15 de mar. de 2013

Sindrome Álgica Crônica * FIBROMIALGIA

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Dor Crônica

O que é dor crônica?
A dor crônica é uma condição clínica caracterizada pela ocorrência de dor músculo-esquelética crônica na ausência de processos inflamatórios articulares ou musculares (ausência de substrato orgânico).  Código Internacional de Doenças: CID10 - M79.7 (Fibromialgia)

Toda dor crônica é fibromialgia?

Como veremos abaixo em teoria sim, porém particularmente não gosto do termo fibromilagia, Prefiro usar o termo Síndrome Álgica Crônica, ou simplesmente dor crônica, a fibromialgia é um tipo de dor crônica . Defino a Sindrome Álgica Crônica, como uma dor ou várias dores que duram meses ou anos, sem substrato orgânico ( casos onde os médicos não conseguem chegar a um diagnóstico de um problema no local ) que justifique as dores.
Nesses pacientes as dores não são causadas por um processo inflamatório no local da dor. A sistema de percepção da dor, pelo cérebro, é que está alterado. Ou seja o problema não está onde a dor e sentida e sim no modo como o cérebro interpreta os estímulos que recebe. Nos pacientes com dor crônica os estímulos não dolorosas podem provocar dor, 
O toque do Soutien na pele pode fazer provocar dor. 
Ficar sentado pode causar dor. 
Ficar deitado pode causar dor,
O simples ato de andar pode provocar dores fortes.
Nesse texto uso o termo fibromialgia como sinônimo de dor crônica para facilitar a leitura e a correlação com os demais dados da literatura.

Quando surgiu o diagnóstico de dor crônica?
A síndrome fibromiálgica (SFM) é reconhecida desde meados do século XIX. Gowers, em 1904, sugeriu o termo “fibrosite” para cognominar as síndromes dolorosas musculares regionais Várias denominações como “fibrosite”, reumatismo muscular, miofascites, mialgia, síndrome dolorosa miofascial, Dores crônicas foram adotadas. 
Yunus et al. (1981) propuseram o termo “fibromialgia” para denominar “fibrosite”, pois nesta entidade não há inflamação tecidual, apenas dor muscular difusa, relacionada a outras
anormalidades do sistema nervoso central (SNC).

Quais as caracteísticas da dor crônica sem substrato orgânico?
Estudo multicêntrico revelou que a combinação de dor difusa, bilateral, acima e abaixo da cintura, nas extremidades e no esqueleto axial e, pelo menos, a identificação clínica desses pontos favorece o diagnósticos de fibromialgia. Esses pontos dolorosos  estão relacionados com ansiedade, depressão, palpitações, fadiga e anormalidades do sono, acordar no meio da noite, sensação de que algo está errado e você não sabe o que é. A ocorrência da Dor crônica independe de idade, nível sócio econômico e cultural dos indivíduos e frequentemente esta relacionado a um episódio de perda. Perda de um ente querido, perda do namorado, perda do emprego,  perda da vida que tinha antes, etc.

Como é o quadro clínico da dor crônica?
As dores musculares generalizadas ou migratórias (cada dia dói num lugar) são sintomas característicos, entretanto, a rigidez matinal, fadiga, anormalidades sensitivas, neurovegetativas, cognitivas e de qualidade do sono, palpitações, cefaleia, hipersensibilidade ao frio, hiperemia cutânea, domências e parestesias pelo corpo todo ou metade do corpo, dismenorréia, síndrome de cólon irritável, cistite de repetição, fenômeno de Raynaud, ansiedade e depressão podem  estar associados. 

Síndrome dos mutos Médicos.

O paciente passa por muitos médicos ( 5, 10, 15 médicos) e nenhum chega a um diagnóstico que explique todas as dores e sintomas num todo.

Como é feito o diagnóstico da Fibromialgia?
O diagnóstico da Fibromialgia é clínico. Não há evidências de anormalidades laboratoriais ou radiológicas. Os critérios diagnósticos da fibromialgia sugeridas são:
• História clínica: dor cronica generalizada localizada no hemicorpo direito e esquerdo, acima e abaixo da cintura, além do eixo axial (regiões da coluna cervical, face anterior do tórax, coluna dorsal e/ou coluna lombar) 
• Exame físico: ocorrência de dor à palpação digital com 4 kg/força/cm2 em áreas denominadas de pontos dolorosos (tender points) 
1. inserção dos músculos suboccipitais na nuca;
2. ligamentos dos processos transversos da quinta a sétima vertebra cervical;
3. bordo rostral do trapézio;
4. músculo supra-espinhoso;
5. junção do músculo peitoral com a articulação costocondral da segunda costela;
6. área situada dois centímetros proximais ou distais ao epicôndilo lateral do cotovelo;
7. quadrante látero-superior da região glútea, distal à espinha ilíaca;
8. inserções musculares no trôcanter femoral; 
9. região situada dois centímetros rostralmente à linha articular do côndilo medial do fêmur. 
Um paciente com dor crônica não precisa ter todos esses sintomas descritos acima, em algumas situações dói um único local durante anos.

Existe diagnóstico diferencial com fibromialgia?
Sim, O diagnóstico diferencial da fibromialgia inclui as doenças autoimunes, síndrome dolorosa miofascial (SDM), as poliartrites , as polineuropatias periféricas o hipotireoidismo e a polimialgia reumática, dentre outras condições.
Várias outras afecções podem constituir comorbidades com a fibromialgia, incluindo a depressão, a síndrome do cólon irritável, as cefaléias e a síndrome da fadiga crônica.
Qual a relação entre depressão e dor crônica?
Aproximadamente 25% dos doentes com fibromialgia apresentam depressão maior e 50% história de depressão em algum período da vida. Os sintomas de depressão incluem fadiga, desânimo, falta de energia, alterações do sono e dor crônica.

Distúrbios do Sono e dor crônica.

O sono não reparador está clinicamente relacionado à intensidade e à duração da dor musculo esquelética.  Outros distúrbios da arquitetura do sono estão presentes e todos se relacionam com alterações bioquímicas de neurotransmissores, como a serotonina e a substância P.

Substancia P e Dor Crônica
A Substância P é um importante neurotransmissor nociceptivo. Há dois estudos que demostram um aumento de três vezes na quantidade de substância P em LCR de pacientes fibromiálgicos(13-14). Esses achados, de aumento dos níveis de substância P, estão de acordo com a noção de que a sensibilização central é o início da patogênese da fibromialgia.

Qual a relação entre doença reumática e dor crônica?
Algumas afecções reumatológicas como artrite reumatóide (AR), síndrome de Sjögren ou lúpus eritematoso sistêmico (LES) podem apresentar-se inicialmente como dor difusa e fadiga. Nestes casos, a fibromialgia pode coexistir.  Cerca de 12% dos doentes com Artrite Reumatoide, 7% dos doentes com osteoartrose e 22% dos casos de Lupus Eritematoso Sistêmico apresentam associadamente fibromialgia. 

Qual a relação entre dor Crônica fenômeno de Raynaud e outras afecções reumáticas?
Cerca de 20% a 35% dos doentes com fibromialgia apresentam fenômeno de Raynaud e secura da mucosa ocular e oral sugerindo síndrome de Sjögren. A polimialgia reumática pode apresentar-se de modo similar à fibromialgia Naquela condição os pontos dolorosos não são achados constantes, a velocidade de hemossedimentação é elevada e a evolução é favorável com uso de corticosteróides. A espondilite anquilosante se apresenta como comprometimento axial, redução da flexibilidade à movimentação da coluna toracolombossacral e alterações radiológicas típicas; a ocorrência de sinovite e alterações sistêmicas do tecido conectivo auxiliam o diagnóstico destas últimas afecções. A miosite inflamatória e as miopatias metabólicas podem ocasionar fraqueza e fadiga muscular, mas geralmente não causam dor difusa. Não ocorre fraqueza muscular significativa em casos de fibromialgia; quando presente, é devido à dor e ao desuso. As enzimas musculares são normais e o quadro histopatológico também é normal ou inespecífico em biópsias musculares de doentes com fibromialgia. Afecções metabólicas ou inflamatórias podem ocorrer em doentes com fibromialgia, incluindo o hipotireoidismo e o diabetes mellitus; entretanto, tratamento das condições não implica em regressão das manifestações da fibromialgia. 

Qual a relação entre síndrome de fadiga crônica e dor crônica/fibromialgia?
A síndrome da fadiga crônica (SFC) apresenta similaridade com a fibromialgia. Os sintomas se instalam agudamente após doenças infecciosas e se caracterizam pela persistência de fadiga debilitante e desconforto após os exercícios. Cerca de 75% dos doentes com diagnóstico de síndrome da fadiga crônica apresenta dor.

Como é a fisiopatologia da dor crônica?
Mecanismos neurogênicos
A fisiopatologia da dor crônica está relacionada a anormalidades no Sistema Nervoso Central. Várias evidências sugerem que a dor experienciada pelos doentes com dor crônica resulta de anormalidades no processamento sensitivo no Sistema Nervoso Central. 
Os estudos sugerem que o processamento sensitivo é anormal em doentes com fibromialgia  A Dor é o sintoma mais importante da fibromialgia. Anormalidades periféricas podem desempenhar algum papel na patogênese da fibromialgia . Os nociceptores são ativados por estímulos mecânicos, térmicos e/ou químicos teciduais. Neurotransmissores liberados retrogradamente (sP – substância P, neurocininas, PGRC) modificam a atividade da placa motora. 


Qual a relação entre a atitude positiva e negativa e a dor crônica
A atividade mental do indivíduo influencia a sensação dolorosa desagradável, pois modifica o fluxo sangüíneo no giro anterior do cíngulo. Isto significa que a atividade pré-frontal cortical (pensamento positivo ou negativo) pode influenciar a percepção da dor.  É esta a base funcional da somatização e da eficácia da psicoterapia  em doentes com dor crônica.

Qual a relação do Sono com as dores crônicas e a fibromialgia?
A depleção da serotonina ocasiona redução da duração do sono não REM e aumento das queixas somáticas, depressão e percepção de dor. A redução da atuação de serotonina nos receptores serotoninérgicos do SNC encefálico e espinal, pode ocasionar redução na produção de hormônios do eixo hipotálamo-hipofisário- adrenal, do sono delta e da sP no encéfalo. O aumento da sP na medula espinal relaciona- se à alodínea e à hiperalgesia difusa. É possível que a hipoatividade destes neurotransmissores justifique a ocorrência de dor em casos de fibromialgia . É provável, portanto, que nos doentes com fibromialgia ocorram disfunções no SNC relacionadas à sensibilização nociceptiva e à inadequação da modulação da sensibilidade dolorosa. Parece ocorrer aumento da atividade de neurotransmissores excitatórios e deficiência da atividade dos neurotransmissores inibitórios em casos de fibromialgia; o aumento da atividade dos neurotransmissores excitatórios, especialmente da sP e a deficiência de neurotransmissores inibitórios, em especial da serotonina, poderiam implicar na percepção alterada dos estímulos nociceptivos. Portanto, déficit serotoninérgico, incluindo desrregulação serotoninérgica do eixo hipotálamo-pituitário, anormalidades no eixo hipófise-adrenal, anormalidades na atuação da sP, do peptídeo geneticamente relacionado à calcitonina e dos receptores de NMDA do SNC parecem ocorrer nos casos de fibromialgia.

Qual
 a relação entre Anormalidades músculo-esqueléticas e a dor crônica?
O falta de condicionamento físico é característico em doentes com dor crônica e exerce papel importante na expressão dos sintomas; predispõe-nos a microtraumatismos musculares, à dor e à fadiga crônica. O metabolismo muscular é normal apesar de haver redução da oxigenação nos locais dos pontos dolorosos, provavelmente resultante da falta de condicionamento físico.

Como
 é o mecanismo de dor referida na fibromialgia?
A sensibilização dos nociceptores é responsável pela dor localizada à digitopressão e contribui para o mecanismo de dor referida. A dor referida, em grande parte, é devido à sensibilização dos neurônios sensitivos da substância cinzenta do corno posterior da medula espinal que apresentam ampliação de seus campos receptivos e se tornam reativos aos estímulos nociceptivos e não nociceptivos.

Referencia: Kaziyama, H.H.S., Lin, T.Y., Teixeira, M.J., Piagge, F.D. Síndrome fibromiálgica. Rev. Med. (São Paulo), 80(ed. esp. pt.1):111-27, 


Dr. Marcos Britto da Silva

Ortopedista, Traumatologista, Médico do Esporte 
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
http://www.marcosbritto.com/2010/11/dor-cronica-fibromialgia-tratamento.html 22/11/1012.





 http://www.mdsaude.com/2008/12/fibromialgia.html#.UUMkXRevXVE

fibromialgia é um dos maiores mistérios da medicina. É uma doença que se caracteriza por dores difusas envolvendo músculos, tendões e ligamentos. O paciente com fibromialgia tem múltiplas dores pelo corpo e se sente constantemente exaurido, todavia apresenta ótimo aspecto, o exame físico não demonstra nenhuma anormalidade óbvia e as análises e exames complementares são normais.

Portanto, se você tem dores por todo o corpo, sente-se frequentemente cansada(o), já foi a vários médicos e nenhum deles consegue identificar uma causa, o seu problema pode muito bem ser fibromialgia. 

Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre a fibromialgia:
  • O que é fibromialgia.
  • Causas da fibromialgia.
  • Sintomas da fibromialgia
  • Tratamento da fibromialgia


Leia o texto original no site MD.Saúde: O QUE É FIBROMIALGIA? http://www.mdsaude.com/2008/12/fibromialgia.html#ixzz2NcG4duP7





O que é a fibromialgia?

A fibromialgia é uma doença crônica que cursa com dor muscular generalizada e sensibilidade excessiva em muitas áreas do corpo. Muitos pacientes com fibromialgia também sofrem de fadiga, sono excessivo, dores de cabeça e distúrbios do humor, como depressão e ansiedade. Curiosamente, apesar da riqueza de sintomas, não há alterações detectáveis nos exames laboratoriais nem nos exames de imagem, como radiografias, ultrassonografia, tomografias, etc. Além da dor, mais nada é detectado através do exame físico do paciente com fibromialgia. Biópsias realizadas nos músculos, tendões e ligamentos nada revelam, não há sinais de inflamação, não há lesões e muito menos alterações estruturais. 

Exatamente pela falta de achados objetivos, a fibromialgia era no passado considerada uma doença de natureza psicossomática (de origem psicológica). Seu reconhecimento como "doença real" só foi obtido em 1987.

As atuais teorias sugerem uma alteração nas áreas cerebrais responsáveis pela percepção da dor. O cérebro dos pacientes com fibromialgia parece ser excessivamente sensível aos estímulos dolorosos que chegam a si. Isso significa que estímulos indolores para a maioria das pessoas são interpretados como dor pelo cérebro do paciente fibromiálgico.

Exames radiológicos mais modernos, ainda pouco usados na prática médica do dia-a-dia, conseguiram demonstrar que pacientes com fibromialgia apresentam sinais precoces de envelhecimento do cérebro, com redução da área cinzenta (local do cérebro onde ficam os neurônios). Estas alterações podem justificam uma exagerada interpretação do cérebro aos estímulos externos.

Porém, como já referido, não existe nenhum exame laboratorial ou de imagem que confirme o diagnóstico de fibromialgia. Na verdade, estes exames só servem para se descartar outras causas de dor crônica. Se durante a investigação algum exame laboratorial ou de imagem detectar alterações, ou ainda, se houver a presença de sinais inflamatórios nas articulações (artrite) ou sinais de lesões neurológicas detectáveis durante o exame físico feito pelo médico, o diagnóstico de fibromialgia deve ser repensado, uma vez que estas alterações apontam para a existência de uma outra causa para as dores.

A fibromialgia é seis vezes mais comum em mulheres e a sua prevalência aumenta conforme a idade. Cerca de 2% da população jovem e 8% da população idosa são portadores desta doença. A maior parte dos casos de fibromialgia inicia-se entre os 30 e 55 anos.

Em 50% dos casos os sintomas iniciam-se após um evento pontual, tal como um estresse físico ou psicológico. Nos outros 50% não se consegue detectar nenhum gatilho para o surgimento dos sintomas. Pessoas com história familiar positiva apresentam 8 vezes mais chances de ter fibromialgia que o resto da população, o que sugere fortemente uma causa genética.

Sintomas da fibromialgia

O principal sintoma da fibromialgia é uma dor difusa, podendo envolver músculos, ligamentos e tendões. Muitas vezes o doente refere sensação de articulações inchadas, o que na verdade é apenas uma sensação, já que o edema não é comprovado ao exame físico. Não há sinais clínicos de artrite nas articulações doloridas.

Quando questionados aonde dói, muitos respondem: dói tudo. São dores constantes, que pioram ao toque. O paciente com fibromialgia tem um limiar para dor mais baixo, isto é, estímulos dolorosos de intensidade igual são muito mais sentidos por quem tem a doença.

Um dos critérios para o diagnóstico da fibromialgia é a dor a palpação em pelo menos 11 dos 18 pontos sensíveis ilustrados abaixo.
Pontos dolorosos da fibromialgia
Pontos da fibromialgia

Outra descrição comum para os sintomas da fibromialgia é a de sensação de estar com uma forte gripe que não passa, causando dor no corpo, mal estar, dor de cabeça e astenia.

Além da dor difusa, a fadiga é outro sintoma frequentemente presente no paciente fibromiálgico. O cansaço é mais forte de manhã, logo que o paciente acorda, mas também pode ser bastante incômodo no final da tarde. A fadiga matinal ocorre mesmo que o paciente tenha dormido mais de 10 horas durante a noite. A sensação é de um sono não revitalizante. Na verdade, uma das características da fibromialgia é o sono leve. Os pacientes acordam com frequência durante a madrugada e têm dificuldade em voltar a dormir. Alguns trabalhos mostram que esses pacientes não conseguem se manter no estágio 4 do sono, que é o do sono profundo, também conhecido como sono restaurador.

O fibromiálgico passa o dia sentindo uma completa falta de energia, com sensação de pernas e braços pesados e dificuldade de concentração, denominada pelos pacientes como "cérebro cansado". É muito comum a associação da fibromialgia com a síndrome da fadiga crônica (leia: SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA).

Dor de cabeça tipo enxaqueca ou cefaleia tensional é um sintoma comum e acomete mais de 50% dos pacientes com fibromialgia (leia: DOR DE CABEÇA - ENXAQUECA, CEFALEIA TENSIONAL E SINAIS DE GRAVIDADE).

Os pacientes também podem apresentar uma variedade de sintomas mal compreendidos, incluindo dor abdominal, dor no peito, sintomas sugestivos de síndrome do intestino irritável, dor pélvica, sintomas urinários, como ardência para urinar e necessidade de ir ao banheiro com frequência, problemas de memória, olhos secos, palpitações, tonturas, formigamentos, flutuações constante de peso, perda da libido, intensas cólicas menstruais e alterações do humor.

A associação com a depressão e distúrbios de ansiedade é muito comum (leia: O QUE É DEPRESSÃO?). Cerca de 70% dos pacientes com fibromialgia desenvolverão um dos dois distúrbios ao longo da vida.

O grande desafio para o médico é quando a fibromialgia ocorre concomitantemente com outras doenças que também cursam com dores difusas, como osteoartrite, polimialgia reumática e artrite reumatoide (leia: ARTRITE REUMATOIDE). Nestes casos, o diagnóstico de fibromialgia é muito difícil de ser estabelecido.

É importante saber que, se por um lado a fibromialgia não é uma doença que acarrete risco de morte ou cause deformidades, por outro, os sintomas podem ser incapacitantes, determinado uma péssima qualidade de vida ao paciente. Pacientes com fibromialgia costumam ter uma qualidade de vida muito ruim se não tiverem o diagnóstico estabelecido e não estiverem sob tratamento.

A maioria dos pacientes com fibromialgia vive com os sintomas durante anos até o diagnóstico ser finalmente feito. Durante a investigação, estes pacientes costumam passar por dezenas de exames e múltiplos especialistas. Alguns pacientes acabam sentindo-se rejeitados pelos médicos, enquanto outros temem que uma doença fatal oculta acabe por ser encontrada. 

Tratamento da fibromialgia

O tratamento é idealmente feito com uma equipe multidisciplinar, com um reumatologista, um fisioterapeuta e um psicólogo ou psiquiatra. Entender o que é a doença, acabando com pensamentos negativos do tipo "vou morrer", "tenho câncer" ou "isso é uma infecção sem cura", ajuda muito a combater os sintomas.

A longo prazo, a imensa maioria dos pacientes com fibromialgia melhora dos seus sintomas e consegue manter uma vida ativa e com qualidade. Comentários do tipo " isso é coisa da sua cabeça" ou "pare de frescura que não há nada de errado consigo" são inverdades que só prejudicam o tratamento.

Entretanto, não existe cura fácil ou rápida para fibromialgia. Fuja de tratamentos que prometem milagres. Doenças crônicas e de difícil tratamento são um prato cheio para charlatões e aproveitadores. 

Contraditoriamente, apesar do paciente sentir-se persistentemente cansado, não fazer nada ao longo do dia tende a piorar os sintomas. Nada é pior para os sintomas da fibromialgia do que o sedentarismo. Exercícios físicos aeróbicos e musculação melhoram a qualidade de vida e diminuem a intensidade das dores e a sensação de cansaço. O paciente deve ser encorajado a sair da inércia e vencer a indisposição inicial. Um tipo de atividade que tem se mostrado muito eficiente é o Yoga, que ajuda a melhorar o cansaço, as dores e a qualidade do sono.

Também é importante evitar álcool, cigarros e cafeína.

Medicamentos para fibromialgia

Uma grande variedade de medicamentos têm sido usados ​​para controlar os sintomas da fibromialgia. Os medicamentos que têm sido mais eficazes são os de ação no sistema nervoso central, como os antidepressivos (leia: ANTIDEPRESSIVOS: Escitalopram, Citalopram, Fluoxetina, Sertralina e Paroxetina) e as drogas anticonvulsivantes. Em contraste, medicamentos que agem exclusivamente na dor, como anti-inflamatórios e analgésicos, são menos eficazes. Estes últimos, porém, podem ser usados em associação com os antidepressivos, potencializando seus efeitos contra a dor.

Exemplos de medicamentos de ação central que podem ser usados no tratamento da fibromialgia:
- Fluoxetina 
- Paroxetina
- Ciclobenzaprina
- Amitriptilina
- Gabapentina
- Pregabalina

Recentemente três novas drogas antidepressivas de última geração mostraram-se efetivas no controle dos sintomas da fibromialgia: Venlafaxina, Duloxetina e Milnaciprana (Savella®).

Com o correto diagnóstico e tratamento, a longo prazo, mais de 2/3 dos pacientes com fibromialgia mantém-se ativos e referindo pouca ou nenhuma interferência da doença no seu dia-a-dia.

Acupuntura para fibromialgia

Não há evidências de que a acupuntura funcione para fibromialgia. Só como exemplo, um estudo publicado em 2005 dividiu um grupo de pacientes em dois. Um recebeu tratamento com acupuntura e outro com placebo (falsa acupuntura feita com objetos pontiagudos que não eram inseridos na pele e nem estimulavam os pontos tradicionais da acupuntura chinesa). Os pacientes do grupo placebo não sabiam que estavam usando placebo, todos achavam que estavam sendo submetidos a acupuntura tradicional. No final, não houve diferença entre os dois grupos, ambos apresentaram uma redução da dor em 30% dos casos. Em 2010 houve também uma grande revisão dos principais estudos envolvendo acupuntura e novamente não se conseguiu demonstrar evidências de melhora quando comparado ao placebo. Portanto, não há evidências científicas inequívocas de que, pelo menos na fibromialgia, a acupuntura seja superior a um simples efeito placebo.

Ao contrário da acupuntura, todas as drogas citadas no tópico anterior mostraram, em trabalhos científicos, serem superiores ao placebo no controle da dor da fibromialgia.


Leia o texto original no site MD.Saúde: O QUE É FIBROMIALGIA? http://www.mdsaude.com/2008/12/fibromialgia.html#ixzz2NcGFQYQQ



síndrome da fadiga crônica é uma doença controversa e de difícil explicação, sendo muito frustrante de se lidar, não só para os pacientes como também para os médicos, pois ainda não se conseguiu estabelecer definitivamente suas causas, o diagnóstico é difícil de ser feito e o tratamento atual é pouco efetivo. Apesar de não diminuir a expectativa de vida do paciente acometido, a síndrome da fadiga crônica pode ser considerada uma doença grave devido a grande queda na qualidade de vida que a mesma pode causar.

É importante saber que existem diferenças entre possuir a síndrome da fadiga crônica e apresentar fadiga com frequência. Na verdade, apenas 10% dos pacientes que se queixam de cansaço crônico, efetivamente possuem critérios para o diagnóstico da síndrome da fadiga crônica. Para ler sobre outras causas de cansaço prolongado:CANSAÇO | FADIGA | Principais causas.

Sintomas da síndrome da fadiga crônica

Além da fadiga crônica que dá o nome a doença, os pacientes com esta síndrome também costumam apresentar os seguintes sintomas:

Síndrome da fadiga crônica1. Dificuldade de concentração e "memória fraca"
2. Dor de garganta
3. Dor muscular
4. Dor articular
5. Dor de cabeça 
6. Dificuldades em dormir
7. Linfonodos discretamente aumentados e dolorosos
8. Exaustão após esforço físico ou mental, mesmo após 24 horas de repouso.

Estes são os sintomas clássicos, porém, vários outros podem ocorrer como tonturas, diarréia, alergias...

É importante destacar que o exame físico costuma ser normal. O paciente se queixa de dores, mas nenhuma lesão é encontrada, queixa-se de febre, mas o termômetro nunca a mostra, os linfonodos dolorosos são normais à biópsia e a eletroneuromiografia não consegue comprovar a fraqueza muscular.

Esta incapacidade em se documentar as queixas dos pacientes muitas vezes levam a uma errada interpretação de que estão fingindo ter uma doença. Porém, assim como na fibromialgia, a síndrome da fadiga crônica deve ser encarada como uma doença de verdade, evitando-se a estigmatização dos pacientes.

Causas da síndrome da fadiga crônica

Apesar de todos os esforços, as causas da síndrome da fadiga crônica ainda não foram elucidadas. Algumas doenças e infecções, principalmente das vias respiratórias, parecem precipitar a doença, mas o mecanismo no qual isso ocorre e por que só acontece em algumas pessoas ainda é um mistério. Sabe-se, porém, que a doença é mais comum em pessoas jovens e adultos de meia-idade do que em crianças e idosos, e duas vezes mais comum em mulheres que em homens.

Entre as doenças que podem precipitar a síndrome da fadiga crônica, citamos:

- Infecções virais, principalmente das vias respiratórias
- Depressão
- Anemia por carência de ferro (leia: ANEMIA | CAUSAS E SINTOMAS)
- Alterações hormonais
- Causas autoimunes (leia: DOENÇA AUTO- IMUNE | O que é e quais são as causas mais comuns)
- Pressão baixa crônica (leia: PRESSÃO BAIXA EXISTE ?)
- Fibromialgia (leia:  FIBROMIALGIA | Sintomas e tratamento)

Durante muitos anos acreditava-se que havia uma relação muito forte entre a mononucleose (leia: MONONUCLEOSE | DOENÇA DO BEIJO | Sintomas e contágio) e síndrome, porém, as últimas evidências mostram que esta relação não é tão importante.

Diagnóstico da síndrome da fadiga crônica

A síndrome da fadiga crônica é um diagnóstico de exclusão, ou seja, é preciso ter certeza que o cansaço e os sintomas não são causados por nenhuma outra doença identificável. Doenças cardíacas, pulmonares, hepáticas e renais, além de dezenas de outros problemas, como obesidade mórbida, uso de drogas, apnéia do sono, anorexia, etc. podem causar fadiga e devem ser descartadas sempre.


Mesmo que o paciente não tenha nenhuma causa identificável para o seu cansaço, para o diagnóstico da síndrome ainda é preciso que a fadiga tenha estado presente nos últimos seis meses e esteja associada a pelo menos 4 dos 8 sintomas descritos acima.

Tratamento da síndrome da fadiga crônica

Não existe cura para a síndrome da fadiga crônica e o tratamento nem sempre é satisfatório. De todos os tratamento já tentados, os que realmente fornecem melhora clínica são a psicoterapia e exercícios físicos regulares. Este último pode ser muito difícil uma vez que no início os sintomas parecem piorar. Porém, o exercício deve ser iniciado com cargas muito, mas muito leves, com lento e progressivo aumento conforme o paciente tolere. A longo prazo, a prática de exercícios melhora muito a qualidade de vida.

Não existe tratamento com drogas ou dieta específica que comprovadamente melhore os sintomas da síndrome da fadiga crônica.

Leia o texto original no site MD.Saúde: SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA http://www.mdsaude.com/2010/10/sindrome-da-fadiga-cronica.html#ixzz2NcGoLt3v




Autor do artigo
Pedro Pinheiro Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.

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Segundo pesquisadores, pessoas com fibromialgia não tem só fibromialgia. Eles alertam os médicos que tratam desses pacientes para ficarem atentos a sinais de depressão e de tendências suicidas.
Pacientes com fibromialgia sofrem de dor generalizada e têm pontos sensíveis que são dolorosos ao toque. Não há cura para a doença e a medicação muitas vezes não é útil. Dessa forma, a dor se torna ruim o suficiente para perturbar a vida cotidiana dos pacientes durante anos. Cerca de 90% das pessoas com a doença são mulheres.
Os investigadores descobriram que o risco de morte por suicídio era dez vezes maior nas mulheres diagnosticadas com esta condição de dor crônica do que na população em geral. As taxas de doenças psiquiátricas também eram mais altas, e foi encontrado um risco maior do que a média de morte por doença hepática e acidente vascular cerebral.
Os autores do estudo dizem que é necessário avaliar os pacientes com a doença para detectar a presença de transtornos psiquiátricos, especialmente transtornos de humor e ansiedade. Mas essas outras doenças psiquiátricas, que muitas vezes ocorrem em conjunto com a fibromialgia, podem não ser a única explicação para as altas taxas de suicídio.
Nenhum dos pacientes do estudo que se suicidaram tinham um histórico de doenças psiquiátricas antes de serem diagnosticadas com fibromialgia. A alta taxa de suicídio pode estar ligada à depressão nesses pacientes, ou a anti-depressivos que são conhecidos por acarretar o risco de suicídio.
Os estudiosos ainda dizem que muitos desses pacientes não tomam os medicamentos anti-depressivos por causa dos efeitos colaterais, ou porque não se sentem deprimidos. A dor pode ser um dos principais motivos para o suicídio em si.
As maiores taxas de suicídio também foram encontradas em quem estava cansado o tempo todo, e muitas pessoas com fibromialgia queixam-se de problemas de sono e fadiga.
Algumas mulheres no estudo morreram de doença hepática. Não está claro o que causou a taxa mais elevada de doença hepática nessas pacientes, mas pessoas com fibromialgia têm maior probabilidade de ter excesso de peso e não podem fazer muito exercício por causa de sua dor muscular, o que os leva a um maior risco de problemas cardíacos. [Reuters]


http://hypescience.com/estudo-diz-que-a-fibromialgia-vem-acompanhada-de-risco-de-suicidio/




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