentes e devedores por esse desequilíbrio do perfeito sistema universal, continuaremos neste ciclo de misérias, sofrimentos, nascimentos e mortes. De maneira que um dia nos cansaremos dos atos negativos provenientes do nosso estado mental de ignorância espiritual, e acabaremos cedo ou tarde acordando para eliminarmos estes indesejáveis inimigos da alma; a alma é nosso verdadeiro ser, e necessitamos obter conhecimento espiritual para nosso autoconhecimento e nossa auto realização.
Quando nascemos no mundo material, somos cobertos imediatamente pela energia material ilusória da ignorância, assim esquecemos completamente nossa posição eterna espiritual da perfeição do amor divino puro no Reino de Deus, que é plena de conhecimento e bem-aventurança.
Aqui no mundo material, somos sujeitos ao tempo-espaco, como duas categorias complementares, uma não existe sem a outra; para definir o espaço temos que situá-lo no tempo, e para medir o tempo temos que situá-lo no espaço; e ficamos presos no ciclo constante de nascimentos e mortes. Assim, temos que lutar arduamente pela existência material, na busca interminável pelo prazer material, que na verdade é temporário e ilusório. E na luta árdua da tentativa de dominar a natureza material, que é sempre frustrada. Essa é a lei do mundo material.

7- Lei da Harmonia:

No Universo tudo tenta atingir o equilíbrio e a harmonia, ou seja existe um Controlador Supremo. Veja-se o caso do Planeta Terra e da Natureza e de todo o Universo conhecido. Este mundo material é um reflexo pervertido do mundo espiritual, ou Reino de Deus. Tudo que existe aqui existe lá, só que aqui é reflexo pervertido, temporário, ilusório e cheio de sofrimentos e misérias. Lá, tudo é absoluto, eterno, perfeito, pleno de prazer, pleno de conhecimento e pleno de êxtase, ilimitadamente. Aqui no mundo material, somos como o peixe fora da água. Um peixe fora da água, fora de seu ambiente natural, nunca vai conseguir ficar satisfeito, muito pelo contrário, o sofrimento só vai aumentar até a morte. O Supremo Senhor quando cria este mundo material, que é criado e destruído constantemente, pois sofre ação do tempo, é tão misericordioso que entra pessoalmente em toda a criação, no Seu aspecto localizado todo-penetrante, dentro do coração de todos os seres vivos e dentro de cada átomo da criação. Portanto, o Senhor nunca nos abandona, Ele está sempre dentro do nosso coração, nós é que O abandonamos.

8- Lei da Sabedoria e Conhecimento:

A sabedoria da consciência elimina a ignorância e suas conseqüências negativas na vida humana. Exemplo: ao aprendermos a lidar com sensatez sobre as diversas coisas da vida material e espiritual com amor, consciência e dedicação, podemos ultrapassar nossas dificuldades quotidianas, sempre inspiradas no conhecimento superior da ciência espiritual, que nos diz claramente que somos corpo e alma espiritual. Portanto não e nada inteligente dedicarmos quase todo nosso tempo ao mundo material, isso é estupidez, ignorância.
O Supremo Senhor é muito misericordioso e clemente. Ele é o criador deste mundo material temporário e ilusório, que é criado justamente para tentar satisfazer o desejo de “prazer” independente dos seres condicionados na ilusão e ignorância. Ignorância porque esquecemos nossa verdadeira identidade eterna. Ignorância significa não conhecer Deus.

9- Lei do Retorno e da Dádiva:

Aquilo que ofereces com dádiva acaba por receber mais. Se oferecer mais amor de mim aos outros, mais receberei em retorno. Não importa o tamanho de seus sonhos, o Universo não enxerga limites. Existem pessoas que ao longo de seu caminho vão impondo barreiras e limites aos seus desejos. Saber escolher o que realmente se quer é uma dádiva hoje em dia, o mundo material nos distrai o tempo todo e é difícil resistir a todo o apelo publicitário que nos faz distanciarmos de nossas idéias e desejos originais, que é a nossa conexão com o mundo espiritual. A partir de uma boa reflexão sobre o que se é e onde se deseja chegar não fica difícil criar uma meta.

10-Lei da Evolução e Propósito:

A evolução do Universo e da vida não acontece ao acaso. Existe um propósito e tudo é orquestrado de um modo espantosamente inteligente pela suprema vontade de Deus. Questão: como surgiu o universo? Como surgiu o DNA? Como surgiu a célula?
A evolução humana é no sentido da inteligência, do poder criativo e de manifestação dos bens favoráveis a toda sociedade. A evolução da consciência de Deus é no sentido da sabedoria do Amor. Nós somos partículas atômicas do Supremo Senhor. Assim, temos as mesmas qualidades fundamentais de Deus só que em quantidade infinitesimal. Temos uma relação eterna de amor puro com Deus, que é a causa do conhecimento perfeito e bem-aventurança verdadeira. A Causa de todas as causas.

11- Lei da Energia:

Como afirmam os físicos e em especial os físicos quânticos, tudo no universo é energia. E toda a energia é vibração. É apenas diferença em vibração que faz diferir cada coisa e cada ser (Teoria das Cordas). No Universo, a energia não se cria não se perde apenas se transforma. Isso se aplica a tudo, inclusive à consciência. As diferenças na vibração fazem mudar as propriedades das coisas de forma que parecem diferentes à nossa percepção limitada. Deste modo e evidentemente, há forma de energia que não são observáveis pela nossa percepção imperfeita, mas claro continuam e existir (exemplo: UVs, eletricidade…). Deste modo, formas de seres e objetos podem não ser manifestadamente visíveis, mas mesmo assim existentes! Ou não são visíveis, mas são “sentíveis”.
12- Lei do Desapego:

É na resistência e no apego aos bens do mundo material que está à origem de todos os nossos sofrimentos. Só porque resistimos com apego aos bens materiais, estamos sempre insatisfeitos e incompletos. Quando aceitamos que todas as coisas são temporárias e passageiras, e nomeadamente da mutabilidade das coisas, dá-nos paz por sabermos que nada possuímos e tudo “desaparece conforme os planos divinos”, pois lentamente transforma-se. Cultivando nossa consciência de que toda matéria é transitória e efêmera podemos ser mais facilmente felizes. Na verdade não é suposto possuirmos nada, pois tudo em essência pertence à Suprema Verdade Absoluta.

13- Lei da Gratitude:

Quanto mais dás com gratidão, mais recebes. O quanto mais dás com amor, mais receberás. Essa é uma lei imutável.

14- Lei da Associação:

Quando dois ou mais se juntam com o mesmo propósito ou intenção elevados, a força é duplamente mais eficaz. Podemos criar satisfação global para todos deste modo. Quando milhares de devotos se juntam em devoção e amor por Deus a força é enorme e incomensurável. Hare Krsna!

15- Lei do Amor Incondicional:

A expressão do amor incondicional manifestada pelos homens com consciência divina proporciona mais harmonia e paz. O Amor incondicional superior á Deus é aquele que dás sem pedir ou esperar nada em troca. É o processo para reviver a relação amorosa eterna do ser vivo com Deus. É Bhakti Yoga.

16- Lei da Afinidade:

Tudo na nossa vida condicionada não acontece por mero acaso, há afinidades que explicam propósitos e conseqüências de acordo como o nosso nível de consciência.

17- Lei da Abundância:

Nós criamos a realidade que queremos, conforme nossos interesses. Ou melhor… Nós vemos a realidade que queremos. Mas a realidade que este universo é um sem fim de abundância. Veja-se a sua imensidão! Veja-se a quantidade de recursos que a Terra nos dá. Veja-se o quão pouco realmente necessitamos para vivermos em paz e abundância! Todos os seres humanos contêm em si todo o potencial para fazer das suas vidas um paraíso de grande felicidade. No entanto a generalidade da espécie humana imersa na ignorância divina escolhe viver um planeta de escassez e assim cria a sua ilusória realidade.

18- Lei da Ordem Universal:

Quando estudamos detalhadamente a física, a química e a biologia e outra ciências durante o colégio e a universidade ficamos surpreendido com a complexidade da vida e do universo; toda a ordem e propósito de todas as interações que compõe o corpo, desde os órgãos, às células, das moléculas aos átomos. Nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito divino. A vida é funcional, adaptável e sustentável neste planeta. Qualquer desajuste no equilíbrio neste sistema planetário apenas causa a desarmonia e tentamos, quase sempre inutilmente, nos adaptarmos e restabelecermos sua funcionalidade e sustentabilidade de novo. Não existem erros nem acasos. Todas as lições são aprendidas com amor ou sofrimento e o propósito da evolução é seguido de acordo aos propósitos do Supremo Controlador.
Como disse um sábio: “A tua maior liberdade está em escolheres seguir alegremente o teu destino, cumprindo-te com as leis divinas.”

19- Lei da Unidade:

É apenas por simples ilusão existencial humana que parecemos separados entre corpo e alma. Os nossos sentidos limitados e imperfeitos são a expressão da nossa inconsciência, enquanto os sentidos conscientes da alma são perfeitos e ilimitados, no entanto, por causa da nossa ignorância de quem realmente somos, parecem separados. Nós somos pessoas porque Deus é uma pessoa. A diferença é que somos pessoas infinitesimais e Deus é a pessoa suprema infinita, ou seja, a Suprema Personalidade de Deus.

20- Lei do Compromisso:

Uma forma de consciência superior só consegue ser realmente livre e totalmente realizada em felicidade quando conseguir libertar e compartilhar essa felicidade a todos os outros seres. No sentido verdadeiro do espírito, por virtude da lei do propósito, parece-nos que a energia superior do universo sempre percorre no sentido do Amor Divino e tal acontecerá mais tarde ou mais cedo na história dos homens, de acordo com seus níveis de consciência. Só que ao mesmo tempo, Deus nos dá liberdade completa, e quando fazemos mau uso dessa liberdade, ficamos cobertos pela ilusão material, a partir do ego falso, e por isso temos que nascer no mundo material, que funciona como uma prisão.

21- Lei da Eternidade:

Na realidade não existe tempo ou espaço. Amor incondicional a Deus e aos homens e as suas criaturas. Deus é um só. Deus é onipotente, onisciente e onipresente.
-um estudante: “Aonde está Deus? Você pode me mostrá-Lo?
- Srila Prabhupada, respondeu: “Bem, você verá. Não agora. Quando as sua atividades pecaminosas amadurecerem, quando a morte chegar, você O verá. Isto está acontecendo.”

- Conclusão:

Necessitamos mudar urgentemente nosso foco de atenção, temos sem dúvidas uma vida humana material, porém necessitamos realizá-la com inteligência e consciência, mas, no entanto, só poderemos alcançar este estado amor, paz e felicidade, quando verdadeiramente cultivarmos nossa vida espiritual, afinal em ultima análise, somos almas espirituais eternas e não apenas estes corpos físicos temporários.

Consultas, Estudos e Bibliografias:

1 – Amit Goswami: “A conexão da Mecânica Quântica com conceitos como a não-localidade e a causalidade, levou esta disciplina a uma ligação mais profunda com conceitos filosóficos, psicológicos e espirituais. Hoje há uma forte tendência em unir os conceitos quânticos às teorias sobre a Consciência. Físicos como o indiano Amit Goswami se valem dos conceitos da Física moderna para apresentar provas científicas da existência da imortalidade, da reencarnação e da vida após a morte. Professor titular da Universidade de Física de Oregon, Ph.D em física quântica, físico residente no Institute of Noetic Sciences, suas idéias aparecem no filme Quem somos nós? e em obras como A Física da Alma, O Médico Quântico, entre outras. Ele defende a conciliação entre física quântica, espiritualidade, medicina, filosofia e estudos sobre a consciência. Seus livros estão repletos de descrições técnicas, objetivas, científicas, o que tem silenciado seus detratores.”

2 – Fritjof Capra: “Ph.D., físico e teórico de sistemas, revela a importância do observador na produção dos fenômenos quânticos. Ele não só testemunha os atributos do evento físico, mas também influencia na forma como essas qualidades se manifestarão. A consciência do sujeito que examina a trajetória de um elétron vai definir como será seu comportamento. Assim, segundo o autor, a partícula é despojada de seu caráter específico se não for submetida à análise racional do observador, ou seja, tudo se interpenetra e se torna interdependente, mente e matéria, o indivíduo que observa e o objeto sob análise. Outro renomado físico, prêmio Nobel de Física, Eugen Wingner, atesta igualmente que o papel da consciência no âmbito da teoria quântica é imprescindível.”

3 – Srila Prabhupada: “Tudo isso pode ser melhor observado por seguir as atividades do fundador e guia espiritual da ISKCON, Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada. Srila Prabhupada veio para América em 1965 com 69 anos de idade e começou a pregar sobre a ciência de Krsna, de acordo com as escrituras Védicas tal como o Bhagavad-Gita, e o Srimad Bhagavatam. Em conformidade com os Vedas, tudo no universo pertence a Deus, e uma pessoa deve apenas obter a quota necessária para sua sobrevivência. As escrituras Védicas ensinam que cada pessoa é, na verdade, uma entidade viva eterna, uma alma espiritual. Quando o corpo falece, a alma, continua a viver. Mas contanto que não desenvolvemos nossa auto-realização, contanto que nós persistimos ignorantes de nossa conexão com Deus, então no momento da morte a alma espiritual eterna deve entrar em outro corpo temporário, apenas para sofrer novamente a agonia da morte quando aquele corpo material morre. O processo da transmigração da alma de um corpo a outro enfrenta as estritas leis do karma. Por estas leis, as ações que nós realizamos e os desejos que cultivamos na vida presente determinam nosso destino na próxima. Mas independente da situação que nascemos, se em uma família rica ou uma família de gatos ou cães, devemos sempre encarar as misérias múltiplas de nascimento, velhice, doença e morte. Entretanto, a cultura Védica ensina que enquanto tivermos inteligência e a boa oportunidade de cultivar o conhecimento espiritual – em outras palavras, antes de nosso tempo neste corpo material finalizar – devemos resolver este problema fundamental, o problema de repetidos nascimentos e mortes. Pode levar tempo até todas as nações desistirem de tentar resolver seus problemas com miscelâneas e aceitar todas as soluções práticas da Consciência de Deus/Krsna. Tudo que é necessário é uma boa inteligência espiritual para ver a Consciência de Deus/Krishna como um presente inestimável o qual realmente é. Deus não é abstrato; Ele possui os dois aspectos impessoal e pessoal na Sua personalidade que é SUPREMA, ETERNA, BEM-AVENTURADA, e plena de CONHECIMENTO. “Do mesmo modo como uma única gota de água tem as mesmas qualidades de um oceano de água, nossa consciência possui as qualidades da consciência de Deus, mas por causa de nossa identificação e apego com a energia material (corpo físico, prazeres sensuais, posses materiais, ego etc.) nossa verdadeira CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL ficou poluída, e igual a um espelho sujo que não pode refletir a imagem pura.”